terça-feira, 15 de novembro de 2011

Karl Marx - poesias

Meu mundo (Setembro de 1836)

A humanidade minha nostalgia não poderá nunca tranqüilizar,
Nem tão pouco os Deuses com suas magias abençoadas,
Maior que eles é a minha própria Força,
De forma vigilante em meu peito.

Eu bebi todo o brilho de radiantes estrelas,
Todas as luzes solares eu expeli,
Mas minhas penas ainda querem recompensa,
E que meus sonhos sejam realizados.

Portanto !
Me preparo para uma enorme batalha
Como um Encantado a vagar
Sábio demônio andando por lugares nebulosos
Rumo a um objetivo que não está próximo.

Mas apenas pedras mortas e ruínas
Dominam todos os meus anseios,
Onde em um brilho celeste radiante
Todas as minhas esperanças atuais, sempre queimam.

Eles são nada mais do que estreitos locais
Envolvidos e rodeados por pessoas tímidas,
Onde está a fronteira dos meus sonhos,
Onde minhas esperanças chegam ao fim da jornada.

Jenny, você pode perguntar o que as minhas palavras dizem,
O que se esconde dentro delas ?
Ah! Não tem utilidade falar delas,
Fútil mesmo de começar.

Olhe para estes olhos teus tão brilhantes,
Mais profundos do que o fundo do Céu,
Mais claros do que própria luz do sol
E a resposta será dada.

Ousar ter alegria na vida e ser leal,
Apenas aperte sua própria doce mão;
Você mesmo deverá encontrar a resposta,
As longínquas terras do meu Paraíso.

Ah !
Quando teus lábios apenas suspiravam por mim,
Apenas uma palavra calorosa pode ser dita,
Então eu entrei em um louco êxtase,
Sem saídas eu fui levado.

Ha!
Em corpo e alma eu estava doente,
No fundo da minha alma,
Como um Demônio, quando o Supremo Mágico,
Golpeia com brilhantes flechas encantadas

Assim, porque as palavras devem tentar forçar, em vão,
Existência profunda e nebuloso caixão,
Que é infinito, como a dor da nostalgia,
Solitário como o Todo.


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Transformação (Novembro de 1836)

Os meus olhos estão tão confusos,
Meu rosto está tão pálido,
Minha cabeça está tão confusa,
Um reino imaginário.

Eu queria, com coragem desafiar,
Seguir por caminhos mares afora
Onde centenas de penhascos se levantam,
E uma vazia e gelada inundação flui.

Agarrei-me a pensamentos elevados,
Em suas duas asas eu viajei,
E embora os ventos da tempestade tugissem,
Todos os perigos eu desafiei.

Eu não vacilei lá,
Mas nunca fiz sobre pressão
Com selvagens olhos de águia eu encarei
Em viagens ilimitadas.

E embora as sereias tocassem
Sua música tão carinhosa
Que aos corações ela conquista--
Eu não dei atenção ao seu som.

Eu virei meus ouvidos para longe
Destes doces sons que ouvi,
Meu íntimo não aspira
A uma recompensa mais elevada.

Infelizmente, as ondas se moveram rápido,
Em repouso, elas não estiveram;
Varreram para lá de muitas formas
Demasiadas rápidas para eu ver.

Com mágicos poderes e palavras
Eu lancei os feitiços que eu sabia,
Mas diante das ondas ainda rugindo,
Eles desapareceram da minha visão.

E pelo dilúvio fui pressionado,
E tonto com a visão,
Eu cai diante daquele anfitrião
Na noite escura.

E quando eu me levantei novamente
De inútil labuta, finalmente,
Meus poderes todos tinham ido embora,
E todo o brilho do coração perdi.

E trêmulo, pálido, eu espero
Ver o meu próprio coração,
Por nenhuma canção qualquer
Seja minha aflição abençoado.

Minhas músicas ficaram ausentes, carentes;
A mais doce arte tinha ido embora --
Nenhum Deus a vai trazer de volta
Nem graças do Imortal virão.

O Fortaleza caiu, afundou,
A ousadia não subsistirá;
O brilho ardente foi afogado,
Esvaiu-se no seio da terra.

Em seguida, brilhou o seu esplendor,
A mais pura luz da alma,
Quando, em uma dança de mudança
Em volta da Terra os céus giram.

Eu estava em cativeiro amarrado,
Então, tive a minha visão clara,
Por que eu tinha realmente encontrado
O que os meus negros esforços são.

Minha alma ficou mais forte, mais livre,
Longe dos braços de minha mãe
Em triunfo celeste,
E de felicidade pura.

Meus espíritos aqui e lá
Levantaram-se jubilosos e alegres,
E, como um feiticeiro,
Os destinos eu mudei.

Eu deixei as ondas que se precipitam,
As tormentas que mudam o fluxo,
No alto do penhasco se quebrar,
Mas salvei o brilho interno.

E o que minha alma, decidiu,
Nunca fugir do alcance
Do que para meu coração foi dado,
Foi concedido pelo seu semblante.

http://atransformaodemarx-sha.blogspot.com/  

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