Está na Constituição Brasileira, em seu art. 5º, inciso 16:
Todos podem reunir-se pacificamente,
sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente;
Logo, não está em discussão o direito da polícia baiana – como a de
qualquer Estado brasileiro – reunir-se, reivindicar, protestar.
Este blog “apanhou” muito ao criticar a invasão do QG dos Bombeiros, no Rio de Janeiro.
Agora, porém, as cenas de policiais em greve na Bahia, armados,
erguendo pistolas, certamente devem ter feito muitas pessoas entenderem
que isso traz mais perigos do que, dentro da democracia, as instituições
legítimas e eleitas pela população, podem correr.
Não importa se o governador é A ou B. Polícia e bombeiros, embora
seja discutível se o devem ser, são instituições militares. E militar
não protesta armado, como não “toma” quartel.
Igualmente, não se tem notícia de que metalúrgicos, professores,
trabalhadores em geral realizem atos grevistas enchendo-os com suas
mulheres e crianças.
Isso é irresponsável. Fazer isso e depois dizer, como fez um líder
grevista que “”vai acontecer uma chacina aqui, e o responsável é Jaques
Wagner” não é algo correto, independente da justiça que se possa
reconhecer nas reivindicações.
Não se tem notícia de que estes líderes tenham se manifestado assim
diante de qualquer violência praticada pela polícia contra
manifestantes civis desarmados.
Não há nem deve haver limites para o direito de reivindicar. Mas há e deve haver limite nos métodos que se usa para exercê-lo.
Senão, o que é direito de reivindicar, inclusive através de paralisações, vira motim.
Fonte: http://www.tijolaco.com/
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