segunda-feira, 23 de julho de 2012

25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americanada e Caribenha.

25 de julho. Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americanada e Caribenha
Em julho de 1992, mulheres negras de 70 países participaram do 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, em Santo Domingo, na República Dominicana.    

O último dia do evento, 25 de julho, foi marcado como o "Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe", para celebrar e refletir sobre o papel das mulheres negras nestes continentes.

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As mulheres negras da diáspora africana celebram 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, como símbolo de união e de reconhecimento mundial de suas vidas guerreiras, combativas e imprescindíveis à construção de um mundo solidário, multiétnico e pluricultural. 

Estas mulheres negras têm, em comum, vidas marcadas pela opressão de gênero, agravadas pelo racismo e pela exploração de classe social. A escolha da data ocorreu no I Encontro das Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, que aconteceu na República Dominicana, em 1992. 

Mais de setenta mulheres negras de diversos países estiveram presentes no evento , com o objetivo de dar visibilidade à sua presença nestes continentes. Na ocasião, foi criada a Rede de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, para a troca de informações, o estreitamento das relações e promoção de ações em conjunto.

O aprofundamento da aliança entre as mulheres negras da diáspora deu-se em 2001, durante a III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância realizada na África do Sul.

Neste cenário, a Articulação de Organizações Não-Governamentais de Mulheres Negras Brasileiras desempenhou um importante papel, reunindo organizações de mulheres negras de diferentes pontos do país e destacando-se na construção de propostas para a Conferência.

A data reforça a necessidade urgente da implementação de políticas afirmativas para as mulheres negras da diáspora, pelos países da América Latina e do Caribe. No Brasil, a maioria das mulheres negras é detentora de uma cidadania inconclusa. 

O estudo realizado pela pesquisadora Wania Santana, utilizando dados do Programa das Nações Humanas para o Desenvolvimento (PNUD) de 1999, demonstra que as mulheres negras brasileiras ocupam a 91ª colocação, entre 143 países, considerando o Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado ao Gênero (IDHG) que avalia a renda per capita, o nível de instrução e a expectativa de vida.

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha é mais do que uma data comemorativa, representa a luta pelo empoderamento das mulheres negras fora da África. 

Um mundo novo só será possível, quando as diferenças forem vistas como riquezas e não consideradas como sinônimo de inferioridade.

Fontes: http://www.gilmarsantiago13.com.br/?p=2868
CFEMEA
Foto : ccea.arteblog.com.br

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