Foto: Edição/247. |
Por: Jussara Seixas, em 18 de Julho de 2012.10:29
O
magistrado Paulo Augusto Moreira Leite (esq.) pediu para deixar o caso,
a promotora Léa Batista foi ameaçada e o agente federal Wilton Tapajós acaba de
ser assassinado (dir.); até agora, este é o saldo da Operação Monte
Carlo, o que revela que a PF pode ter desbaratado bem mais do que um
esquema de jogos ilegais e achaques a poderosos, com apoio da
imprensa------.
247 – Há
pouco mais de duas semanas, o juiz Paulo Augusto Moreira Leite,
responsável pela prisão do bicheiro Carlos Cachoeira e de todos os seus
comparsas, como os espiões Idalberto Matias e Jairo Martins, pediu para
deixar a condução da Operação Monte Carlo.
Estava amedrontado.
Depois
disso, a Polícia Federal prendeu, em Anápolis, o cunhado de Cachoeira,
Adriano Aprígio, que estaria enviando ameaças anônimas à promotora Léa
Batista.
Nesta quinta-feira, com
dois tiros à queima-roupa, foi assassinado o policial federal Wilton
Tapajós Macedo, num cemitério em Brasília.
O
que une os três personagens é o fato de terem participado da Operação
Monte Carlo, a ação da policial federal de maior repercussão nos últimos
anos por ter desbaratado uma quadrilha de jogos ilegais, mas também com
ampla influência em todos os poderes, inclusive nos meios de
comunicação.
Por ora, a polícia do
Distrito Federal trabalha com a hipótese de latrocínio: roubo seguido
de morte. Mas não descarta as hipóteses de queima de arquivo ou de
vingança. Tido como policial exemplar, Wilton Tapajós Macedo trabalhou
também em casos de pedofilia e tráfico de drogas, além da Operação Monte
Carlo.
Dos presos na Operação
Monte Carlo, já foram soltos os policiais Jairo Martins e Dadá, bem como
o diretor Claudio Abreu, da Delta, e o ex-vereador Wladimir Garcez.
Cachoeira quase saiu da prisão por decisão do desembargador Tourinho
Neto, do TRF, que resumiu o caso a um esquema de jogos, amplamente
tolerado pela sociedade brasileira.
Após
a prisão do cunhado de Cachoeira, que vinha ameaçando a promotora Léa
Batista, Tourinho Neto foi duramente criticado pelo senador Pedro Taques
(PDT/MT). “Como fica agora o desembargador Tourinho Neto?”, indagou
Taques, da tribuna do Senado. “Estamos diante do crime organizado, que
ameaça servidores públicos”.
Fonte:http://www.blogdadilma.blog.br/politica/37-politica/1945-juiz-com-medo-promotora-ameacada-policial-morto.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário