UFMA - Calendário terá que ser reorganizado após o fim da paralisação; federais seguem sem aulas em vários estados.
Foto: Tania Rêgo/Agência Brasil |
27 de Julho de 2012 às 06:43.
Amanda Cieglinski - Repórter da Agência Brasil.
Brasília – A greve dos professores das universidades federais já dura
72 dias e aumenta a probabilidade de que o calendário letivo de 2012
tenha que ser estendido até o início de 2013.
Na maioria das 57
instituições, a paralisação teve início antes do encerramento do primeiro semestre. Com isso, quando a greve terminar, será necessário
concluir as atividades para só então dar início ao segundo semestre de
2012.
O reitor da Universidade de Brasília (UnB), José Geraldo, explica
que, quando a greve for encerrada, o calendário deverá ser reorganizado.
“O semestre letivo não coincide com o ano fiscal. É provável que a
gente entre [com as atividades letivas] em 2013 com a reposição. Mas já
vivemos experiências de outras greves em que foi possível organizar isso
de modo qualificado”, disse.
A Agência Brasil entrevistou reitores de insituições
das cinco regiões do país. Eles descartam a possibilidade de cancelar o
semestre e apostam na reposição. Na Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS), os professores encerraram as atividades antes da
paralisação, mas o semestre não foi oficialmente finalizado porque a
maioria não lançou as notas no sistema. Como as aulas foram concluídas, o
reitor Carlos Alexandre Netto acha que não será necessário comprometer
as férias de janeiro com a reposição – isso se a greve não se prolongar
por muito tempo.
Além dos professores, os técnicos administrativos das universidades
federais estão em greve desde 11 de junho. Em algumas universidades, a
paralisação dos servidores também atrapalha o calendário, já que
serviços como o lançamento de notas e matrículas podem ficar
comprometidos.
O governo espera resolver a situação com os professores
para depois iniciar a negociação com os técnicos. “Assim que os professores retornarem, nós vamos tentar corrigir o
calendário. Mas, se não for resolvida a questão dos técnicos, nós não
temos como começar o semestre seguinte. Nossa expectativa é que haja
logo uma negociação também com essa categoria”, disse o reitor da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Targino de Araújo Filho.
Até segunda-feira (30), professores se reunirão em assembleias para
deliberar sobre o fim da greve. Ontem (26), docentes de pelo menos 12
universidades federais já rejeitaram a proposta apresentada pelo governo
na terça-feira (24) e mantiveram a paralisação. São elas as
universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de Santa Maria (UFSM),
de Pernambuco (UFPE), Rural de Pernambuco (UFRPE), do Espírito Santo
(Ufes), de Uberlândia (UFU), de Brasília (UnB), da Paraíba (UFPB), da
Bahia (UFBA), de Goiás (UFG), de Pelotas (UFPel) e Rural do Rio de
Janeiro (UFRRJ). Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), os
docentes aceitaram a proposta do governo, mas o fim da paralisação ainda
depende da aprovação em um plebiscito.
Fonte:http://brasil247.com/pt/247/brasil/71953/Ferias-perdidas-greve-fara-ano-letivo-avancar-ate-2013-nas-universidades.htm
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