Foto: Divulgação/Folhapress |
Hylo Marques Pereira foi visto pela última vez no dia 14 perto
do aeroporto de Goiânia; desde então, ele não atende mais aos
telefonemas da família; sua caminhonete ficou estacionada em um hotel;
filha acha sumiço estranho e pede na Justiça acesso a câmeras de
segurança.
Goiás247_ Flagrado nos grampos da Operação
Monte Carlo, o delegado da Polícia Civil de Goiás Hylo Marques Pereira
está desaparecido desde o dia 14 de julho, data em que falou por
telefone com a família pela última vez. Hylo foi visto pela última vez
na sexta-feira (13), próximo a um hotel nas imediações do aeroporto de
Goiânia. Sua caminhonete, uma Toyota Hilux, permanece estacionada no
local e tem sobre o volante um bilhete que seria do delegado.
A mensagem diz o seguinte: "Viagem São Paulo. Pertence ao delegado
Hylo Marques", seguido de dois números de telefone. O bilhete seria do
próprio Hylo e a família confirma a caligrafia. Uma filha do
desaparecido, porém, acha estranho o fato de o pai viajar sem avisar e
não atender ao celular. "Ele nunca fez isso. Tude bem. Vai para São
Paulo. Ele tem uma irmã que mora lá. Porque ele não ligou para ela até
agora? Ele não é de sair. Se sai, avisa a gente", questiona a filha, que
não se identificou.
A família tenta agora na Justiça autorização para ter acesso aos
vídeos das câmeras de segurança do hotel e do aeroporto de Goiânia. A
Polícia Civil informou que, sem o registro formal da ocorrência, não tem
como abrir uma investigação sobre o sumiço do delegado.
CPI da Assembleia
Hylo Marques prestou depoimento à CPI da Assembleia Legislativa de
Goiás que investiga ligação de políticos e autoridades públicas com o
contraventor Carlinhos Cachoeira no dia 3 de julho. Ele admitiu conhecer
o bicheiro desde 1991, pois são da mesma cidade, Anápolis. Disse que
sabia das atividades de Cachoeira, mas afirmou que não tinha ligação com
ele e que não tinha apelido de "Bigodinho", conforme é citado em
gravações. "Esse foi um apelido dado por eles", afirmou à comissão.
Hylo Marques declarou que também conhece Lenine desde 2009, mas
também não tinha ligação com o integrante do grupo de Cachoeira. Segundo
o delegado, seu conhecimento com o contador do empresário da
contravenção aconteceu porque Lenine transitava pela cidade de Águas
Lindas, onde era o delegado titular. Hylo confirmou que esteve na sede
da empresa Delta em Goiânia. Segundo ele, o objetivo era encontrar o
empresário Carlinhos Cachoeira, para negociar a implantação de um
empreendimento imobiliário em lote de sua propriedade na cidade de Águas
Lindas.
O delegado explicou que a retirada de máquinas de jogos de azar da
delegacia de Águas Lindas, conforme mostra gravação da Polícia Federal
(PF), foi realizada por ordem da Justiça. Segundo ele, as máquinas foram
levadas para a Ação Social da prefeitura do município.
No depoimento,
Hylo afirmou ser proprietário de uma fazenda de 107 alqueires no
município de Pilar de Goiás, mas esta não se encontra registrada em seu
nome. As terras teriam sido adquiridas com dinheiro obtido por meio de
trabalho realizado em garimpo. Ele diz também ser sócio-proprietário de
uma pedreira na cidade de Caldas Novas.
Marques afirma ainda que Cachoeira nunca lhe pediu nada e nunca
recebeu dinheiro do empresário da contravenção. Ele nega também que
tenha patrimônio avaliado em R$ 5 milhões, conforme consta em antiga
declaração de Imposto de Renda da década de 1990, quando foi candidato a
prefeito do município de Campos Verdes.
Assista aqui. http://g1.globo.com/videos/goias/jatv-1edicao/t/edicoes/v/delegado-suspeito-de-envolvimento-com-cachoeira-desaparece-em-goiania/2046556/
Fonte:http://brasil247.com/pt/247/brasil/70548/Delegado-envolvido-com-Cachoeira-desaparece.htm
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