O
Etnocine Praia Grande é um projeto de cineclube em espaço público, desenvolvido
pelo Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão, que
pretende através da linguagem Audiovisual difundir a produção de filmes-vídeos
étnicos, de Antropologia Visual, através dos quais o público poderá conhecer
mais sobre a diversidade cultural dos povos de todo o mundo.
O
evento acontece na rua do Giz, em frente ao próprio Centro de Pesquisas, todas às quintas-feiras, às 19h. Após as sessões há um bate-papo entre
Antropólogos, profissionais ligados a produção do filme, entidades que
desenvolvam atividades sobre o tema proposto e o público presente.
Em
abril, mês em que se comemora o dia do índio, estão sendo exibidos filmes sobre os povos
indígenas do Maranhão. Dia 03 foi exibido “Awá Ka´apara” sobre os Awá Guajá, um
documentário de Humberto Capucci e Diego Janatã, que contou com a presença do
fotógrafo Paulo do Vale, que fez parte da produção.
Dia 11 o Etnocine apresenta
Ramkokamekrá, o primeiro documentário em
terras maranhenses do Antropólogo do Rio de Janeio, Rafael Pessôa, que conviveu
com os Canela da aldeia Escalvado.
Antecedendo
o dia do índio, no dia 18, exibiremos o vídeo da Semana dos Povos
Indígenas no Maranhão, evento que é realizado há quatro anos pela Secretaria de
Estado da Cultura, através do Centro de Pesquisas de História Natural e
Arqueologia do Maranhão.
Em seguida apresentaremos a premiada animação “Pajerama”,
com roteiro e direção de Leonardo Cadaval, que aborda a relação dos índios com
a chegada muito próxima da urbanização em suas aldeias, alterando seu habitat
natural. Encerrando a noite o longa-metragem “Serras da Desordem”, de Andrea
Tonacci, documentário sobre Carapiru, um Awá-guajá que após a emboscada surpresa
que dizimou seu grupo familiar, escapa e vive perambulando durante dez anos
pelo Brasil adentro até ser acolhido, em 1988, por uma família de fazendeiros
num lugarejo do interior da Bahia, distante 2 mil quilômetros do ponto de
partida.
O sertanista Sydney Possuelo fica a par da situação e, através da
Funai, convence o índio e sua família adotiva a levá-lo a Brasília. Só então é
identificado como um remanescente da tribo Guajá. Mas, a confirmação deveria
ser feita por um índio intérprete da etnia, Txiramuku, órfão de 18 anos, que
fora resgatado há 10 pelo próprio Possuelo.
No encontro de Carapiru e
Txiramuku, a surpresa: eles se reconhecem, respectivamente, como o pai e o
filho que julgavam terem sido assassinados em meio ao massacre de 1978. Serras
da Desordem é um documentário emocionante e representa bem a realidade dos
povos da floresta, cada vez mais oprimidos em suas próprias terras.
Quem quiser colaborar com o Etnocine sugerindo filmes,
produções autorais e temáticas que possamos apresentar é só procurar o Centro
de Pesquisas de História Natural e Arqueologia do Maranhão, de 14 às 18h. Já
estão na agenda produções sobre o trabalho escravo contemporâneo e comunidades
quilombolas.
Etnocine Praia Grande, dia 11/04_quinta-feira, às 19h.
Projeção do
documentário Ramkokamekrá, do Antropólogo Rafael Pessôa.
Rua do Giz, em
frente ao Centro de Pesquisas de História Natural e Arqueologia do
Maranhão.
Entrada franca.
Informações: 32189906/ 8229 2983.
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