24 de Maio - Dia Nacional do Cigano
Comemorado pela primeira vez no Brasil em 2007, o Dia Nacional do Cigano foi instituído pelo presidente Lula em maio de 2006 através da assinatura de um decreto. O dia 24 de Maio foi escolhido como o Dia Nacional do Cigano por ser o dia dedicado à Santa Sara Kali, padroeira universal dos ciganos.
Originalmente chamado de Rhom, o povo cigano está presente em todas as nações do mundo, mas estudiosos afirmam que suas origens estão na Índia Antiga.
Conforme o presidente Lula, a regulamentação do dia vem reconhecer a importância da etnia cigana na formação da história e da identidade cultural brasileira.
Matéria Lincada de:
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Presidência
da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
Institui o Dia Nacional do Cigano.
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O PRESIDENTE
DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso II, da
Constituição,
DECRETA:
Art. 1o Fica
instituído o Dia Nacional do Cigano, a ser comemorado no dia 24 de maio de cada
ano.
Art. 2o As
Secretarias Especiais de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e dos
Direitos Humanos da Presidência da República apoiarão as medidas a serem
adotadas para comemoração do Dia Nacional do Cigano.
Art. 3o Este
Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 25 de
maio de 2006; 185o da Independência e 118o
da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Dilma Rousseff
Este texto não substitui o publicado no
D.O.U. de 26.5.2006
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Dnn/Dnn10841.htm
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Dnn/Dnn10841.htm
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Hoje é o dia Nacional dos Ciganos - difícil não se encantar com esse
povo, que mantém tão viva suas tradições, costumes e a sua eterna áurea
mística.
Falar deste povo é um prazer, porém uma tarefa difícil, não só por eu
ser um gadje (não cigano), mas também devido a ausência de uma história
escrita, onde pesquisadores há séculos se debatem na origem e tempo do
povo chamado de ROM (plural roma). A maioria dos antropólogos culturais
trabalham com a origem indiana, baseados em evidencia lingüísticas e
genéticas.
Fora dos meios acadêmicos o que se têm são idéias que cristalizaram
ao longo do tempo, em especial nos séculos XIV e XV e na maioria delas
de forma muito preconceituosa, daqueles que vêem a história de um povo
do lado de fora e não de dentro.
Baseia-se hoje que os roma, são originários do norte da Índia e
imigraram para Pérsia, Grécia e atingiram a Europa enquanto outros
imigraram para a Síria, Egito e Palestina. Pela falta de uma pátria
precisa (pois o cigano tem sua pátria dentro de si mesmo), costumes e
tradições diferentes, inventaram-se muitas lendas sobre os mesmos, e
foram perseguidos, expulsos, mortos, condenados e escravizados por onde
passaram, mesmo assim resistiram e continuam com sua cultura viva,
dinâmica e encantadora, mantendo sempre no país em que estão a sua
identidade cultural. Mesmo na atualidade, vale lembrar que duzentos a
quinhentos mil ciganos europeus foram exterminados nos campos de
extermínio nazistas.
Os ciganos chegaram ao Brasil no século XVII, como degredados ou
enviados de Portugal para trabalhar como ferreiros e ferramenteiros. Os
do grupo Kalon (Espanha e Portugal), foram os primeiros a chegar,
seguidos mais tarde pelos horaranô (das terras turcas) e kalderash
(Romênia e antiga Iuguslávia).
Apesar de não terem uma pátria e estarem espalhados pelo mundo, eles
formam uma etnia, dividida em clãs, possuem unidade lingüística o
romani ou romanês, que é a língua do povo. Possuem também uma bandeira
composta de três cores, o azul que representa a liberdade (pois todo
cigano é livre), o verde representa a Natureza (o chão que o cigano
caminha), e ao centro uma Roda Vermelha, que representada a roda da
carroça (com a qual os ciganos percorrem o mundo).
São devotos em sua grande maioria de Santa Sara Kali, a qual segundo a
lenda Maria Madelena, Maria Jacobé (mãe do Tiago menor) e Maria Salomé
(mãe de São João), devido as perseguições contra os cristãos foram
jogadas ao mar, numa barca sem remos acompanhadas tão somente de uma das
escravas de José de Arimatéia, Sara, a kali (Kali em romani, quer dizer
negra).
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar e
Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, clama por Cristo e promete que
se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a
cabeça descoberta em sinal de respeito.
Milagrosamente, a barca sem
rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou
com todos salvos em Petit-Rhône no sul da França, onde hoje se encontra a
igreja de Santas Marias Vindas do Mar, um lugar de peregrinação e de
culto a Santa Sara Kali, que foi quem converteu os ciganos para o
cristianismo, onde são depositados vários lenços em agradecimento as
muitas graças alcançadas pelos ciganos e pelos gadje a Santa Sara Kali.
Bem, aqui está apenas um pequeno pedaço resumido da história milenar
dos Rhoma, chamados também de gitanos, ciganos, zíngaros, gypsies, de
acordo com o país por onde passaram. E que por onde eles passem possam
nos ensinar a conviver melhor com a diversidade cultural de todos os
povos e cultivar as sementes da Paz.
Matéria Lincada de: http://www.joanopolis.com.br/historia/24-de-maio-dia-nacional-dos-ciganos.html
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