terça-feira, 9 de julho de 2013

Gritando que tinha demônios no corpo e que ia para o inferno, detento se mata por enforcamento em Itambé.

Auto-intitulado filho do Coisa Ruim.
Por: Tiago Bottino J. Brige.
 
"Tenho 7 demônios no corpo! Eles vieram me buscar para me levar pro inferno e vão matar todo mundo!" Essas afirmações estavam sendo feitas durante vários dias por Reginaldo Lopes de Sá (foto ao lado), 22 anos. 
Esse se dizia ser do capeta, que o demônio viria lhe buscar e iria o levar para a casa dele. O fato em si seria apenas casual, uma vez que o demônio reina no mundo do crime. 
Porém fatos sobre a vida de Reginaldo chamam a atenção da população da região. 
Em 2010, assassinou brutalmente o primo dele, Domingos de Sá, porque este negou dar para Reginaldo a quantia de R$ 5,00 para a compra de drogas. 
Por esse motivo, o matou com várias facadas, tentando ainda arrancar sua cabeça com a faca. Porém, a arma branca estava cega e ele não conseguiu realizar o seu desejo. Na semana em que foi encontrado morto, Reginaldo foi conduzido ao CAPS de Itambé, pois, segundo a Policia, ele apresentava sinais de alucinação. 
No local, uma mulher vendia nas proximidades salgadinhos. Com a entrada do rapaz, a senhora ficou assustada, e ao olhar em seus olhos soltou um longo grito: "é o filho do demônio!", desmaiando sob o chão da instituição. 
No sábado (7), na cela da cadeia, Reginaldo, já imaginava o que estava prestes a lhe acontecer. O rapaz, segundo informações, estava apreensivo pois aquele para ele seria seu último dia, "o demônio viria lhe buscar". Segundo os presos, supostamente endemoniado, Reginaldo se levantou e começou a dizer que iria matar os filhos deles, que iria matar todos eles, que estupraria suas mulheres. 
Os presos não entenderam as provocações. O rapaz não parava e começou a agredir alguns presos, esses reagiram e entraram em luta corporal com Reginaldo. Como se intencionasse ser morto, o rapaz (ou o capeta) continuava a xingar os presos.
Vítima do Filho do Diabo.
Agente Paulo Rucas rapidamente correu para a carceragem e conseguiu evitar a morte do rapaz, o retirando da cela e o conduzindo para um Hospital. Para evitar novas agressões, o rapaz foi mantido em uma cela distante e separada dos presos que brigaram. 
Mesmo afastado, o rapaz continuava a gritar, dizendo que o demônio veio lhe buscar. Berrava e sorria, sorria agressivamente, trincava os dentes e gritava que o capeta estava ali para buscá-lo. 
Final da tarde, na cela trancada um silêncio total, os presos cochilavam e aparentemente o rapaz estava tranquilo. Instante em que um dos presos observou, Reginaldo se espendurava nas grades da cela com uma corda, feita por lençóis, enrolada no pescoço. 
Momento em que ele pulou da cela ao chão, se enforcando. Socorrido para um hospital de Itambé, o homem não resistiu, vindo a falecer. Seu corpo foi velado no Bairro Sidney Almeida e será sepultado no cemitério da cidade. 
Na cidade correm os boatos que Reginaldo frequentemente vivia endemoniado. Para médicos e especialistas ele era apenas um doente mental. Para presos e moradores, Reginaldo conversava sim com o CAPETA e no final ele o buscou para morar com ele. 
Link desta matéria: http://www.itapetingaagora.net

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