quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Bahia - Índios Tupinambás e policiais trocam tiros em Buerarema, no sul do Estado.

Índios da tribo Tupinambá e agentes da Polícia Federal (PF) trocaram tiros na madrugada desta quarta-feira (29), em Buerarema, no sul do estado, de acordo com informações da PF.
Força Nacional troca tiros com os Tupinambas.

De acordo com o órgão, duas fazendas foram reintegradas por ordem da justiça, uma base policial foi instalada em uma dessas fazendas e com isso, os índios precisaram deixar as terras.
Os índios colocaram barreiras nas príncipais vias que cortam a região de Buerarema e segundo a polícia, o objetivo da ação era isolar a base da Força Nacional que está na área de conflito.
“Os índios começaram a atirar na base policial de dentro do mato com armas de fogo e fogos de artifício. Os policiais pediram reforços, então eles derrubaram mais de 10 árvores no meio da pista para impedir a chegada dos outros policiais” contou o delegado da Polícia Federal, Alex Cordeiro. Ainda segundo a polícia, os agentes conseguiram chegar à base na manhã desta quarta (29). Ninguém ficou ferido na ação.
A índia Tupinambá, Magnólia Jesus da Silva, disse que os índios foram expulsos com a roupa do corpo das casas. “Eles mandaram todos saírem das casas, os índios nem conseguiram pegar nada, saíram com a roupa do corpo e agora estão no meio do mato. Quando os índios gritam, eles [policiais] atiram para dentro do mato” relata Magnólia.
No mês de outubro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus, entrou com uma Ação Civil Pública pedindo novo prazo para que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, decida a respeito do processo de demarcação do território indígena tupinambá na região de Buerarema.
Ainda no mesmo mês, o governador da Bahia, Jaques Wagner se reuniu com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em Brasília,  para discutir os conflitos de terra na região.
Após a reunião, foi decidido que o ministro iria comparecer à Bahia dias depois para a um encontro com lideranças indígenas e proprietários rurais com o objetivo de mediar o conflito de terras do município de Buerarema.
O processo começou em 2004 e em abril de 2012, a consultoria jurídica do Ministério da Justiça emitiu parecer favorável à Fundação Nacional dos Índios (Funai). De acordo com o processo, o prazo para que o ministro desse um parecer seria de 30 dias, mas a ação já corre há um ano e meio, sem nenhuma decisão.
Wagner afirmou que a mediação busca um entendimento na questão que envolve a disputa de uma área de 47 mil hectares.
Já o ministro, informou que a questão seria analisada com total imparcialidade e que o plano de segurança para restabelecimento da paz na região, está sendo elaborado de forma conjunta entre o Ministério da Justiça, Ministério Público Federal, Força Nacional de Segurança e Secretaria de Segurança Pública da Bahia.

Conflito
A localidade conhecida como Serra do Padeiro, entre Buerarema, Una e Ilhéus, é alvo de disputa entre índios e produtores rurais.
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), indígenas estão ocupando fazendas na Terra Indígena Tupinambá de Olivença, que pertence aos índios Tupinambás.
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma que 300 indígenas Tupinambás participam das ações de ocupação das fazendas, que ficam em uma área de 47.376 hectares.
Segundo o Cimi, a área foi reconhecida pela Funai e o processo estaria parado no Ministério da Justiça, o que teria motivado a ocupação das terras.
Leia mais noticias a respeito: Bahia – Conflito em Buerarema: Tensão entre Índios e Brancos aumenta obrigando o reforço Policial na Área.  http://maranauta.blogspot.com.br/2013/08/bahia-conflito-em-buerarema-tensao.html

São Paulo - Sobe para 33 o número de ônibus incendiados na capital paulista.

Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil EdiçãoDenise Griesinger
Mais um ônibus coletivo foi incendiado na noite de ontem (29) na capital paulista. 

Com isso, segundo contagem da São Paulo Transporte (SPTrans), chega a 33 o número de ônibus incendiados desde o início do ano, o que dá uma média de mais de um coletivo queimado por dia. A Polícia Civil investiga se esses incêndios são ações do crime organizado.

São Paulo - Ônibus incendiado ontem (28) na Estrada do M'Boi Mirim, zona sul de São Paulo( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Ônibus incendiado na Estrada do M'Boi Mirim,zona sul de São PauloMarcelo Camargo/Agência Brasil

O incêndio de ontem ocorreu por volta das 21h30, na Rua Guabiroba de Minas, Jardim Lageado, zona leste da cidade

Segundo a Polícia Militar, cerca de 15 manifestantes colocaram entulho na via e pararam o coletivo da Viação VIP, que fazia a Linha Metrô Itaquera – Santo Antônio. 

Os criminosos quebraram vidros, obrigaram os passageiros a descer e atearam fogo no veículo. 

O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas não evitou que o coletivo ficasse completamente destruído. Não houve detidos e ninguém ficou ferido.

Ontem, a Polícia Militar deteve quatro homens e apreendeu quatro menores de idade, suspeitos de atearem fogo num ônibus que passava pela Estrada do M’Boi Mirim, na zona sul, por volta das 12h. 

O grupo, que protestava pela morte de um homem, interditou a via e gritou palavras de ordem como “justiça”.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os suspeitos foram encontrados com galão de gasolina, chumaço de estopa, mangueira e isqueiros. Eles foram indiciados pelos crimes de incêndio, associação criminosa e dano ao patrimônio.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

SÃO PAULO - Ônibus param por Falta de Segurança.

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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Florestan Fernandes Jr.: Abaixo as máscaras.


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Rua 7 de Abril, centro da cidade de São Paulo. A agência da CEF foi destruída. Crédito/foto: clipping.com.br/notícia
Florestan Fernandes Jr., via Por dentro da mídia.

Querem transporte coletivo de qualidade, mas depredam pontos de ônibus e colocam fogo nos coletivos. São contra a especulação financeira internacional e depredam agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Reclamam do custo das ligações telefônicas, mas arrebentam com os orelhões. 

Pedem mais investimentos em cultura e educação e invadem teatros e shows. São contra os grandes magazines, mas saqueiam pequenas lojas do comércio. Dizem defender os direitos do cidadão humilde, mas colocam fogo em carros populares com a família dentro. 

São contra a Copa do Mundo, mas não fizeram nada para evitar que ela viesse para o Brasil. Para mim, esse quebra-quebra todo é coisa de fascista, neonazista ou de pessoas a mando de um esquema clandestino para levar à insegurança institucional. São atos terroristas numa sociedade democrática onde as liberdades individuais são garantidas pela Constituição.

Trinta anos após o início da campanha das Diretas Já, temos bons motivos para nos preocupar com o futuro da nossa democracia. Os governos do PT e do PSDB têm responsabilidade de preservar o maior legado da geração que foi às ruas pela redemocratização do país. Foi ela o embrião dos dois partidos. 

Não quero ser paranoico, mas devemos saber quem são esses encapuzados que se infiltram em movimentos de protesto para gerar pânico e violência descabida.

Tenho uma amiga no Facebook que estuda o movimento Black Blocs e que acompanhou o “protesto” de sábado, dia 25, em São Paulo. Segundo ela, pela primeira vez no grupo havia gente de 14 e 15 anos que ficou apavorada com a violência nas ruas e se retirou das manifestações. Hoje a Folha publica o perfil de quem foi preso pela polícia. Dos 119 identificados, 62 têm entre 20 e 29 anos e 14 são menores de idade. 

Entre os detidos, uma menina de 14 anos e um senhor de 59 que é funcionário público. E ficou nisso. Nada além. Apenas quatro dos que participaram de atos de vandalismo foram detidos. Isso mostra que os mais violentos sabem quando e como desaparecer da cena do crime.

É urgente que o setor de inteligência das polícias federal, estadual e municipal identifiquem os vândalos para saber com exatidão quem são e se estão agindo a mando de grupos neonazistas ou de paramilitares. A nossa democracia precisa ser defendida imediatamente antes que seja tarde demais.

A realização da Copa no Brasil teve o apoio de quase todos os partidos e dos governos estaduais e municipais. A escolha do Brasil como sede do mundial foi comemorada pela maioria da população brasileira que ama o futebol. Realmente as exigências da Fifa foram exageradas, e algumas obras de governos estaduais excederam e muito os gastos previstos.
Aqui em São Paulo, o estádio da Copa é privado. O mesmo ocorre em Curitiba e no Rio Grande do Sul. 

Devemos cobrar explicações dos governos de Minas, Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Distrito Federal, Ceará e Bahia. Cada um que se explique. Em ano eleitoral é bom mesmo saber quem administrou mal os recursos públicos. 


Mas depois de todo o caminho percorrido, boicotar a Copa é de uma burrice sem tamanho. O melhor a fazer é aproveitar o evento para retirar dele parte dos gastos que tivemos.

A sociedade civil e os movimentos organizados devem continuar indo às ruas para cobrar de seus governantes ações de interesse público: saúde, educação, segurança, moradia, reforma agrária e transporte público de qualidade. Mas de cara limpa, sem máscaras. 

Pra mim, quem esconde o rosto numa democracia não tem boas intenções. Mesmo nos movimentos revolucionários em períodos de totalitarismo as pessoas tinham convicção do que queriam e não tinham motivos para esconder seus rostos.

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Leia também:

MinC - SCDC realiza Oficina de Planejamento da Teia de Natal prevista para acontecer nos dias 06 a 10 de maio de 2014.

Oficina de Planejamento

28/01/2013 - Foi iniciada nesta terça-feira (28), na Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC), em Brasília, mais uma oficina de planejamento do Encontro Nacional dos Pontos de Cultura – TEIA da Diversidade –, que deverá ser realizada entre os dias seis e dez de maio de 2014, em Natal.

A TEIA Nacional tem o objetivo de reunir, periodicamente, lideranças e produções dos Pontos de Cultura de todo o país para o debate das ações do Programa Cultura Viva e pactuação das metas futuras. 
Em 2014 o encontro incorpora a pauta da Diversidade Cultural, em consonância com a ampliação do escopo de ações da SCDC/MinC, gestora nacional do programa.
A oficina de planejamento é um espaço de proposições e reflexões sobre a programação da TEIA. Foram agendados três dias de reuniões na SCDC/MinC, para a discussão da metodologia de trabalho do encontro, definição dos parceiros e a grade da programação.
Os participantes da oficina integram o Grupo de Trabalho intersetorial criado para organizar a TEIA da Diversidade, composto por 
gestores públicos do MinC, Ministério da Saúde, Presidência da República, integrantes da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura, coordenadores regionais das Redes de Pontos de Cultura e representantes de grupos da Diversidade Cultural.

O diretor da Cidadania e da Diversidade Cultura da SCDC/MinC, Pedro Vasconcellos, ao abrir os trabalhos da oficina, nesta terça-feira (28), disse que o Encontro Nacional dos Pontos de Cultura deste ano será o marco de um novo ciclo do Programa Cultura Viva, pois focará o debate nas principais mudanças que ocorreram nas diretrizes do programa, ao longo de seus dez anos de existência.
Na avaliação do coordenador-geral de cooperação, articulação e informação da SCDC/MinC, Pedro Domingues, também presente na oficina, A TEIA da Diversidade deverá ser também um grande momento de reflexão sobre as políticas transversais do Governo Federal na campo da cidadania e sobre o legado que o Programa Cultura Viva está trazendo para a cultura brasileira.
(Texto e Fotos: Patrícia Saldanha, SCDC/MinC)

Museu Casa História de Alcântara


Maranhão | Museu Casa História de Alcântara | MuseusBR



Museu mostra em objetividade aspectos historicos envolvendo casas de época, mobiliários, louças e os antigos moradores do casarão. 

Aberto de terça à sexta-feira, de 9h30 às 16h30 e fins de semana e feriados de 9h30 às 14h30.

A taxa de Visitação é de R$2,00, com gratuidade para moradores de Alcântara, idosos, crianças de até 10 anos, professores e grupos escolares. 

Link do MinC:

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Festival Maranhão na Tela leva 21 filmes nacionais a São Luís

27.01.2014
Começou no dia 23 e vai até o dia 31 de janeiro a 6ª edição do Maranhão na Tela. O festival, realizado na cidade de São Luís, tem seu foco no fomento da produção audiovisual local. O evento promove exibições de filmes em mostras temáticas e cursos de capacitação com profissionais da área. Todas as atrações do festival são gratuitas.
O festival homenageia o cineasta Ruy Guerra com a exibição de três filmes: "Ópera do Malandro", "Os Cafajestes" e "Os Fuzis"; o ator João Miguel também será homenageado em mostra com produções estreladas por ele. 
Além das homenagens, o festival conta com as mostras Música para os Olhos, com filmes de temática musical; Mostra Midnight, focada na exibição de filmes de horror; Mostra Maranhão na Telinha, dedicada ao público infantil; e a Mostra Panorama Brasil. Ao todo, serão exibidos 21 filmes, todos nacionais e, com exceção de parte da filmografia das mostras de homenagens, recentes. Consulte a programação completa no site do festival.
Também serão ministrados cursos de audiovisual. A Maratona de Capacitação conta com cursos de Direção de Arte, Direção de Atores, Dramaturgia, Figurino, Desenvolvimento de Projetos, Trilha para Cinema e Produção Cinematográfica.
Para mais informações, acesse o site oficial do 6º Maranhão na Tela.
Fonte: ANCINE
Edição: Ascom / MinC

Brasil - Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, lança Edital. A proposta é selecionar projetos voltados à igualdade e aos direitos das mulheres.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República está com inscrições abertas, até o dia 16 de fevereiro, para um novo edital. 

A proposta é selecionar projetos voltados à igualdade e aos direitos das mulheres. 

Serão contempladas as seguintes temáticas: 

- apoio à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher; 

- fortalecimento da participação de mulheres nos espaços de poder e decisão; 

- incorporação da diversidade das mulheres nas políticas públicas; 

- apoio à criação e ao fortalecimento de Organismos de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher; 

- apoio a iniciativas de referência nos eixos temáticos do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres; e 

- incorporação da perspectiva de gênero nas políticas educacionais e culturais e de formação de profissionais da educação.

Clique aqui para acessar o regulamento.

A corrupção está no ar. Texto copiado do Blog do Intervozes.

Por Pedro Ekman em 21/01/2013 na edição 782. Reproduzido do blog do Intervozes, na Carta Capital, 14/1/2014; intertítulo do OI.
A privatização dos recursos públicos e comuns a todos os cidadãos é uma proposta sempre presente em programas políticos de direita. A alegação é de que um gerente que precise obter lucro em suas operações naturalmente vai manejar os recursos de toda a sociedade da forma mas eficiente. A suposta eficiência inerente ao processo de acúmulo de capital impediria a corrupção, pois diminuiria o lucro.
Essa forma de ver a sociedade estabelece comodamente a corrupção no setor da gestão pública e a eficiência no setor da gestão privada como se fossem coisas naturais e intrínsecas a cada forma de atuação. No Brasil, esse pensamento se tornou hegemônico, criando um sistema onde a notícia de formação de cartel bilionário de empresas privadas em obras de públicas não levam o nome de corrupção. O que não se diz é que elas estão corrompendo regras e violando o interesse público para obter vantagens privadas.
As ondas eletromagnéticas que carregam consigo os canais de rádio e TV aberta são recursos naturais finitos e, por isso, são geridas pelo Estado, em nome da sociedade brasileira, e não por uma corporação privada que representa apenas seus acionistas. Entretanto, a comunicação social de nosso país está absolutamente tomada pelo setor privado, o que é mantido com o argumento de que essa seria a forma mais eficiente de oferecer a melhor programação e conteúdos para a sociedade.
Você diria que a maneira mais eficiente de oferecer conteúdo de qualidade para uma cidade seria a de informar, ao longo de todo o dia, sobre o trânsito de veículos de outra cidade? O Ministério Público Federal também percebeu alguns furos nessa lógica e recomendou que o Ministério das Comunicações e a Anatel fiscalizassem 16 rádios comerciais localizadas na cidade de São Paulo, dentre elas a Sulamérica Trânsito. Esta, apesar de ser uma rádio da cidade de Mogi das Cruzes, transmite exclusivamente conteúdos sobre o trânsito da cidade de São Paulo.
De acordo com a lei, o deslocamento de antenas de uma cidade para outra só é permitido quando isso for necessário para munir a cidade de origem de um melhor sinal de rádio. O que ocorre, por exemplo, no caso do pico do morro mais alto da região estar em cidades vizinhas. Para que esse deslocamento seja autorizado, a empresa tem que garantir alguns requisitos básicos, como ter um estúdio principal e a maior parte de funcionários na cidade de origem; produzir a maior parte da programação nesse mesmo município; e, é claro, garantir que o sinal de fato chegue aos moradores da cidade para qual a empresa recebeu licença para funcionar. Mas a lógica incorruptível de se obter lucro levou os empresários da comunicação a deslocar a não apenas as antenas, mas também a programação, o estúdio e os funcionários para as cidades vizinhas, roubando dezenas de canais de rádios de municípios que não foram agraciadas com mercados tão robustos. Esses empresários “incorruptíveis” participam de licitações a baixo custo em cidades menores e acabam recebendo canais que custariam bem mais nos lugares onde de fato as rádios estão instaladas.
Governo omisso
Em relatório da Anatel produzido, a partir da recomendação feita pelo MPF, sobre as rádios fiscalizadas que deslocaram suas antenas na grande São Paulo, apenas 16 não cumpriam os requisitos básicos para tal. São elas: Bandeirantes (FM 90,9) de Itanhaém, Sulamérica Trânsito (FM 92,1) de Mogi das Cruzes, Nativa (FM 95,3) e Mix (FM 106,3) de Diadema, Tupi (FM 104,1) de Guarulhos, Terra (FM 97,3) de Atibaia, Sê tu uma benção (FM 98,1) de Itatiba, Expressão (FM 106,9) e Scalla (FM 102,1) do Arujá, 89 (FM 89,1) e Alpha (FM 101,7) de Osasco, 106 Love (FM 105,7) e Tropical (FM 107,9) de Itapecerica da Serra, Energia 97 (FM 97,7) e Rede Aleluia de rádio (FM 99,5) de Santo André e Vida (FM 96,5) de São José dos Campos.
Nenhuma dessas rádios atende plenamente aos requisitos mínimos estabelecidos pela lei. Nem mesmo o suposto objetivo fim do deslocamento da antena se verifica, pois apenas duas rádios fazem seu sinal chegar ao local de origem da licença e, mesmo assim, com programas inteiramente produzidos em outra cidade. E como essas empresas conseguiram burlar por tanto tempo a lei? Algum funcionário público recebeu propina para não ver as irregularidades? Não, desta vez a corrupção está centralmente no setor privado. O Estado, por sua vez, omite-se completamente de fiscalizar o cumprimento das regras que visam a preservar o interesse público, pois uma única fiscalização revelou todo o problema.
O Ministério das Comunicações e a Anatel simplesmente não se sentem na obrigação de fiscalizar as empresas privadas. Eles só o fazem se provocados pelo MPF ou por outro organismo independente. Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho de Radiodifusão Comercial do Ministério das Comunicações, Denise de Oliveira, isso acontece para evitar a caracterização de perseguição política. Em outras palavras, para evitar constrangimentos entre os donos da mídia e o governo. Com essa postura, cidades inteiras passam décadas sem usufruir de um recurso natural que lhes é de direito.
O relatório da Anatel recomenda um prazo de 270 dias para correção das irregularidades sob pena de suspensão do serviço. Um prazo generoso e bem diferente ao dado para as rádios comunitárias irregulares, que têm seus equipamentos apreendidos e seus integrantes presos por tentar se comunicar. Para elas, não há qualquer prazo para defesa ou adequações. Duas das rádios comerciais citadas no relatório da Anatel obstruíam a fiscalização impedindo sua conclusão. Até agora, não se tem notícia de que a Polícia Federal tenha sido acionada para intervir.
O governo precisa fazer a sua parte e deixar de ser omisso. O MPF já enviou nova recomendação pedindo que a fiscalização realizada em São Paulo se repita em todo o país, a começar pelas capitais. Cabe ao Ministério das Comunicações a decisão de defender o interesse público ou de se juntar aos demais, no banco dos réus.
***  Pedro Ekman é integrante da Coordenação Executiva do Intervozes.

Um bilhão de idosos até 2020 e 3 bilhões até 2100, artigo de José Eustáquio Diniz Alves, publicado originalmente pelo Ecodebate.

Estatisticas 140124
O mundo está passando por um terremoto na estrutura etária (agequake) que vai provocar o surgimento de um tsunami de pessoas grisalhas (grey tsunami outsunami gris).
Em 1950 existiam 204 milhões de pessoas com 60 anos e mais de idade, representando 8,1% da população mundial, de 2,532 bilhões de habitantes. Em 2000 eram 610 milhões (10% do total populacional). Segundo as novas projeções divulgadas pela Divisão de População da ONU, o mundo vai atingir a marca recorde de 1 bilhão de habitantes com 60 anos ou mais de idade, em 2019. A população mundial estimada para 2019 é de 7,6 bilhões de habitantes. Isto quer dizer que deverá haver 13,5% de idosos no globo, no final da atual década.
O século XXI vai ser o século do envelhecimento populacional. Enquanto a população mundial deve passar de 6 para 11 bilhões de habitantes (não chegando a multiplicar por 2 vezes), a população com 60 anos e mais vai passar de 610 milhões de pessoas para 3 bilhões, multiplicando por 5 vezes. Os idosos eram 10% em 2000 e vão chegar a mais de 25% em 2100. Em nenhum outro século do passado ou do futuro houve ou haverá uma mudança tão significativa da estrutura etária. Assim com a transição demográfica, o agequake só acontece uma vez na história.
Esta transformação da estrutura etária ocorre em primeiro lugar por conta da queda das taxas de fecundidade que reduzem a base da pirâmide de sexo e idade e, em segundo lugar, ao aumento da esperança de vida e da longevidade. Hoje em dia morremos menos nas idades iniciais e sobrevivemos crescentemente em idades mais avançadas, ou seja, longevivemos mais.
Segundo Angus Maddison, a esperança de vida ao nascer do mundo era de apenas 24 anos no ano 1000 da Era Cristã. Nos países ocidentais (Europa Ocidental e Estados Unidos) a esperança de vida passou para 36 anos em 1820, 46 anos em 1900 e 79 anos em 2006. No resto do mundo a esperança de vida ao nascer chegou a 26 anos em 1900, 44 anos em 1950 e 64 anos em 2006.
From 1000 to 1820, life expectation in the West rose from 24 years at birth to 36; it rose to 46 by 1900, to 67 by 1950, and to 79 in 2006. In the Rest it lagged behind, remaining at 24 from 1000 to 1820, rising to 26 by 1900, 44 by 1950 and 64 in 2006” (Maddison, p. 88).
No quinquênio 2010-15, segundo a Divisão de população da ONU, países como Japão, Coreia do Sul e Singapura já tinham esperança de vida ao nascer acima de 81 nos, ultrapassando os Estados Unidos com 79 anos. O conjunto da América Latina e Caribe tem 75 anos de esperança de vida atualmente e deve ultrapassar 80 anos a partir de 2035. Ou seja, a alta expectativa de vida é um fenômeno que está se espalhando por quase todas as regiões do mundo (a África Subsaariana é uma região que ainda está atrasada neste processo).
Devido à alta fecundidade do passado e ao atual prolongamento da vida média, a quantidade de pessoas com mais de 60 anos vai crescer muito rapidamente durante o atual século. O número de 1 bilhão de idosos deve ser atingido até 2020 e é uma marca histórica, sendo uma cifra maior do que toda a população humana de 1800. Mas o próximo 1 bilhão vai demorar somente 30 anos, pois em 2050 haverá mais de 2 bilhões de habitantes com 60 anos e mais de idade no globo. Em 2100 haverá outro bilhão, chegando a 3 bilhões de pessoas grisalhas, mais do que toda a população mundial de 1950.
Os analistas mais pessimistas consideram que este fenômeno do envelhecimento vai prejudicar a economia – ao reduzir o percentual de pessoas consideradas em idade ativa – e vai sobrecarregar os gastos do sistema de saúde e da previdência. Em geral, quanto mais longevo é um país, maior é a carga de doenças e a demanda sobre as famílias e a sociedade. O aumento da proporção de idosos está associado ao fim do primeiro bônus demográfico e ao aumento da razão de dependência.
Mas o mundo pode colher um segundo bônus demográfico se esta grande onda de pessoas idosas vier acompanhada de maiores níveis de educação, uma vida com energia, uma maior capacidade de manutenção do patrimônio acumulado ao longo dos anos e da experiência incorporada. A questão chave será surfar adequadamente na onda do envelhecimento, evitando a discriminação e avançando na inclusão social. Uma população idosa e saudável pode ser uma bênção para o país e o mundo.
Referência:
Angus Maddison. The West and the Rest in the World Economy: 1000–2030. Maddisonian and Malthusian interpretations, World Economics, 2008 
José Eustáquio Diniz Alves, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em demografia e professor titular do mestrado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE; Apresenta seus pontos de vista em caráter pessoal. E-mail: jed_alves@yahoo.com.br
Publicado peloEcoDebate24/01/2014.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Lepra no Brasil: uma doença escondida, apesar de o País deter o maior número de casos, depois da Índia.

lepra
Por , 26/01/2014 18:43.
Por Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental.
No dia mundial contra a lepra, reportagem de Maria Zuppello, no The Guardian, mostra, com entrevistas e depoimentos em Português, como o Brasil construiu uma rede de colônias que se transformaram em pequenas cidades, onde as vítimas da doença são marginalizadas e excluídas, com suas famílias.
O uso da palavra hanseníase, que deveria ajudar na luta contra o preconceito, serviu nas últimas décadas para mascarar a doença, inclusive levando pessoas a não buscarem tratamento, pensando tratar-se apenas de uma doença de pele. 
Enquanto isso, a taxa de novos casos chega a 30 mil por ano, no País. “Não se morre de lepra de uma vez no Brasil, mas se morre um pouquinho cada dia”, diz o médico Marco Colovatti, especialista em diagnosticar a doença. “É fundamental que os governos – federal, estadual e municipal – juntem esforços para erradicar a doença e dar melhores condições de vida às pessoas que dela sofrem”, afirma Artur Custódio, Coordenador do Movimento Nacional para a Reintegração das Pessoas Afetadas pela Hanseníase.
Veja o vídeo de 7 minutos clicando AQUI.

Cultura Viva - I Teia Estadual da Cultura Termina neste Domingo.

25 de janeiro, 2014 - 10h10

Encerra, neste domingo (26), o encontro I Teia da Rede Estadual de Pontos de Cultura do Maranhão, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) e realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secma). 

A solenidade acontece, a partir das 9h, no Grand São Luiz Hotel, na Avenida Dom Pedro II, 299, Centro, com encaminhamentos de propostas, eleições de delegados e entrega de certificados aos participantes.

A Teia-Maranhão é uma preparação estadual para a Teia Nacional, que acontecerá, em abril, na cidade de Natal (RN), onde estarão reunidas lideranças e produções dos Pontos de Cultura, dos grupos, segmentos e fazedores da cultura brasileira. Nesse encontro nacional a proposta da Teia é fortalecer a Rede Cultura Viva e do Programa Cultura Viva, além de ser um espaço para integração, reflexão, capacitação e difusão e, a promoção e proteção da Diversidade das Expressões Culturais, destaca Olga Simão, secretária de Cultura.

Lançado pelo Governo Federal, em 2007, o Programa Mais Cultura, hoje Cultura Viva, marca o reconhecimento da cultura como necessidade básica, direito de todos os brasileiros, tanto quanto a alimentação, a saúde, a moradia, a educação e o voto. A partir desse Programa, o Governo Federal incorpora a cultura como vetor importante para o desenvolvimento do país, incluindo-a na agenda social-política estratégica de Estado para reduzir a pobreza e a desigualdade social, destaca Francisco Barros.

No Maranhão, via convênio com a Secretaria de Estado de Cultura assinado em 2007, com recursos repassados em julho de 2009, foi então dado encaminhamento aos processos com as entidades selecionadas pelo Edital 001 – Ponto de Cultura – MA. O Governo do Maranhão firmou convênios com associações da sociedade civil que fortaleceram a cultura popular do Estado, uma vez que grande parte dos proponentes desenvolve trabalho voltado para a cultura e o folclore local.

No total, hoje no Maranhão somam 30 Pontos de Cultura, localizados nos municípios de São Luís, Raposa, Ribamar e Paço do Lumiar. Outros 30 estão distribuídos por vários municípios maranhenses localizados nos Territórios da Cidadania.  Durante o período de 2010 a 2013 foram repassados recursos para o funcionamento dos Pontos de Cultura cujas prestações de contas foram devidamente aprovadas pelo Setor de Convênios e Contratos da Secma e estão em execução de suas atividades.


Programação

Domingo (26)

9h– Encaminhamentos para eleição dos Delegados que representarão a Rede na Teia Nacional

9h30 – Fechamento das Propostas da Teia Estadual do Maranhão

10h30 – Eleição dos Delegados

11h30– Encerramento e entrega dos certificados de participação