terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Russia.Caiu um avião caça Su-30MK-2


© Foto: en.wikipedia.org/g4sp/cc-by-sa 3.0



Caiu hoje 28.02.2012, um caça Su-30MK-2 (ou Flanker-C) caiu no Extremo Oriente. A tripulação de duas pessoas conseguiu se catapultar.

O acidente ocorreu durante um voo de teste a 140 km da cidade de Komsomolsk-na-Amure. As causas do acidente estão sendo investigadas.

Su-30 MK-2 é um caça multifuncional russo de dois lugares. Foi desenhado para dirigir combates de grupo de caças e para prestar apoio no combate a outras aeronaves, para proteger tropas terrestres e instalações, para eliminar aerotransportados no ar, bem como para conduzir reconhecimento aéreo e para destruir de alvos terrestres e marítimos.

FONTE:http://portuguese.ruvr.ru/2012_02_28/67074446/

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Greve PM Rio de Janeiro. Beltrame autoriza processo para expulsão de PMs.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, assinou hoje (27) as autorizações para os processos de expulsão no Conselho de Justificação da Polícia Militar contra três oficiais da corporação. Eles são acusados de participação no movimento grevista no início do mês. Ao todo, seis oficiais podem ser expulsos por incitar a paralisação.

Os policiais indiciados hoje são o tenente coronel Sérgio de Alvarenga Rodrigues e os tenentes Fernando Alves de Lima Inácio Silva e Diego Luciano de Almeida. Eles deverão apresentar suas justificativas ao conselho, que decidirá pela expulsão ou permanência na corporação. Em seguida, a PM remete a decisão ao Tribunal de Justiça do Rio. Em março, o Governo do Estado diminuiu por decreto o prazo de julgamento nas corporações para bombeiros e policiais. O limite para conclusão dos trabalhos caiu de 30 para 15 dias. O processo de expulsão para oficiais costumava ser lento e demorava anos, segundo especialistas.

O movimento grevista de bombeiros, policiais militares e civis foi iniciado no dia 10 de fevereiro. A paralisação teve baixa adesão e foi desmobilizada três dias depois. O Governo do Rio agiu rápido para reprimir o protesto. Na manhã do primeiro dia de greve, a Justiça decretou a prisão de 16 lideranças. Todos foram enviados para o presídio de segurança máxima de Bangu 1.

Dois coronéis e um major já respondiam ao Conselho de Justificação. Os oficiais preparam as suas defesas. Ex-corregedor da PM e blogueiro, o coronel reformado Paulo Ricardo Paúl afirmou que sua expulsão é "tecnicamente impossível". "Eu era contra a greve e sequer participei do movimento. Minha prisão foi política por causa do meu blog", disse Paúl. Os outros oficiais ameaçados de expulsão são o coronel e líder do movimento pela PEC 300, Adalberto de Souza Rabello, e o major Hélio da Silva de Oliveira, que fazia parte do comando de greve. Ambos são da reserva da PM.

Agência Estado No Rio  

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2012/02/27/beltrame-autoriza-processo-para-expulsao-de-pms.htm

Educação: A gula do cartel da merenda.

Resenha do Exercito - Revista Epoca.

Uma investigação mostra como empresas e políticos lucraram com a corrupção no fornecimento de comida a escolas – e como as crianças passaram a comer menos e pior.

LEANDRO LOYOLA

Um prato com arroz, feijão, pedaços de carne ou frango e um legume, combinado com uma fruta e um suco. É a rotina de milhões de estudantes de escolas públicas. Para as crianças, a merenda é uma refeição importante do dia. Após quatro anos de investigação, o Ministério Público do Estado de São Paulo afirma que esse pequeno prato tem um valor igualmente imenso – mas de outra natureza – para uma organização criminosa que funcionou nos últimos dez anos em 57 cidades do Estado de São Paulo. Seis fornecedoras de merenda são acusadas de superfaturar contratos – e políticos e funcionários públicos, de receber propinas.

Essas empresas são acusadas de, para obter lucro, cobrar caro e, em muitas ocasiões, servir aos alunos comida de pior qualidade. De acordo com as acusações, ofereciam alimentos mais baratos, como cubos de carne de frango, em vez de coxa e antecoxa. Os legumes, que deveriam ser cortados frescos, já chegavam picados. Em São Paulo, o contrato com a prefeitura especificava o fornecimento de maçã “tipo A”. Mas a maçã fornecida era do “tipo C”, de pior qualidade. As merendeiras eram orientadas a servir porções menores. Enquanto o contrato mandava servir uma maçã de sobremesa, as escolas paulistanas serviam meia.

As empresas acusadas são: SP Alimentação, Nutriplus, Geraldo J. Coan, De Nadai/Convida, Sistal e Terra Azul. Elas serão denunciadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo por formação de cartel – prática em que há um acerto para combinar preços e estratégias –, fraude a licitações, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. De acordo com a investigação dos promotores Sílvio Antonio Marques e Arthur Pinto de Lemos Júnior, as empresas renunciaram à concorrência, combinaram o jogo e passaram a ganhar contratos superfaturados, pagando propina a prefeitos e a secretários municipais.

Segundo a ação, as empresas podem ter distribuído até R$ 400 milhões em propina. Isso equivale a 10% do que faturaram – o negócio de merendas movimentou cerca de R$ 4 bilhões. “Trata-se de um cartel que ajudou prefeitos e secretários no desvio de uma enorme quantidade de dinheiro público”, afirma o promotor Marques. “Esse cartel não só provocou um enorme prejuízo aos cofres públicos, como também prejudicou milhões de crianças, que receberam durante vários anos refeições de péssima qualidade.” O promotor Arthur Lemos preferiu não se manifestar.

A investigação ganhou corpo ao encontrar uma testemunha-chave: Genivaldo dos Santos, ex-sócio da Verdurama, uma das empresas do grupo SP Alimentação, um dos maiores no país no ramo de merenda. Entre 2002 e 2008, Genivaldo participou do esquema de fraude de concorrências e ajudou a subornar políticos e funcionários públicos. Em 2010, ele assinou um acordo de delação premiada com o Ministério Público (MP). Desde então, deu mais de 30 depoimentos, em que contou como eram feitos os acordos, revelou o nome dos envolvidos e deu detalhes dos negócios ilícitos.

Com cerca de 2 milhões de refeições servidas por dia, a prefeitura de São Paulo é o maior cliente do país de merenda escolar. Segundo Genivaldo, as empresas do cartel, entre 2001 e 2011, pagaram sistematicamente propinas a funcionários da prefeitura de São Paulo durante as administrações de Marta Suplicy (2001-2005), José Serra (2005-2006) e Gilberto Kassab (a partir de 2006). As empresas começaram a fornecer merenda à prefeitura durante a gestão Marta. Até ali, era a prefeitura que comprava alimentos – e as merendeiras preparavam a comida. A gestão Marta passou a comprar das empresas 30% da merenda servida nas escolas. Por economizar gastos, a terceirização é considerada uma boa medida. O problema em São Paulo é que ela veio acompanhada da corrupção.

Segundo a investigação do MP, o grupo formado pelas empresas SP Alimentação, Geraldo J. Coan, De Nadai e Nutriplus pagava propina de 7% dos valores dos contratos a integrantes da gestão Marta. Os promotores obtiveram amostras disso a partir de uma operação de busca e apreensão realizada, em julho de 2010, na casa de Sílvio Marques (homônimo de um dos promotores que investigam o caso). Funcionário da SP Alimentação, Marques era encarregado da parte financeira do esquema de corrupção. Para sorte da Justiça – e azar dos envolvidos –, ele mantinha os registros dos negócios sujos em pen drives. Confrontado com os testemunhos de Genivaldo, o acervo eletrônico de Marques deu feições mais nítidas ao esquema. 

Entre os dados está uma planilha com a contribuição de cada empresa do cartel para o pagamento de propina à Secretaria Municipal de Abastecimento de São Paulo, entre agosto de 2003 e fevereiro de 2004 (leia a reprodução abaixo). Segundo o documento, a SP Alimentação pagou R$ 321 mil; a Geraldo J. Coan, R$ 348 mil; a De Nadai, R$ 292 mil; e a Nutriplus, R$ 241 mil.

 De acordo com a investigação, um dos que recebiam os valores era Valdemir Garreta, petista que atuou como secretário de Comunicação e de Abastecimento da gestão Marta Suplicy. Garreta teve atuação de destaque nas campanhas eleitorais de Marta. Consultor de comunicação, ele atuou na campanha do presidente do Peru, Ollanta Humala, ao lado de Luis Favre, ex-marido de Marta. Garreta é sócio de três empresas de comunicação e de uma de negócios imobiliários. Num dos documentos, consta a propina que Genivaldo diz ter sido paga a Garreta. Segundo a planilha, entre 1o e 15 de março de 2005, Garreta recebeu R$ 61.700 da SP Alimentação, R$ 69.800 da Coan, R$ 56.200 da De Nadai/Convida e R$ 54.400 da Nutriplus. Total: R$ 242 mil. Em outro documento, consta que, entre fevereiro e junho de 2005, a SP Alimentação pagou R$ 524 mil a Garreta. “As duas vezes em que meu nome foi citado foram pessoas que ‘ouviram falar’”, diz Garreta. Em dezembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Valdemir Garreta.

Segundo Genivaldo disse aos promotores, o responsável por entregar a propina a Garreta era Eloizo Durães, o presidente da SP Alimentação. Mas havia traições no grupo. Segundo a investigação, a propina que chegava às mãos dos destinatários equivalia, na verdade, a 5% do valor do contrato – não a 7%. Eloizo é acusado de embolsar a diferença de 2 pontos percentuais. A investigação sustenta que os companheiros de Durães descobriram o desvio, e, em 2005, o dinheiro passou a ser entregue por um diretor da De Nadai/Convida. Não é a primeira vez que Durães é acusado de pagar propina.

 Em 2010, ele foi preso sob a acusação de subornar dois vereadores de Limeira. Eles receberam R$ 175 mil para frear uma investigação sobre o contrato de R$ 56 milhões entre a SP Alimentação e a prefeitura.

Em 2006, a prefeitura de São Paulo fez nova concorrência para escolher os fornecedores de merenda escolar. A cidade foi dividida em seis lotes. Cada lote foi vencido por uma das seis empresas acusadas de formar o cartel. Em depoimento, a procuradora do município de São Paulo, Ana Lúcia Marino Rosso, afirmou que a divisão da cidade em seis áreas foi feita sem “nenhum fundamento técnico”. Segundo ela, o formato foi decidido pela coordenadora de licitações da prefeitura, Erika Oliver. Meses após o leilão, Erika e seu subordinado Sérgio Ramos foram contratados pela SP Alimentação, uma das vencedoras da concorrência. Segundo Genivaldo, os preços, a divisão dos lotes e a estratégia para os leilões foram acertados pelas empresas em hotéis.

Na gestão de José Serra, segundo disse Genivaldo, o sistema de pagamento de propina mudou. Em vez de uma quantia proporcional aos valores dos contratos, foi fixado um valor mensal de R$ 600 mil. Todos os meses, no dia 10, cada uma das seis empresas fornecia R$ 100 mil, entregues a um representante da prefeitura no escritório da Nutriplus, em São Paulo. No dia 3 de abril de 2010, Genivaldo encontrou-se com Marques numa padaria na Zona Oeste de São Paulo. A conversa foi gravada em áudio e vídeo. Nela, Marques diz a Genivaldo que a propina era paga ao secretário municipal de Abastecimento, Januário Montone. Segundo Genivaldo, Montone recebeu R$ 50 mil no dia 3 de agosto de 2007 e outros R$ 50 mil 20 dias depois. Um dos pagamentos foi anotado num papel timbrado da SP Alimentação (leia a reprodução abaixo). Em dezembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Montone. Ele nega ter recebido pagamentos. “Confio na decisão da Justiça, não podendo, contudo, me manifestar sobre fatos que ainda estão sob apreciação”, afirmou Montone, por meio de uma nota.

Genivaldo e o meticuloso Marques anotavam, em folhas de “memorando interno”, com o timbre da SP Alimentação, a data, o destinatário e a quantia a ser paga em propina. Em vários deles está escrito “Semab”, abreviatura para Secretaria Municipal de Abastecimento de São Paulo. Os promotores concluíram que todos os códigos “S” nas planilhas de caixa dois da SP Alimentação se referem a propina. A sigla “S2” se refere à propina paga à Semab. Há, ainda, tabelas de controle de propina a diversas prefeituras.

A primeira parte do esquema de corrupção do cartel consistia em convencer prefeitos de outras cidades a adotar a terceirização. Isso era feito mediante contribuições a campanhas eleitorais s ou com a ajuda de lobistas. Em Jandira, cidade de cerca de 100 mil habitantes na Grande São Paulo, o grupo SP Alimentação deu dinheiro à campanha a prefeito do candidato Paulo Bururu (PT), em 2000. Quarenta e três dias depois de eleito, Bururu contratou as empresas do cartel. Genivaldo contou que, em 2005, procurou Bururu a pedido de Durães e ofereceu R$ 150 mil em dinheiro para que ele adotasse a terceirização da merenda. Para justificar a medida, Bururu encomendou a um prestador de serviços do grupo SP Alimentação – Olavo Ozzetti – uma avaliação da merenda da prefeitura. Ozzetti concluiu que a comida era de má qualidade, preparada sem higiene e cara. “É certo que as conclusões do indigitado ‘relatório’ refletiriam uma realidade distorcida, aquela pretendida pela empresa”, afirmam os promotores.

O acerto no cartel era que a empresa que convencesse o prefeito venceria a licitação – as outras só fingiriam concorrer, para dar a impressão de que o processo fora legal. A prefeitura de Jandira adotou a terceirização e fez uma concorrência. A SP Alimentação ficou em 5o lugar. Foi escolhida porque as quatro primeiras classificadas desistiram. De acordo com Genivaldo, Bururu recebeu da SP Alimentação três parcelas de R$ 50 mil por isso, entregues em seu carro, num posto de gasolina. O MP apreendeu na casa de Marques um memorando de 2007 que detalha esses pagamentos a Bururu. Bururu nega as acusações. Numa ação por improbidade administrativa, o MP afirma que Bururu “adquiriu ou manteve bens incompatíveis com seus rendimentos”. O MP localizou 17 imóveis dele. Em dezembro de 2011, a Justiça decretou o bloqueio de seus bens.

O deputado federal Abelardo Camarinha (PSB-SP) foi três vezes prefeito de Marília, cidade de 200 mil habitantes do interior de São Paulo. Na investigação, ele é citado como beneficiário de metade da propina de 10% paga pela SP Alimentação. O valor era dividido entre Camarinha e o prefeito Mário Bulgareli (PDT), segundo Genivaldo. A propina atribuída a Camarinha era de R$ 50 mil mensais. O promotor Isauro Pigozzi Filho cruzou os dados das planilhas de Marques com os pagamentos feitos pela prefeitura. “Os dados bateram”, diz. “O rapaz que fez a delação premiada falou de 2005, quando eu não era mais prefeito”, afirma Camarinha. Ele responde a quatro processos e oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal. No fim do ano passado, a Justiça bloqueou os bens de Camarinha e Bulgareli.

Os promotores também encontraram rastros de corrupção no Paraná, no Rio Grande do Sul, no Maranhão e em Minas Gerais. Na casa do diretor financeiro da SP Alimentação, Antônio Marques Franco, os promotores apreenderam comprovantes de depósitos bancários. Entre os papéis estava um depósito de R$ 15 mil na conta de Adalberto Baka e outro, de R$ 30 mil, na conta de Alda Baka. São dois irmãos de José Baka Filho, prefeito de Paranaguá, no Paraná. Alda trabalhou na prefeitura de Jaguariúna, em São Paulo. As duas cidades mantinham contratos com a SP Alimentação. Alda e Adalberto disseram ao MP que o dinheiro veio de uma herança. Mas não souberam explicar o que a SP Alimentação tinha a ver com isso.

A SP Alimentação e Eloizo Durães não quiseram falar sobre a investigação. A SP Alimentação disse que “não participou de qualquer processo fraudulento para licitação ou manutenção de contratos”. A Nutriplus afirmou que “qualquer um de seus representantes jamais esteve em reuniões com as demais empresas do setor com a finalidade de fraudar qualquer licitação”. O advogado Antonio Carlos Dueñas disse que a Terra Azul “não participou de reuniões para combinar nada”. Representantes da Geraldo J. Coan e da Sistal não foram localizados para comentar o assunto. A De Nadai não respondeu ao pedido de entrevista. No ano passado, numa festa, Sérgio De Nadai, sócio da De Nadai/Convida, deu entrevista a um programa de celebridades. Disse que desistira de negócios com governos, por ter levado calotes.

Na década de 1970, na persona de seu eterno personagem Didi Mocó, o humorista Renato Aragão gostava, nos episódios de Os trapalhões, de fazer pilhéria com o colega Mussum. “Mussum só ia à escola para comer merenda”, dizia Didi. Há mais de 40 anos, milhões de crianças brasileiras são alimentadas pela merenda escolar. A corrupção é inaceitável em qualquer lugar. Mas ganha contornos mais cruéis quando, além de roubar dinheiro público, empresas e políticos proporcionam comida ruim ou em quantidade insuficiente para crianças.

Fonte: http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha

Incêndio na Comandante Ferraz terá impacto político, afirmam cientista e deputada.

Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil.

Brasília – O geólogo Jefferson Cardia Simões, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS), afirmou hoje (27) que o impacto do incêndio na Estação Antártica Comandante Ferraz vai além do científico. "É político, também”, disse Simões, que é especialista no continente. O professor disse esperar que, com o acidente, a opinião pública seja esclarecida sobre as atividades brasileiras na Antártica e que o fato repercuta no orçamento destinado às atividades de pesquisa no país.

A vice-presidente da Frente Parlamentar de Apoio ao Programa Antártico, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), tem percepção semelhante e diz que o Brasil precisa assumir a sua condição sexta potência mundial: "o grau de investimento no continente não está à altura de um país como o nosso."

De acordo com a deputada, o Brasil destina poucos recursos à pesquisa na Antártica porque “há uma completa insensibilidade e inconsciência científica por parte da sociedade, do [Poder] Legislativo e do [Poder] Executivo. O programa de pesquisa na Antártica dá estatura ao Brasil”, ressalta.

Para Jô Moraes, não houve sensibilidade da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional para separar mais recursos para os gastos com a Estação Comandante Ferraz e as pesquisas na Antártica. De 2011 a 2012, os recursos previstos no Orçamento da União para a Missão Antártica caíram de R$ R$ 75,1 milhões, previstos no Programa Antártico Brasileiro (Proantar) para R$ 19,9 milhões, descritos no programa temático Mar, Zona Costeira e Antártica. Segundo a deputada, nem mesmo os recursos orçamentários destinados à região têm garantia de execução.

Em balanço feito em novembro do ano passado, a Frente Parlamentar de Apoio ao Programa Antártico verificou que nenhum real previsto em emendas de deputados, senadores ou comissões para a missão brasileira no continente tinha sido executado. Jô Moraes disse esperar que mais R$ 20 milhões sejam destinadas à missão para reconstrução da estação.

Apesar de criticar a “precariedade" do programa, ela diz que o incêndio foi uma “fatalidade”, cujas consequências seriam menores se o país desse prioridade à Antártica. “Os prejuízos da fatalidade poderiam ter sido evitados, nós temos refúgios lá”, ressalta a deputada, referindo-se a áreas da estação que não foram atingidas, a acampamentos e embarcações.

Na avaliação de Jefferson Simões, 40% das pesquisas foram afetadas. “Não podemos confundir o programa de pesquisa com a estação. O programa é mais amplo. Temos dados de pesquisa coletados por 27 anos”, lembra o cientista, destacando que a maior parte das pesquisas não era feita na estação, como é o caso do módulo de pesquisa Criosfera 1, instalado no mês passado por sua equipe na Antártica, a 670 quilômetros do Polo Sul.

Ele classificou o incêndio de “catástrofe”, mas ressaltou que não é o primeiro episódio, pois na década de 1970, houve um incêndio na estação russa. “Os incêndios em estações são muito temidos porque são difíceis de combater. O ambiente é fechado e há muito material inflamável”, explicou.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou nota de pesar pelo incêndio na Estação Comandante Ferraz. No momento do acidente, dois pesquisadores do Inpe estavam na Antártica: José Roberto Chagas, da Divisão de Geofísica Espacial, e José Valentin Bageston, da Divisão de Aeronomia. “Eles estão bem e desembarcaram no Rio de Janeiro na madrugada desta segunda-feira, com o grupo trazido de Punta Arenas, Chile, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB)”, diz a nota do Inpe.

Edição: Nádia Franco

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-02-27/incendio-na-comandante-ferraz-tera-impacto-politico-afirmam-cientista-e-deputada

Dilma defende metrô como solução para mobilidade urbana em regiões metropolitanas.

Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil.

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (27) o metrô como solução mais adequada de mobilidade urbana para as grandes cidades e regiões metropolitanas brasileira, durante anúncio de investimentos de R$ 1,6 bilhão para ampliação do metrô de Fortaleza.

Dilma disse que as linhas de metrô devem ser ampliadas no país. “Nos anos 1980 uma parte das lideranças deste país considerou que ter metrô era um luxo, e nós sabemos que não é assim. Uma cidade e uma região metropolitana quando crescem precisam ter transporte de massa, ela precisa que esse transporte de massa seja de qualidade. Isso significa que ele seja rápido, que ele seja seguro e que tenha conforto”.

De acordo com o Ministério das Cidades, a implantação dos 12 quilômetros (km) da Linha Leste do metrô de Fortaleza está orçada em R$ 3,034 bilhões, dos quais R$ 1,6 bilhão sairão do Orçamento Geral da União, R$ 633,9 milhões virão de contrapartida do governo estadual e R$ 800 milhões serão financiados. No Orçamento, estão incluídas a aquisição de 20 trens e a construção de 12 estações subterrâneas e uma de superfície.

“O governo federal acha que esta é uma iniciativa que cabe a ele ajudar os governos estaduais a transformar a qualidade de vida urbana nas grandes e nas médias cidades deste país. E, quanto às pequenas, nós temos de começar já a assegurar que elas não sejam levadas a ter esses problemas de transporte coletivo que muitas cidades do Brasil têm hoje”, disse Dilma.

Além da capital cearense, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador também estão recebendo investimentos para construção e expansão de linhas de metrô. Todas as cidades da lista estão entre as sedes da Copa do Mundo de 2014.

Segundo a presidenta, melhorar o transporte de massa nas cidades é parte do processo de crescimento e distribuição de renda no país. “Quando a gente fala que o Brasil melhorou, que está crescendo, distribuindo renda, nós também temos de olhar na melhora do serviço para a população. E criar transporte é melhorar um serviço para a população”.

Dilma passou o dia em Fortaleza, e, além do anúncio de investimentos para o metrô, a agenda inclui visita a obras de revitalização da orla da cidade, do eixo de integração entre o Açude do Castanhão e o Complexo Industrial e Portuário de Pecém e de um conjunto habitacional popular que está sendo construído em uma área de risco da capital cearense.

Edição: Rivadavia Severo

FONTE:  http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-02-27/dilma-defende-metro-como-solucao-para-mobilidade-urbana-em-regioes-metropolitanas

Tragédia na Antartida: Nova estação em dois anos.

www.informachile.com

Marinha diz que 70% da base foram destruídos, e Ministério da Defesa investiga curto-circuito

Roberto Maltchik

TRAGÉDIA NO GELO

A Marinha contabilizou a destruição de 70% da Estação Antártica Comandante Ferraz, após o incêndio que matou dois militares, feriu um terceiro e causou sérios prejuízos à pesquisa científica brasileira no continente gelado. O Ministério da Defesa investiga se um curto-circuito na praça de máquinas da EACF provocou o acidente. No sábado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que o planejamento da nova estação Antártica, na Ilha Rei George, deve começar já a partir de hoje e a base deve ser totalmente refeita em dois anos. Segundo o ministro, a nova base terá uma arquitetura nova, mais "completa e orgânica".

- A nossa ideia é imediatamente, já, chamar arquitetos para fazer desenhos, inclusive um desenho mais novo. Não estou dizendo que é por isso que aconteceu o incêndio, mas, obviamente, a base começou há 30 anos, então, ali ela foi agregando um pedaço ou outro. Agora já podemos pensar numa coisa para o futuro, digamos, de maneira mais completa, mais orgânica - disse Amorim.

Haverá urgência no levantamento dos estragos na estrutura física dos equipamentos de medição científica, bem como na elaboração do inventário das informações científicas consumidas pelo fogo. Segundo a Marinha, o prédio principal, onde ficava a parte habitável e alguns laboratórios da estação, foi totalmente destruído. Porém, o ministro da Ciência e Tecnologia informou que alguns contêineres, como os que armazenavam equipamentos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), podem ter sido preservados.

- O programa antártico é estratégico para o país. Então, não pode parar, obviamente. Temos que fazer esse inventário nas próximas semanas. Equipamentos que fazem medições permanentes e tiveram que parar. Esse é o exemplo das medições do oceano e da atmosfera. Parou isso? Isso tem que ser continuado - explicou Raupp.

A Marinha informou que os refúgios (módulos isolados para casos de emergência), os laboratórios (de meteorologia, de química e de estudo da alta atmosfera), os tanques de combustíveis e o heliponto, estruturas isoladas do prédio principal, resistiram ao incêndio. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT&I), Marco Antônio Raupp, determinou a realização de estudo para avaliar se o navio polar Almirante Maximiliano, que opera desde 2009 e auxiliou no resgate às vítimas, terá condições para servir de base provisória. 

Se esse uso do navio for possível, o Brasil se valerá de um investimento de R$ 80 milhões, que resultou na construção de uma embarcação que opera com capacidade para abrigar helicópteros UH-12/13 (Esquilo) e IH-6B (Bell Jet Ranger), com um hangar climatizado. Foram instalados ainda cinco laboratórios, sendo dois secos, dois molhados e um misto, os quais abrigam modernos equipamentos para o desenvolvimento de projetos científicos no ambiente antártico.

Programa não será interrompido

Raupp salientou que projetos detecnologia avançada, como a Estação Antártica, estão sempre sujeitos a acidentes. Entre os cientistas, consultados pelo GLOBO, não há reclamação quanto a problemas de manutenção de equipamentos ou da própria estrutura da EACF.

- Os países que encaram o desafio de tocarem projetos de grande complexidade tecnológica correm esse risco. Você deve se cercar de condições de segurança e salvaguardas para evitar esse tipo de ocorrência e outros danos. Mas dizer quenão vai acontecer nada, não existe isso.

O diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jefferson Simões, diz que o programa antártico continuará funcionando porque a Comandante Ferraz, apesar de concentrar uma parte importante das pesquisas brasileiras, não era a única estação científica brasileira. Ele explica que pelo menos metade dos pesquisadores trabalha em navios de pesquisa ou em acampamentos isolados na Antártica.

-- O processo de reconstrução, para voltar ao nível em que estava, demorará de dois a três anos. A logística é muito difícil e só podemos construir durante o verão antártico. E o inverno já está chegando - observa.

FONTE: http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha

Jornal O GLOBO de 27.02.2012

domingo, 26 de fevereiro de 2012

NOVO BIMOTOR BRASILEIRO DE TRANSPORTE LEVE.

(novo bimotor leve para 14 passageiros.  IPe-014)
A Indústria Paranaense de Estruturas, fundada em 1972, construtora do planador orgânico da FAB e mais de 60 aeroclubes do Brasil KW-1 “Quero Quero”, e, fabricante local do acrobático francês CAP-10, além de titular, através da subsidiaria “PLANAIR”, do futuro fumiga dor PL 010 AG “Curiango”, com uma capacidade de hoover de 1100 l, atualmente sendo certificado pela ANAC, está acabando de desenhar o IPE 014, aeronave de transporte de até 12 lugares em fileiras de três poltronas (1 + 2), que também será submetido aos rigorosos testes aeronáuticos vigentes no Brasil para homologar um projeto aerocomercial.
Este bimotor de asa alta, estará propulsado por dois motores Lycoming convencionais TIO 540, de 350 hp., os que permitem uma velocidade máxima de 340 km.

Horários e quase 310 de cruzeiro, para uma autonomia de 1500 km.


O avião, de materiais compostos, trem fixo e aviônicos digitais, será oferecido em versões civis e militares utilitárias.

Poderá ser configurado como cargueiro com uma capacidade de até 2 toneladas, igualando ao Cessna Caravan neste sentido, sendo cotado-estimativamente- em bastante menos de dois milhões de dólares. Também estariam sendo avaliadas séries executivas, ambulância, etc.

Integrando diversas entidades empresariais, o grupo IPE, baseado no estado de Paraná, e nas cidades de Ponta Grossa e Curitiba, demonstra muito interesse no mercado sul americano e na eventualidade de integrar industrialmente as possíveis potencialidades regionais.

Atualmente está sendo homologado um econômico monomotor de treinamento ou esportivo, de asa alta, e ao igual que o fumiga dor “Curiango”, utilizando materiais compostos, o IPE 06 A.

(Javier Bonilla, correspondente do grupo Edefa no Río de Janeiro)

Feira de Santana - Bahia - pode ganhar fábrica de avião de médio porte (
correiofeirense.com.br).

Empresa do Paraná, IPÊ, novo bimotor leve para 14 pax IPe-014. 

NOVO BIMOTOR BRASILEIRO DE TRANSPORTE LEVE

http://ifronline.blo...transporte.html

  
Uma empresa de capital 100% brasileiro analisa a possibilidade de se instalar na Bahia. O município já teria sido escolhido e a perspectiva é que o anúncio da instalação seja feito em breve pelo governo. O investimento previsto é superior a R$ 120 milhões.

Feira de Santana pode ser a cidade escolhida pelo grupo, pois nos últimos meses, o Aeroporto João Durval Carneiro foi visitado por diretores do grupo e o local tem muita área para a instalação da fabrica.


A indústria, que já fabrica aviões para uso agrícola, treinamento militar e planadores, pretende produzir na Bahia aviões para transporte de passageiros, com capacidade para até 14 pessoas. A meta é suprir a demanda atual da aviação regional, que necessitaria de 3 mil aeronaves para atender 9 milhões de passageiros/ano.


Das 66 milhões de pessoas transportadas anualmente, apenas 2% utilizam a aviação regional, situação que o governo pretende mudar com a construção de aeroportos em diversas cidades do país com o objetivo de promover a integração e o desenvolvimento regional.


Aeronave IPE-014TR


Único bimotor bicombustível para 12 passageiros em material composto
  • projeto 100% brasileiro
  • projeto desenvolvido com características para suprir as necessidades brasileiras
  • alternativa para situação atual dos aeroportos lotados
  • excelente cobertura (melhor opção para até 500 km)
  • menor tempo total de viagem (agilidade no embarque e desembarque)
  • baixo custo de aquisição, operação e manutenção
  • customização (carga, ambulância, anfíbio, executivo, de luxo, etc.)
  • maior segurança (bimotor)
  • contribui para o desenvolvimento de pequenas cidades (gera empregos locais)
  • possibilidade de incentivos federais para o setor aéreo e de turismo (acesso fácil a novos destinos)
  • técnicas de manutenção conhecidas e dominadas por todo o Brasil



Imagem postada Imagem postada

Vi o resumo do projeto no site da empresa http://www.ipeaerona...ava/ipe014.html Lá fala em 09 passageiros e não em 14 (ou 12, como desenho postado pelo colega Diego Airways).

Achei incrível a distância necessária para decolagem: 415 metros.

FONTE: http://www.defensa.com/index.php?option=com_content&view=article&id=5372:novo-bimotor-brasileiro-de-transporte-leve&catid=160:noticias-em-portugues&Itemid=497