sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Estado brasileiro está permeado por Estados criminosos. O controle do Estado Brasileiro sobre o seu território pode ser cada vez mais difícil.

Julio Ottoboni
Especial para DefesaNet
Incidentes em Magé no Rio de janeiro em Abril de 2016

O relatório final sobre as operações nas Olimpíadas está com a presidência da república e com o ministério da justiça. Ele foi produzido pelos militares e suas respectivas inteligências para o ministério da defesa e revelam um quadro, no mínimo, preocupante sobre algumas situações encontradas neste pente fino feito em diversas regiões do país.

O que mais prendeu a atenção dos militares foi à estrutura estabelecida e consolidada pelo crime organizado no Rio de Janeiro, São Paulo e que está rapidamente se proliferando pelo resto do país. As diferenças são gritantes entre as atividades dos grupos criminosos conforme o estado e região.

“Se hoje ocorrer algum ato terrorista no Brasil será contra o Estado de direito, legal, e vindo das outras formas de Estado que foram constituídas pelo crime organizado. Nos prendemos vários suspeitos e alguns deles nos chegaram por meio deste estado paralelo. Eles não queriam ter interferência em seus negócios e nem queda no faturamento, isso ficou claro”, observou o militar da inteligência.

Grafite de pentagrama com letra K ao centro: símbolos da Katiara, gangue da Bahia Fotos: Capitão Alden / Divulgação
Os avanços das manifestações dos partidos tidos como de esquerda também estão permeados pelas ações destes Estados criminosos.  O relatório também mostra como está se dando esse apoio e o aliciamento de integrantes de gangues para incitar a violência e treinar os ataques, isso com o apoio de guerrilheiros importados dos países alinhados ao movimento Bolivariano, como Venezuela, Equador, Bolívia e Cuba, além de ex-integrantes do Sendero Luminoso, Montoneros, FARC e antigos grupos guerrilheiros.

Em São Paulo e já se expandindo para o Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, Paraná e com ações nos presídios do centro-oeste e região amazonense, o Primeiro Comando da Capital (PCC) age com grande profissionalismo, diversificando tanto a atuação criminosa, como tráfico de drogas, armas, roubos a caixas eletrônicos, controle e vigilância de bairros com milícias como adquirindo bens e estabelecendo atividades legais com hipermercados atacadistas, frotas de veículos para comercialização até fazendas de gato e, inclusive, igrejas que ‘lavam’ grande parte da receita vinda do submundo do crime.

Membros da Companhia Independente de Policiamento Especializado, CIPE-Caatinga, PMBA, sendo treinados para operar na àrida regiao. A nova volante.
Os militares viram que o PCC anulou diversos núcleos de militância de esquerda que estavam envolvidos com atividades criminosas, com a aquisição de armamentos e na formação de milícias e quadrilhas especializadas em furtos e assaltos. Em regiões como na cracolândia na cidade de São Paulo, as atividades de tráfico ali são basicamente feitas por integrantes das gangues do Rio de Janeiro e por estrangeiros.

“Fomos procurar por extremistas e terroristas e nos deparamos com um estado criminoso muito bem organizado e em plena expansão.  Ele cresce nas brechas deixadas pelo estado legal e de direito”, comentou o militar da inteligência.

Em recente evento sobre Inteligência de Ordem Pública da Polícia Militar organizado pela Polícia Militar de SP o PCC foi classificado como uma “Corporação”. (ver
 PMSP - Êxito do Workshop de Inteligência de Ordem Pública Link)
A condição nos morros cariocas e na baixada fluminense e no Vale do Paraíba, dominada pelo tráfico de drogas do Rio de Janeiro, é totalmente diferente. Ali há um narcoestado, algo como o que Pablo Escobar criou em Medellin e depois se ramificou na Colômbia. Hoje, esse braço do fornecimento está estabelecido no Equador, parte da floresta peruana e principalmente na Bolívia.

Pela avaliação feita, eles não tem unificação, são feudos com comando próprio e diversos conflitos desde a aquisição da droga, transporte até sua distribuição.
“Infelizmente o quadro do Rio de Janeiro também envolve a policia local no suporte, políticos diversos e em vários níveis, autoridades do judiciário, ali é algo que se acomodou junto ao Estado legal e vou penetrando na estrutura.

Algo diferente de São Paulo onde o PCC criou uma estrutura semelhante a máfia do sul da Itália, só que comandada a partir dos presídios. No Rio há uma ostentação de poder para afrontar o outro e as relações são muito complicadas”, observou o informante que participou da elaboração do documento.

Para ele, a componente política no Rio de Janeiro é mais explícita, as relações com o tráfico estão enfronhadas na classe média e alta, nas relações cotidianas. Então, para se combater os islâmicos infiltrados nas comunidades foi adotado o acordo de ‘não agressão’ se eles protegessem os turistas e os jogos de ações terroristas. Mesmo assim os casos de roubos e furtos foram vários, mas os traficantes identificaram e entregaram a localização de alguns potenciais terroristas.

“O sistema de comunicação nos morros é muito eficiente, em questão de minutos eles estão não só informados como preparados para o combate. A comunidade toda funciona dentro do sistema, mas eles operam da mesma maneira há várias décadas e essa aproximação com o Estado legal também abriu brechas na estrutura funcional deles, os esquemas de corrupção foram crescendo com o tempo e demandando mais recursos. Lá também você encontra os templos voltados para a lavagem de dinheiro, os políticos, mas nada parecido com o profissionalismo do crime paulista”, salientou.

O relatório é confidencial e seu teor não será divulgado. Os serviços de inteligência devem criar estratégias elaboradas para o desmonte destas mega estruturas.

Os Estados Criminosos

Alguns pontos que devem ser analisados em uma aspecto mais amplo:

 
- A ação conjunta PCC-CV na morte do narcotraficante paraguaio Rafaat, em Pedro Juan Caballero, colocou em pânico a fronteira Brasil-Paraguai. A imprensa paraguaia exigiu durante coletiva em Foz do Iguaçu uma posição do Ministro da Defesa brasileiro, Raul Jungmann;

- Posteriormente a notícia de que o PCC ofereceu 5 milhões de dólares pelo assassinato do presidente do Paraguai Horácio Cartes;

- Não há um padrão nacional para as gangues criminais. O padrão do Rio de Janeiro e o de São Paulo não são sempre reproduzidos em escala nacional;

- No Rio Grande do Sul as gangues funcionam pela associação do lucro, não tendo afinidade por lealdade;

- Surgem ou ressurgem novas-velhas técnicas como o “Novo Cangaço”. A Polícia Militar da Bahia possui grupos chamados “Companhia Independente de Policiamento Especializado” (CIPE), uma para cada das 10 regiões do estado. Serão as novas volantes?;

- A técnica chamada de “Novo Cangaço”, domínio momentâneo de uma pequena localidade e roubo às instituições bancárias do local chega ao SUL (Santa Catarina e Rio Grande do Sul);
 
O pós FARC. O que esperar?

O “Acordo de Paz” a ser assinado e referendado por um plebiscito nacional, entre as FARC e o Governo Colombiano foi concebido pela organização narcotraficante marxista no período de 2013.

Nesta época os governos de esquerda dominavam a região (Brasil, Argentina, Bolívia, Venezuela e Chile), e serviriam de um guarda-chuva à continuidade da ações da FARC agora legalizadas pelo Acordo de Paz.

Porém, a rápida mudança do cenário político regional, em especial no Brasil, pode indicar que o acordo não seja de interesse. Em especial com quem ficará a administração das lucrativas produções e rotas do narcotráfico mantidas pela FARC.  


Uma parte das FARC podem deslocar-se para a Bolívia e Paraguai (ver artigo  EPP - Guerrilheiros paraguaios acionam alarmes regionais Link)
Na própria Colômbia as autoridades de inteligência já identificam que a guerrilha marxista ELN (Ejército de Liberación Nacional) trabalha para ocupar os atuais domínios das FARC.

O novo Inimigo
Outro ponto que deve ser considerado é o esforço de entidades estrangeiras que financiam ações políticas e basicamente todos os pesquisadores são financiados por entidades como : Open Society, Ford Foundation.

Os slogans como  abaixo a militarização das PMs e críticas contra possíveis violências destas provêm desta linha ideológica. Ver a matéria da BBC Brasil:  Quem são os policiais que querem a legalização das drogas e o fim da violência na corporação Link  repetida pelo UOL Notícias Link.


 
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 Matérias Relacionadas

Acompanhe as matérias que detalha o envolvimento das Forças Militares:

Cobertura Especial RIOTS Link


Para a ação de Forças Militares em Ambiente Urbano acesse a Cobertura Especial MOUT

Cobertura Especial MOUT Link


Sobre a evolução Política e a Crise Institucional acesse:

Cobertura Especial Crise Link
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Após noite de terror, governo reage e realiza uma megaoperação de revista simultânea em todas as unidades do Complexo Penitenciário de São Luís.

Desde o inicio da tarde de ontem o clima de apreensão já se desenhava em São Luís, durante o dia familiares de presidiário, sobretudo mulheres se organizaram numa manifestação que chegou a bloquear o transito na Avenida Beira mar. 

Os familiares de presidiários reclamavam da falta de medicamentos no Sistema Prisional, a comida servida (quentinhas) chegam no presídio estragadas, ausência de pratica de atividades laborais, o impasse nas negociações levou o Batalhão de Choque a intervir assegurando ao restante da população o direito de ir e vir.  
  
No inicio da noite inúmeros áudios começaram a circular nas redes sociais decretando um “salve” na ilha, sobretudo ordenando ataque a ônibus, escolas, veículos públicos, etc...

Finalmente por volta das 20h00minhs o pânico anunciado se materializou na forma de atentados contra o Sistema de Transporte de Capital, registraram-se 13 (treze) ocorrências, entre ataques consumados e tentativos, nos mais variados pontos da ilha de São Luís. 

Ataques consumados: 1 – Vila Isabel Cafeteira; 2 – Recanto dos Vinhais; 3 – Forquilha; 4 – Nova Aurora; 5 – Angelim (Pedra Caída); e 6 – Moropoia. Tentativas frustradas: 7 – Vila Industrial; 8 – Vila dos Nobres; 9 – Jota Lima; 10 – Jardim Tropical; 11 – Jambeiro; 12 – Mauro Fecury; e 13 – João Paulo.

Além dos ônibus foi queimado um caminhão de coleta de lixo; e também incendiaram a Escola Darcy Ribeiro na Avenida dos Africanos; pela madrugada metralharam a fachada do Banco do Brasil na Avenida Guajajaras.

Nos inúmeros áudios divulgados pelo Crime Organizado, todos enfatizavam que não haverá eleições em São Luís. Motivando a cúpula do TRE-MA a se reunir emergencialmente na noite de ontem e solicitar ao TSE a autorização de uso de tropas federal na Capital  do Maranhão. Sendo o pedido acatado pelo TSE ontem mesmo, incluindo São Luís entre as cidades maranhenses que receberão tropas federais.

Operação Resposta – Nota oficial

O Governo do Estado, disposto a não ceder às facções criminosas, cujas chantagens lançadas nos últimos dias à gestão prisional têm como único objetivo restabelecer o caos no Sistema Penitenciário do Maranhão, realiza neste momento uma megaoperação de revista simultânea em todas as unidades do Complexo Penitenciário de São Luís.

Mais de 700 homens participam da ação ostensiva, entre os quais 450 agentes de segurança prisional da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), 150 homens da Polícia Militar, e 100 policiais civis. O objetivo é realizar um “pente fino”, em busca de possíveis armas, drogas e celulares, e desarticular a manobra de criminosos que possam estar envolvidos com os últimos ataques criminosos na capital.

http://www.ma.gov.br/agenciadenoticias/seguranca/operacao-resposta

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Governo do Estado divulga Nota sobre ataques a ônibus em São Luís.

 22H 59


O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), reitera sua luta sem tréguas à violência perpetrada pelos ataques desta noite. Não cederemos a chantagens de facções criminosas que querem a volta a um passado recente.

Tropas federais serão enviadas para nosso estado, a pedido do governador, para juntar-se aos 7.500 homens que atuarão nos próximos dias para impedir que facções criminosas tentem tumultuar as eleições.

Já foram detidos 23 suspeitos dos ataques desta noite, sem o registro de qualquer vítima. A SSP destaca que as Forças de Segurança Pública estão atuando permanentemente para coibir tais práticas. Para tanto, estratégias foram definidas e ações de policiamento ostensivo e preventivo estão acontecendo em toda a região metropolitana de São Luís, com atenção aos pontos mais críticos. As Polícias Civil e Militar permanecem nas ruas por tempo indeterminado para assegurar que todos os suspeitos sejam presos e punidos no rigor na lei.

A SSP orienta que os cidadãos repassem informações que ajudem a polícia no combate ao crime por meio do número do aplicativo Whatsapp (98) 9.9163.4899 e pelo aplicativo “Byzu”, compatível com todos os sistemas operacionais.


Nota sobre reunião do Governo com comissão de familiares de apenados.


15H 03.

Na manhã desta quinta-feira (29), um grupo de mulheres, se dizendo representante de presidiários, esteve na porta do Palácio dos Leões. Como sempre ocorre nessas situações, foi seguida a orientação do governador de uma comissão representativa dos manifestantes ser recebida para diálogo. Assim foi feito, com uma comissão de cinco pessoas, escolhidas pelos próprios manifestantes.

A reunião ocorreu durante mais de três horas, em que autoridades do Governo ouviram e responderam a todos os pontos apresentados pelos manifestantes. Quando tudo parecia resolvido, um pequeno grupo resolveu discordar da comissão representativa indicada pelos próprios manifestantes e, de modo abusivo, fechar o trânsito na Avenida Beira Mar, impedindo a circulação de ônibus com o nítido propósito de causar tumulto na cidade.

Chama atenção que os manifestantes gritavam, no momento do fechamento da Avenida, palavras alusivas às eleições municipais em andamento, em uma clara politização de suposto movimento reivindicatório.

O Governo do Estado não cederá a chantagens de criminosos, que desejam a volta de regalias e privilégios no sistema penitenciário, para lá circularem livremente com drogas, celulares e armas. Nos anos de 2013 e 2014, no governo passado, vimos o que isso significa: caos e insegurança para toda a população. Todo o sistema policial está mobilizado e, se necessário, vamos solicitar a atuação de forças federais, mas não cederemos ao terror e ao banditismo.

Mantemos, como sempre, a total disposição de diálogos sérios que contribuam para o aperfeiçoamento do sistema penitenciário, mas sem abrir mão das regras de organização e disciplina.

Link: http://www.ma.gov.br/agenciadenoticias/sala-de-imprensa/nota-oficial-2


Comunicado: Esta blogueiro desde as primeiras horas da noite deste fatídico dia 29 de setembro, acompanha pelo whats app e redes sociais o desenrolar dos acontecimentos em São Luís, mas para não divulgar notícias sem confirmação ou vir involuntariamente a ser instrumento que aumente o pânico na Cidade, optou por só realizar publicação após cessarem os atos de violência em nossa Capital.


Rio de Janeiro. Para professor, mortes de candidatos têm relação com investida de milícias na política.

Da RBA
Para o professor, influência de milícias é uma realidade.
ARQUIVO/EBC
“A disputa pelo poder e influência sobre as cidades é clara, trata-se dos milicianos. É um misto de associação de incremento do tráfico de drogas e o avanço das milícias”.
Afirma Newton de Oliveira, professor de direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie Rio, sobre a onda de assassinatos de candidatos às eleições do próximo domingo. 
O número de mortos já ultrapassa 14, sendo o último deles José Gomes, que concorria à prefeitura de Itumbiara, no interior de Goiás.
Gomes disputava o pleito pelo PTB e foi assassinado ontem (28), durante uma carreata de campanha. Morreram ainda um segurança do candidato, além do atirador. Outras duas pessoas foram atingidas por disparos que não chegaram a ser letais, entre elas o vice-governador, José Eliton, do mesmo partido. O assassino era funcionário da prefeitura. A polícia investiga se existe mais alguém envolvido no crime.
No início da semana, outro assassinato que ganhou os holofotes da mídia foi o do candidato a vereador no Rio de Janeiro e presidente da escola de samba Portela, Marcos Vieira Souza (PP). Conhecido como Falcon, o político foi alvejado dentro de seu comitê de campanha no bairro Oswaldo Cruz, na zona norte da capital. Falcon era policial licenciado para a campanha eleitoral.
“Estamos vivendo uma situação de problemas de criminalidade no estado, onde nem mesmo a presença das Forças Armadas para reforçar a segurança no período olímpico conseguiu deter os índices. O número de 14 assassinatos, apenas na Baixada, é muito preocupante”, afirma o professor, que reitera a ligação entre as mortes e o crime organizado. “Isso indica que a disputa pelo controle das cidades funciona sob um código de banditismo, sejam as milícias, as gangues armadas de venda de drogas que disputam à bala espaço nas esferas do poder.”
No último fim de semana, o candidato a vereador na cidade de Itaboraí, no Rio de Janeiro, José Ricardo Guimarães (PTC) morreu após ser abordado por dois criminosos em uma moto. Guimarães também era policial militar reformado e estava se deslocando devido a compromissos de campanha. Para o professor Oliveira, a influência de milicianos na política é uma realidade, especialmente na Baixada Fluminense. “Além da cobrança por serviços como gás, tevê a cabo e transporte alternativo, as milícias do Rio decidiram explorar as eleições”, disse.
Na madrugada de sexta-feira (23), na Baixada Fluminense, André de Oliveira Cristino, candidato a vereador por Japeri, foi atacado a tiros, mas não se feriu. Mesmo com maior número de casos no Rio de Janeiro, o assassinato de ontem em Goiás engrossa o número de mortes pelo país, como a do candidato à prefeitura de Demerval Lobão, no Piauí, Romualdo Brazil (Psol) e de Cerciran dos Santos Alves (PSDB), morto no Guarujá, litoral de São Paulo. Foram 15 disparos enquanto o candidato a vereador Cerciran chegava em seu comitê de campanha.

São Luís. Governo erra a mão ao tentar ligar Wellington do Curso a facção criminosa.

wellington
A denúncia do deputado estadual Wellington do Curso (PP), candidato a prefeito de São Luís pela coligação “Por amor a São Luís”, dando conta de que ele estava sendo monitorado (reveja) abriu uma nova polêmica político-eleitoral nessa reta final de campanha na capital.
Logo após a revelação do pepista, o secretário de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry (PCdoB) utilizou-se das redes sociais para acusar o candidato de estar de um factoide para encobrir um suposto crime, qual seja: sua ligação com facções criminosas.
Isso mesmo.
“Factóide pra tentar esconder o apoio dele [Wellington do Curso] a manifestação organizada por facções criminosas hoje pela manhã”, escreveu o comunista, que seguiu na mesma linha em grupos de WhatsApp.
Mas que facções e que manifestação Wellington teria apoiado?
Explica-se: hoje cedo um grupo de mulheres, esposas de detentos, fez um protesto em frente ao Palácio dos Leões. Cobram melhor tratamento a presidiários e solução de problemas como a entrada de comida e visitas.
E onde Wellington entra nessa história?
O candidato diz que estava na praça para a gravação de um programa eleitoral e que no local também daria entrevista à TV Mirante porque a emissora cobre hoje a sua agenda de campanha.
Após o compromisso, conta Wellington, um grupo o convidou para fazer fotos. Houve declaração de apoio.
Não há registro de nada mais do que isso.
Foi o bastante para Jerry admitir, a partir daí, que o deputado está intimamente ligado a facções criminosas.
Errou a mão…
Em tempo: o caso parece muito com o que se tentou montar contra o atual prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PDT), em 2012, quando o acusaram de tentar montar uma milícia (reveja).
Em tempo²: o Governo do Estado já emitiu uma nota sobre o protesto das esposas dos detentos. Parece mais uma nota de comitê eleitoral (leia aqui).
Em tempo³: seria crime se alguém mais decidisse apoiar o movimento das esposas dos detentos?

Guerra da Síria. Fracasso do acordo de paz confirmado. por Thierry Meyssan


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Após cinco anos de guerra na Síria, as máscaras caíram. A liberação do texto do acordo assinado pela Russia e Estados Unidos, revela as intenções ocultas das duas superpotências: 

Cortar a "rota da seda" para Washington e a destruição dos jihadistas a Moscou. 

Além disso, o fracasso deste acordo e as discussões do Conselho de Segurança atestam o surrealismo da retórica do presidente Obama em cinco anos, ele não conseguiu estabelecer qualquer grupo de oposição "moderada" e portanto, não é capaz de alinhar um cessar fogo, ao contrário do texto do acordo. Os Estados Unidos não é capaz de honrar suas assinaturas.

O fracasso do acordo de estado russo-estadounidense de 9 de Setembro e as discussões do Conselho de Segurança que se seguiram pode confirmar várias suposições.

- A meta estratégica atual dos Estados Unidos na Síria é cortar a "Rota da Seda". Na preparação para muitos anos, em seguida, derrubar do poder o presidente Xi Jinping. Desde maio de 2013, a China tem feito a restauração desta linha histórica de comunicação o seu objectivo principal. No entanto, a China se tornou o maior produtor do mundo, Xi deverá procurar por uma "nova rota da seda" através da Sibéria e da Europa Oriental antes da adesão à União Europeia.

Logicamente, os Estados Unidos estão atualmente organizando duas guerras por procuração, o Levante por um lado, a Ucrânia, por outro. A instalação do caos na Síria e no Donbas não se destina a satisfazer as teorias cínicas de Leo Strauss, mas apenas para cortar os dois caminhos da estrada.

Sem surpresa, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko chegou a participar no Conselho de Segurança para apoiar a delegação Estado-unidense acusando a Rússia de bombardear um comboio sírio.

- Em segundo lugar, o acordo russo - estatadounidense caberia aos Estados Unidos separar os "moderados" combatentes "extremistas"; em seguida, esses "moderados" iriam participar com as superpotências e do Exército Árabe da Síria para neutralizar os "extremistas"; Finalmente, um governo de unidade nacional seria formado em Damasco, sob a presidência de Bashar Assad, incluindo representantes dos "moderados" que participaram na batalha final contra os "extremistas".

No entanto, nada foi feito nesse sentido. O compromisso do secretário de Estado John Kerry acabou por ser uma ilusão. Washington não encontrou combatentes para agir como "moderado". Na verdade, todos os "moderados" são "extremistas". Este salto necessitou a chance, ou mesmo a organização: do ataque ao comboio humanitário para escapar suas próprias contradições. A retórica do presidente Obama de que ele suporta sírios que lutam pela democracia em um regime que reprime não corresponde à realidade. Em 2013, o presidente Vladimir Putin estava certo para os ocidentais que considerava como "moderados" os canibais do Exército Sírio Livre.

- Finalmente, este acordo mostra que o objetivo da Rússia é destruir os jihadistas que estão se preparando para atacar o Cáucaso. A solução negociada era ideal para Moscou pois acabava com o sofrimento de seu aliado sírio, abriria um canal de comunicação para a sua aliada China, e garantia acabar com o jihadismo internacional. 

Em contraste, Moscou acaba de verificar que, desde a guerra do Afeganistão, o jihadismo é uma arma dos Estados Unidos, que agora se virou-se contra ela e que Washington não vai abandoná-la. Claro, os novos jihadistas não tem consciência, mas aqueles que lutam com a ajuda dos Estados Unidos por 38 anos não pode ignorar ser meros auxiliares do Pentágono.

Thierry Meyssan.

fonte - Al-Watan (Síria).

São Paulo - Aproximadamente 200 presos fogem de presídio em Jardinópolis.

Foto - Sputniknews.

Ao menos 200 presos realizaram uma fuga em massa na manhã desta quinta-feira (29), após colocarem fogo em uma das alas do Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis, cidade que fica distante 335 quilômetros da capital paulista, na região de Ribeirão Preto.

A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou há pouco que já teria controlado o motim. “Presos evadidos foram recapturados e encaminhados para a Penitenciária de Ribeirão Preto” – diz o comunicado. A entidade, no entanto, ainda não divulgou o número oficial de presos que escaparam, nem o total de recapturados. Algumas mídias informam que apenas uma centena de preso teria sido recapturada. 

Foto - Sputniknews.

​De acordo com a SAP, a rebelião começou durante uma revista de rotina e não envolveu reféns. Os presos derrubaram uma grade de quatro metros de altura que cercava o presídio e fugiram a pé pela Rodovia Cândido Portinari. Até o momento não há informações sobre feridos.

Foto - Sputniknews.
Policiais da Tropa de Choque e do grupamento aéreo da Polícia Militar foram mobilizados para auxiliar na captura de presos. Segundo a polícia, alguns fugitivos teriam se escondido em canaviais às margens da via. O Corpo de Bombeiros informou que alguns presos também podem ter escapado pelo Rio Pardo. A população do Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis é de 1.864 detidos, bem acima da capacidade de 1.080 presos. 

Matéria copiada: https://br.sputniknews.com/brasil/20160929/6447305/200-presos-fuga-presidio-jardinopolis-sp.html