quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Pará. TRF1 ordena consulta prévia a indígenas afetados pela mineradora Belo Sun e mantém suspensão do licenciamento.

Foto: Ascom/PA
Foto: Ascom/PA.

Decisão proíbe que o licenciamento prossiga sem a consulta prévia, que deve seguir os protocolos de consulta das próprias comunidades indígenas.
Em julgamento realizado hoje (6), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, manteve suspenso por tempo indefinido o licenciamento da mineradora canadense Belo Sun e ordenou a realização da consulta prévia, livre e informada aos indígenas afetados pelo empreendimento, nos moldes do que é previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). De acordo com a decisão unânime do Tribunal, a consulta deve seguir o protocolo elaborado pelos próprios indígenas.

As comunidades Juruna e Arara da Volta Grande do Xingu deverão ser consultadas sobre o empreendimento, e o estado do Pará, que licencia o projeto de Belo Sun, só poderá dar prosseguimento ao licenciamento após essa consulta. 

Uma das alegações da empresa era a de que a consulta prévia, apesar de ser lei no Brasil, não está regulamentada. Com a adoção dos protocolos de consulta elaborados pelas próprias comunidades, o Tribunal afastou a necessidade de regulamentação. 

O entendimento do TRF1 seguiu o voto do desembargador Jirair Megueriam e atende a pedido do Ministério Público Federal (MPF), autor da ação civil pública que pede, desde 2013, a realização da consulta prévia para as comunidades indígenas afetadas por Belo Sun. 

A ação também apontou a ausência de estudos que avaliassem o impacto da operação da mineradora sobre os povos indígenas. Em 2014, sentença da Justiça Federal de Altamira ordenou a realização do chamado Estudo de Componente Indígena (ECI). 

A mineradora e o estado do Pará recorreram diversas vezes contra a obrigação de realizar os estudos e também contra a consulta prévia, mas perderam todos os recursos. Contra a decisão de hoje, só cabe recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF). Para que o licenciamento seja retomado, terá que ser feita a consulta prévia, livre e informada. 

Elaboração de estudo - O Estudo de Componente Indígena também terá que ser elaborado. A empresa chegou a apresentar o ECI, mas ele foi considerado inapto pela Fundação Nacional do Índio (Funai), por apresentar apenas dados secundários, ou seja, colhidos fora das terras indígenas que deveriam ser objeto do estudo. Em sucessivas decisões recentes, o MPF tem conseguido afirmar jurisprudência nos tribunais superiores em defesa do direito de consulta prévia dos indígenas, em caso de empreendimentos que afetem a vida das comunidades.

“É absolutamente irresponsável a atitude do órgão licenciador, de impor ao licenciamento o ritmo do mercado em benefício do empreendedor, vitimando de maneira quiçá irreversível povos indígenas na Volta Grande do Xingu, que terão de arcar com um risco que, por lei, deve ser evitado”, dizem os procuradores Thais Santi, Ubiratan Cazetta e Felício Pontes Jr, signatários da ação do MPF que defendia a consulta prévia.

Aos argumentos apresentados pelo estado do Pará, de que a mineradora geraria impostos e empregos, o procurador regional da República da 1ª Região Francisco Marinho, que fez sustentação oral durante o julgamento, lembrou que a mineração já foi apresentada várias vezes como a salvação do Brasil. "Mas não salvou nem o Pará, porque, ao que parece, a pobreza permanece no estado", disse. 

Empreendimento - O projeto Volta Grande de mineração é anunciado pelos empreendedores como o maior do Brasil. O plano é instalar a mina em Senador José Porfírio, a aproximadamente 10 km de distância da barragem de Belo Monte. A empresa Belo Sun, do grupo canadense Forbes&Manhattan, divulgou aos investidores que extrairá, em 12 anos, 50 toneladas de ouro. 

A mina produzirá uma barragem de rejeitos com capacidade ocupada de 35,43 milhões de metros cúbicos ao final da operação. Para se ter uma ideia do risco, a barragem de Fundão, em Mariana, que rompeu no maior crime ambiental da história do país, matando 19 pessoas e toda a bacia do rio Doce em 2015, vazou 34 milhões de metros cúbicos de rejeitos. 

O fato da mesma empresa que assinou os laudos de segurança da barragem da Samarco, VogBr, assinar laudos da Belo Sun, provoca temor entre os indígenas.

Assessoria de Comunicação - Procuradoria Regional da República da 1ª Região - (61) 3317-4583/ 4862 - www.mpf.mp.br/regiao1 - Twitter: @MPF_PRR1.

Minas Gerais. Assaltantes roubam bancos, matam e espalham terror em cinco cidades do interior do estado, dentre os mortos um Policial Militar.

(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


Bandidos provocam explosões em Oliveira, Tapira, Santa Rita de Caldas e Pompéu, onde um morador e um policial militar perderam a vida. Outros dois PMs foram feridos à bala.


A audácia de bandidos que atacam caixas eletrônicos e bancos de Minas Gerais não dá trégua. Cada vez ostentando maior poder de fogo e pressionando e acuando as pequenas forças policiais do interior do estado, os criminosos deixaram mais dois mortos em Pompéu, no Centro-Oeste, sendo um deles um policial militar, além de outro PM gravemente ferido, e protagonizaram ataques quase simultâneos em quatro cidades mineiras, dando mais provas do tamanho do desafio que o estado precisa vencer. 

Um terceiro PM se feriu em ataque em Morro do Ferro, distrito de Oliveira, também na Região Centro-Oeste, e as outras duas explosões ocorreram nas cidades de Tapira (Alto Paranaíba) e Santa Rita de Caldas (Sul de Minas). Na madrugada de segunda-feira, criminosos fortemente armados já haviam explodido caixas em Arcos, também no Centro-Oeste, totalizando cinco casos em dois dias.

a primeira morte de um militar depois que o governo de Minas lançou força-tarefa entre 13 instituições para os casos de ataques a terminais bancários, em setembro. A Polícia Militar foi dura ao comentar a situação e criticou o que classifica como falta de atitude dos bancos para proteger agências e caixas eletrônicos, que se tornaram alvo fácil de criminosos. 

Para o major Flávio Santiago, assessor de imprensa da corporação, muitas vezes a medida adotada pelas instituições financeiras é a simples retirada dos caixas das pequenas cidades, alvo preferido dos ladrões.


Para o policial, há iniciativas de sucesso da rede bancária para evitar os roubos dos caixas, como a ativação de um mecanismo que suja as notas com uma tinta caso um caixa seja explodido. Essa medida inviabiliza o uso do dinheiro roubado. “As notas pintadas em alguns pontos mostrando eficiência na ação já deveriam ter sido padronizadas no Brasil e infelizmente ainda não vemos essa ação por parte desse setor, que é importante para nossa sociedade, mas precisa atuar veementemente com isso”, diz o major.

O policial aponta também a facilidade no acesso aos bancos, muitas vezes protegidos apenas por barreiras de vidro que são facilmente rompidas, e destaca que as empresas deveriam usar soluções de maior resistência para os caixas eletrônicos. “É inconcebível que no século 21 você tenha facilidades de na madrugada chegar a esse cockpit, que é o invólucro do caixa automático. É imprescindível que haja ação. Ação é múltipla, não é só de polícia”, afirma o major.


Durante troca de tiros entre militares e os criminosos, o cabo Ozias Alves de Barros, de 33 anos, morreu no local após ser baleado na cabeça, ele deixa esposa e uma filha de dez meses.

Pompeu.

Criminosos invadiram a cidade fortemente armados e trocaram tiros com policiais. Um deles morreu, outro ficou ferido e há informações de que um morador também foi atingido. Moradores de Pompéu, no Centro-Oeste de Minas Gerais, vivem uma terça-feira de pânico. Criminosos fortemente armados invadiram a cidade durante a madrugada, atacaram um banco, atiraram contra o quartel da PM e mataram um policial, um morador e feriram outro militar. A PM se manifestou e enviou nota de "imenso pesar" por conta de falecimento do militar. 


De acordo com a Polícia Militar de Bom Despacho, responsável pela região, os bandidos chegaram em cinco veículos, sendo um deles uma moto. Armados com fuzis e espingardas calibre 12, eles tentaram trancar a porta do quartel com correntes. Eles atiraram várias vezes contra o imóvel e os militares revidaram, evitando que a entrada fosse fechada. 

Logo em seguida, outros comparsas explodiram a agência do Banco de Brasil em Pompéu. Militares que chegaram ao local foram surpreendidos pelos bandidos e baleados. O cabo Osias Alves de Barros, de 33 anos, levou um tiro na cabeça e morreu no local. Outro militar da mesma patente, identificado como Lucas Reis Rosa, de 27, foi atingido por um disparo nas costas e outro na virilha. Ele foi levado para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.


Alisson dos Reis Pinheiro, de 22 anos, funcionário de uma lanchonete, foi baleado quando saía do estabelecimento no meio do confronto. "Eu não tenho dúvidas que essa ação desses infratores foi no sentido de atirar contra o membro da sociedade para evitar que a Polícia Militar continuasse no encalço deles. Como uma estratégia de guerrilha", comentou o major Flávio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais.



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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Rio de Janeiro. Militares do Exército e civis são denunciados por fraudes em licitação.

Lígia Souto - Repórter do Radiojornalismo
O Ministério Público Militar no Rio de Janeiro (MPM-RJ) denunciou 11 pessoas, entre militares e civis, pelos crimes de estelionato e violação do dever funcional com fim de lucro. O esquema de fraudes e pagamento de propina teria causado um prejuízo de mais de R$ 150 milhões aos cofres públicos.
Entre os denunciados estão três coronéis da reserva, um coronel e dois majores da ativa, além de cinco civis. Eles são suspeitos de envolvimento em fraudes em procedimentos de dispensa de licitação e em contratos celebrados entre o Departamento de Engenharia e Construção do Exército e fundações privadas, entre elas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). As fraudes teriam ocorrido entre setembro de 2005 e dezembro de 2010.
O Ministério Público Militar dividiu em três, os grupos os envolvidos nessas fraudes: um formado por oficiais; outro, integrado por sócios de empresas de fachada que supostamente prestavam serviços; e o terceiro, com oficiais da reserva e civis que representavam as fundações de apoio ao Exército.
De acordo com a denúncia, os envolvidos nas atividades ilícitas acreditavam estar isentos de qualquer suspeita em razão da natureza técnica dos serviços prestados e pela posição funcional de alguns de seus integrantes.
Empresas de fachada
O esquema funcionava da seguinte forma: empresas de fachada apresentavam propostas de preço em processos de dispensa de licitação, emitiam notas fiscais falsas e também firmavam contratos falsos. Após celebrados os documentos, as fraudes ocorriam de três formas: os serviços não eram executados; contratava-se serviços já executados ou havia superfaturamento.
Nas investigações, foram identificadas 14 empresas de fachada, nove delas envolvidas no desvio de recursos relacionados aos convênios.
A denúncia foi remetida, no final do mês passado, para análise do Superior Tribunal Militar (STM), a mais alta corte da Justiça Militar do país. Os nomes dos envolvidos nas fraudes não foram divulgados.
Outro lado
O Exército Brasileiro informou, por meio de nota, que abriu um inquérito policial militar logo ao tomar ciência do fato e em cumprimento ao que determina a legislação, tendo prestado todas as informações necessárias à formação do processo.
“Cumpre destacar que o Exército não compactua com qualquer tipo de irregularidade praticada, repudiando veementemente fatos desabonadores da ética e da moral que devam estar presentes na conduta de todos os seus integrantes”, informa a nota.
Com relação ao instrumento de parceria com o Dnit por meio do Departamento de Engenharia e Construção, o Exército diz que a colaboração não apresenta irregularidade, “não tendo sido objeto da presente denúncia”.
Edição: Davi Oliveira

Ufma aceita recomendação do MPF para que pessoas com deficiência realizem matrícula e perícia médica em todas as suas unidades.

Em 2018, nos processos seletivos para ingresso de alunos, a realização de perícia médica e de matrícula às pessoas com deficiência acontecerá em todas as unidades da universidade.
Aceitando a recomendação do Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA), a Universidade Federal do Maranhão (Ufma) se comprometeu, a partir de 2018, a possibilitar a realização de perícia médica e de matrícula às pessoas com deficiência em todas as unidades da universidade nos processos seletivos para ingresso de alunos.
Para o MPF, os editais Proen 107/2017 e 117/2017 da Ufma resultaram em discriminação ao impor o comparecimento das pessoas com deficiência unicamente à capital do estado, uma vez que todos os candidatos aprovados poderiam realizar matrícula no respectivo campus de oferta do curso.
Segundo o procurador da República em Imperatriz Jorge Maurício Porto Klanovicz, “a Constituição Federal de 1988 tem acentuada vocação emancipatória e não se limitou à proclamação retórica da igualdade formal, direcionando-se também à promoção da igualdade material e à proteção dos sujeitos em situação de maior vulnerabilidade, entre os quais se incluem as pessoas com deficiência", afirmou.
Nesse sentido, a Ufma informou o integral cumprimento da recomendação, nos respectivos dias de matrícula, de acordo com o calendário da chamada regular do Sisu e da lista de espera, das 14h às 17h.
Assessoria de Comunicação - Procuradoria da República no Maranhão - Tel: (98) 3213-7161 - E-mail: prma-ascom@mpf.mp.br - Twitter: @MPF_MA.

Mato Grosso. depois de 30 anos, Júri popular condena ex-delegado pelo assassinato de missionário.

Arquivo
Arquivo
Vicente Cañas foi assassinado em 1987 na Terra Indígena Enawenê-Nawê. 
O assassinato de Vicente Cañas ocorreu entre os dias 06 e 07 de abril de 1987, na Terra Indígena Enawenê-Nawê, no Município de Juína, distante cerca de 730 km de Cuiabá. 
Após 30 anos, o delegado Ronaldo, acusado de agenciar a morte de Vicente, foi condenado pelo júri a 14 anos e 3 meses de reclusão em regime inicial fechado. 
De acordo com os autos, além de arregimentar os executores do crime, orientá-los sobre o modo de execução e realizar o pagamento pelo serviço, o delegado atrapalhou as investigações sobre o crime, pois esteve à frente de algumas diligências que buscavam esclarecer a morte do missionário.
O júri popular teve início no dia 29 de novembro e se encerrou apenas no dia 30, concluindo pela condenação do delegado aposentado da Polícia Civil Ronaldo Antônio Osmar pelo assassinato do missionário espanhol Vicente Cañas Costa. 
Foram acolhidos todos os pedidos do Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF), que, no ato, esteve representado pelo procurador da República Alisson Nelicio Cirilo Campos, auxiliado pelo também procurador da República Ricardo Pael Ardenghi, indicado pelo Grupo de Apoio ao Tribunal do Júri da 2ªCCR/MPF (1) e integrante da Força-Tarefa Avá Guarani (2).
Um julgamento pelo júri já havia sido realizado em 2006, ocasião em que o réu foi absolvido. O MPF recorreu e, em 2015, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região anulou o júri anterior por considerar a decisão manifestamente contrária à prova dos autos, determinando a realização de um novo julgamento.
Agora, 30 anos depois do fato e 11 anos depois do primeiro julgamento, o delegado ex-delegado de Juína Ronaldo Osmar, único acusado ainda vivo, foi novamente submetido ao Plenário do Tribunal do Júri e condenado.
Conforme o procurador da República Alisson Nelício, o MPF atuou com muita dedicação nesse caso desde o início para que o tempo não resultasse em impunidade. “Acreditamos que finalmente se encontrou a pacificação social e justiça foi entregue aos familiares da vítima e à sociedade”.
Durante o julgamento, o procurador da República Ricardo Pael sustentou que “era conhecido o conflito fundiário na região. As terras dos Enawenê-Nawê eram desejadas por fazendeiros e madeireiros e viam em Vicente uma ameaça, uma força dos indígenas que pediam a demarcação. Contudo, mesmo sabendo disso, nenhum fazendeiro foi investigado”.
O procurador destacou, ainda, que “a importância desse julgamento vai além das portas do plenário, dos limites de Cuiabá e do Mato Grosso, até mesmo além das fronteiras do Brasil”, referindo-se a outros casos de violência contra indígenas e seus defensores que estão sendo levados a cortes internacionais de Direitos Humanos.
Entenda o caso – de acordo com informações dos autos e de pessoas que conviviam com Kiwxí (nome dado a Vicente pelos índios), ele já vivia na região de Juína há mais de dez anos quando foi assassinado, sendo que constantemente denunciava a presença de fazendeiros e madeireiros nas áreas dos povos indígenas que viviam no noroeste do Mato Grosso. Sua atuação, então, conflitava diretamente com os interesses de fazendeiros e madeireiros da região.
Diante disso, eram comuns os relatos de ameças de morte a Vicente e outros voluntários que o ajudavam.
Em abril de 1987, enquanto se preparava para voltar à aldeia dos Enawenê-Nawê (chamada, na época, de Salumã), Vicente foi surpreendido pelos assassinos, que o atacaram quando ele voltava do rio, onde estava tomando banho. Em seu barraco, nas margens do Rio Juruena, Vicente Cañas foi agredido, morto e deixado ali, caído no chão, sem roupas.
Seu corpo foi encontrado mumificado cerca de 40 dias depois por indígenas e missionários, entre os quais o Padre Thomaz de Aquino Lisboa, que na década de 1970, junto com Vicente Cañas, tinha feito os primeiros contatos com os índios Enawenê-Nawê. A perícia constatou sinais de violência no local e um orifício na barriga de Vicente aparentemente causado por arma branca (faca, punhal, etc.).
À época, o secretário de Segurança do Mato Grosso, Otto Sampaio, declarou ser praticamente impossível chegar aos assassinos e afirmou que dificilmente a morte tivesse ocorrido em consequência de conflito de terra.
A conclusão do Ministério Público e dos Jurados foi diferente!
Resultado – Em votação secreta, os jurados concluíram pela presença da materialidade e da autoria (o crime ocorreu e o réu foi um dos responsáveis), além de reconhecerem a aplicação da agravante da emboscada. Por fim, por requerimento do Ministério Público Federal, aos jurados também foi questionado se duas testemunhas de defesa mentiram durante o julgamento, a que eles responderam positivamente.
Reconhecimento – Em nota divulgada no dia 30 de novembro, o CIMI, entidade da Igreja Católica ligada à CNBB e à qual estava vinculado o missionário Vicente Cañas, divulgou nota na qual “reconhece e agradece o empenho do Ministério Público Federal, de modo particular a todos os Procuradores da República que se envolveram e dedicaram seu empenho neste processo judicial ao longo destes 30 anos”. 

(1) O GATJ é um grupo de apoio por meio do qual, a partir da solicitação do procurador natural, a 2ªCCR indica membros com experiência em casos de Júri para auxiliar na condução do processo.
(2) A Força-Tarefa Avá Guarani foi criada em 2015 para investigar e processar casos de violência praticada contra indígenas no Mato Grosso do Sul.

Assessoria de Comunicação - Ministério Público Federal - Procuradoria da República em Mato Grosso - www.mpf.mp.br/mt - prmt-ascom@mpf.mp.br - (65) 3612-5083 .

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Menina de 11 anos comete suicídio por estar infeliz com o corpo.

Créditos: Reprodução/Arquivo pessoal
Milly Tuomey

Milly Tuomey tinha comportamento investigado por psiquiatra. Ela chocou a imprensa internacional após ter a causa de sua morte revelada, no último fim de semana.

A menina, de apenas 11 anos de idade, quando cometeu suicídio em 1° de janeiro de 2016 por estar infeliz com seu próprio corpo.
De acordo com o jornal “Daily Mail”, a garota foi encontrada em estado crítico em seu quarto, após tentar suicídio. A menina chegou a ser socorrida pelos pais, mas morreu no hospital.
Os indícios que levaram a polícia a desvendar o mistério de sua morte surgiram depois que as autoridades reviraram as redes sociais da menina.
Em seu perfil, Milly escreveu dois meses antes de se matar que queria morrer em um dia específico, e encontraram mais algumas intenções suicidas.
“Ela se cortou e escreveu com o sangue: ‘Garotas bonitas não comem'”, contou uma das investigadoras à publicação.
No dia de sua morte, após o jantar, a menina decidiu ir para o quarto, e horas depois, foi encontrar quase morta.
“Anos atrás isso seria inimaginável. Agora, o suicídio está aumentando em crianças”, afirmou a policial.
  • Se estiver precisando de ajuda ou souber de alguém que esteja, o CVV (Centro de Valorização da Vida) presta atendimento por meio do telefone 141. Também é possível entrar em contato via internet, e-mail, chat e Skype 24 horas por dia.
A psicóloga Camila Reis lista uma série de comportamentos suicidas e como ajudar essas pessoas. Segue abaixo uma lista de como identificar um comportamento suicida e lidar com o tema:

1. Observe os padrões comportamentais da pessoa.

Entre as pessoas que se matam, há uma forte presença de um sofrimento profundo. Além disso, é comum vê-las remoendo pensamentos de forma obsessiva, sem conseguirem parar de fazê-lo. A vida para elas não tem sentido, se sentem sem esperança e incapazes de mudar a sua condição, por isso não encontram outro modo para se livrar desse sofrimento.
É comum ver pessoas depressivas e suicidas sem energia para realizar tarefas básicas. Se você notar que uma pessoa está com falta de energia e fica o dia inteiro na cama, com dificuldades para tomar decisões que antes resolvia normalmente e perda de interesse em atividades que antes lhe eram prazerosas, essa pessoa está precisando de ajuda. Tente ouvi-la, conversar em um tom acolhedor e suave e procure uma ajuda profissional. A acompanhe e mostre o quanto você está ao lado dela. Leia o artigo “10 frases que só atrapalham pessoas com doenças psicológicas”.

2. Reconheça as drásticas mudanças de humor.

Todos têm mudanças de humor durante o dia e isso é natural. Em alguns momentos, você pode se sentir ótimo e vem uma notícia ruim ou um feedback negativo e a partir daí você muda de humor: fica triste ou, ainda, se achar que foi injusto, fica com raiva.
Entretanto, algumas pessoas sofrem alterações de humor extremas. Elas podem se sentir com um enorme vazio e tristeza. Pode ocorrer também um forte sentimento de raiva ou vingança, irritabilidade exagerada, intenso sentimento de culpa ou vergonha, como também sentem-se sozinhas, mesmo estando com outras pessoas. Pessoas que têm transtorno Bipolar ou borderline apresentam sentimentos extremos e podem agir de forma impulsiva. Fique atento a essas mudanças repentinas e exageradas. Se acredita que alguém corre risco imediato, ligue para a emergência (disque 190).

3. Dê ouvidos aos alarmes e avisos verbais.

A dor é tão profunda e o sofrimento tão sufocador que parece que não há outra saída. Em um ato de desespero e pedido de ajuda, a pessoa que está pensando em tirar a sua própria vida grita por socorro. Ela geralmente fala: “não aguento mais”, “quero sumir”, “quero morrer”, “minha vida não vale a pena”, “não aguento essa dor”, “você vai sentir a minha falta quando eu for”, “vocês vão ficar melhores sem mim”, “era melhor não ter nascido” e outras falas que têm o sentido parecido.
Muitas pessoas não dão ouvidos a esses comentários e acham que são formas de chamar atenção. Já ouvi muito comentários como: “Quem quer se matar, se mata, não fica avisando”. Este é um dos maiores absurdos: para cada morte há entre 10 e 20 tentativas. Quem tenta se matar uma vez, pode tentar se matar de novo.
Preste atenção quando ouvir alguém falar assim. Ela pode estar querendo te dizer algo e estar com um sofrimento profundo, se sentindo limitada. Procure uma ajuda especializada.

4. Note mudanças inesperadas.


Política. Consultoria que atuou na campanha de Trump (EUA) negocia com pré-candidatos no Brasil.

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O publicitário afirmou que um candidato a presidente em 2018 deverá desembolsar ao menos R$ 30 milhões com "impulsionamento" nas redes sociais - compra de mídia em redes e aplicativos de conversas.

Empresa de análise de dados que usou métodos controversos na vitoriosa campanha de Donald Trump, nos Estados Unidos, a consultoria britânica Cambridge Analytica, desembarcou no Brasil e negocia com dois potenciais pré-candidatos à Presidência para as eleições de 2018. 

O "braço" da Cambridge Analytica no País é a Ponte Estratégia, empresa que tenta ganhar espaço no mercado de marketing político nacional num cenário em que a disputa vai além das propagandas na televisão: a briga pelo eleitor se dará, em grande parte, nas redes sociais e nos aplicativos de conversa instantânea.



"Só lembrando que Nos Estados Unidos, a eleição de Trump virou motivo de investigação, pelo FBI, de interferência russa no resultado do pleito por meio da compra de publicidade em redes sociais e disseminação de notícias falsas favoráveis ao candidato republicano."