sexta-feira, 27 de julho de 2018

STJ. Diretórios nacionais de partidos políticos não podem ser responsabilizados por dívidas contraídas por diretórios municipais.

A responsabilidade por dívidas, inclusive as civis e trabalhistas, compete aos diretórios municipais de partidos políticos, sendo vedada a inclusão do diretório nacional de um partido no polo passivo de uma ação de cobrança, de acordo com previsão expressa na Lei dos Partidos Políticos.
Com base nesse entendimento, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) deu provimento a um recurso do diretório nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) para excluí-lo do polo passivo de uma demanda ajuizada, inicialmente, em face ao diretório municipal do PT em Porto Alegre.
No caso analisado, após uma gráfica produzir material de campanha para o diretório municipal do PT em Porto Alegre e não ter conseguido receber os valores relativos à prestação do serviço, a empresa solicitou a inclusão do diretório nacional no polo passivo do cumprimento da sentença. O pedido foi deferido pela justiça estadual, que efetuou o bloqueio de verbas online do diretório nacional.
A justificativa das instâncias ordinárias para incluir o diretório nacional foi o caráter nacional dos partidos políticos. Contudo, segundo a relatora do caso no STJ, ministra Nancy Andrighi, apesar desta característica, não há dispositivo legal que determine ou obrigue a solidariedade entre os órgãos de direção partidária.
A relatora destacou, inclusive, que a Lei dos Partidos Políticos afasta expressamente a solidariedade entre as esferas partidárias.
Previsão expressa
Nancy Andrighi lembrou que a regra do caráter nacional dos partidos, disposta no artigo 17 da Constituição Federal, sinaliza no sentido da coerência partidária e da consistência ideológica das agremiações. Entretanto, segundo a magistrada, isso não significa a possibilidade de responsabilização solidária dos diretórios nacionais pelas dívidas contraídas pelos diretórios municipais.
“Mencionada previsão constitucional não tem, contudo, o condão de reconhecer a solidariedade entre as esferas partidárias. A amparar tal conclusão, verifica-se que a própria Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95) afasta a mencionada solidariedade”.  Em seu artigo 15-A, a lei dispõe que a responsabilidade cabe exclusivamente ao órgão partidário municipal, estadual ou nacional, excluída a solidariedade de outros órgãos de direção partidária.
Além da Lei dos Partidos Políticos, Nancy Andrighi citou trechos do CPC/73 e CPC/2015 no mesmo sentido.
“A legislação processual civil, no capítulo que trata sobre a constrição de bens, traz também a previsão de que, quando se tratar de execução contra partido político, o juiz, a requerimento do exequente, requisitará à autoridade supervisora do sistema bancário, informações sobre a existência de ativos tão somente em nome do órgão partidário que tenha contraído a dívida executada ou que tenha dado causa a violação de direito ou ao dano, ao qual cabe exclusivamente a responsabilidade pelos atos praticados”, resumiu a ministra ao citar o artigo 655 parágrafo 4ºdo CPC/73.
Leia o acórdão.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

O que é o Sistema Orçamentário Brasileiro.


Segundo (Houaiss, 1999) Orçamento Público é o resultado das receitas e despesas da administração pública em um determinado exercício financeiro. Denominamos processo orçamentário as leis orçamentárias previstas constitucional-mente que pretendem garantir a realização de ações articuladas do planejamento e da organização financeira estatal. 

Para isso, estabelecem momentos independentes, contudo, relacionados entre si. O Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) compõem as leis que regulam a atividade orçamentária dos entes públicos federal, estaduais e municipais.
O plano plurianual (PPA) é uma lei que regula os projetos governamentais de longa duração, ou seja, aqueles programas que têm existência temporal superior a um exercício financeiro. 
Como existem obras/ações/projetos governamentais desenvolvidos em um intervalo de tempo superior a um ano, a criação do plano plurianual pretende responder a essa necessidade assegurando o planejamento e a transparência por meio de uma disciplina legal que regule tais casos. 
A previsão do plano plurianual encontra-se no artigo 165, CF/88 e a sua abrangência no §1º do mesmo artigo que dispõe: “§ 1º – A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada”. 
O plano plurianual é uma modalidade de planejamento conjuntural criado para promover o desenvolvimento econômico, o equilíbrio entre as diversas regiões do País e a estabilidade econômica.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO é inspirada nas constituições da República Federal da Alemanha e da França, a Lei de Diretrizes Orçamentárias está prevista no §2º, art. 165, CF/88, compreendendo as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente. 
Além disso, cabe à Lei de Diretrizes orçamentárias, orientar a elaboração da Lei Orçamentária Anual, dispor sobre as alterações na legislação tributária e estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. Devendo ser elaborada antes da Lei Orçamentária Anual, já que tem a natureza de um plano prévio. 
Segundo José Afonso da Silva (1999), citado por RINALDO 2003, isso se deve à própria natureza da lei: “porque ela é que vai dar as metas e prioridades que hão de constar do orçamento anual”.
A Lei Orçamentária Anual – LOA é o instrumento legal que reúne a previsão de receitas e despesas governamentais para o ano subsequente, além de orientar a ação estatal e permitir a criação de parâmetros que possibilite a fiscalização. 
O conteúdo da LOA é encontrado no § 5º, do art. 165, C.F/88. Osvaldo Maldonado Sanches, citado por RINALDO 2003, define-a como uma “lei de natureza especial – em razão do seu objeto e da forma peculiar de tramitação que lhe é definida pela Constituição –, por meio da qual são previstas as receitas, autorizadas as despesas públicas, explicitados a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo e definidos os mecanismos de flexibilidade que a Administração fica autorizada a utilizar”. Relação que se estabelece entre as Leis que compõem o Sistema Orçamentário Brasileiro
A ideia é que o plano plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), ao se integrarem, permitam um planejamento estrutural das ações governamentais com repercussões no plano econômico. 
De forma que o PPA estabelece metas para programações mais longas, quatro anos, por exemplo – o mandato presidencial, a LDO direciona, orienta o orçamento anual necessário para cumprir o detalhamento dessas metas no ano e a LOA trata do orçamento para cumprir o programa anual de trabalho estimando receita e prevendo despesas.
A efetivação das metas do PPA está sujeita a programação e execução orçamentária fixada pela LDO para o ano seguinte. Como a LOA é relacionada à execução anual do PPA, pois as despesas necessitam ser previstas na LOA para se realizar; bem como as definições da LDO que restringem as metas do PPA e promovem, antecipadamente, estudos sobre receitas e despesas previstas para analise na LOA. A LDO leva para a LOA os objetivos e as meta definidas no PPA.
O conhecimento da estreita dependência entre as três leis orçamentárias explica algumas ações heterodoxas que percebo por ocasião da aprovação orçamentária municipal na casa legislativa de minha cidade. Fica evidenciado que há pouco conhecimento entre os legisladores e também entre os gestores sobre as Leis Orçamentárias e sua correta aplicação.

São Luís - Promotoria denuncia três acusados por crimes contra moradores do Cajueiro.

Foto -  Visita ao Cajueiro.
O Ministério Público do Maranhão ofereceu Denúncia criminal, em 18 de junho, aos três acusados de cometer crimes contra os moradores da comunidade do Cajueiro, na zona rural de São Luís, em 2014. A região é alvo de conflito agrário desde que a empresa WPR São Luís Gestão de Portos e Terminais Ltda anunciou a instalação do Terminal Portuário de São Luís.

Foram denunciados Luiz Carlos Ribeiro Olivieri, José Edmilson Dourado e Thalles França Paulo (conhecido como Talisson) pelos crimes de dano qualificado, constituição de milícia privada, usurpação da função pública, coação no curso do processo e fraude processual.

Foto -  Visita ao Cajueiro.

Segundo a denúncia ministerial, há indícios suficientes de autoria e provas de materialidade. A Denúncia foi aceita pelo Poder Judiciário em 12 de julho.

Segundo o promotor de justiça Haroldo Paiva de Brito, titular da Promotoria de Especializada em Conflitos Agrários, no dia 18 de dezembro de 2014, seguranças da empresa Leões Dourados Ltda, chefiados pelo proprietário José Edmilson Dourado e a mando de Luiz Carlos Ribeiro Olivieri, comandaram a derrubada de 15 casas dos moradores do Cajueiro.

Em depoimento à Polícia Civil, os moradores contaram que os seguranças acompanhavam os policiais militares e um oficial de justiça, que cumpriria uma intimação.

Foto -  Visita ao Cajueiro.
Após cumprir a determinação judicial, o oficial de justiça e os policiais militares foram embora junto com os seguranças. Em seguida, os mesmos seguranças, chefiados por José Edmilson Dourado e Luiz Carlos Ribeiro Olivieri, voltaram armados e intimidaram os moradores enquanto as residências eram derrubadas por um trator da empresa WPR São Luís Gestão de Portos e Terminais. Eles afirmavam que estariam cumprido uma ordem judicial determinando a demolição das 15 casas.

Foto -  Visita ao Cajueiro.
Os denunciados Thalles França Paulo e Luiz Carlos Ribeiro Olivieri foram citados por diversas vezes por comandar ações de derrubada de outras casas e ameaçar os moradores. “É possível depreender que suas condutas estavam diretamente relacionadas às práticas delituosas, ambos agiam em conluio e espalhavam o caos na comunidade”, afirmou o promotor de justiça.

Foto -  Visita ao Cajueiro.
Uma testemunha, que é moradora da comunidade, contou ter presenciado, em 2014, a chegada de homens em uma caminhonete, um trator e uma van. Os seguranças estavam armados e eram chefiados por Talisson, representante da WPR. Um dos seguranças, da empresa Leões Dourados, deu a ordem para o operador do trator derrubar a residência do vizinho da testemunha.

Na denúncia, o MPMA destacou que Luiz Carlos Ribeiro Olivieri admitiu, em depoimento à Polícia Civil, ser o administrador local da WPR e ter comandado pessoalmente a operação que resultou na derrubada da casa de uma das vítimas com uma pá carregadeira. O denunciado afirmou que a empresa teria adquirido legalmente a área e negociado com diversos posseiros, mas mantém litígio judicial com alguns.

Foto -  Visita ao Cajueiro.
A decisão liminar, de 5 de dezembro de 2014, proibiu moradores e posseiros de realizarem novas construções, mas não determinou a derrubada de nenhum imóvel. “Os acusados não tinham e não poderiam ter qualquer autorização judicial que permitisse a destruição de imóveis dos moradores da comunidade do Cajueiro, configurando-se, aqui, a prática do crime de fraude processual”, esclareceu o titular da Promotoria de Especializada em Conflitos Agrários.

Além disso, o Ministério Público enfatizou que os denunciados utilizaram a violência e grave ameaça para favorecer interesses próprios e alheios, contra os moradores, inclusive impedindo a realização das atividades agrícolas necessárias ao seu próprio sustento. “Houve, de fato, a retirada arbitrária dos que habitavam o local para propiciar a construção do Terminal Portuário, engendrado pela empresa WPR e pretensa proprietária da gleba em litígio, sem levar em consideração os direitos básicos, entre eles, o direito à moradia, à dignidade e à paz.”.

COMUNIDADE TRADICIONAL

No local dos crimes, na comunidade do Cajueiro, as famílias residentes realizam a agricultura de subsistência. A ocupação foi iniciada em 1930, portanto, foi consolidada uma Comunidade Tradicional, de acordo com as diretrizes do Decreto Presidencial nº 6.040/2007.

Foto -  Visita ao Cajueiro.
O representante do MPMA esclarece que, de acordo com as normas de Direito Agrário e informações obtidas junto aos órgãos públicos fundiários, o espaço em disputa é formado de terras públicas, onde estão assentados moradores e/ou posseiros em área reconhecida como “comunidade tradicional”.

“Os denunciados são membros e líderes de uma associação criminosa perigosa, voltada especificamente para a prática delituosa dos crimes de dano, esbulho possessório, dentre outros. Eles também são responsáveis por promover a formação de milícia privada, instigando homens armados a executar expulsão, mediante violência e grave ameaça”, concluiu, na Denúncia, o promotor de justiça.

Há investigações do MPMA, em curso, para identificar os outros integrantes da milícia privada e autores dos mesmos crimes dos três denunciados.

Redação: Johelton Gomes (CCOM-MPMA)

Cantanhede/MA - Fraude em licitação para serviços de saúde motiva ação da Promotoria Estadual.

Cantanhede
Foto - Sede Promotoria em Cantanhede/MA.

A fraude em dois procedimentos licitatórios para contratação de empresa especializada em mão de obra na área de saúde motivou o Ministério Público do Maranhão a ajuizar, em 4 de julho, Ação Civil por ato de improbidade administrativa contra gestores e ex-gestores de Cantanhede. As duas contratações, nos anos de 2011 e 2013, causaram prejuízo de R$ 4.840.435,37 aos cofres públicos.

Foram acionados o ex-secretário municipal de Governo e atual prefeito de Cantanhede, Marco Antônio Rodrigues de Sousa; o secretário de Administração e Finanças, Manoel Erivaldo Caldas dos Santos; o ex-pregoeiro da Comissão Permanente de Licitação, Antônio César Nunes de Sousa; o ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação, Nelio da Paz Muniz Barros Junior; e a Cooperativa dos Profissionais Específicos de Saúde LTDA (Coopes), vencedora das licitações.

De acordo com a ação do promotor de justiça Tiago Carvalho Rohrr, as licitações, na modalidade pregão presencial, apresentavam irregularidades nas etapas de formalização, na publicidade, no edital, na documentação de habilitação da vencedora, no contrato e nas fases de pagamento. Todos os documentos referentes aos pregões presenciais nº 30/2011 e 17/2013 foram avaliados pelos peritos da Assessoria Técnica do MPMA.

“Conclui-se que a Coopes atuou, apenas, como mera intermediadora de mão de obra para burlar a regra do concurso público”, afirmou, na Ação, o membro do MPMA.

Ao analisar o edital referente ao pregão de 2011, a Promotoria de Justiça constatou que não seria possível obter cópia do instrumento convocatório por meio da internet ou de mídia digital. “Neste caso, entende-se que não há elementos nos autos demonstrando que a administração logrou êxito em promover a plena publicidade do certame, elemento indispensável para ampliação do universo competitivo, tanto é que apenas uma licitante compareceu à sessão de 5 de agosto de 2011”, avaliou Rohrr.

Nos contratos, firmados entre o Município de Cantanhede e a Coopes, o Ministério Público detectou a ausência de representante da Administração Pública para fiscalizar a execução dos serviços; ausência de publicação na imprensa oficial e de comprovantes de empenho relativos aos pagamentos, pois não foram encontrados processos mensais de liquidação e pagamento dos serviços contratados.

PENALIDADES

O MPMA pediu ao Poder Judiciário a condenação dos requeridos por improbidade administrativa, estando sujeitos à perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral dos danos causados aos cofres públicos, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa civil e proibição de contratar ou receber benefícios ou incentivos fiscais.

Redação: Johelton Gomes (CCOM-MPMA).

"Fake News" Facebook dá golpe de misericórdia no MBL.

A retirada do ar pelo Facebook de uma rede de páginas e contas usadas para divulgação de notícias falsas por membros do grupo ativista de direita Movimento Brasil Livre, o MBL, ecoou em todas as mídias pelo país, relata Ricardo Miranda do site Os Divergentes; a rede social afirmou que o procedimento é padrão e é adotado no mundo inteiro como forma de coibir a propagação de notícias falsas; foram desativadas 196 páginas e 87 contas em função de caracterizar “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”
247 - A retirada do ar pelo Facebook de uma rede de páginas e contas usadas para divulgação de notícias falsas por membros do grupo ativista de direita Movimento Brasil Livre, o MBL, ecoou em todas as mídias pelo país, relata Ricardo Mirando do site Os Divergentes. A rede social afirmou que o procedimento é padrão e é adotado no mundo inteiro como forma de coibir a propagação de notícias falsas. Foram desativadas 196 páginas e 87 contas em função de caracterizar “uma rede coordenada que se ocultava com o uso de contas falsas no Facebook, e escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação”. 

"As páginas desativadas, que juntas tinham mais de meio milhão de seguidores, variavam de notícias sensacionalistas a temas políticos, com uma abordagem claramente conservadora, com nomes como Jornalivre e O Diário Nacional, de acordo com as fontes. Ao deturpar o controle compartilhado das páginas, os membros do MBL eram capazes de divulgar suas mensagens coordenadas como se as notícias viessem de diferentes veículos de comunicação independentes, de acordo com as fontes. O Facebook tem enfrentado pressão para combater as contas falsas e outros tipos de perfis enganosos em sua rede. No ano passado, a empresa reconheceu que sua plataforma havia sido usada para o que chamou de “operações de informação” que usaram perfis falsos e outros métodos para influenciar a opinião pública durante a eleição norte-americana de 2016, e prometeu combater as fake news. (...)
Eles pretendiam eleger 15 deputados, mas isso parece mais que improvável. Kim Kataguiri e Arthur do Val, codinome “Mamãe Falei” – um youtuber tosco que vive de pegadinhas malandras – vão tentar uma vaga na Câmara. O vereador Fernando Holiday, outro líder do grupo foi eleito vereador em 2016. Todos são candidatos pelo DEM – o que na prática os torna hoje sócios de Geraldo Alckmin e do Centrão. O MBL não consegue se acertar com um candidato nas eleições presidenciais. Começou apoiando Flávio Gurgel Rocha, dono da Riachuelo, que desistiu. Depois flertou com o Partido Novo do milionário João Amoêdo, mas isso gerou uma rebelião interna, liderada por Renan Santos, auto-intitulado coordenador nacional da entidade."


Link: https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/363043/Facebook-da-golpe-de-misericordia-no-MBL.htm 

terça-feira, 24 de julho de 2018

Guerra Urbana. Nove advogados foram assassinados em um mês no Brasil.

Câmeras de segurança gravam execução do advogado André Ambrósio Ribeiro Pessoa
 Foto: reprodução 

Ao menos nove advogados foram assassinados em vários estados do Brasil em praticamente um mês. A maioria das vítimas foi morta a tiros e atuava na área criminalista. A onda de atentados contra os profissionais do Direito preocupa e assusta a categoria em todo o país.

As mortes ocorreram nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. E isso sem contar a morte de uma advogada no Paraná, no último domingo, da qual o marido é o principal suspeito, além dos assassinatos de outros dois advogados no Amazonas e em São Paulo, em maio e abril deste ano.

Nesta segunda-feira (23/7), o advogado Rubens de Azevedo Maia, 62 anos, foi encontrado morto com tiros na cabeça, nuca e nas costas no município de São José de Mipibu, região metropolitana de Natal. Segundo a Polícia Civil, Maia foi sequestrado por criminosos quando chegava em casa, em Parnamirim.

O advogado Emerson Vieira, 42 anos, foi morto a tiros na frente das filhas de 8 e 12 anos. O crime aconteceu no último dia 21, em Vila Velha, no Espírito Santo. Policiais civis apuraram que Vieira cuidava dos preparativos da festa de aniversário de uma das filhas quando sofreu o atentado.

No município de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, dois advogados foram assassinados no intervalo de uma semana. Renato Jorge Rocha Bezerra Filho, 35 anos, foi encontrado no dia 17/7 com marcas de tiros em várias partes do corpo. Ele estava com as mãos amarradas. 

Sete dias antes, o advogado Francisco Erivaldo Rodrigues, 33 anos, foi executado a tiros por três homens em seu escritório. Ele era policial civil e foi vereador em Caucaia.

O criminalista Sérgio Beze Prates, 44 anos, foi assassinado a tiros também no último dia 17, quando estava em seu carro com um cliente no bairro São Judas Tadeu, em Goiânia. Dois homens ocupando um carro de luxo atiraram e fugiram. O advogado morreu na hora. O cliente dele ficou ferido e foi levado para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira.


No município pernambucano de Caruaru, André Ambrósio Ribeiro Pessoa, 47 anos, foi morto a tiros após ser abordado por um homem no último dia 12. O advogado morreu na frente da filha de um ano. Em Feira de Santana, município baiano distante 118 km da capital Salvador, a advogada Silvia da Silva Carvalho, 56 anos, foi sequestrada e encontrada morta a tiros na noite de 27 de junho.

Ela havia acabado de sair de seu escritório, em frente ao Complexo Policial de Sobradinho, quando sofreu emboscada de quatro homens em um carro. O advogado Kléber Martins de Araújo, 60 anos, também atuava na área criminalista. Na tarde de 20 de junho, ele foi morto com cinco tiros em seu escritório na cidade de Campos de Jordão, no Vale do Paraíba. Pelo menos um dos disparos atingiu a cabeça da vítima. Araújo ainda foi levado para um hospital da região.

Uma semana antes, no dia 13, foi a vez do advogado Nilson Aparecido Carreira Mônico, 60 anos, ter o escritório invadido por criminosos, em Presidente Venceslau, no oeste do estado de São Paulo. Mônico foi baleado três vezes e morreu na Santa Casa de Misericórdia da cidade. A Polícia Civil apurou que o crime foi motivado por uma dívida trabalhista.

Procurada pela Ponte para comentar os casos, ocorridos em um intervalo de menos de cerca de 30 dias, a OAB federal (Ordem dos Advogados do Brasil) ainda não se pronunciou.

Outros casos

Na estatística dos nove advogados mortos em um mês não estão incluídos outros três casos. Um deles aconteceu no último domingo. A advogada Tatiane Spitzner, 29 anos, foi encontrada morta após cair de um prédio em Guarapuava, região central do Paraná. A polícia suspeita que ela foi vítima de feminicídio. O marido de Tatiane, Luís Felipe Manvailer, foi preso. Ele diz ser inocente e alega que a mulher se jogou do apartamento no 4º andar.

No dia 5 de maio deste ano, o advogado e ex-deputado estadual Armando de Oliveira Freitas, 79 anos, foi baleado três vezes por dois homens em seu escritório, no bairro São Raimundo, zona oeste de Manaus. 

No dia 26 de abril de 2018, o advogado Jonatas Fernando Venturini da Silva, 32 anos, outro criminalista, foi fuzilado na porta de sua casa, em Atibaia, no interior paulista.

Link original: https://ponte.org/nove-advogados-foram-assassinados-em-um-mes-no-brasil/

MPMA e sociedade civil organizada discutirão propostas para o Plano Nacional de Combate à Corrupção.

ENCCLA NOTÍCIA

A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), realizará evento público em São Luís, estando abertas as inscrições do próximo evento público regional promovido pela Entidade, que será realizado na próxima terça-feira, 31, no auditório da Procuradoria Geral de Justiça, Calhau, em São Luís, das 8 às 18h.
O objetivo é discutir com a sociedade civil organizada propostas para a consolidação do Plano Nacional de Combate à Corrupção. O evento é gratuito e aberto à população.
Os participantes devem apresentar sugestões concretas de enfrentamento à corrupção nos eixos prevenção, detecção ou punição – para o enfrentamento aos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro. Para se inscrever, basta preencher o formulário online no site do Ministério Público do Maranhão (MPMA) www.mpma.mp.br.
As propostas recebidas serão validadas pelo grupo de trabalho da Ação 1/2018 da Enccla, da qual o MPMA faz parte e utilizadas como base para a construção do Plano Nacional de Combate à Corrupção. Ao final do ano, em novembro, o Plano será aprovado e apresentado durante a Reunião Plenária da Enccla.
SERVIÇO - Evento Público Regional Enccla.

Quando: 31 de julho de 2018.

Horário: 8h às 18h.

Local: Auditório da Procuradoria Geral de Justiça (Av. Carlos Cunha, nº 3.261, Calhau, São Luís-MA).

Redação: CCOM-MPMA.