segunda-feira, 23 de julho de 2012

Operação Monte Carlo. Onde andará Geovani?

Onde andará Geovani?

Geovani Pereira da Silva

Contador de Carlos Cachoeira, Geovani Pereira da Silva é a peça que falta nas investigações da Operação Monte Carlo; rumores dão conta de que ele, visto pela última vez no Rio de Janeiro, negocia delação premiada, mas seus advogados negam; “estaria morto no dia seguinte”.

22 de Julho de 2012, às 13:04.
Goiás 247 – Foragido desde 29 de fevereiro, quando foi deflagrada a Operação Monte Carlo, Geovani Pereira da Silva é a peça que falta para elucidar o mistério que cerca a atividade do bicheiro Carlos Cachoeira. Contador do esquema, Geovani desapareceu sem deixar rastros e vem sendo procurado há 145 dias pela Polícia Federal.

Responsável por sua defesa, o advogado Calisto Abdalla Neto não dá pistas sobre seu paradeiro e nega que seu cliente seja um homem-bomba. “Homem-bomba é o Cachoeira”, declarou o advogado ao jornal Estado de S. Paulo.

Desde o seu desaparecimento, surgiram rumores de que Geovani Pereira da Silva poderia negociar uma delação premiada – o que seu advogado nega. “Se ele falar, acaba morto”, disse. “Ou morre antes mesmo de falar”.

Dono de um patrimônio declarado à Receita Federal de pouco mais de R$ 200 mil, Geovani movimentou milhões para a quadrilha, segundo dados levantados pela PF. 

Captado em várias conversas com Cachoeira, ele mantinha diálogos monossilábicos com o patrão – e as conversas tratavam sempre de ordens de pagamento.

Fonte:http://brasil247.com/pt/247/brasil/71029/Onde-andar%C3%A1-Geovani.htm

Egito: Islamistas exortam presidente a destruir pirâmides.

© Flickr.com/yourdon/cc-by-nc-sa 3.0



Abd al-Latif al-Mahmoud, xeque sunita e presidente do partido islamista Unidade Nacional, exortou o presidente egípcio Mohammed Mursi a destruir as pirâmides.

Na opinião dos islamistas, monumentos pagãos não devem estar na terra do Egito.

Os ativistas do movimento “Pro defesa de monumentos históricos” avançaram à liderança do país a proposta de constituir um fundo de proteção da herança cultural e histórica contra as idéias radicais.

Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2012_07_22/82477510/

Turquia importou bombas do Brasil em 2011

O cartucho de bomba de gás lacrimogêneo usado pela polícia turca num campo de refugiados sírios é parte do pacote de armas e munições "não letais" com valor entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões vendido pela empresa brasileira Condor ao governo da Turquia em 2011.
Os dados disponíveis no Ministério do Desenvolvimento brasileiro mostram que as vendas a Istambul pela Condor estiveram abaixo do teto de US$ 1 milhão em 2010, assim como em 2008. Em 2009, não há registro de venda ao país.

O aumento da exportação de material bélico é um dos objetivos do governo, que isentou empresas do setor de impostos em 2011.

ONGs e ativistas, porém, criticam a falta de transparência do governo no tema e a venda a ditaduras e países em conflito.

No começo do ano, o Itamaraty informou estar investigando a possível quebra de contrato no uso de uma bomba de gás lacrimogêneo da Condor contra manifestantes pró-democracia no Bahrein.

A empresa, que diz exportar 30% de sua produção e é sediada no Estado do Rio de Janeiro, negou ter vendido artigos à monarquia do golfo Pérsico. A reexportação de armamentos sem a autorização do país vendedor é proibida.

O uso da bomba da Condor foi denunciado por ativistas do Bahrein, que atribuíam a morte de um bebê a substâncias do gás, cujo agente químico principal é o clorobenzilideno malononitrilo.

À época, a Condor disse ver com "incredulidade" essa informação e disse que o gás também é utilizado no Brasil e em outros 40 países seguindo "padrões internacionais de segurança". 

Fonte:http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha

Ferrovia madeira mamoré pode renascer após 40 anos.

Por Sergio Adeodato | Para o Valor, de Porto Velho
Ao completar 100 anos, a lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré ressurge das cinzas como centro de uma polêmica que envolve o futuro do desenvolvimento econômico e da biodiversidade na isolada fronteira de Rondônia com a Bolívia. A questão concentra-se no município de Guajará-Mirim, a 331 km de Porto Velho (RO), onde os antigos trilhos foram engolidos pela mata desde a sua completa desativação há 40 anos, e 93% do território está dentro de parques, terras indígenas e outras áreas protegidas que restringem atividades produtivas, como o agronegócio que movimenta a economia no restante do Estado.
 
No cenário de estagnação, o projeto de reativar um trecho da chamada "Ferrovia do Diabo" para fins turísticos é defendido por lideranças empresariais, políticas, sindicais e da sociedade civil, na esperança de se recuperar pelo menos em parte o prestígio do passado, quando o lugar funcionava como entreposto da borracha e madeira transportadas pelos rios amazônicos para exportação via oceano Atlântico.

"Somos conhecidos como "município verde", mas em que medida isso de fato nos tem beneficiado?", pergunta o prefeito Atalibio Pegorini (PR-RO). Sem incentivos no lado do Brasil, produtos florestais são hoje mandados para beneficiamento na Bolívia e de lá seguem para exportação - caminho inverso do que se imaginava no começo do século XX a partir da antiga ferrovia. O turismo e sua cadeia de serviços teria o potencial de mudar a atual realidade no longo prazo. "Reativar os trens é mais do que uma questão econômica, mas de resgate cultural, identidade e autoestima", completa o prefeito.

"No aspecto ambiental, o projeto contribui para gerar renda e para a maior valorização da floresta e outros atrativos naturais, com menor risco de degradação por atividades de impacto danoso, como a criação de gado fora dos padrões sustentáveis", argumenta o empresário Dayan Saldanha, integrante do movimento local que pretende dar um novo rumo a esse pedaço da Amazônia que escapou da destruição.

A celebração do centenário da primeira viagem oficial de passageiros na antiga linha férrea, dia 1º de agosto, acende o debate. Além de um abaixo assinado que circula na cidade para envio à Presidência da República, a Assembleia Legislativa de Rondônia iniciou uma campanha para a estrada de ferro ganhar da Unesco o título de Patrimônio da Humanidade, o que resultaria em maior visibilidade e, possivelmente, mais investimentos.
No curto prazo, o objetivo é incluir a revitalização de 27 km de trilhos em Guajará- Mirim, ao custo de R$ 30 milhões, na lista das compensações obrigatórias pelos impactos da Usina Hidrelétrica de Jirau.

Estudo de viabilidade encomendado à Associação Brasileira de Preservação Ferroviária mostrou que o negócio pode ser viável se a recuperação dos trilhos ocorrer em diferentes etapas. A Energia Sustentável do Brasil, concessionária responsável pela usina, alega que o projeto não se justifica economicamente e que o município não dispõe de recursos para efetuar as desapropriações para a retirada dos moradores que invadiram a faixa de domínio da ferrovia.

O licenciamento da hidrelétrica previa inicialmente a reativação de outro trecho da ferrovia, no município de Nova Mutum. Mas a obra também foi considerada inviável e engavetada - apenas um museu será construído na região.

"Em substituição ao item não executado, recomendamos a reforma dos trilhos em Guajará Mirim", afirma Beto Bertagna, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em Rondônia. O assunto está agora no Ministério Público Federal. "É preciso achar uma solução econômica", defende Basílio Leandro, secretário estadual de Turismo, informando que o governo tomou empréstimo de R$ 28 milhões junto ao BNDES, grande parte a ser repassada para Guajará-Mirim. A antiga estação de trem da cidade foi recentemente reformada com recursos estaduais e da Caixa Econômica Federal, mas falta a recuperação das duas locomotivas históricas.

Em contraste com a riqueza do passado, a pobreza atinge vilarejos ao longo dos trilhos abandonados. No Distrito do Iata, chama atenção a estrutura faraônica de um hotel-escola inacabado por irregularidades nas verbas da Universidade Federal de Rondônia. A localidade, ex-celeiro agrícola que tinha a produção escoada pela Madeira-Mamoré, é hoje reduto de "órfãos da borracha".

O lavrador Hamilton Lázaro limpa com a foice o mato que cobre a ferrovia, para conseguir passar de bicicleta. Ele migrou de São Paulo para aventurar-se nos garimpos e encontrou próximo àqueles trilhos um refúgio. "A retomada das locomotivas só ocorrerá se realizada pela hidrelétrica, não pelo governo", ressalta Lázaro, sem acreditar nas promessas de ano eleitoral.

No rio Mamoré, é intenso o fluxo de barcos para a cidade gêmea de Guayaramerin, no lado boliviano, zona de livre comércio. A construção de uma ponte de R$ 300 milhões para a ligação com o oceano Pacífico foi adiada pelo governo brasileiro. À beira daquele rio repleto de corredeiras, o povoado boliviano de Cachuela Esperanza guarda os resquícios do império econômico erguido no começo do século XX pelo empresário Nicola Suarez, herói nacional conhecido como "rey de la goma". 

Além de casarios em ruínas ocupados hoje por famílias sem-teto, o lugar preserva antigos galpões que estocavam a borracha antes de atravessar o rio para embarcar na Madeira-Mamoré rumo ao exterior.

A imponência do teatro General Pando, frequentado à época por artistas internacionais, reflete o poderio do lugar. "A esperança agora é a construção de uma nova hidrelétrica já acordada entre Brasil e Bolívia", afirma Eufronio Gonzales, 97 anos, ex-piloto de barco do visionário Suarez.

A região na fronteira entre os dois países caiu no esquecimento, mas conservou estoques naturais. "O isolamento gera oportunidades, como o ecoturismo, que poderá expandir-se com a ferrovia reativada", destaca o escritor e empresário Paulo Saldanha, proprietário de um hotel de selva próximo a Guajará-Mirim com vista para o encontro da água negra do rio Pacáas Novos com a marrom do Mamoré. Sem a valorização da floresta conservada em pé, proliferam-se ameaças como as que rondam a Reserva Extrativista do rio Ouro Preto.

A área foi criada na década de 1990 para abrigar as famílias descendentes dos chamados "soldados da borracha", na maioria migrantes nordestinos que fugiram da seca para trabalhar nos seringais. "Hoje o lugar é disputado por criadores de gado e búfalo, com risco de impactos ambientais", alerta Samuel Nienow, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).


FONTE:http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha

domingo, 22 de julho de 2012

Política - O apelo desesperado do Jornal "El País", em nome da Espanha.

publicado em 21 de julho de 2012 às 16:13.

editorial do diário direitista El País sobre o colapso econômico da Espanha:

Situación crítica - El BCE está obligado a actuar salvo que Europa haya decidido abandonar el euro a su suerte.

A economia está se aproximando de uma situação de colapso que, se não for corrigida com rapidez, poderá tornar necessário um resgate total em prazo relativamente breve. O anúncio de que a Comunidade Valenciana pediu adesão ao Fundo Autônomo de Liquidez devido à impossibilidade de fazer frente a seus compromissos disparou ontem a taxa de risco para além dos 600 pontos e o diferencial do título de 10 anos [da Espanha, em relação ao da Alermanha] a 7,257%. A situação é potencialmente catastrófica porque com um custo da dívida como o atingido ontem a solvência exterior da nação é insustentável.

Durante as últimas semanas se comprovou, sem dúvidas, que a estratégia econômica mais ou menos imposta por Bruxelas, consistindo no aumento do imposto IVA, além de uma redução dos gastos sociais, da intensificação dos cortes para os funcionários públicos e os que recebem seguro desemprego não conseguiram restaurar a confiança dos mercados na dívida espanhola. Ao contrário, se considerarmos a rentabilidade que o Tesouro teve de pagar no último leilão de títulos, a desconfiança se acentuou. 

O paradoxo é que o conjunto de medidas é provavelmente a única solução a curto prazo para a economia, se for bem executado. Isso, independentemente de que sejam necessários mais esforços nas próximas semanas. Mas, apesar de tudo, das medidas já adotadas, assim como da firme disposição do governo de aprofundar o ajuste, os investidores não concedem credibilidade a dita política econômica. Seu ataque [dos investidores] à dívida espanhola põe em risco a independência econômica e a continuidade do euro.

Portanto, é imperativo que o Banco Central Europeu (BCE) compre a dívida espanhola no mercado secundário, recupere a liquidez e anuncie publicamente que os países que aprovem políticas de ajuste (caso da Espanha) contarão com o apoio ilimitado da autoridade monetária europeia. O BCE cometerá um erro gravíssimo se se prestar ao jogo de condicionar sua intervenção à melhoria temporária das condições de estabilidade na Espanha ou Itália, porque talvez não disponha da margem de tempo para aplicar com eficácia essa intervenção e porque não pode esperar que os cidadãos aceitem os cortes anunciados e os que necessariamente haverão de vir sem expectativa de alguma saída para a crise. Tampouco pode argumentar que deve ser o mecanismo de estabilidade [da União Europeia] o encarregado de decidir politicamente a intervenção, pelas mesmas razões de urgência.

É uma questão de sobrevivência para a dívida espanhola e para o euro em seu conjunto; não cabe exagero algum nesta descrição, porque as perspectivas econômicas para este ano e o próximo, de acordo com o quadro macroeconômico revisado ontem pelo Governo (muito parecido com o elaborado pelo FMI) prolonga a recessão. Não é previsível um aumento da confiança na dívida. A Fazenda calcula que o pagamento de juros da dívida crescerá 9,114 bilhões [de euros] em 2013 e será a principal despesa governamental.

Para o BCE, uma instituição em teoria independente, deveria ser evidente que esta escalada de gastos financeiros invalida qualquer esforço de contenção do déficit e elimina qualquer possibilidade de recuperação a médio prazo. Esta é a razão principal que exige uma intervenção do banco. A razão excepcional, crítica, é que os mercados da dívida não reagirão aos anúncios de ajuste econômico e condenam o país a uma situação extrema. A Alemanha, a Comissão Europeia e o BCE já não  podem se esconder atrás de táticas de coação para impor medidas drásticas de austeridade; elas já foram tomadas, seguramente haverá outras; mas, desgraçadamente, não acalmam os mercados.

PS do Viomundo: Pode se dizer qualquer coisa da revista direitista britânica Economist, menos que rasgue dinheiro. A revista informou recentemente que boa parte dos bens nos livros dos bancos espanhóis é de non-performing assets, ou seja, bens podres, como apartamentos vazios que ninguém quer (pode) comprar.

Fonte:http://www.viomundo.com.br/politica/o-apelo-desesperado-do-el-pais-em-nome-da-espanha.html

Sayyed Nasrallah: “Depois de atacar o Líbano, Israel atacaria a Síria.” O Hezbollah deteve Israel, em 2006


18/7/2012, Nour Rida, Moqawama, Líbano
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
Sayyed Hassan Nasrallah
Dia 18/7, no 6º aniversário da Divina Vitória da Resistência Islâmica no Líbano, o Hezbollah organizou cerimônia comemorativa em al-Raya, sul de Beirute, cujo lema foi “Não há lugar para fraqueza. Não há lugar para a derrota”. Depois de a multidão ouvir trechos do Santo Corão e cantar os hinos do Líbano e do Hezbollah, o secretário-geral do Partido da Resistência, Sua Eminência Sayyed Hassan Nasrallah, falou por videoconferência.
Sayyed Nasrallah agradeceu a presença e deu boas-vindas a todos. Em seguida, anunciou:
Irmãos e irmãs, há várias questões sobre as quais gostaria de falar, mas desenvolvimentos regionais, especialmente na Síria, e o que houve hoje, obrigam-me a descartar parte do discurso que preparei e a tratar dos desenvolvimentos regionais.
Antes de falar da violência que atinge a Síria, Sayyed Nasrallah fez uma retrospectiva de um dos eventos mais importantes da guerra de julho de 2006, e contextualizou uma das maiores vitórias da Resistência até agora, acrescentando informações até aqui desconhecidas do grande público.
A Operação “Ilusão Qualitativa” de “Israel” [1]
Nesse 6º aniversário da vitória de julho de 2006, os ‘israelenses’, que organizaram seminários e discussões entre seus altos dirigentes políticos e militares, reconheceram a derrota e deram sinais de que ainda estão em choque por causa da derrota que sofreram em 2006 – disse Sua Eminência.
A nós, basta lembrar que o chefe do Mossad ‘israelense’ em 2006 [Meir Dagan] disse ao primeiro-ministro de ‘Israel’ [Ehud Olmert] que a derrota “israelense” em julho foi uma catástrofe nacional, na qual “Israel” sofreu nocaute decisivo – continuou Sayyed Nasrallah, recordando outros altos funcionários de “Israel” que admitiram que a entidade “israelense” foi amplamente derrotada na guerra de agressão que moveu contra o Líbano em 2006.
Sayyed Nasrallah contou que “Israel” estava em manobras, preparando-se para lançar uma importante operação, que recebera o nome de “Operação Peso Qualitativo”, prevista para o dia 14/7/2006.
O gabinete “israelense” reuniu-se para discutir a operação, para a qual propuseram que se recolhessem informações acuradas de inteligência sobre os mísseis do Hezbollah, os lançadores e plataformas lança-mísseis. O ministro da Guerra à época disse que as manobras dos anos anteriores haviam servido para que o exército israelense localizasse aqueles mísseis e plataformas. Disse ao mini-Gabinete que, se a Operação Peso Qualitativo fosse aprovada, o Hezbollah perderia a capacidade de lançar mísseis de médio e longo alcance contra “Israel”.
Uma hora depois de aprovada a Operação Peso Qualitativo, mais de 40 jatos “israelenses” atacaram os alvos que, para “Israel” seriam os locais onde estariam os lançadores Fajr 3 e Fajr 5. Essas localizações foram atacadas. Halutz [ministro da Guerra] telefonou a Olmert [primeiro-ministro de Israel] e disse: “Vencemos. A guerra acabou”.
Dia seguinte, o presidente [Perez], de “Israel”, declarou que “Israel” derrotara o Hezbollah, que o secretário-geral fugira para Damasco. Ouvi a notícia onde estava, aqui, no subúrbio sul de Beirute, de onde nunca saí.
Naquele comunicado, Perez falou também longamente do sucesso da operação da inteligência de “Israel”, que recolhera informações; disse que “Israel” alocara muito dinheiro naquela operação que, para Perez, seria comparável à guerra de 1967, quando aviões “israelenses” destruíram grande parte dos aviões da Força Aérea do Egito. Perez também repetiu o que Halutz lhe dissera: que “Israel” destruíra 60-70% da capacidade do Hezbollah de responder com mísseis a ataques de que fosse alvo.
Sayyed Hassan Nasrallah, no telão, fala aos libaneses
Sua Eminência revelou então o que permanecia em segredo até agora:
A verdade é que a Resistência descobriu os planos do inimigo e a intenção de bombardear os lançadores e plataformas de mísseis. A partir do momento em que nossa inteligência teve conhecimento daqueles planos, optamos por “fazer o jogo” dos “israelenses”; e em alguns casos facilitamos o acesso deles às informações que buscavam.
Haj Imad Moghnieh
No centro dessa operação estava a mente de um estrategista brilhante, Haj Imad Moghnieh, e sua equipe de bravos.
A primeira vitória da inteligência do Hezbollah sobre “Israel” aconteceu quando confirmamos que “Israel” estava convencida de que conhecia a localização das plataformas de lançamento dos nossos mísseis – disse Sayyed Nasrallah, que continuou: 
A segunda vitória da inteligência da Resistência aconteceu quando se completou a operação de mudança da parte principal dos lançadores e plataformas de lançamento dos mísseis, sem que os “israelenses” suspeitassem de coisa alguma. Tudo foi transferido para locais que o inimigo desconhecia.
“Israel”, assim, atacou plataformas e silos vazios. As plataformas estavam relocalizadas e prontas para atacar Telavive.
Por isso, a operação que “Israel” chama de “Operação Peso Quantitativo”, nós sempre a chamamos de “Operação Ilusão Quantitativa. 
Mais de 70-80% da capacidade da Resistência manteve-se intacta até o último dia da guerra de julho – disse Sayyed Nasrallah, que continuou:
No dia seguinte, quando [Israel] deu-se conta de que sua operação falhara, o ministro da Guerra Dan disse ao mini-Gabinete, que tudo levava a crer que “Israel” acabara envolvida numa operação que se estenderia por semanas. Foi quando o presidente “israelense” soube que errara. Errado continua até hoje.
A Resistência sabe que os “israelenses” reúnem informação sobre nós e que se preparam para nos atacar. Sabemos qual será seu primeiro alvo, na próxima guerra.
Israel será outra vez surpreendida, quando deslanchar o próximo primeiro ataque. Prometemos aos “israelenses” outra grande surpresa.
Todos podem confiar que, apesar de toda essa agitação e ruídos, há a Resistência e os combatentes da Resistência que trabalham dia e noite sobre o conflito com “Israel”, e que nada desvia ou distrai desse trabalho, venha a gritaria de onde vier e de quem vier. Vencemos em 2000 e vencemos em 2006, e novas vitórias virão, se fizerem guerra contra nós.
Sabemos de onde virá o primeiro novo ataque, o que atacarão dessa vez. A Resistência tem as capacidades, a confiança e o desejo de resistir, e podemos vencer. Nosso destino não é nem a derrota nem a retirada, como pretendem tantos ditadores no mundo árabe.
Sayyed Nasrallah prosseguiu:
Depois daquele momento, os “israelenses” passaram a analisar, com os EUA, o que acontecera. Porque aquela guerra de julho de 2006 estava planejada para destruir a Resistência no Líbano e, destruída a Resistência no Líbano, destruir todo o eixo da Resistência na região.
A segunda coisa que “Israel” teria feito, se tivesse destruído a Resistência do Hezbollah, seria derrubar do governo o regime do presidente Bashar al-Assad e destruir a Síria, sob o pretexto de que a Síria sempre ajudou a Resistência libanesa.
Mas a vitória do Hezbollah, na guerra de 2006, impediu que esse plano prosseguisse.
Digo-lhes hoje que, se houvesse solidariedade, se não houvesse tantas adagas apontadas para nossas costas no Líbano nesses tempos de guerra de Israel contra nós, já teríamos construído negociações políticas nacionais na Síria [2].
Mas há quem ainda tente ajudar “Israel”, no plano político, a safar-se da crise em que se meteu.”
Multidão assistindo este discurso de Hassan Nasrallah em Beirute
O que dizem oficiais de “Israel”
Nas palavras de Sayyed Nasrallah,

Moshe Ya'alon



O ex-comandante do Exército de “Israel” Moshe Ya'alon disse que é evidente que “o Hezbollah é fenômeno implantado, que não pode ser esmagado mediante operação militar; não há o que possa ser usado como pretexto para operação militar conclusiva contra o Hezbollah. Por isso, disse Yalon, a única ação possível é ação política para desarmar o Hezbollah mediante operação doméstica, dentro do Líbano.
O secretário-geral do Hizbollah acrescentou:
Ya'alon também disse que se deu conta de que não há meios para remover o Partido da Resistência, do coração dos xiitas. Sugeriu então trabalhar por meios políticos e militares para conter o Hezbollah, para alcançar um ponto no qual o Hezbollah seja visto, no Líbano, como ilegítimo.
Sayyed Nasrallah alertou para a evidência de que os “israelenses” apostam em desenvolvimentos domésticos no Líbano, para desorientar o Hezbollah. Conclamou os libaneses a que se mantenham alertas.
Sayyed Nasrallah condena o assassinato de líderes sírios
Para o secretário-geral do Hezbollah, o verdadeiro problema dos americanos e “israelenses” é a Síria, onde veem desenvolvimentos importantes em fase recente. Os militares desses países converteram a Síria em problema militar e a fizeram aparecer como possível ameaça a “Israel”:
A Síria é uma via para a Resistência e ponte de comunicação entre a Resistência e o Irã.
Tenho duas [provas] do papel da Síria [no apoio à Resistência]. Primeiro, que os mais importantes foguetes que atingiram Haifa e o centro de “Israel” foram construídos pelo exército sírio e doados à Resistência. A Síria sempre auxiliou a Resistência. A Síria nos deu as armas que o Hezbollah usou na Guerra de Julho; não só no Líbano, mas também na Faixa de Gaza.
Destacando que “Israel” hoje teme Gaza e teme por Telavive, Sayyed Nasrallah perguntou:
Quem forneceu foguetes aos combatentes que combatem por Gaza? Os sauditas? O regime egípcio? Não. Eram foguetes dados pela Síria e transferidos através da Síria. O governo sírio arriscava a própria sobrevivência e alguns de seus interesses para ajudar a Resistência no Líbano e na Palestina a fortalecer-se e a enfrentar o inimigo de todos. Que regime árabe fez isso? Digam-me um único regime árabe que tenha feito o que fez o governo sírio, pela Resistência.”
Todos os países árabes sabem muito bem o que significa a Síria dar armas ao Hezbollah, ao Hamás e ao movimento Jihad islâmico, num momento em que os governos árabes impediam que dinheiro, e até comida, chegassem a Gaza!
A Síria enviou armas e comida a Gaza e assumiu o risco de fazê-lo. Essa é a Síria, a Síria de Bashar al-Assad, a Síria dos mártires Assef Shawkat, Daoud Rajha e Hassan Turkmani [martirizados nos violentos ataques da 4ª-feira em Damasco]”. 
Hoje, na Síria, há um esquema EUA-“israelenses” que proíbe que haja exércitos fortes na região. Esse esquema impede que qualquer estado regional tenha exército forte: só “Israel” – disse Nazrallah.
O secretário-geral do Hezbollah conclamou o povo, o exército e o governo a defender a Síria. E insistiu que a única via para recompor a paz é o diálogo político.
Devemos isso aos destacados líderes sírios que foram martirizados. Apresentamos ao povo, ao governo e ao exército sírios nossas condolências e condenamos esse ataque que só serve aos interesses do inimigo. Confiamos plenamente que o exército sírio saberá manter-se no controle da situação.
Irã: principal preocupação dos “israelenses”
A única preocupação de Israel nos últimos anos foi o Irã. Dezenas de canais de televisão em farsi existem exclusivamente para incitar os árabes contra o povo e contra o governo iranianos. A ação desses instrumentos de comunicação social e o incitamento da propaganda ininterrupta levaram aos protestos no Irã.

Tudo o que EUA e o ocidente podiam fazer contra o Irã, foi feito. E o Irã hoje é 100 vezes mais forte do que há 30 anos. E será ainda mais forte.
O Exército Nacional Libanês é uma garantia, não uma ameaça
Há quem hoje pague a mídia no Líbano, para que arruíne o país. Todos sabem que o Hezbollah não é fraco. Temos optado pelo silêncio dos fortes. Mas o Hezbollah põe o interesse nacional acima de qualquer outro. Queremos um exército forte.
Mas digo ao governo do Líbano e ao comitê de diálogo nacional que, para que o Líbano tenha exército forte é preciso ter projeto e desejo fortes. Isso significa que não podemos temer o embaixador dos EUA nem os generais norte-americanos.
Há hoje muita retórica sectária e pregadores que contestam essa posição. Se um xiita diz algo que insulta outra seita, nós, os intelectuais xiitas, temos o dever de nos erguer e fazer calar os nossos.
E os intelectuais sunitas, cristãos e drusos têm de fazer o mesmo.
Sayyed Nasrallah disse que sempre haverá quem, dentro do governo libanês, queira desarmar a Resistência e fornecer armas à oposição síria, porque o governo libanês é feito de partidos de diferentes opiniões. Essas diferenças, como todas as diferenças de opinião, só podem ser superadas mediante diálogo político.


Notas dos tradutores
[1] Na versão em inglês, as palavras “Israel” e “israelenses” aparecem sempre entre aspas simples. O Hezbollah não reconhece a existência do estado de Israel e só muito raramente refere-se a ele como “Israel”, optando praticamente sempre pela expressão “entidade sionista”. Nesse caso, pensando talvez na difusão internacional das revelações que fez, o secretário-geral disse “Israel” e “israelenses”; os órgãos de imprensa do Partido da Resistência adotaram a solução gráfica de anotar essas expressões entre aspas simples, que reproduzimos também nessa tradução em aspas normais.
[2] Sobre os contatos entre o Hezbollah e a legítima oposição síria, ver redecastorphoto em: Hassan Nasrallah (Hezbollah), entrevistado por Julian Assange, em português; entrevista transcrita e traduzida de Russia Today em 18/4/2012.  


Fonte: http://redecastorphoto.blogspot.com.br/

Policiais federais e civis prendem quatro por tráfico de drogas.

Foz do Iguaçu/PR – A Polícia Federal, em investigação conjunta com a Polícia Civil, desbaratou uma quadrilha de traficantes, aprendeu armas e grande quantidade de drogas. 

Foram apreendidos 560 quilos de maconha, 52 quilos de cocaína, uma metralhadora, um fuzil, dois carregadores, oito cartuchos de munição, duas escopetas e um veículo importado.  Quatro homens foram presos e um adolescente apreendido.  

A ocorrência iniciou-se por volta das 11h, quando policiais federais do Núcleo de Operações em ação conjunta com policiais civil do Grupo de Diligência Especiais - GDE vistoriaram uma residência localizada na Rua Francisco Kammer, no Bairro Três Lagoas, na cidade de Foz do Iguaçu/PR.

Na casa foram apreendidos aproximadamente 560 quilos MACONHA, 52 quilos de cocaína, 01 Metralhadora calibre.30,  com 02 carregadores; 01 Fuzil calibre .762,  com 02  carregadores e 08 cartuchos; 02 Escopetas calibre 12 e 17 cartuchos; e um Veículo AUDI/A3, emplacado na cidade de Porto Alegre/RS. 

A droga estava escondida em um canil desativado e as armas dentro de um baú, na cabeceira da cama de um dos quartos.

Os presos foram conduzidos a Delegacia da PF para os trâmites legais. A droga, após autorização da Justiça Estadual, será incinerada.

Comunicação Social da Polícia Federal em Foz do Iguaçu/PR
Contato: (45) 3576-5515

Fonte:www.dpf.gov.br/agencia/noticias/2012/julho/policiais-federais-e-civis-prendem-quatro-por-trafico-de-drogas