sábado, 31 de março de 2012

Monstruosidade em São Bento: Jovem é capado e morto com varias facadas, sendo inclusive degolado.

Foto - Gazeta da Ilha.
Um crime brutal ocorrido neste sábado (31), na região da cidade de São Bento, baixada maranhense, deixou a população perplexa e a polícia mobilizada para descobrir as circunstâncias em que o crime ocorreu.
 
De acordo com a Polícia Militar, por volta das 3h da madrugada deste sábado (31), populares informaram que havia um carro com os faróis ligado sobre a barragem entre as cidades de São Bento e Bacurituba, e uma pessoa morta dentro do veículo.

A polícia se deslocou para local para verificar a ocorrencia e constatou o fato. O veículo encontrado foi um Corsa Classic, de cor cinza, e placas NNI – 6940. 

A pessoa morta no interior do carro era o jovem de 19 anos, identificado como Tiago Neres Santos Gaspar, que morava em São João Batista.

O jovem teria participado das festividades de aniversário da cidade de São Bento, comemorado na sexta-feira (30).

Ele foi morto com várias facadas, um dos golpes praticamente degolou o rapaz, que também teve o órgão genital decepado. Aparentemente o autor(es) do crime, não levaram nenhum pertence do jovem, além do bem maior, a vida.

O corpo se encontrava no banco do condutor do veículo, em uma posição que dava entender que ele teria sido morto fora do carro depois colado no veículo.

Ele tambem estava com suas vestes arriadas.

Foto - Gazeta da Ilha.
O corpo Thiago foi levado para o Hospital São Judas, em São João Batista onde está aguardando o procedimento para ser examinado e liberado para os familiares.

A polícia já iniciou a investigação, mas ainda não há uma linha de investigação definida.


FONTE: http://www.gazetadailha.com.br/2012/03/31/jovem-e-morto-degolado-e-com-varias-facadas-na-cidade-de-sao-bento/

ASSALTO AO BB DE CAROLINA: Polícia já matou dois dos assaltantes, restante da quadrilha cercada na mata.


A agência do Banco do Brasil do município de Carolina (MA) foi assaltada às 10 horas da manhã desta sexta-feira, 30. 

Segundo informações da Polícia Militar da cidade, está havendo perseguição e troca de tiros entre policiais e assaltantes que já resultou na morte de dois ladrões. 

Conforme a Polícia Militar do Maranhão, o corpo de um dos assaltantes, morto pela manhã desta sexta-feira, dia 30, encontra-se no necrotério do Hospital Municipal de Carolina. 
Um outro bandido foi morto na tarde desta sexta-feira, na zona rural da região de Goiatins, norte do Estado do Tocantins.

Os assaltantes passaram por um povoado chamado Taboquinha, no Maranhão, e pegaram uma estrada que dá acesso ao município de Goiatins. A PM do Tocantins realiza barreiras nas cidades que fazem fronteiras com o Estado para coibir o acesso dos assaltantes. 
  
A delegacia de Polícia de Carolina/MA, que trabalha em conjunto com a Polícia do Estado do Tocantins, informou que o bando, formado por cerca de dez homens, está cercado. E de acordo com a PM de Filadélfia, após o assalto à agência em Carolina, os bandidos fugiram em uma S10 preta, que no momento estava com o pneu furado. O veículo já foi recuperado. 

Cercados pela polícia na região de Goiatins, os ladrões incendiaram uma S10 branca, também utilizada na fuga. De acordo com a Polícia de Carolina, foram recuperados pelos policiais três motocicletas, uma escopeta calibre 32 e um fuzil 767.

A Polícia do Tocantins realiza barreiras nas cidades que fazem fronteiras com o Maranhão para coibir o acesso dos assaltantes.

O Polícial Eduardo Galvão a frente da operação de capturas dos assaltantes, aguardava na tarde de ontem a  chegada de dois helicopteros do GTA, segundo ainda o delegado como os bandidos estão cercados por policiais, com os helicopteros sobrevoando a area o trabalho deverá continuar inclusive durante a noite. 

informou ainda que foram apreendidos, na rota de fuga da quadrilha, um fuzil 762, uma escopeta calibre 12, um carregador de fuzil 556 e três motocicletas, sendo uma delas com placa de Buriticupu (NXE7023) e outra com placa de Carolina (NNC0590). “A quadrilha era formada por dez homens. Seis agiram dentro da agência bancária e três ficaram do lado de fora atirando para afastar a população do local”, disse o delegado.
Conforme o delegado regional, ainda não se pode afirmar que a quadrilha seja a mesma que praticou assaltos no estado do Tocantins, mas que alguns dos assaltantes demonstraram inexperiência, pois segundo testemunhas pareciam desorientados dentro do banco. “O mais desorientado foi o que morreu e segundo o que já apuramos, somente um sabia exatamente o que estava fazendo, demonstrando já ter realizado outras ações semelhantes”, mas "Apesar da inexperiência de boa parte da quadrilha, a ação foi muito bem planejada.

Sabiam quantos volumes o carro-forte havia deixado na agência, conheciam o gerente e a movimentação bancária. O assalto demorou entre 35 e 40 minutos. Demoraram demais, o que deu tempo do policiamento se posicionar”, afirmou o delegado.


Os bandidos levaram o equipamento do circuito interno, incendiado junto com a camionete S10, com placa de Goiânia (GO) abandonada e incendiada próxima à entrada da estrada Carolina-Goiatins – rumo tomado pela quadrilha.

Um Volkswagen CrossFox, placa HPY5721, de Araguaína (TO) também foi abandonado na BR-230. Uma van foi parada pela quadrilha e jogada fora da estrada.

Os valores levados pela quadrilha ainda não foram informados. O gerente José de Ribamar e os funcionários Tércio Medeiros e Neto, entre outros reféns, foram liberados nas proximidades do Rio Lajes.

FONTES:


 

 
http://www.maranhaonews.com/categoryblog/109-carolina/2172-assalto-ao-bb-de-carolina-policia-civil-mata-um-dos-assaltantes.html

Alertado por redes sociais, BC vai incluir o nome de Cora Coralina em moeda comemorativa

31/03/2012 - 16h05

 Vinicius Doria - Repórter da Agência Brasil.
 
Brasília – O lançamento de uma moeda comemorativa em homenagem à Cidade de Goiás (GO), primeira capital do estado e conhecida como Goiás Velho, provocou reações nas redes sociais da internet.

A imagem divulgada pelo Banco Central mostra que a moeda traz, em uma das faces, trecho de um poema de Cora Coralina, mais ilustre filha da cidade histórica, sem a devida assinatura.

Depois da reação indignada de alguns internautas, que reclamaram da falta de identificação da autora do poema, o Banco Central informou à Agência Brasil que o nome de Cora Coralina será acrescentado à moeda, que ainda não começou a ser cunhada.

A moeda faz parte de uma série em homenagem às cidades brasileiras consideradas patrimônio cultural da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Já foram lançadas moedas que homenageiam Ouro Preto (MG) e Brasília. A peça aprovada pelo Banco Central para Goiás Velho tem valor de face de R$ 5, mas deve ser vendida a colecionadores por R$ 145.

Ao lado do valor, há o seguinte trecho da poesia Minha Cidade, do livro Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais:

“Eu sou estas casas
Encostadas
Cochichando umas com as outras”

O Banco Central informou também que tem autorização da família de Cora Coralina para imprimir o trecho do poema na moeda, que será lançada em novembro, e do Conselho Monetário Nacional para promover os ajustes necessários.

Edição: Rivadavia Severo

FONTE: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-03-31/alertado-por-redes-sociais-bc-vai-incluir-nome-de-cora-coralina-em-moeda-comemorativa

Mais uma peça do quebra-cabeça de Cachoeira.

Por Diogo Costa
 

E o quebra-cabeças vai sendo montado... As peças estão se encaixando perfeitamente!

Até hoje Marconi Perillo se vangloria, se jacta de ter sido o primeiro político a alertar Lula sobre o tal de "mensalão". Mas é óbvio! Marconi Perillo sempre teve acesso privilegiado à quadrilha de Carlinhos Cachoeira...

Cada vez mais fica nítido e cristalino quem montou e quem se beneficiou da farsa chamada de "mensalão". Cada vez fica mais nítido que o crime organizado, que a máfia foi atingida centralmente em seus desígnios ilícitos e se associou a imprensa não menos mafiosa para derrubar o governo Lula e retomar seus lucros e seus prepostos na máquina estatal.

Poderia citar inúmeros acontecimentos havidos no governo Lula, mas vou resumir a questão nestes singelos acontecimentos que pouca gente se deu conta na época e ainda não se deram conta até hoje...

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O presidente Lula edita a MP 168, de 20/02/2004, que proíbe a exploração dos jogos de bingo e caça-níqueis. Pois bem, logo após e no mesmo mês de fevereiro de 2004 estoura o escândalo Waldomiro Diniz. Ele fora denunciado porque solicitou um percentual de participação nos "negócios" (propina), ao "empresário" Carlinhos Cachoeira, quando era diretor da Loterj em 2002... Estranho que a gravação seja de 2002, no governo estadual do Rio de Janeiro e surja apenas em 2004 para tentar incriminar o governo Lula que nada tinha com aquela história e logo após a edição da MP 168!

A verdade é que o governo Lula feriu de morte o interesse de muitas e muitas máfias encasteladas na máquina estatal durante décadas. E a máfia reagiu e quase derrubou o governo Lula. A máfia tem ramificações nos mais diversos setores da sociedade e agora vai surgindo aos poucos o verdadeiro objetivo do quase golpe efetuado no Brasil em 2005 através da CPI dos Bingos e dos Correios. Essa é uma pequena amostra dos interesses que estavam em jogo naquela época, o Nassif e os colegas poderiam complementar com maiores informações...

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http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mais-uma-peca-do-quebra-cabeca-de-cachoeira#more. Comentário de: Assis Ribeiro.

Waldomiro Diniz é um empresário brasileiro.

Diniz ganhou notoriedade no Brasil em 2004, após a divulgação da fita gravada pelo empresário e bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Em 2002, foi presidente da Loterj, autarquia do governo do Rio de Janeiro responsável pela administração, gerenciamento e fiscalização do jogo no estado.

Em 2002, por indicação do amigo pessoal há 10 anos, José Dirceu, se tornou Subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República (1º de janeiro de 2003 a 13 de fevereiro de 2004), tornando-se homem de confiança do ministro da Casa Civil, José Dirceu, durante o primeiro governo do Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, negociando nos bastidores políticos sobre votações de 2003.

Diniz ganhou notoriedade da imprensa e opinião pública brasileira (com até repecussão internacional) em 2004, após a divulgação da fita gravada em 2002 pelo empresário e bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, divulgada pela Revista Época em 13 de fevereiro de 2004. Na gravação, Waldomiro Diniz aparece extorquindo Augusto Ramos para arrecadar fundos para a campanha eleitoral do Partido dos Trabalhadores e do Partido Socialista Brasileiro no Rio de Janeiro. Em troca, Diniz prometia ajudar Augusto Ramos numa concorrência pública.

No entanto, o pedido de 2002 não ocorreu, razão na qual Cachoeira enviou a fita ao então senador Antero Paes de Barros, que por vez enviou ao Ministério Público de Brasília, na qual os repotéres da revista Época conseguiram a cópia.

Após a divulgação da denúnica, Waldomiro Diniz deixou o governo no mesmo dia, provocando a primeira crise política no Governo Lula. A oposição e até aliados do governo tentaram criar CPI dos Bingos, mas as manobras do Lula barraram a criação e deixou o governo sob suspeita até o surgimento do escândalo do Mensalão em 2005.

Há contra Waldomiro Diniz a acusação de que ele influenciou na renovação de contratos entre a Caixa Econômica Federal e a empresa que gerencia loterias federais GTech.


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http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mais-uma-peca-do-quebra-cabeca-de-cachoeira#more. Comentário de: Ivan Bispo 

Operação Monte Carlo. Marconi usa Twitter para responder acusação de revista Governador disse que reportagem da "Carta Capital" não aponta nada de concreto e que não é alvo de qualquer investigação.

Por Elder Dias.
 
O governador Marconi Perillo (PSDB) está na capa da mais recente revista "Carta Capital", ladeando, com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o empresário Carlos Eduardo Ramos, o Carlinhos Cachoeira(em primeiro plano). A publicação tem como manchete "O crime domina Goiás". A reportagem versa sobre a influência que o bicheiro — preso na Operação Monte Carlo, que desbaratou quadrilha que atuava com máquinas caça-níqueis em Goiás — teria no governo estadual. 

A resposta à capa e ao conteúdo da revista veio aproximadamente às 22h30 desta sexta-feira, 30, quando Marconi usou seu perfil na rede social Twitter para reagir à reportagem. 

Em uma nota, publicada em vários postagens no microblog, o governador tachou a matéria de "leviana, maldosa, irreal e tendenciosa", pediu para os que "insistem no terceiro turno em Goiás" o deixem "trabalhar em paz" e disse que seus advogados estudam "medidas judiciais" no campo cível e penal contra a publicação para reparar sua honra. 

Segue abaixo a íntegra da nota:  "Hoje, assinei decreto que submete os servidores do Estado à Lei da Ficha Limpa, nos moldes definidos pela Justiça Eleitoral. É mais uma demonstração de transparência, espírito republicano e moralidade do meu governo. Em Goiás, sempre garanti os preceitos e pilares do Estado Democrático de Direito. Em alguns casos, sou mais rigoroso que a própria lei.
 
Todos sabem que tenho sofrido agressões. Exemplo: matéria da revista Carta Capital é leviana, maldosa, irreal e tendenciosa. É uma “reportagem” completamente distorcida e dissociada da verdade dos fatos. Não aponta nada de concreto. Essa matéria serve a interesses escusos daqueles que insistem no terceiro turno em Goiás. Não é isso que a sociedade deseja. Peço a eles que me deixem trabalhar em paz e fazer o melhor governo da vida dos goianos. Esse é o meu compromisso.
 
Depois de um período difícil, estamos caminhando rápido rumo a resultados que serão positivos para todos os goianos. Minha equipe jurídica estuda medidas judiciais a serem tomadas no campo cível e penal para reparar a minha honra.  Quero tranquilizar todos os goianos que acreditam neste governo: nossas ações e atitudes são todas republicanas, transparentes e honestas.
 
Não sou alvo de qualquer investigação. Não cometi e jamais cometeria qualquer ato ilícito ou nada que envergonhasse os que acreditam em mim. Reafirmo a minha crença: a verdade sempre prevalecerá. Boa noite a todos."

FONTE:http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/mais-uma-peca-do-quebra-cabeca-de-cachoeira#more

ENTREVISTA COM LULA NA “FOLHA” .

O ex-presidente, depois da última sessão de radioterapia a que se submeteu, em fevereiro.

NA PRIMEIRA ENTREVISTA APÓS O DESAPARECIMENTO DO CÂNCER, LULA FALA DO MEDO DA MORTE E AFIRMA QUE AGORA QUER EVITAR UMA AGENDA ‘ALUCINADA’.

Por Cláudia Collucci e Mônica Bergamo, na “Folha de São Paulo”

“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou quinta-feira (29) que teve mais medo de perder a voz do que de morrer após a descoberta do câncer na laringe. “Se eu perdesse a voz, estaria morto.”

Um dia depois da notícia de que o tumor desapareceu, ele recebeu a “Folha” para uma entrevista exclusiva, num quarto do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde faz sessões de fonoaudiologia.

Lula comparou a uma “bomba de Hiroshima” o tratamento que fez, com sessões de químio e radioterapia.

Ele emocionou-se ao lembrar da luta do vice-presidente José Alencar (1931-2011), que morreu de câncer há exatamente um ano. “Hoje é que eu tenho noção do que o Zé Alencar passou.”

Quase 16 quilos mais magro e com a voz um pouco mais rouca que o normal, o ex-presidente ainda sente dor na garganta e diz que sonha com o dia em que poderá comer pão “com a casca dura”.

A entrevista foi acompanhada por Roberto Kalil, seu médico pessoal e “guru”, pelo fotógrafo Ricardo Stuckert e pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

-Folha – Como o Sr. está?

Luiz Inácio Lula da Silva – O câncer está resolvido porque não existe mais aqui [aponta para a garganta]. Mas eu tenho que fazer tratamento por um tempo ainda. Tenho que manter a disciplina para evitar que aconteça alguma coisa. Aprendi que tanto quanto os médicos, tanto quanto as injeções, tanto quanto a quimioterapia, tanto quanto a radioterapia, a disciplina no tratamento, cumprir as normas que tem que cumprir, fazer as coisas corretamente, são condições básicas para a gente poder curar o câncer.

-Foi difícil abrir mão…

Hoje é que eu tenho noção do que o Zé Alencar passou. [Fica com a voz embargada e os olhos marejados]. Eu, que convivi com ele tanto tempo, não tinha noção do que ele passou. A gente não sabe o que é pior, se a quimioterapia ou a radioterapia. Uns dizem que é a químio, outros que é a rádio. Para mim, os dois são um desastre. Um é uma bomba de Hiroshima e, o outro, eu nem sei que bomba é. Os dois são arrasadores.

-O Sr. teve medo?

A palavra correta não é medo. É um processo difícil de evitar, não tem uma única causa. As pessoas falam que é o cigarro [que causa a doença], falam que é um monte de coisa que dá, mas ‘tá’ cheio de criancinha que nasce com câncer e não fuma.

-Qual é a palavra correta?

A palavra correta… É uma doença que eu acho que é a mais delicada de todas. É avassaladora. Eu vim aqui com um tumor de 3 cm e de repente estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim. [Em alguns momentos] Eu preferiria entrar em coma.

-Kalil [interrompendo] - Pelo amor de Deus, presidente! Em coma?

Eu falei para o Kalil: eu preferiria me trancar num freezer como um ‘carpaccio’. Sabe como se faz ‘carpaccio’? Você pega o contrafilé, tira a gordura, enrola a carne, amarra o barbante e coloca o contrafilé no freezer e, quando ele está congelado, você corta e faz o carpaccio. A minha vontade era me trancar no freezer e ficar congelado até…

-Sentia dor?

Náusea, náusea. A boca não suporta nada, nada, nada, nada. A gente ouvindo as pessoas [que passam por um tratamento contra o câncer] falarem não tem dimensão do que estão sentindo.

-Teve medo de morrer?

Eu tinha mais preocupação de perder a voz do que de morrer. Se eu perdesse a voz, estaria morto. Tem gente que fala que não tem medo de morrer, mas eu tenho. Se eu souber que a morte está na China, eu vou para a Bolívia.

-O Sr. acredita que existe alguma coisa depois da morte?

Eu acredito. Eu acredito que entre a vida que a gente conhece [e a morte] há muita coisa que ainda não compreendemos. Sou um homem que acredita que existam outras coisas que determinam a passagem nossa pela Terra. Sou um homem que acredita, que tem muita fé.

-Mesmo assim, teve um medo grande?

Medo, medo, eu vivo com medo. Eu sou um medroso. Não venha me dizer: ‘Não tenha medo da morte’. Porque eu me quero vivo. Uma vez ouvi meu amigo [o escritor] Ariano Suassuna dizer que ele chama a morte de Caetana e que, quando vê a Caetana, ele corre dela. Eu não quero ver a Caetana nem…

-Qual foi o pior momento nesse processo?

Foi quando eu soube. Vim trazer a minha mulher para um exame e a Marisa e o Kalil armaram uma arapuca e me colocaram no tal de PET [aparelho que rastreia tumores]. Eu tinha passado pelo otorrino, o otorrino tinha visto a minha garganta inflamada.

Eu já estava há 40 dias com a garganta inflamada e cada pessoa que eu encontrava me dava uma pastilha. No Brasil, as pessoas têm o hábito de dar pastilha para a gente. Não tinha uma pessoa que eu encontrasse que não me desse uma pastilha: ‘Essa aqui é boa, maravilhosa, essa é melhor’. Eu já tava cansado de chupar pastilha.

No dia do meu aniversário, eu disse: ‘Kalil, vou levar a Marisa para fazer uns exames’. E viemos para cá. O rapaz fez o exame, fez a endoscopia, disse que estava muito inflamada a minha garganta. Aí, inventaram essa história de eu fazer o PET. Eu não queria fazer, eu não tinha nada, pô. Aí eu fui fazer depois de xingar muito o Kalil.

Depois, fui para uma sala onde estava o Kalil e mais uns dez médicos. Eu senti um clima meio estranho. O Kalil estava com uma cara meio de chorar. Aí eu falei: ‘Sabe de uma coisa? Vocês já foram na casa de alguém para comunicar a morte? Eu já fui. Então falem o que aconteceu, digam!’ Aí me contaram que eu tinha um tumor. E eu disse: ‘Então vamos tratar’.

-Existia a possibilidade de operar o tumor, em vez de fazer o tratamento que o senhor fez.

Na realidade, isso nem foi discutido. Eles chegaram à conclusão de que tinha que fazer o que tinha que fazer para destruir o bicho [quimioterapia seguida de radioterapia], que era o mais certo. Eu disse: ‘Vamos fazer’.

O meu papel, então, a partir dessa decisão, era cumprir, era obedecer, me submeter a todos os caprichos que a medicina exigia. Porque eu sabia que era assim. Não pode vacilar. Você não pode [dizer]: ‘Hoje eu não quero, não ‘tô’ com vontade’.

-O senhor rezava, buscou ajuda espiritual?

Eu rezo muito, eu rezo muito, independentemente de estar doente.

-Fez alguma promessa?

Não.

-Existia também uma informação de que o senhor procurou ajuda do médium João de Deus.

Eu não procurei porque não conhecia as pessoas, mas várias pessoas me procuraram e eu sou muito agradecido. Várias pessoas vieram aqui, ainda hoje há várias pessoas me procurando. E todas as que me procurarem eu vou atender, conversar, porque eu acho que isso ajuda.

-E como será a vida do Sr. a partir de agora? Vai seguir com suas palestras?

Eu não quero tomar nenhuma decisão maluca. Eu ainda estou com a garganta muito dolorida, não posso dizer que estou normal porque, para comer, ainda dói.

Mas acho que entramos na fase em que, daqui a alguns dias, eu vou acordar e vou poder comer pão, sem fazer sopinha. Vou poder comer pão com aquela casca dura. Vai ser o dia!

Eu vou tomando as decisões com o tempo. Uma coisa eu tenho a certeza: eu não farei a agenda que já fiz. Nunca mais eu irei fazer a agenda alucinante e maluca que eu fiz nesses dez meses desde que eu deixei o governo. O que eu trabalhei entre março e outubro de 2011… Nós visitamos 30 e poucos países.

Eu não tenho mais vontade para isso, eu não vou fazer isso. Vou fazer menos coisas, com mais qualidade, participar das eleições de forma mais seletiva, ajudar a minha companheira Dilma [Rousseff] de forma mais seletiva, naquilo que ela entender que eu possa ajudar. Vou voltar mais tranquilo. O mundo não acaba na semana que vem.

-Quando é que o senhor começa a participar da campanha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo?

Eu acho o Fernando Haddad o melhor candidato. São Paulo não pode continuar na mesmice de tantas e tantas décadas. Eu acho que ele vai surpreender muita gente. E desse negócio de surpreender muita gente eu sei. Muita gente dizia que a Dilma era um poste, que eu estava louco, que eu não entendia de política. Com o Fernando Haddad será a mesma coisa.

-O senhor vai pedir à senadora Marta Suplicy para entrar na campanha dele também?


Eu acho que a Marta é uma militante política, ela está na campanha.

-Tem falado com ela?

Falei com ela faz uns 15 dias. Ela me ligou para saber da saúde. Eu disse que, quando eu sarar, a gente vai conversar um monte.

-E em 2014? O senhor volta a disputar a Presidência?

Para mim, não tem 2014, 2018, 2022. Deixa eu contar uma coisa para vocês: eu acabei de deixar a Presidência da República, tem apenas um ano e quatro meses que eu deixei a Presidência.

Poucos brasileiros tiveram a sorte de passar pela Presidência da forma exitosa com que eu passei. E repetir o que eu fiz não será tarefa fácil. Eu sempre terei como adversário eu mesmo. Para que é que eu vou procurar sarna para me coçar se eu posso ajudar outras pessoas, posso trabalhar para outras pessoas?

E depois é o seguinte: você precisa esperar o tempo passar. Essas coisas você não decide agora. Um belo dia você não quer uma coisa, de repente se apresenta uma chance, você participa.

Mas a minha vontade agora é ajudar a minha companheira a ser a melhor presidenta, a trabalhar a reeleição dela. Eu digo sempre o seguinte: a Dilma só não será candidata à reeleição se ela não quiser. É direito dela, constitucional, de ser candidata a presidente da República. E eu terei imenso prazer de ser cabo eleitoral.”

FONTES: Entrevista realizada por Cláudia Collucci e Mônica Bergamo, na “Folha de São Paulo”  (http://www1.folha.uol.com.br/poder/1069313-sem-voz-estaria-morto-diz-lula-em-entrevista-exclusiva.shtml).
Também postada por Luis Favre em seu blog  (http://blogdofavre.ig.com.br/2012/03/recebi-uma-bomba-de-hiroshima-dentro-de-mim/).
 http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2012/03/entrevista-com-lula-na-folha.html

Metade das capitais já tem ou prepara guarda municipal armada para ser "polícia preventiva"

Guarda MUnicipal de Aracaju
Criada para proteger o patrimônio público das cidades, as guardas municipais ainda lutam para ganhar reconhecimento como uma força de segurança no país. Em meio à falta de regulamentação sobre a função dessas tropas, as capitais brasileiras passaram a armar os guardas, que em algumas cidades . Segundo levantamento feito pelo UOL, 13 capitais já usam armas ou estão com processos em andamento.

Segundo o Ministério da Justiça, existem hoje mais de 86 mil guardas municipais no Brasil, que atuam em uma profissão sem regulamentação federal. 

Além de armas, a categoria –que ainda não possui sequer um órgão sindical nacional - reivindica que as guardas sejam regulamentadas como “polícia preventiva” e atuem para evitar crimes nas cidades, e não apenas na segurança do patrimônio.

De acordo com o Estatuto do Desarmamento, de 2003, os municípios com mais de 50 mil habitantes podem armar suas guardas municipais. Desde lá, muitas capitais adotaram o uso de armamento pela guarda. Cidades como São Paulo, Porto Alegre, Vitória, Florianópolis, Curitiba, Belém e Aracaju já usam armas há algum tempo.

Outras capitais estão em processo avançado e devem passar a usar armas em breve, como Belo Horizonte e Goiânia, onde os convênios com a PF (Polícia Federal) –responsável pelo porte de armas-- já foram assinados. Na capital mineira, por exemplo, as armas já foram compradas, e apenas os portes são aguardados.

No Nordeste --região onde o número de homicídios vem crescendo-- é que se verifica o maior interesse atual em armar as guardas. Recentemente as prefeituras de Natal e Salvador anunciaram convênios com a PF para fornecer o porte aos guardas. Em João Pessoa, um projeto que prevê o uso de armas foi aprovado pela Câmara de Vereadores em dezembro de 2011. Em Maceió, um projeto encaminhado pela prefeitura está em análise desde 2010 na Polícia Federal.

Segurança desarmada

Em outras capitais, como Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza, os guardas ainda fazem a segurança de prédios desarmados, e não há previsão de uso de armamento. E foi justamente a atuação desarmada que gerou polêmica esta semana, quando os guardas municipais de Fortaleza iniciaram um protesto por conta de dois casos de violência sofrido no início da semana.

No último domingo (25), dois guardas foram baleados por torcedores no terminal de ônibus do bairro Antônio Bezerra, após o clássico entre Ceará e Fortaleza. No mesmo dia, outros guardas não conseguiram impedir uma invasão e assalto à Câmara de Vereadores --eles ainda foram algemados durante a ação.

Em protesto, os guardas paralisaram as atividades na quarta-feira (28), mas voltaram parcialmente na quinta-feira (29), após a prefeitura anunciar a criação de um grupo para discutir o assunto. Mas eles prometem só voltar às atividades de patrulhamento em locais de risco após o município aceitar comprar armamento.

“Essa discussão precisa passar também pela sociedade. Defendemos o armamento, mas de forma responsável, com capacitação. A gente quer que arme o servidor, mas não é só pegar uma arma e mandar ir para rua sem está preparado. Tem que ter treinamento. 

Só que a gente está pressionando as autoridades porque todo meliante tem uma arma de fogo e nós, só um cacete. Nem algema todos os guardas têm. E fazemos vigilância em escolas, hospitais de locais perigosos, não dá mais para seguir assim”, disse Márcio Cruz, presidente do Sindicato dos Guardas Municipais do Ceará.

Distorção de função

Legalmente, as guardas deveriam atuar apenas na proteção de bens, serviços e instalações das cidades. Mas não é isso que ocorrer em algumas cidades. Em Aracaju, por exemplo, a guarda municipal tem como uma das missões "coordenar e exercer atividades de policiamento, fiscalização e vigilância ao meio ambiente, bem como os objetos e áreas que integram o patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico local."

A ideia de armar as guardas é vista com bons olhos, mas ao mesmo com ressalvas pelo delegado federal aposentado e atual secretário de Segurança e Cidadania de Maceió, José Pinto de Luna. O problema estaria em atribuições equivocadas da guarda, como ocorreria na capital sergipana.  Segundo Luna, a Polícia Federal já precisou intervir para tirar o poder dado a algumas guardas municipais armadas pelo país, especialmente em São Paulo, onde atuou por décadas como delegado.

"Para proteger o bem público, as guardas municipais têm de estar armadas e ter os recursos necessários. Mas isso tem que ser visto com muita responsabilidade. Têm muitos lugares no interior de São Paulo onde a guarda ultrapassou a corporação militar. Em alguns locais, o guarda tomou gosto pelo poder de polícia, que ele não tem, e aí começaram a nascer grupos de extermínio", disse. 

Luna defende que Maceió --capital com maior taxa de homicídios do país, 107 para cada 100 mil habitantes, segundo o Mapa da Violência 2012--, mas avalia que existem exigências que encarecem e dificultam o processo. "Temos uma dificuldade de implementar por conta de uma grade curricular sugerida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, que envolve 600 disparos. Se você somar isso para 850 guardas, fica uma fortuna. Esse está sendo o principal entrave. Estamos vendo se essa grade pode ser flexibilizada ou pegarmos o mais preparados fisicamente e psicologicamente para o corpo armado da guarda", afirmou.

Polícia preventiva

A discussão sobre os critérios para regulamentação dos guardas está ocorrendo no Congresso, e pode resultar em mais poderes à categoria. Na quarta-feira, comandantes de guardas municipais, sindicalistas e parlamentares defenderam a regulamentação do trabalho da categoria na prevenção da violência. O tema foi discutido em audiência publica da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. Segundo sindicalistas, a ideia é dar um leque maior de atuações às guardas.

“Hoje, temos polícia de pronto atendimento que atua depois do ato de violência. Queremos desenvolver o papel de uma polícia preventiva, próxima do cidadão, dando a ele a sensação de segurança”, disse o presidente do Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo, Carlos Augusto de Souza, que faz parte de um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Justiça, em 2011, para discutir a regularizar da profissão.

O deputado Vicentinho (PT-SP) também defendeu a ação preventiva das corporações. “A guarda municipal tem de ter uma atuação pacífica, pacificadora e comunitária. Ela deve atuar sobre a causa, não a consequência”, afirmou.

*com Agência Câmara

FONTE: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/03/31/metade-das-capitais-ja-tem-ou-prepara-guarda-municipal-armada-para-ser-policia-preventiva.htm

sexta-feira, 30 de março de 2012

MP/RN. Pede que Senador José Agripino Maia (líder do DEM) seja investigado.

FÁBIO FABRINI - Agência Estado
(Senador José Agripino Maia - Lídr do DEM).
O Ministério Público do Rio Grande do Norte enviou à Procuradoria-Geral da República pedido para que investigue o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), apontado como beneficiário de pagamentos feitos pela máfia da inspeção veicular em seu Estado.

Em depoimento, o empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, preso na Operação Sinal Fechado, relatou o suposto repasse de R$ 1 milhão ao parlamentar e a Carlos Augusto Rosado, marido da governadora do RN, Rosalba Ciarlini (DEM).

Segundo a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, Lopes é sócio oculto do advogado George Olímpio, apontado como mentor das fraudes na inspeção veicular e outros projetos do Detran-RN. 

Nas declarações, de 24 de novembro, mesmo dia das prisões de envolvidos no esquema, ele disse que Olímpio lhe relatou ter feito pagamentos a Agripino e Rosado.

O valor teria sido pago em dinheiro, parcelado, na campanha de 2010, e a negociação teria ocorrido no sótão do apartamento do senador em Natal. Agripino nega ter recebido propina, mas diz que Olímpio esteve no imóvel, interessado em implementar o contrato de inspeção veicular no governo de Rosalba. 

Agripino pediu ao grupo Estado que ligasse para o advogado de Lopes, José Luiz Carlos de Lima, que desmentiu o depoimento do cliente. Segundo ele, Lopes estava sob efeito de medicamentos quando fez as acusações. As informações sobre a operação foram enviadas à PGR, que decidirá se há elementos para pedir ao Supremo Tribunal Federal investigação contra o senador.

A Operação Sinal Fechado apurou o desvio de recursos do Detran-RN para empresas de Olímpio e pessoas ligadas a ele. Segundo o MP, políticos receberam vantagens para favorecê-las em licitação e contratos públicos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

TERROR EM CAROLINA: Bandidos assaltam agência do Banco do Brasil - Veja imagens do local do assalto

http://boscoascenso.blogspot.com.br/
Pelo menos sete bandidos fortemente armados, assaltaram na manhã de hoje a agência do Banco do Brasil de Carolina.

A agência estava cheia de clientes. A população entrou em pânico por causa da quantidade de tiros. Seis reféns foram levados. 

Os assaltantes fugiram pela BR-230, rumo à cidade de Riachão. Entre os reféns o gerente da agência José de Ribamar e os funcionários Tércio Medeiros e Neto estavam entre os reféns – que já foram liberados na saída da cidade.
 
Não a informações sobre os valores levados pelos bandidos.
 
A Polícia Militar de Carolina, totalmente despreparada para este tipo de ocorrência nada pode fazer.
 
Segundo informações de testemunhas, os assaltantes usavam apenas escopetas e uma submetralhadora.
 
Essa é a quarta vez que o Banco do Brasil de Carolina é assaltado. Os marginais agem sempre da mesma forma – usam armamento pesado e atiram para todos os lados para assustar a população.
 
Os assaltantes usavam dois veículos - uma S10 e uma EcoSport (todos da cor prata) - a S10 foi incendiada na entrada da cidade de Goiatins, na BR-230 - há oito quilômetros do centro da cidade.
 
O assalto na agência do Banco do Brasil em Carolina-MA alertou a polícia na região do Bico do Papagaio, pois segundo informações da polícia maranhense os ladrões, que fizeram reféns, possivelmente adotaram o Tocantins como rota de fuga.
 
 As cidades de Filadélfia e Goiatins estão em alerta.
De acordo com o delegado Emerson Francisco, de Filadélfia/TO, como a cidade faz divisa com o Estado do Maranhão, uma equipe está sendo enviada para Goiatins e outra deve permanecer em Filadélfia para evitar que os bandidos façam das duas cidades tocantinenses sua rota de fuga e novos assaltos.

 
A equipe disponibilizada para esta operação é composta por seis agentes e o delegado. Os policiais farão fronteira nas ruas adjacentes que dão acesso ao Tocantins, a equipe já está se deslocando.  

Segundo o delegado Emerson, as primeiras informações dão conta que os bandidos usaram duas caminhonetes S-10 e Cross Fox.

Ainda não se sabe se o reféns foram liberados.

Suspeita de assalto em Vitorino Freire/MA.  

Ontem policiais militares do 15º Batalhão , sediado em Bacabal, fizeram uma ofensiva na cidade de Vitorino Freire. De acordo com informações repassadas pelo serviço de inteligência das Polícias Militar e Civil, havia a possibilidade de um assalto ao Banco do Brasil daquela cidade.O Grupo Tático Aéreo – GTA – chegou a deslocar para a região em um helicóptero. Até o momento não foi divulgada prisão de nenhum bandido.
 
Fontes:
http://www.louremar.com.br/
http://boscoascenso.blogspot.com.br/ 
http://surgiu.com.br/noticia/29299/assaltantes-atacam-agencia-do-bb-em-carolina-fazem-refens-e-fogem-rumo-ao-tocantins.html

http://www.maranhaonews.com

DEVERES DO JORNALISTA Os quatro pilares da imprensa livre Por Albert Camus em 27/03/2012.

Por. Albert Camus em 27/03/2012 na edição 687. Reproduzido do suplemento “Ilustríssima” da Folha de S.Paulo, 25/3/2012; tradução de Paulo Werneck.

É difícil, hoje em dia, evocar a liberdade de imprensa sem ser tachado de extravagante, acusado de ser Mata Hari, sem se ver convencido de ser sobrinho de Stalin. No entanto, essa liberdade, entre outras, é só um dos rostos da liberdade pura e simples, e nossa obstinação em defendê-la será compreendida se houver boa vontade para admitir que não há outra maneira de vencer de fato a guerra.

É certo que toda liberdade tem seus limites. É preciso, ainda, que eles sejam reconhecidos. Sobre os obstáculos que hoje são postos à liberdade de pensamento, aliás, já dissemos tudo o que foi possível dizer e diremos novamente, à saciedade, tudo o que nos será possível dizer.

Em particular, uma vez imposto o princípio da censura, jamais nos espantará o bastante ver que a reprodução de textos publicados na França e examinados pelos censores da metrópole seja proibida no Soir Républicain [jornal publicado em Argel, do qual Albert Camus era redator-chefe], por exemplo.

O fato de que, a esse respeito, um jornal dependa do humor ou da competência de um homem demonstra melhor do que qualquer outra coisa o grau de inconsciência a que chegamos. Um dos bons preceitos de uma filosofia digna desse nome é o de jamais se derramar em lamentações inúteis diante de um estado de fato, que não pode mais ser evitado.

A questão na França não é mais a de saber como preservar as liberdades da imprensa. É a de procurar saber como, diante da supressão dessas liberdades, um jornalista pode permanecer livre. O problema não interessa mais à coletividade. Ele diz respeito ao indivíduo.

Meios
E justamente o que nos agradaria definir aqui são as condições e os meios pelos quais, no próprio seio da guerra e de suas servidões, a liberdade pode ser não somente preservada, mas também manifestada. Esses meios são quatro: a lucidez, a recusa, a ironia e a obstinação.

A lucidez pressupõe a resistência aos movimentos do ódio e ao culto da fatalidade. No mundo de nossa experiência, é certo que tudo pode ser evitado. A própria guerra, que é um fenômeno humano, pode ser a todo momento evitada ou interrompida por meios humanos. Basta conhecer a história dos últimos anos da política europeia para nos convencermos de que a guerra, seja ela qual for, tem causas óbvias. Essa visão clara das coisas exclui o ódio cego e o desespero que deixa estar.

Um jornalista livre, em 1939, não se desespera e luta pelo que acredita ser verdadeiro como se a sua ação pudesse influenciar o curso dos acontecimentos. Não publica nada que possa incitar ao ódio ou provocar o desespero. Tudo isso está em seu poder.

Em face da maré de besteiras, é preciso igualmente opor algumas recusas. Nenhuma das limitações do mundo leva um espírito um pouco limpo a aceitar ser desonesto. Ora, por menos que conheçamos o mecanismo das informações, é fácil nos assegurarmos da autenticidade de uma notícia.

É a isso que um jornalista livre deve dedicar a sua atenção. Pois, se ele não pode dizer o que pensa, pode não dizer o que não pensa ou o que acredita ser falso. E é assim que se mede um jornal livre: tanto pelo que diz como pelo que não diz. Essa liberdade bem negativa será, de longe, a mais importante de todas, se soubermos mantê-la.

Pois ela prepara o advento da verdadeira liberdade. Em consequência disso, um jornal independente dá a fonte de suas informações, ajuda o público a avaliá-las, repudia as cascatas, suprime as injúrias, compensa, em comentários, a uniformização das informações e, em resumo, serve à verdade na medida humana de suas forças. Essa medida, por mais relativa que seja, lhe permite ao menos recusar aquilo que nenhuma força no mundo pode fazê-lo aceitar: servir à mentira.

Chegamos, assim, à ironia. Podemos estabelecer que, em princípio, um espírito que tem gosto e os meios para impor limitações é impermeável à ironia. Não vemos Hitler, para tomar apenas um exemplo entre outros, utilizar a ironia socrática.

Conclui-se que a ironia permanece como uma arma sem precedentes contra os poderosos demais. Ela completa a recusa na medida em que permite não rejeitar o que é falso, mas muitas vezes dizer o que é verdadeiro. Um jornalista livre, em 1939, não tem muitas ilusões sobre a inteligência daqueles que o oprimem. Ele é pessimista no que diz respeito ao homem. A cada dez verdades ditas em tom dogmático, nove são censuradas. Essa disposição ilustra com bastante exatidão as possibilidades da inteligência humana.

Ela explica também que jornais franceses como Le Merle ou Le Canard Enchaîné [jornais satíricos parisienses] possam publicar regularmente os corajosos artigos que conhecemos. Um jornalista livre, em 1939, é portanto necessariamente irônico, ainda que, volta e meia, a contragosto. Mas a verdade e a liberdade são amantes exigentes, pois têm poucos apreciadores.

Obstinação
Com essa atitude de espírito brevemente definida, é claro que ela não se poderia sustentar de modo eficaz sem um mínimo de obstinação. Não são poucos os obstáculos à liberdade de expressão. Não são os mais graves deles que poderão desencorajar um espírito. Pois as ameaças, os empastelamentos, as perseguições geralmente obtêm na França o efeito oposto ao que propõem.

É preciso reconhecer, porém, que há obstáculos desencorajadores: a constância na tolice, a covardia organizada, a ininteligência agressiva – e por aí vai. Eis o grande obstáculo sobre o qual é preciso triunfar. A obstinação é aqui uma virtude cardeal. Por um paradoxo curioso, porém óbvio, ela se põe a serviço da objetividade e da tolerância.

Eis, portanto, um conjunto de regras para preservar a liberdade até mesmo dentro da servidão. E depois?, diremos. Depois? Não sejamos tão apressados.

Se cada francês quiser apenas manter em sua esfera tudo o que acredita ser verdadeiro e justo, se quiser ajudar de sua frágil parte a manutenção da liberdade, resistir ao abandono e divulgar sua vontade, então, e somente então, essa guerra estará ganha, no sentido profundo da palavra.

Sim, é muitas vezes a contragosto que um espírito livre deste século faz sentir a sua ironia. O que encontrar de agradável neste mundo inflamado? A virtude do homem, porém, é a de se manter diante de tudo o que o nega.

Ninguém quer recomeçar em 25 anos a dupla experiência de 1914 e de 1939. É preciso, portanto, testar um método ainda novo em folha, que seria a justiça e a generosidade. Mas estas só se exprimem nos corações já livres e nos espíritos ainda clarividentes.

Formar esses corações e esses espíritos, ou melhor, despertá-los, é a tarefa ao mesmo tempo modesta e ambiciosa que se apresenta ao homem independente. É preciso se aferrar a isso sem olhar para mais à frente. A história vai levar em conta ou não esses esforços. Mas eles terão sido feitos.
***
A história do manifesto
Publicado pela primeira vez no domingo (18/3) pelo jornal Le Monde, o manifesto de Camus deveria ter aparecido na edição de 25 de novembro de 1939 do jornal Le Soir Républicain.

Coeditado por Albert Camus em Argel, o jornal se resumia a uma página frente e verso. Teve só 117 edições: em janeiro de 1940, foi proibido pelo governador de Argel.

Ao mesmo tempo que, em Paris, a imprensa denunciava a manipulação da informação feita por Hitler, os jornalistas da maior colônia francesa (que conquistaria sua independência em 1962) eram submetidos à censura oficial.

A contradição não escapou ao jovem Camus, então com 26 anos, que a denunciava em seus textos no jornal Le Soir Républicain.

Francês nascido na Argélia, pacifista engajado na luta pela liberdade em sua terra natal, o Nobel de Literatura de 1957 fez das contradições do colonialismo um dos pilares de sua ficção, em romances como O Estrangeiro.

A repórter Macha Séry, de Le Monde, localizou o texto nos Archives Nationales d'Outre-Mer, em Aix-en-Provence. Embora não esteja assinado, o texto teve sua autenticidade comprovada, afirmaram à Folha os herdeiros de Camus.

***
[Albert Camus (1913-1960), escritor franco-argelino, foi também ensaísta e dramaturgo. Autor de A Peste e O Estrangeiro, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1957]

FONTE:http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed687_os_quatro_pilares_da_imprensa_livre

Exército israelense abriu fogo contra manifestantes palestinos.

Exército israelense abriu fogo contra manifestantes palestinos
foto: EPA


As forças israelenses de segurança usaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral para dissolver grupos de palestinos que atiravam pedras durante uma manifestação.

Os confrontos ocorreram no posto de controle na Cisjordânia, ao norte e oeste de Jerusalém. 

Os protestos começaram também em outros postos de controlo nos territórios palestinos, bem como nas cidades de Belém e Ramallah. 

Os manifestantes exortam a organizar uma “marcha para Jerusalém” no Dia Mundial da Terra.

FONTE:http://portuguese.ruvr.ru/2012_03_30/70140585/

O enigma Eike Baptista

Coluna Econômica - 30/03/2012.

Há numa enorme confusão envolvendo os negócios do empresário Eike Baptista. Em parte por ter se convertido em um dos homens mais ricos do mundo. Em parte por um exibicionismo incontrolável – impensável em uma cultura mais calvinista, como a norte-americana. Mas, em parte, devido às características de seu próprio negócio.

Há dúvidas consistentes mas, também, incompreensões sobre as características do seu negócio.

O que a imprensa tem chamado de “prejuízo”, na verdade, são investimentos pré-operacionais. Isto é, aqueles investimentos feitos para colocar o negócio de pé.

Se o sujeito tem uma jazida de petróleo, por exemplo, e monta uma empresa, o valor da empresa será X. Aí ele investe durante dois anos para adquirir equipamentos, iniciar a prospecção até que o negócio comece a gerar receitas. É esse o investimento pré-operacional, que a mídia tem chamado de “prejuízo”.

A OGX, por exemplo, apenas esta semana entregou sua primeira carga de óleo. No ano passado, o que chamam de prejuízo ascendeu a R$ 482,2 milhões – mais que natural.

O empresário anunciar investimentos da ordem de US$ 15,5 bilhões nos próximos dois anos. É um dos maiores investimentos de qualquer empresa global.

Não significa que tudo seja claro na aventura de Eike. Revelou-se um craque na arte de farejar oportunidades e montar alianças estratégicas. Adquiriu uma mina de ferro, revendeu no auge do boom do metal, teve senso de oportunidade para participar dos poucos leilões do pré-sal. E continua montando parcerias, associações e atraindo investidores de todas as partes do mundo.

Além disso, tem no pai, Eliezer Baptista, o melhor consultor que alguém capitalizado poderia pretender. Eliezer sabe como poucos os gargalos da infraestrutura, as possibilidades estratégicas seja na área de transporte marítimo, portos, mineração, siderurgia.

Juntou um capital quase infinito com a quase infinita capacidade de Eliezer de pensar projetos grandiosos.

Acontece que no mundo das empresas o capital é apenas um dos insumos. Os demais são capacidade de gestão, montagem de equipe, definição de padrões de eficiência, montagem de sistemas, uma parafernália infernal, que não se coloca de pé da noite para o dia – ainda mais abrindo a quantidade de frentes que o empresário se dispôs a abrir.

E até agora – com exceção de quem trabalha diretamente com Eike – ninguém pode assegurar qual o seu potencial na montagem da parte operacional do seu império.

É verdade que, nas estatais do Rio de Janeiro, Eike tem um estoque enorme de executivos de alto padrão. E tem o conhecimento acumulado de Eliezer, homem que construiu a Vale, que pensou o projeto Eldorado dos Carajás.

Mesmo assim, é uma quantidade de frentes abertas inédita para um empresário só. Mesmo grandes organizações, já estabelecidas, teriam dificuldades em caminhar em tantas frentes simultâneas. Ainda mais sabendo-se que, antes dessa última corrida campeã, Eike não se notabilizara por ser um construtor de empresas.

No fundo, Eike ainda é um enigma a ser decifrado. E apenas o tempo dará a resposta. Poderá ser reconhecido como um dos grandes empreendedores do século 21. Ou apenas um sujeito com extraordinário senso de oportunidade, que foi engolfado por um ataque irrefreável de megalomania.

FONTE:http://advivo.com.br/blog/luisnassif/o-enigma-eike-baptista