A presidente Dilma Rousseff se distancia de seu antecessor,
imprime estilo próprio ao governo e pode estar preparando uma agenda
ambiciosa, afirma a tradicional revista The Economist, em edição
que chegou às bancas na noite de quinta-feira. Sob o título "Sendo ela
mesma", o texto destaca que, sem gestos bruscos, a presidente vem
emergindo da sombra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
"predecessor e patrono", "para remodelar o estado brasileiro a seu
próprio jeito".
Com uma ilustração que mostra a presidente Dilma Rousseff dirigindo um
ônibus que entra em uma rua chamada Dilma's Way (Caminho de Dilma), com
membros de seu gabinete sendo arremessados para fora do veículo e o
ex-presidente observando um Lula um tanto intrigado, a The Economist
destaca os princípios firmes, o perfil mais técnico, a lealdade a
aliados e o toque feminino como traços principais do atual governo
brasileiro.
A revista destaca que, embora tenha mantido a composição - e muitos
ministros - de Lula, a presidente demitiu sete ministros por suspeita de
corrupção, "depois de defendê-los inicialmente". E, embora tenha
escolhido seus sucessores, manteve certo pragmatismo - traço de Lula -
como no caso da substituição de Mario Negromonte no Ministério das
Cidades. O novo titular da pasta, Aguinaldo Ribeiro, "já enfrentava
acusações ao assumir", lembra a publicação.
Agenda ambiciosa
Por outro lado, a Economist afirma que Dilma parece estar preparando terreno para uma agenda mais ambiciosa. "Muitas de suas escolhas soariam descabidas sob Lula", pondera a publicação, antes de citar as nomeações de Eleonora Menicucci, para a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Marco Antonio Raupp, para a Ciência e Tecnologia, e Maria das Graças Foster, para a presidência da Petrobras, como sinais de que está sendo posto em prática "um programa próprio".
Por outro lado, a Economist afirma que Dilma parece estar preparando terreno para uma agenda mais ambiciosa. "Muitas de suas escolhas soariam descabidas sob Lula", pondera a publicação, antes de citar as nomeações de Eleonora Menicucci, para a Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Marco Antonio Raupp, para a Ciência e Tecnologia, e Maria das Graças Foster, para a presidência da Petrobras, como sinais de que está sendo posto em prática "um programa próprio".
A revista diz que, em seu primeiro ano de governo, Dilma levou ao
Congresso apenas uma grande reforma, a Desvinculação das Receitas da
União, que permite ao Executivo manejar livremente até 20% de suas
receitas anuais. Mas estariam a caminho, segundo a Economist, a
reforma no sistema previdenciário, a partilha dos recursos do Pré-Sal, o
Código Florestal e a adoção de metas para o serviço público.
Diante deste cenário, a publicação cita a aprovação crescente, 59%, a
ampla maioria na Câmara dos Deputados, onde a oposição "tem meros 91
representantes entre os 513 parlamentares", e o crescimento econômico
como fatores que podem ajudar a presidente a se livrar de aliados
problemáticos e "lembrar quem manda".
Fonte:http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5618469-EI306,00-Economist+Dilma+aos+poucos+toma+caminho+proprio+e+deixa+marca.html
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