14/10/2012
0:13, Por Vermelho
O
linguista Noam Chomsky elaborou uma lista das “10 estratégias de manipulação
através dos meios de comunicação de massa”. Confira o vídeo e descubra como
você está sendo manipulado.
A
seguir veremos em que consistem as 10 estratégias de maneira detalhada, como
influem na hora de manipular as massas e em que são baseadas.
1.
A estratégia da Distração:
O
elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que
consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças
decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio,
ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A
estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de
interessar-se por conhecimentos essenciais, nas áreas da ciência, economia,
psicologia, neurobiologia e cibernética. “Manter a atenção do público
distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem
importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo
para pensar; de volta à granja como os outros animais”
2.
Criar problemas e depois oferecer soluções.
Este
método também é chamado “problema-reação-solução”. Se cria um problema, uma
“situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja
o mandante das medidas que se deseja aceitar.
Por exemplo: deixar que se
desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados
sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas
desfavoráveis à liberdade.
Ou também: criar uma crise econômica para fazer
aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o
desmantelamento dos serviços públicos.
3.
A estratégia da gradualidade.
Para
fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a
conta-gotas, por anos consecutivos. Foi dessa maneira que condições
socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as
décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade,
flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos
decentes, tantas mudanças que teriam provocado uma revolução se tivessem sido
aplicadas de uma só vez.
4.
A estratégia de diferir.
Outra
maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como
“dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma
aplicação futura. É mais difícil aceitar um sacrifício futuro do que um
sacrifício imediato.
Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5.
Dirigir-se ao público como crianças.
A
maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos,
personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à
debilidade, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um
deficiente mental.
Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a
adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se alguém se dirige a uma pessoa como
se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da
sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou
reação também desprovida de um sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos
ou menos de idade.”
6.
Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão.
Fazer
uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito
na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos. Por outro
lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao
inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores,
compulsões ou induzir comportamentos.
7.
Manter o público na ignorância e na mediocridade.
Fazer
com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos
utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às
classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma
que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as
classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser revertida por
estas classes mais baixas.
8.
Estimular o público a ser complacente com a mediocridade.
Promover
ao público a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e inculto.
9.
Reforçar a autoculpabilidade.
Fazer
com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua própria
desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou
de seus esforços. Assim, no lugar de se rebelar contra o sistema econômico, o
indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo
um dos efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há revolução
10.
Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem.
No
transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado uma
crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e
utilizados pelas elites dominantes.
Graças à biologia, a neurobiologia a
psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do
ser humano, tanto em sua forma física como psicologicamente. O sistema tem
conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo.
Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e
um grande poder sobre os indivíduos, maior que o dos indivíduos sobre si mesmos.
Assustador?
Fonte:
Blog Brasil a Rua é Nossa
Fonte: http://correiodobrasil.com.br/noam-chomsky-as-10-estrategias-da-midia-para-manipular-as-massas/529182/#.UHqM-mdWpP8
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