quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

São Paulo - TRÊS ANOS DA DESOCUPAÇÃO DO PINHEIRINHO; não esqueceremos, não perdoaremos!.

Foto - Massacre do Pinheirinho em São Paulo.
No dia de hoje, 22/01/15, faz três anos da desocupação do Pinheirinho, em São José dos Campos, uma das maiores violações de Direitos Humanos cometidas na história recente. 
Uma verdadeira estrutura de guerra foi montada: dois mil homens da tropa de choque da Polícia Militar, sob o comando do governador Geraldo Alckmin, armados até os dentes, para desocupar as famílias que residiam no local desde 2004.
Foto - Massacre do Pinheirinho em São Paulo.
O objetivo, além da desocupação, era muito claro: a intimidação de todos os movimentos que lutam por moradia. O modus operandi da PM foi o mais brutal possível: prisões, torturas, abusos sexuais e muita violência. 
Posteriormente, confirmando as denúncias dos moradores e movimentos sociais, policiais militares que participaram da desocupação foram indiciados pela Corregedoria da PM por agressões, torturas e estupro. Movimentos sociais, juristas e moradores denunciaram o caso no Conselho Nacional de Justiça e na Corte Interamericana de Direitos Humanos.

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O Poder Judiciário, aliado ao governo do estado e ao poder econômico, decidiu passar por cima dos mais elementares direitos dos cidadãos. São os mesmos que decidem sobre a vida de milhares de trabalhadores através de liminares e reintegrações de posse em todo Brasil. O nosso mandato denunciou todas as arbitrariedades ocorridas e prestou apoio à luta dos moradores do Pinheirinho. 
Foto - Massacre do Pinheirinho em São Paulo.
A ganância de alguns mega-especuladores não pode se sobrepor ao Direito fundamental à moradia e à dignidade humana. A desocupação de Pinheirinho ficou marcada na história e na alma das lutadoras e lutadores sociais brasileiros. Mas a resposta não pode ser outra senão a luta por uma vida mais digna. Toda nossa solidariedade ao povo resistente que luta por moradia e direitos!

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