Foto: EPA |
Roman Mamonov.
Nos EUA ocorre o primeiro escândalo da corrida eleitoral. O jornal New York Times
esclareceu detalhes da composição e aprovação da lista dos terroristas
mais perigosos, que devem ser liquidados.
Verificou-se que Barack Obama
pessoalmente decide quem deve viver e quem deve morrer. Sendo que se
verificou que na “lista de fuzilamento” há menores de idade e até mesmo
cidadãos dos próprios Estados Unidos.
A publicação do New York Times
teve o efeito de uma explosão de bomba. Jornalistas, que contataram com
dezenas de atuais e ex-funcionários da Casa Branca deram uma descrição
detalhada do processo de formação da “lista de fuzilamento” (kill list),
como eles a chamaram. Nela entram os líderes mais odiosos da Al-Qaeda e
pessoas que representam uma ameaça para a segurança dos EUA. Os
serviços especiais colhem informação sobre terroristas e transmitem-na
ao presidente. Obama pessoalmente toma a decisão de liquidar ou prender
estas ou aquelas pessoas.
O autor e redator do recurso on-line The Long War Journal, Bill Roggio, não exclui que a publicação tem caráter eleitoreiro: "Estas
publicações devem ser examinadas no contexto político. O presidente
Obama vai para as eleições e acho que ele gostaria de causar impressão
simultaneamente como líder, capaz de dar conta das tarefas contra os
terroristas e como presidente atento aos detalhes e métodos de luta.
Mas, na minha opinião, causa receio o fato de que a Casa Branca dirige
diretamente as operações contra o terrorismo. Resulta que o presidente
Obama é a verdade em última instância."
O
artigo provocou debates encarniçados na sociedade americana. Muitos
ficaram indignados com o fato de que na lista de “fuzilamento” entraram
adolescentes de países, onde se encontram células da Al-Qaeda, e
cidadãos dos EUA, que passaram para o lado dos terroristas. Já nos
meios de informação de massas soaram declarações sobre “pessoas
inocentes, que os Estados Unidos matam”, dúvidas sobre a legalidade das
operações em território de países independentes.
E os
republicanos não deixaram de lembrar que Obama posiciona-se como
liberal, há 4 anos já promete fechar a prisão em Guantanamo, mas não o
fez. Além disso, ele assume a responsabilidade de assinar sentenças de
morte aos terroristas.
Os adversários de Obama (no
contexto da discussão sobre seu direito de tomar decisões sobre sérias
operações contra os terroristas) lembraram que o presidente não serviu o
exército. Os partidários do chefe de estado responderam que com a
chegada de Obama ao poder reduziram-se as perdas entre os cidadãos
pacíficos, durante operações contra o terrorismo. Por enquanto não está
claro se o escândalo refletiu-se sobre a avaliação de Obama. Mas é pouco
provável que os republicanos percam a chance de lembrar esta história
ao adversário.
FONTE: http://portuguese.ruvr.ru/2012_06_02/obama-liquidar-ou-prender/
Nenhum comentário:
Postar um comentário