Essa é a data limite para que o governo inclua os aumentos na
previsão orçamentária de 2013; até lá, sindicatos que representam 850
mil trabalhadores continuarão pressionando.
19 de Agosto de 2012 - Lourenço Canuto, da agência.
Brasil - A
semana vai ser de muitas discussões e mobilização dos 850 mil servidores
públicos federais representados pela Confederação dos Servidores
Públicos Federais (Condsef), em torno das reivindicações que fazem ao
governo para acabar com a greve. O movimento ocorre de forma parcial em
todos os estados e no Distrito Federal.
Na avaliação do presidente da
entidade, Josemilton Costa, "o governo não deverá rever, pelo menos de
imediato", o percentual de reajuste de 15,8%, parcelado até 2015.
Segundo Costa, até o dia 31 de agosto, data-limite para que o
Executivo envie decreto ao Legislativo, com a previsão orçamentária da
folha dos servidores para 2013, a categoria continuará pressionado o
governo. Para amanhã (20), está marcada nova reunião dos servidores com o
secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão, Sérgio Mendonça. Ele se encontrou com os grevistas na
sexta-feira (17) e no sábado (18), mas, para a Condsef, "as conversas
não resultaram em avanços".
O governo vem fazendo negociações em separado com algumas categorias.
Na terça-feira (21) está prevista nova reunião é com servidores da
Polícia Federal. Os delegados e peritos, que não fizeram greve, estão
entre as categorias que receberam proposta de reajuste de 15,8%.
Para Josemilton Costa "não é possível a suspensão imediata da greve
mesmo que o governo faça uma contraposta melhor, pois os resultados das
reuniões têm que ser levados às bases nos estados e uma resposta só é
possível em um espaço de três dias, depois que as assembleias tomam a
decisão".
O presidente da Condsef destacou que os servidores não se satisfazem
"apenas com o reajuste linear de vencimentos. Há também a reivindicação
do reajuste de benefícios, como bônus para plano de saúde, alimentação e
o auxilio que é pago para filhos do servidor até 5 anos de idade,
congelado há vários anos". Eles querem, ainda, o desconto dos dias
parados, invocando para isso o direito que têm "de fazer greve".
No conjunto das reivindicações que estão sendo feitas este ano, a
Condsef também defende a derrubada do Decreto 7.777/12, que dá poderes
ao Ministério da Fazenda de firmar convênios com as unidades da
Federação para que auditores fiscais federais em greve possam ser
substituídos por seus colegas dos fiscos estaduais. A suspensão do
decreto já foi pedida ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Os servidores querem também que o governo continue negociando a
equiparação das tabelas salariais de nível superior com a Lei 12.277/10,
para que seja concedido o mesmo percentual de reajuste para os
servidores de nível intermediário e auxiliar.
Fonte: http://brasil247.com/pt/247/brasil/76095/Impasse-das-greves-continua-ate-31-de-agosto.htm
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