Retorno às aulas continua incerto com greve de outros servidores
Demétrio Weber.
Demétrio Weber.
Serviços parados
18.Ago.2012 - BRASÍLIA
e SÃO PAULO. Os professores da Universidade de Brasília (UnB), uma das
maiores instituições federais do país, decidiram ontem encerrar a greve
iniciada em maio. Por 130 votos a 115 e três abstenções, eles aprovaram
em assembleia o fim da paralisação, com volta às aulas a partir da
próxima segunda-feira.
Assim, chega a oito o número de instituições
federais que encerraram o movimento grevista, quatro delas apenas
parcialmente, conforme balanço do Ministério da Educação. A volta às
aulas ainda depende do retorno ao trabalho de servidores
técnico-administrativos.
A proposta apresentada aos professores universitários em julho foi de reajustes entre 25% e 40% sobre os salários de março, a serem pagos em 2013, 2014 e 2015, na proporção de 50%, 30% e 20%.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), a greve dos professores também foi encerrada, mas os servidores da universidade continuam parados e, portanto, não há uma decisão de quando os estudantes podem retornar.
Situação parecida ocorre em quatro campi
da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em São Paulo, os
docentes da Unifesp no campus de Guarulhos também votaram pelo fim da
greve.
O MEC informou que o fim da greve e o retorno ao trabalho já foi aprovado também na Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); Universidade de São Carlos (Ufscar) no campus de Sorocaba; 12 campi do Instituto Federal do Paraná (IFPR) e três do Instituto Federal do Acre (IFAC). De acordo com o ministério, caberá aos respectivos conselhos de cada instituição definir o novo calendário de aulas.
O professor Josevaldo Cunha, diretor do Andes-Sindicato Nacional e representante do comando nacional de greve, disse que uma nova rodada de assembleias em cada universidade será realizada na semana que vem. Segundo ele, a orientação do comando é favorável à continuação da greve, embora as assembleias tenham autonomia, a exemplo do que ocorreu ontem na UnB.
Para Cunha, a categoria deve insistir em reabrir as negociações com o governo, já que o prazo final para o envio de projeto de lei ao Congresso com mudanças na carreira docente vai até o próximo dia 31 de agosto.
- O comando está recomendando a continuação da greve - disse Cunha.
Fonte:http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha
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