Onda de
paralisações é vista pelos sindicalistas como um preparativo para uma
grande marcha prevista para agosto, em Brasília, e cuja data ainda vai
ser discutida pela classe.
iG São Paulo
As principais
centrais sindicais brasileiras marcaram para o dia 11 de julho uma greve
geral em todo o País, numa onda de mobilização batizada pela categoria
como "Dia de Luta". O motivo será pressionar a presidente Dilma Rousseff
a dar mais atenção à pauta trabalhista entregue ao governo em março
deste ano. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada nesta
terça-feira (25) com as lideranças da Força Sindical, CUT, UGT,
CSP-Conlutas, CGTB, CTB, CSB e NCST, juntamente com o MST e o Dieese.
A onda de
paralisações é vista pelos sindicalistas como um preparativo para uma
grande marcha prevista para agosto, em Brasília, e cuja data ainda vai
ser discutida pela classe. "Queremos o cumprimento dessa pauta histórica
da categoria, que está nas mãos da presidente desde antes de ela ter
sido eleita e que infelizmente ela não cumpriu", afirmou o deputado
Paulinho da Força, presidente da Força Sindical.
“Vamos chamar à
unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais para dialogar
com a sociedade e construir uma pauta que impulsione conquistas, as
reivindicações que vieram das ruas à pauta da classe trabalhadora”,
disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Os sindicalistas
vão se reunir na manhã de quarta-feira (26), com a presidente Dilma, em
Brasília, para reforçar as principais reivindicações da categoria que
estão na pauta. São basicamente seis pontos que vão ser reforçados:
maior investimento em saúde e educação; aumento de salários; redução de
jornadas de trabalho; apoio à reforma agrária; fim do fator
previdenciário e transporte público de qualidade.
No encontro, a
presidente Dilma foi elogiada por alguns líderes sindicais pela proposta
que ela fez na segunda de um plebiscito que autoriza a instauração de
uma Assembleia Constituinte para fazer a reforma política. Um deles foi o
presidente da CUT, que negou que o anúncio de Dilma faça com que a
classe não vá "com a faca nos dentes" no encontro desta quarta. "A CUT
sempre teve a faca entre os dentes. O que acho importante nessa questão
do plebiscito é que precisamos aprofundar esse debate. Ele é
contraditório e tem algumas falhas", afirmou Freitas.
A CSP-Conlutas
aninciou que estará nas ruas com greves, paralisações a manifestações de
diversas categorias, do movimento popular e dos estudantes já nestes
dias 26 e 27 de junho. O protesto servirá de preparação para o dia 11 de
julho.
* Com Agência Estado
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