Crédito : Reprodução Facebook |
A vítima afirma que a agressão foi
motivada por racismo por ele ser de Cabo Verde.
Segundo
Wadi, ele treinava sozinho na quadra 1 do Cepeusp, quando a equipe de
basquete da Politécnica chegou e exigiu a sua retirada. Ele argumentou
que tinha chegado primeiro e negou-se a se retirar, propondo a divisão da
quadra.
Os alunos da Poli não aceitaram e no meio da discussão
acalorada, um dos jogadores do time de basquete chutou a bola para fora
da quadra. Nervoso, Wadi revidou chutando o rapaz e foi agredido por
vários outros jogadores que partiram para cima dele com socos e
pontapés.
Testemunhas
disseram que os seguranças do Cepeusp apenas ficaram olhando e nada
fizeram. Segundo Wadi que os questionou sobre este comportamento, eles
disseram que não podiam fazer nada porque eram muitos. O estudante de
música passou por exames no Hospital Universitário e foi medicado.
Protestos - Cerca
de 25 estudantes negros da USP fizeram um protesto na quadra na última
segunda (19), impedindo o time de basquete da Politécnica de treinar e
exigindo uma retratação formal da direção da Atlética da faculdade.
Na
nota de retratação redigida manualmente na quadra, a direção da Atlética
diz que Wadi tentou agredir um dos jogadores mas reconheceu que seus
jogadores o agrediram em grupo.
Durante
o protesto, a Guarda Universitária e os vigilantes do Cepeusp foram
chamados para exigir a saída dos manifestantes.
Tiago Ferreira,
estudante de Geografia que estava no local ficou revoltado com a postura
da segurança da universidade que só agiu em benefício dos jogadores da
Politécnica mas nada fez quando o estudante de Cabo Verde foi agredido.
Os
seguranças do Cepeusp afirmaram que relataram o fato no Livro de
Ocorrências mas que para conseguir o relato é preciso uma solicitação
formal à chefia. Já a Guarda Universitária informou que registrou as
duas versões do caso mas não compete a ela dar prosseguimento à
ocorrência.
As informações são da Revista Fórum.
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