Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil.
Brasília - O líder quilombola Teodoro Lalor de Lima, conhecido como
Senhor Lalor, foi morto hoje (19) em Belém, capital paraense.
Ele foi
esfaqueado no peito por um homem que invadiu a casa de um parente onde
Lalor estava hospedado, fugindo em seguida.
Senhor Lalor era presidente da Associação dos Remanescentes de
Quilombo de Gurupá, no município de Cachoeira do Arari, na Ilha de
Marajó.
Ele tinha ido a Belém participar do Encontro Estadual de
Quilombolas do Pará, que vai até a próxima quinta-feira (22).
Na última
terça-feira (13), durante audiência pública promovida pelo Ministério
Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado, o líder denunciou a
perseguição de fazendeiros da região à comunidade quilombola.
Na mesma a audiência, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) entregou à Comunidade de Gurupá o Relatório Técnico de
Identificação e Delimitação (RTID), que reconhece as terras onde fica a
comunidade como de ocupação tradicional de descendentes de escravos
levados à região para trabalhar em fazendas.
Organizações que defendem o meio ambiente e os direitos das
populações tradicionais divulgaram uma carta na qual relatam que, em
visita à comunidade onde vivem os mais de 700 moradores, no último dia
14, os moradores se mostraram preocupados com a situação e pediram a
"ajuda do Ministério Público para que os direitos da população não sejam
cerceados e que haja proteção das pessoas que fazem denúncias de
discriminação e opressão".
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