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Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil.
São Paulo – A Polícia Militar (PM) cumpriu hoje (19) a ação de
reintegração de posse do prédio da diretoria da Escola de Artes,
Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), no Campus
Leste, concedida pela Justiça paulista no último dia 10.
O local estava
ocupado por estudantes desde o início do mês. Segundo informações da PM,
a desocupação ocorreu sem problemas entre as 5h e as 6h15. Os 31
estudantes deixaram o prédio pacificamente.
Os estudantes da USP do Campus Ermelino Matarazzo (conhecido como
USP Leste) ocuparam o prédio cobrando, entre outros temas, uma solução
para o problema de contaminação do solo local, que concentra gás metano
proveniente do descarte do desassoreamento do Rio Tietê e em apoio aos
estudantes que ocupam o prédio da reitoria, no Campus Butantã da USP.
A USP Leste obteve licença ambiental de operação em novembro do ano
passado, mas a universidade deveria fazer adequações. No dia 2 de
agosto, a unidade foi autuada pela Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental (Cetesb) por descumprimento de 11 exigências.
Uma delas trata
justamente do sistema de extração de gases do subsolo. Segundo o auto
de infração, a presença do gás metano torna o solo “impróprio, nocivo ou
ofensivo à saúde”.
Por meio de sua página na internet e também nas redes sociais, o
Diretório Central dos Estudantes (DCE Livre) lamentou a ação de
reintegração de posse. “Uma atitude inadmissível, posto que as
negociações estavam em andamento e a ação foi feita de surpresa.
Educação não é caso de polícia”, disse o diretório.
“É inaceitável que, antes mesmo de Rodas [João Grandino Rodas,
reitor da universidade] negociar com os estudantes em greve, o governo e
a USP respondam à justa reivindicação dos estudantes com o uso da força
policial”, diz a nota.
Edição: Andréa Quintiere. Todo o conteúdo deste site está
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