Assim como Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha,
que pediu a abertura de inquérito policial contra boatos criminosos na
rede, e a ministra Maria do Rosário, que também acionou a Polícia
Federal, agora é a vez do senador Aécio Neves (PSDB-MG) fazer o mesmo;
ele decidiu pedir o inquérito contra duas acusações falsas que têm sido
disseminadas na rede: uma de que estaria sendo alvo de uma ação judicial
por desvio bilionário de verbas na saúde e outra de que teria acumulado
patrimônio também bilionário; a primeira foi desmentida pelo Judiciário
e a segunda pelo site que publicou pela primeira vez o boato; a
liberdade na internet foi longe demais?
6 de Novembro de 2013 às 16:01.
247 - Será que a
liberdade na internet foi longe demais? Depois da ministra Maria do
Rosário acionar a Polícia Federal contra um blog que publicava notícias
falsas a seu respeito (leia aqui)
e do empresário Fábio Luís Lula da Silva, filho de Lula, pedir a
abertura de inquérito policial contra difamadores profissionais na rede
(leia aqui), chegou a vez do senador Aécio Neves (PSDB-MG) fazer o mesmo.
Provável candidato do PSDB às
eleições presidenciais de 2014, Aécio pretende acionar a Polícia Federal
para identificar os responsáveis por duas acusações que têm sido
espalhadas contra ele. Uma, a de que seria um "novo bilionário" -
acusação semelhante a que é feita sistematicamente ao filho de Lula.
Publicada originalmente na internet, a denúncia foi desmentida
publicamente, nos seguintes termos:
"Na
era da internet, a agilidade no trato da informação às vezes pode levar a
erros de avaliação e, quando detectados, devem, da mesma forma, serem
devidamente esclarecidos. Isso requer uma permanente e atenta apuração
dos fatos, mesmo quando eles nos chegam por fontes que se apresentavam
confiáveis.
É o
que ocorreu no caso da reportagem pelo "Novo Jornal" - Aécio Neves: o
novo bilionário" -, sobre a vida patrimonial do governador de Minas,
Aécio Neves. Uma checagem mais detalhada dos documentos que embasaram a
notícia nos revelou que houve um equívoco por parte da fonte que,
inadvertidamente, creditou uma série de investimentos ao Aécio Neves,
principalmente em imóveis, o que, comprovadamente, não é verdade".
Confira abaixo:
No entanto, embora tenha se
retratado, o jornal não retirou a notícia original do ar, que continua
sendo indexada em mecanismos de busca e disseminada na internet e nas
redes sociais.
Numa ação paralela, o senador Aécio
também pretende identificar os responsáveis por outra acusação: a de que
estaria sendo investigado na Justiça pelo desvio de mais de R$ 4
bilhões em verbas da saúde. O senador aponta manipulação no conteúdo de
uma ação movida pelo Ministério Público Estadual que questiona se R$ 4
bilhões investidos pela empresa mineira de saneamento, a Copasa, seriam
recursos do Tesouro ou da empresa e, nesse caso, se poderiam ser
considerados gastos em saúde.
Aécio obteve da Justiça uma certidão
que atesta que a ação não trata de "desvios de recursos da saúde" nem
de "desvios de recursos públicos".
Nos dois casos, os advogados de
Aécio pretendem enviar ofício solicitando que a Polícia Federal tome
providências para identificar os responsáveis pela disseminação das
acusações.
Sob responsabilidade do escritório
Opice Blum, Bruno, Abrusio e Vainzof, as ações alegam que não se trata
de censura ou qualquer restrição à liberdade de expressão, mas apenas de
proteção da honra e da intimidade.
Além dos veículos de comunicação, o
objetivo é também alcançar comentaristas que estejam divulgando
acusações falsas.
Essa postura
sinaliza que, nas eleições de 2014, os principais candidatos estarão
mais atentos ao que se publica sobre eles na internet.
Link desta matéria: http://www.brasil247.com/pt/247/poder/119762/Ap%C3%B3s-Lulinha-e-Ros%C3%A1rio-A%C3%A9cio-aciona-PF-na-web.htm
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