Declaração de Castelo sobre greve dos rodoviários esquenta a Câmara de São Luís
A declaração do prefeito de São Luís,
João Castelo (PSDB), durante entrevista a um programa de rádio local, de
que a greve dos rodoviários é um assunto que não diz respeito à
Prefeitura, não foi bem digerida pela oposição na sessão ordinária desta
terça-feira (22), na Câmara Municipal.
Tanto a vereadora Rose Sales quanto seu o colega de partido, vereador professor Geraldo Castro, ambos representantes do PCdoB na Casa de Leis, contestaram as declarações e a tentativa do tucano de se furtar em discutir uma solução. “A Prefeitura tem o dever de fazer a mediação entre trabalhadores e empregadores, já que o transporte público é uma prerrogativa do Município, assim como saúde e educação”, declarou Sales.
Tanto a vereadora Rose Sales quanto seu o colega de partido, vereador professor Geraldo Castro, ambos representantes do PCdoB na Casa de Leis, contestaram as declarações e a tentativa do tucano de se furtar em discutir uma solução. “A Prefeitura tem o dever de fazer a mediação entre trabalhadores e empregadores, já que o transporte público é uma prerrogativa do Município, assim como saúde e educação”, declarou Sales.
O professor Geraldo Castro, foi mais
incisivo nas criticas. Para ele, esse tipo de declaração só prejudica
ainda mais a população ludovicense que depende do transporte público
para se locomover. “A declaração do prefeito João Castelo de afirmar que
a greve é um assunto que não diz respeito à prefeitura foi desastrosa.
Isso mostra que o prefeito entrega a população a própria sorte
prejudicando, com isso, os usuários que dependem do transporte público”,
disse Castro.
ENTENDIMENTO É A SOLUÇÃO. Para a
vereadora Rose Sales, uma reunião intermediada pela Câmara de
Vereadores, entre empregados e patrões, deve ser a única solução para se
chegar a um entendimento visando o fim da greve. Ela lembra que
protocolou requerimento nesse sentido e acredita que o encontro tem como
objetivo a busca de entendimento para o impasse salarial.
- Protocolamos um requerimento pedindo
uma reunião de trabalho entre Sindicatos dos Trabalhadores Rodoviários,
Sindicato dos Transportes Rodoviários, Secretaria Municipal de
Transportes e demais órgãos envolvidos na questão. O que não pode é a
Prefeitura ficar tentando se esquivar de discutir essa questão, –
informou Rose Sales.
FERINDO O DIREITO DE IR E VIR. De acordo com o vereador professor
Geraldo Castro, o transporte coletivo, segundo a Lei 3140, é de
responsabilidade do poder público. Para ele, a Prefeitura deve ter papel
importante na organização do sistema e fiscalização de seu
funcionamento, para garantir sua qualidade e a confiabilidade dos
usuários.
- Com a greve a população não tem como
se locomover, como isso, tem seu direito de ir e vir ferido. Se a
prefeitura deixa de discutir a questão, acaba ferindo a Lei 3140, que
diz que a responsabilidade com transporte público é exclusivamente da
Prefeitura, através da Secretaria de Trânsito e Transporte que cumpre o
papel importante na organização do sistema e fiscalização de seu
funcionamento, para garantir sua qualidade e a confiabilidade dos
usuários, – afirmou o professor Geraldo Castro.
Apesar de ter sido declarado ilegal pela
presidente do Tribunal Regional do Trabalho, desembargadora Ilka
Araújo, o movimento grevista terá continuação nesta quarta-feira (23) e
sem previsão de encerrar, já que as negociações estão paralisadas.
Base do governo rebate críticas da oposição. Os vereadores da base do governo na
Câmara rebateram as declarações da oposição, e afirmaram que o prefeito
João Castelo (PSDB), desde o inicio busca um entendimento para o fim da
greve.
Segundo o vice-líder do governo na Casa,
vereador Francisco Chaguinha (PRP), a declaração do prefeito foi mal
interpretada. “A oposição faz o papel dela de cobrar reivindicações que
acha pertinente. Agora nós do governo, entendemos que o prefeito não
pode se envolver nas questões relacionadas a empregado e empregador,
cabe a ele, colocar o secretário de transportes para acompanhar as
negociações”, informou Chaguinha.
Para o vereador Ivaldo Rodrigues (PDT), a
Justiça do Trabalho é quem deve intermediar a greve entre Sindicatos
dos Trabalhadores Rodoviários e Sindicato dos Transportes Rodoviários.
“Não é vereador, prefeito ou a Câmara que vai acabar com a greve, essa é
uma prerrogativa do Tribunal Regional do Trabalho”, declarou Rodrigues.
O presidente da
Câmara, Isaias Pereirinha (PSL), foi mais ameno no comentário. Segundo
ele, a Casa através da Comissão de Transportes, vem realizando um
acompanhamento desde o primeiro dia de greve dos rodoviários em São
Luís. “Desde o dia que foi decretada a greve dos rodoviários, a Câmara
de São Luís, através da Comissão de Transportes, vem acompanhando os
desdobramentos das negociações, esta Casa vai buscar um entendimento
para o fim do impasse entre patrões e empregados ”,
comentou Pereirinha.
FONTE: http://www.udesfilho.com.br/
FONTE: http://www.udesfilho.com.br/





