sábado, 10 de novembro de 2012

A caça aos passaportes e o macartismo à brasileira.



Saul Leblon, via Carta Maior

O ministro Joaquim Barbosa determinou aos 25 réus condenados no processo do chamado “mensalão” que entreguem seus passaportes no prazo de 24 horas – além de inclui-los na lista de “procurados” da PF. A alegada medida “cautelar” está prevista em lei para determinados casos.

Neste, porém, a decisão vem contaminada de um ingrediente que orientou todo o julgamento da Ação Penal 470 e lubrificou a parceria desfrutável entre a toga e a mídia.
Trata-se da afronta ao princípio básico da presunção da inocência, esquartejado em nome de uma panaceia complacente denominada “domínio do fato”. Ou, “o que eu acho que aconteceu doravante será a lei”.

A caça aos passaportes sem que se tenha esboçado qualquer disposição de fuga (apenas um dos 25 réus ausentou-se do país antes do seu julgamento e, ao contrário, retornou a ele antes de ser condenado) adiciona a essa espiral um acicate político.

Trata-se de uma aguilhoada nos réus que formam o núcleo dirigente do PT, com o objetivo explícito de joga-los contra a opinião pública, justamente por manifestarem críticas à natureza do processo.

A represália é admitida explicitamente. Segundo o relator Joaquim Barbosa, os réus estariam “afrontando” a corte ao questionar suas decisões.

O revide inusitado vem adicionar mais uma demão à fosforescente tintura política de um processo, desde o seu início ordenado por heterodoxias sublinhadas pelo revisor Ricardo Lewandowski.

O propósito de provocar a execração pública com a caça aos passaportes e a inclusão provocativa na lista de “procurados” da PF, remete a um método que se notabilizou em um dos mais sombrios episódios da democracia norte-americana: o macartismo.

O movimento da caça aos comunistas nos EUA, nos anos 50, embebia-se de um contexto de violência gerado pela guerra fria, mas aperfeiçoaria suas próprias turquesas nessa habilidade manipuladora.

O senador republicano Joseph Raymond McCarthy, seu líder, tornou-se um virtuose na arte letal de condenar suspeitos à revelia das provas, liderando uma habilidosa engrenagem de manipulação da opinião pública, coagida pelo medo a aplaudir linchamentos antes de se informar.

Joseph McCarthy teve uma vida cheia de dificuldades até se tornar a grande vedete da mídia conservadora, cujo endosso foi decisivo para se tornar a estrela mais reluzente da Guerra Fria.

Sem a mídia, seus excessos e ilegalidades não teriam atingido um ponto de convulsão coletiva, forte o suficiente para promover a baldeação do pânico em endosso à epidemia de delatar, perseguir, acuar e condenar – independente das provas e muitas vezes contra elas.

McCarthy nasceu no estado do Wisconsin, no seio de uma família muito pobre da área rural. Estudou num estábulo improvisado em sala de aula. Sua infância foi de trabalhador braçal em granjas. Quando pode, mudou-se para a cidade, fazendo bicos de toda sorte para sobreviver. No ambiente de salve-se quem puder produzido pelo colapso de 29, era um desesperado nadando sozinho para não se afogar no desespero da Nação.

Nadando sem parar recuperou o tempo perdido em um curso de madureza que lhe adiantou quatro anos em um. Tornou-se advogado em 1936. Três anos depois, lutando sempre para não submergir, foi aprovado em um concurso como juiz; ingressou no Partido Republicano que o conduziria ao Senado, em 1946.

Ascendeu de forma aplicada e disciplinada, disposto a não regredir jamais à condição de origem. Aproveitando-se das relações partidárias aproximou-se do chefe do FBI, Herbert Hoover, pegando carona na causa anticomunista que identificou como uma oportunidade em ascensão.

O resto é sabido.

Em dueto carnal com a mídia extremista, passou a liderar o Comitê de Atividades Anti-Americanas no Congresso. Desse promontório incontestável no ambiente polarizado da época, disparou sem parar a guilhotina anticomunista.

Tornou-se um simulacro de Robespierre da ordem capitalista ameaçada pelo urso vermelho. Pelo menos era assim que vendia seu peixe exclamativo.

O arsenal do terror vasculhava todos os ambientes da sociedade. Mas foi sobretudo nos meio artístico e intelectual que o garrote vil implantou a asfixia das suspeições generalizadas, em cujo caldeirão fervia o ácido corrosivo das perseguições e da coação insuportável, não raro deflagradora de episódios deprimentes de delação. Chaplin, Brecht, Humphrey Bogart foram algumas das vítimas da voragem anticomunista.

As provas eram um adereço secundário no espetáculo em que se locupletavam jornais e oportunistas de toda sorte.

Nem era necessário levar os suspeitos aos tribunais. O método da saturação combinava denúncias com a execração pública automática. Num ambiente de suspeição generalizada o efeito era eficaz e destrutivo.

A condenação antecipada encarcerava os denunciados numa lista negra que conduzia a uma prisão moral feita de alijamento social, político e profissional. Frequentemente levava a um isolamento pior que as grades da penitenciária.

A ruptura da identidade produz a morte em vida. Alguns preferiram o suicídio ao destino zumbi.

MacCarthy morreu em maio de 1958, desmoralizado por um jornalista conservador, mas sofisticado e corajoso, que resolveu afrontar seus métodos e arguir casos concretos de arbitrariedade.

Edward Murrow, cujo embate político com McCarthy inspirou o filme Boa noite e boa sorte, tinha um programa na internet de então, a TV em fraldas.

Em seu See it now, ele colhia provas de casos concretos de injustiça e esgrimia argumentos sólidos contra o denuncismo macartista. Não recuou ao ser colocado na lista negra e trincou a reputação do caçador de comunista a ponto de levá-lo a ser admoestado pelo Senado.

Em um confronto decisivo, Murrow emparedou o consenso em torno de McCarthy: “Se todos aqueles que se opõem ao senhor ou criticam seus métodos são comunistas (como McCarthy acusava) – e se isso for verdade – então, senador MacCarthy, este país está coalhado de comunistas!”

O Brasil não é os EUA da guerra fria, nem está submetido a comandos de caça aos comunistas, como já esteve, sob a ditadura militar, contra a qual alguns dos principais réus da Ação Penal 470 lutaram com risco de vida.

Certa sofreguidão condenatória, porém, ecoada de instâncias e autoridades que deveriam primar pela isenção e o apego às provas e, sobretudo, as sinergias entre a lógica da execração pública e o dispositivo midiático conservador –que populariza o excesso como virtude na busca de um terceiro turno redentor para suas derrotas eleitorais – bafejam ares de um macartismo à brasileira nos dias que correm.

Foi o que advertiu com argúcia o jornalista, professor e escritor Bernardo Kucinski, autor do premiado K, a angustiante romaria de um pai em busca da filha nos labirintos da ditadura militar brasileira:
Estamos assistindo ao surgimento de um macartismo à brasileira. A Ação Penal 470 transformou-se em um julgamento político contra o PT. O que se acusa como crime são as mesmas práticas reputadas apenas como ilícito eleitoral quando se trata do PSDB, que desfruta de todos os atenuantes daí decorrentes. É indecoroso. São absolutamente idênticas. Só as distingue o tratamento político diferenciado do STF, que alimenta assim a espiral macartista.

O mesmo viés se insinua com relação à mídia progressista. A publicidade federal quando dirigida a ela é catalogada pelo macartismo brasileiro como suspeita e ilegítima. Dá-se a isso ares de grave denúncia. Quando é destinada à mídia conservadora , trata-se como norma.

O governo erra ao se render a esse ardil. Deveria, ao contrário, definir políticas explícitas de apoio e incentivo aos veículos que ampliam a pluralidade de visões da sociedade brasileira sobre ela mesma. Sufocar economicamente e segregar politicamente a imprensa alternativa é abrir espaço ao macartismo à brasileira.

Fonte: http://novobloglimpinhoecheiroso.wordpress.com/2012/11/10/a-caca-aos-passaportes-e-o-macartismo-a-brasileira/

A OAB pedirá providencias ao Secretário de Justiça para apurar ameaças feitas à Advoga Ednalva Coelho que atua da defesa dos moradores da Vila tiradentes no Bairro Vila Maranhão contra ação de reintegração de posse, proposta por grileiros, que ameaçaram a advogada de morte.


A presidente em exercício da OAB/MA, Valéria Lauande, e o secretário-geral, Carlos Couto, reuniram-se nesta quinta-feira com os delegados Paulo Sérgio Aguiar e Joviano Furtado, representando a Secretaria de Segurança do Estado, com os membros da Comissão de Direitos Humanos da Ordem, Rafael Silva e Luís Pedrosa, com a advogada Ednalva Coelho, em razão da denúncia de ela estar sofrendo ameaças de morte por parte de grileiros que atuam na Vila Maranhão. 
Na ocasião, a Seccional deu total apoio à profissional e pediu providências aos órgãos de segurança do Estado.

A advogada explicou que as ameaças de morte tiveram início há 20 dias, quando percebeu que estava sendo seguida, e se intensificaram essa semana quando dois homens, dizendo-se a mando de um grande empresário, estiveram em seu escritório.
Na ocasião, os dois homens disseram a Ednalva, em tom de ameaça, que ela teria que “segurar” os processos em que atua na defesa da Associação da Vila Tiradentes, localizada na Vila Maranhão, por meio dos quais defende a comunidade que tem a posse da terra há mais de 15 anos e, que foi surpreendida, por ação de reintegração de posse proposta pelos supostos proprietários. “Eles me disseram que vão entrar com os tratores e quem reagir vai levar “chumbo”, relatou a advogada.

O problema se agravou porque Ednalva tem obtido decisões favoráveis à manutenção das quase mil famílias na área de mais de 200 hectares localizada na Vila Maranhão. 
Inconformados, os supostos proprietários da terra, passaram a segui-la e ameaçá-la. “Eles sabem tudo sobre a minha vida: onde moro, qual igreja freqüento e acompanham a minha rotina”, disse.

Há suspeitas de que haja um grupo de grileiros atuando naquela região. Por esta razão, a OAB vai representar junto à secretaria de segurança pública solicitando providências no sentido de garantir segurança à advogada ameaçada e para que haja uma investigação na área sobre possível esquema de grilagem.
A OAB/MA também vai oficiar junto à Corregedoria do Tribunal de Justiça do Maranhão solicitando apuração das fraudes cartorárias e solicitar que o Núcleo de Regularização Fundiária da Defensoria Pública do Estado assuma a defesa processual da comunidade.

“A OAB/MA tem o compromisso institucional de garantir a proteção a qualquer advogado ameaçado no exercício da profissão e estamos atentos a essa situação”, declarou Valéria Lauande.
Já o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA, Luís Pedrosa, disse que o caso será acompanhado pela Comissão e Direitos Humanos da OAB/MA e pela sociedade Maranhense de Direitos Humanos.

do Blog do Garrone

Desopilando: LOUCURA LOUCA.

Espaço Bico de PenaBlog Palavra Livre.
 
 
 
Louco de loucura,
O louco quer cura
Para sua loucura
Louca.
O louco está louco
Para não ser louco.
Loucura?
O louco diz que não
É louco
De loucura pouca.
Loucura que leva
O louco
A pensar que a louca
É a sua loucura.
Duvida?
Davis Sena Filho


Livro escrito por rabinos afirma que matar não judeus não é crime e justifica até o assassinato de bebês


            A Torah dos Reis, escrito por rabinos, justifica até o assassinato de bebês


Um livro que está fazendo sucesso em Israel diz que assassinar um não judeu não é crime.

O nome do livro é  A Torah dos Reis.

Seus autores são dois rabinos, Yitzhak Shapira e Yosef Elitzur.

E o mais grave é que o tal livro teve apoio de dois dos principais rabinos de Israel: Dov Lior e Yacob Yousef.

Além de afirmar que matar não judeu não é crime,  a obra( se assim podemos denominá-la) ensina  que matar bebês não judeus também não é crime.

Mas atenção!

De acordo com o livro, os bebês só deverão ser assassinados se houver suspeitas de que  elas poderão se tornar terroristas quando crescerem.

Ao ler tamanha estupidez no murdochiano site da BBC - repercutido pela Folha de S.Paulo -  AQUI), minha primeira reação foi dizer que os rabinos autores do livro são anencefálicos e os rabinos que os apoiaram  psicopatas.

Infelizmente não são uma coisa nem outra.

Nem anencefálicas e nem psicopatas.

São seres normais e o mais grave é que contam com o apoio de grande parcela da sociedade israelense.

Pobre humanidade...
 

Matricídio em São Luís. Adolescente mata à mãe com facada no pescoço.



ATUALIZAÇÃO:

Adolescente de 15 anos mata a mãe com uma facada no pescoço.

Douglas Cunha - Publicação: 10/11/2012 14:22.


Um adolescente de apenas 15 anos, matou a própria mãe e deixou o cadáver coberto para dificultar o achado. A tragédia abalou a população do Bairro José Reinaldo Tavares, onde aconteceu o fato, neste final de semana.

Em depoimento ao delegado Rosânio Alves Costa, o adolescente de 15 anos, disse que estava na noite da última quinta-feira (8), na casa de um tio seu assistindo TV, quando viu sua mãe chegar em casa e, por volta das 22 horas também foi para casa. Quando cehegou, a mãe teria começado a brigar com ele, munida com um pedaço de pau.

Ele disse ainda, que a mãe teria partido para cima dele com o pedaço de pau na mão ameaçando-o. O adolescente, então, tirou uma pequena faca que levava à cinta e desferiu um golpe na garganta da própria mãe. Vendo-a sangrando muito, o adolescente conta que tentou conter o sangue com um pedaço de pano, mas nada conseguiu, então observou que sua mãe havia falecido e a deitou na cama.

Momento depois, teria se apavorado com o fato e levou o cadáver para a cozinha da casa e cobriu com um colcha e outros pedaços de pano, para dificultar o achado. Pela manhã, seu tio esteve ali mas não foi até à cozinha.

O adolescente contou que por volta das 11h de sexta-feira (9), seu pai teria chegado em sua casa e o teria levado. Ele passou a tarde na companhia do pai, e no início da noite foi para a casa dos avós paternos, onde momentos depois chegaram policiais militares acompanhados do tio do adolescente infrator.

Na ocasião ele confessou o crime e foi levado para o Plantão da Polícia Civil na Cidade Operária, onde prestou depoimento. O caso será apurado pela Delegacia do Adolescente Infrator-DAI.

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Crime foi na residência da família, na Vila José Reinaldo Tavares.


SÃO LUÍS - Um adolescente de 15 anos matou a própria mãe na madrugada de sexta-feira (9), em São Luís. 

O crime foi na residência da família que fica na Vila José Reinaldo Tavares, na região da Cidade Olímpica. Segundo o delegado Valter Wanderley que acompanhou a investigação, o adolescente estava sob efeito de drogas e o crime teria sido motivado por uma discussão com a mãe.

Na versão do adolescente, ele e a mãe identificada como Maria do Carmo de Aguiar Ramos, 38 anos, teria discutido e ela teria escorregado e caído sobre uma faca, mas a perícia feita no corpo da vítima constatou que o caso foi de homicídio.

Segundo a polícia, a vítima e o adolescente travaram uma luta corporal já que a vítima apresentava sinais de espancamento na região dos olhos.  Maria do Carmo levou um golpe de faca no pescoço e morreu no local do crime. 

O adolescente fugiu, mas foi apreendido pela polícia.

O “mensalão” tucano, por Mino Carta.

Por Assis Ribeiro

O “mensalão” tucano

Por Mino Carta, na Carta Capital
A mídia nativa entende que o processo do “mensalão” petista provou finalmente que a Justiça brasileira tarda, mas não falha. Tarda, sim, e a tal ponto que conseguiu antecipar o julgamento de José Dirceu e companhia a um escândalo bem anterior e de complexidade e gravidade bastante maiores. 

Falemos então daquilo que poderíamos definir genericamente como “mensalão” tucano. Trata-se de um compromisso de CartaCapital insistir para que, se for verdadeira a inauguração de um tempo novo e justo, também o pássaro incapaz de voar compareça ao banco dos réus.

A privataria. Não adianta denunciar os graúdos: a mídia nativa cuida de acobertá-los. 

 Réu mais esperto, matreiro, duradouro. A tigrada atuou impune por uma temporada apinhada de oportunidades excelentes.

Quem quiser puxar pela memória em uma sociedade deliberadamente desmemoriada, pode desatar o entrecho a partir do propósito exposto por Serjão Motta de assegurar o poder ao tucanato por 20 anos. 

Pelo menos. Cabem com folga no enredo desde a compra dos votos para a reeleição de Fernando Henrique Cardoso, até a fase das grandes privatizações na segunda metade da década de 90, bem como a fraude do Banestado, desenrolada entre 1996 e 2002.

Um best seller intitulado A Privataria Tucana expõe em detalhes, e com provas irrefutáveis, o processo criminoso da desestatização da telefonia e da energia elétrica. Letra morta o livro, publicado em 2011, e sem resultado a denúncia, feita muito antes, por CartaCapital, edição de 25 de novembro de 1998. 

Tivemos acesso então a grampos executados no BNDES, e logo nas capas estampávamos as frases de alguns envolvidos no episódio. Um exemplo apenas. Dizia Luiz Carlos Mendonça de Barros, presidente do banco, para André Lara Rezende: “Temos de fazer os italianos na marra, que estão com o Opportunity. Fala pro Pio (Borges) que vamos fechar daquele jeito que só nós sabemos fazer”.

Afirmavam os protagonistas do episódio que, caso fosse preciso para alcançar o resultado desejado, valeria usar “a bomba atômica”, ou seja, FHC, transformado em arma letal. Veja e Época foram o antídoto à nossa capa, divulgaram uma versão, editada no Planalto e bondosamente fornecida pelo ministro José Serra e pelo secretário da Presidência Eduardo Jorge. O arco-da-velha ficou rubro de vergonha, aposentadas as demais cores das quais costuma se servir.

Ah, o Opportunity de Daniel Dantas, sempre ele, onipresente, generoso na disposição de financiar a todos, sem contar a de enganar os tais italianos. Como não observar o perene envolvimento desse monumental vilão tão premiado por inúmeros privilégios? Várias perguntas temperam o guisado. 

Por que nunca foi aberto pelo mesmo Supremo que agora louvamos o disco rígido do Opportunity sequestrado pela PF por ocasião da Operação Chacal? Por que adernou miseravelmente a Operação Satiagraha? E por que Romeu Tuma Jr. saiu da Secretaria do Ministério da Justiça na gestão de  Tarso Genro? Tuma saberia demais? Nunca esquecerei uma frase que ouvi de Paulo Lacerda, quando diretor da PF, fim de 2005: “Se abrirem o disco rígido do Opportunity, a República acaba”. Qual República? A do Brasil, da nação brasileira? Ou de uma minoria dita impropriamente elite?

Daniel Dantas é poliédrico, polivalente, universal. E eis que está por trás de Marcos Valério, personagem central de dois “mensalões”. Nesta edição, Leandro Fortes tece a reportagem de capa em torno de Valério, figura que nem Hollywood conseguiria excogitar para um policial noir. Sua característica principal é a de se prestar a qualquer jogo desde que garanta retorno condizente. 

Vocação de sicário qualificado, servo de amos eventualmente díspares, Arlequim feroz pronto à pirueta mais sinistra. Não se surpreendam os leitores se a mídia nativa ainda lhe proporcionar um papel a favor da intriga falaciosa, da armação funesta, para o mal do País.

Pois é, hora do dilema. Ou há uma mudança positiva em andamento ou tudo não passa de palavras, palavras, palavras. Ao vento. É hora da Justiça? Prove-se, de direito e de fato. E me permito perguntar, in extremis: como vai acabar a CPI do Cachoeira? E qual será o destino de quem se mancomunou com o contraventor a fim de executar tarefas pretensamente jornalísticas, como a Veja e seu diretor da sucursal de Brasília, Policarpo Jr., uma revista e um profissional que desonram o jornalismo.

Fonte: http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-%E2%80%9Cmensalao%E2%80%9D-tucano-por-mino-carta

A birra do Jornal O Globo com os pobres.

A birra de O Globo com os pobres



Coluna Econômica 
Não se entende onde o jornal O Globo pretende chegar com sua série "Os mercadores da miséria", criticando os programas sociais, especialmente Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria.

Na chama da série, o jornal promete:

“(...) O Brasil Sem miséria, programa criado pela presidente Dilma para erradicar a pobreza extrema, tem sido alvo frequente de fraudes, revelam Alessandra Duarte e Carolina Benevides numa série de reportagens que O GLOBO inicia hoje".

***
Qualquer realidade complexa - uma grande empresa, um organismo estatal ou privado, um programa de governo - pode ter grandes virtudes e pequenos defeitos; ou grandes defeitos e pequenas virtudes.

Se o veículo for mal intencionado, basta dar destaque aos pequenos defeitos (quando for para denunciar) ou às pequenas virtudes (quando for para enaltecer). E esquecer que existe a estatística para avaliar o peso tanto de um quanto de outro.

***
Se quisesse criticar o modelo de concessão de aeroportos, as dificuldades do PAC (Plano de Ação Continuada), a barafunda burocrática, os desperdícios da administração pública, o jornal teria um bom material jornalístico.

Mas a birra do jornal é com programas voltados aos mais necessitados.

***
A principal "denúncia" de O Globo, manchete principal, foi do gato que recebia como beneficiário e de dono de Land Rover que seria beneficiário de R$ 60,00 por mês.

O que deixou de contar:

1. O fato ocorreu em 2009, muito antes da criação do Brasil Sem Miséria.

2. Toda família matriculada em programas sociais precisa submeter as crianças a exame médico. Quando a família não apareceu, o médico foi atrás da criança e descobriu tratar-se de um gato.

3. Descoberto o golpe, pelos próprios mecanismos do programa, o dono foi denunciado à polícia, está respondendo por dois crimes, inclusive pelo crime de falsidade ideológica. Tal fato ocorreu há 4 anos e foi objeto de inúmeras reportagens na época. 

De lá para cá passaram três ministros e dois presidentes pelo programa. Qual a razão de ludibriar assim os leitores requentando uma notícia velha?

***
A outra denúncia, sobre o dono do Land Rover, além de antiga, foi apresentada de forma incorreta. O tal empresário registrou laranjas no BF. Tratava-se de um explorador, que foi identificado e processado.

Outra "denúncia" foi o de uma senhora que afirmou não receber mais o benefício. Vai-se conferir, ela deixou de atualizar seu cadastro. 

Exige-se a atualização de cadastros justamente para evitar fraudes. Mas o jornal condena o programa por ter gato, e condena por não ter gato.

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A maioria absoluta dos episódios de fraude relatados foi desvendada pelos próprios sistemas de controle do Bolsa Família. Mesmo que tivessem sido levantados por terceiros, ainda assim são estatisticamente irrelevantes.

Qual a intenção de levantar meia dúzia de casos para desacreditar um programa que assiste a milhões de miseráveis?

Intenção eleitoral, não é. As eleições de 2012 já aconteceram e o BF já está assimilado pelos eleitores.

Tanto assim, que o PT não se deu bem no nordeste. Quem quiser coração e mentes desses eleitores, até o governo, daqui para frente terá que oferecer outros benefícios.

Só pode ser birra com pobre.