quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Acidente na BR 230, entre Barão de grajau e São João dos Patos, mata quatro pessoas de uma mesma familia.

Segundo a PRF, uma pessoa sobreviveu à colisão.

26/02/2013 19h44 - Atualizado em 27/02/2013 08h15

Do G1 MA

 
Quatro pessoas de uma mesma família morreram, nesta terça-feira (26), em um acidente na BR-230, entre Barão de Grajaú e São João dos Patos, municípios da região leste do Maranhão

Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo em que eles estavam colidiu com um caminhão que transitava no sentido contrário.

De acordo com a PRF, o carro de passeio onde estavam as vítimas transitava no sentido São João dos Patos / Floriano (PI), quando seu condutor teria perdido o controle e batido frontalmente com o caminhão.

Apesar da gravidade do acidente, uma pessoa sobreviveu e foi encaminhada ao Hospital Municipal Barjonas Lobão. O motorista do caminhão foi levado para a delegacia de Barão de Grajaú para prestar depoimento.

De acordo com a PRF, quatro agentes foram encaminhados ao local para realizar a perícia técnica.

 Noticia publicada originalmente em:

http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2013/02/acidente-na-br-230-mata-quatro-pessoas-de-uma-mesma-familia.html

Direitos Trabalhistas. Congresso pode aprovar terceirização selvagem.

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Parlamentares tentam recolocar em pauta lei vetada por Lula. Caso vigore, ela facilitará desrespeito a um direito trabalhista essencial: o registro em carteira

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog
Para atender à determinação do Supremo Tribunal Federal, de que o veto de Dilma Rousseff à alteração das regras de distribuição de royalties do petróleo só possa ser analisado após a análise de outros 3 mil vetos, o Congresso está desenterrando alguns esqueletos. Alguns com cara de bem feia.

Há parlamentares que, na surdina, estão se articulando para que um dos vetos presidencial, em especial, seja derrubado: o que trata da chamada Emenda 3.

A emenda, que integrou o projeto que criou a Super Receita, propõe que auditores fiscais federais não possam apontar vínculos empregatícios entre empregados e patrões, mesmo quando forem encontradas irregularidades. 

Apenas a Justiça do Trabalho, de acordo com o texto, é que estaria autorizada a resolver esses casos. Na prática, a nova legislação tiraria o poder da fiscalização do governo, o que dificultaria o combate ao tráfico de pessoas, ao trabalho escravo, ao trabalho infantil e a terceirizações ilegais que burlam direitos do trabalhador.

Originalmente, a emenda foi proposta atendendo à solicitação de empresas de comunicação e de entretenimento que contratam funcionários por meio de pessoas jurídicas, conhecidas como “empresas de uma pessoa só”. O problema é o efeito colateral que isso pode criar para o restante da sociedade.

O Congresso Nacional aprovou a emenda, mas o então presidente Lula a vetou em março de 2007. Na época, trabalhadores foram às ruas para apoiar o veto – milhares de metalúrgicos fizeram passeatas na região do ABC, metroviários cruzaram os braços e bancários protestaram na capital paulista. 

Com as manifestações, a medida foi posta em compasso de espera, uma vez que assustaram deputados e senadores favoráveis à medida. Agora, como parte da discussão sobre o pacote de vetos, reapareceram articulações, contando com a breve memória do brasileiro e com a dificuldade de analisar atentamente uma única matéria quando são milhares os vetos discutidos ao mesmo tempo.

Em um país onde milhões de pessoas são tratadas como ferramentas descartáveis, a fiscalização do trabalho desempenha um papel fundamental. Ela não é perfeita, mas sem esse aparato de vigilância, as relações de trabalho seriam bem piores do que realmente são. 

A desregulamentação não levaria necessariamente à auto-regulação pela sociedade, como profetizam alguns economistas, mas sim ao caos. Se, com regras minimamente vigiadas, você – trabalhador – já é maltratado, imagine sem.

De acordo com procuradores e juízes do Trabalho ouvidos por este blog, no campo, por exemplo, a aprovação dessa proposta ajuda muito fazendeiro picareta que monta uma empresa de fachada para o seu contratador de mão-de-obra empregar safristas. 

Dessa forma, ele se livra dos direitos trabalhistas, que também nunca serão pagos pelo “gato”, o contratador – boa parte das vezes tão pobre quanto os peões. E consegue concorrer aqui dentro e lá fora sem reduzir sua margem de lucro. Que em nosso país é mais sagrado que todos os santos e orixás.

Nas cidades, isso facilitaria e muito a manutenção de oficinas de costura que contratam trabalhadores de forma precária ou os submetem a condições análogas às de escravo, muitos dos quais imigrantes latino-americanos pobres que vêm produzir para os cidadãos brasileiros. Oficinas que, não raro, surgem apenas para que a responsabilidade dos custos trabalhistas saiam das costas de oficinas maiores e de grandes magazines. Você não vê o escravo em sua roupa, mas ele está lá.

Além de beneficiar os empregadores que querem terceirizar seus empregados (ou legalizar os já terceirizados), a emenda 3 pode funcionar como ponta-de-lança para outras mudanças. Abre a porteira para regularizar de vez a situação das pessoas que ganham pouco, batam cartão e respondam a um chefe, mas que são obrigados a criar uma empresa para ganhar o salário e ficar sem os direitos trabalhistas. Se o bolo de dinheiro fosse distribuído de forma justa entre patrões, chefes e empregados em uma empresa, a defesa do veto da emenda 3 não seria tão necessária. Mas não é o que acontece.

Colocar a emenda 3 em vigor também pode aumentar ainda mais o rombo da previdência, pois ela tende a levar a uma diminuição no carregamento do INSS. Idem para o FGTS, cujo caixa financia a casa própria e banca o Programa de Aceleração do Crescimento. Isso abre a porteira a outros projetos draconianos destinados a resolver os problemas que seriam causados pela emenda 3, como reduzir os reajustes das aposentadorias a fim de economizar.

Projetos como a emenda 3 fazem parte de uma mesma política para diminuir o poder que o Estado tem de garantir que o empresariado tenha um patamar mínimo de bom senso. Com o aumento da competição, cresce também a precarização do trabalho e com ela o discurso da necessidade de desregulamentação, ou seja: pá de cal nos direitos adquiridos e vamos embora que o mundo é uma selva. 

Durante as manifestações de apoio ao veto à emenda 3 em 2007, uma retórica se tornou constante em círculos empresariais e entre alguns colegas da área de economia: de que era um absurdo trabalhadores fazerem greve que não fosse por emprego e salário, mas por política trabalhista. Em outras palavras, protestar por água e pasto, é horrível, mas vá lá. Já a luta para que o aumento da capacidade de competitividade das empresas não seja feito engolindo os trabalhadores é uma atitude deplorável. “Esse país não quer crescer”, diziam eles.

Nesse ritmo, não me espantaria – num futuro não muito distante – ver anúncios estampados em página dupla nas revistas semanais de circulação nacional dizendo: “O Banco X pensa em seus empregados. Ele paga 13º salário. Isso sim é responsabilidade social”. E nossos filhos olharão para aquilo e, espantados, perguntarão: “pai, mãe, o que é emprego?”

A chegada da Cubana Yoani em Coité e o papel do Juiz de Direito

Por: Gerivaldo Neiva * em seu blog
25/02/2013

Para quem ainda não conhece, Yoani Sánchez é cubana, apresentada por boa parte da mídia mundial como sendo uma blogueira que rompeu as barreiras da censura em Cuba e faz oposição ao regime. Pois bem, esta moça está visitando o Brasil, depois de várias tentativas de sair da Ilha, e resolveu aceitar o convite para palestrar em Conceição do Coité-Ba, comarca da qual sou o Juiz de Direito.

Sabendo da visita, os estudantes da cidade e políticos de esquerda começaram a se organizar para impedir a entrada da moça na cidade e também impedir a realização do evento. Em seguida, fui procurado pelos organizadores do evento, acompanhado de dois bons advogados, para garantir que sua convidada pudesse entrar em Coité e realizar a palestra.

Primeiro, tentei mediar um diálogo entre os estudantes e os organizadores do evento, mas não obtive êxito. Os primeiros estavam irredutíveis e não admitiam de forma alguma a presença da moça cubana em terras coiteenses e os segundos não abriam mão de realizar o evento, pois contavam com a presença de políticos famosos e convidados de toda a região.

Diante do impasse, convidei o comandante local da polícia militar e lhe determinei que garantisse, sem violências ou repressão, a realização dos dois eventos. Primeiro, preparasse uma escolta desde a entrada da cidade e conduzisse a moça cubana por onde pretendesse circular na cidade, garantindo-lhe a integridade física. Segundo, preparasse uma boa guarnição para garantir a realização do protesto dos estudantes, mesmo barulhenta, desde que não impedisse a realização da palestra. Enfim, comandante, seu papel é garantir a realização da palestra e também do protesto dos estudantes.

E decidi assim com a Constituição aberta sobre minha mesa de trabalho. O Brasil é um “Estado Democrático destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias”,conforme, escrito em seu preâmbulo; o Estado brasileiro tem como fundamentos a cidadania, a dignidade da pessoa humana e o pluralismo político (art. 1o) e, por fim, é livre a manifestação do pensamento, a liberdade de consciência, a expressão da atividade intelectual e de reunião, dentre outras garantias previstas no artigo 5o da Constituição.

Pois bem, decidindo assim, a moça chegou à cidade sob vaias e protestos, mas teve garantido o seu direito de locomover-se em território nacional e expressar seu pensamento. Da mesma forma, garantiu-se o mesmo aos contrários ao seu pensamento.

Sabendo da minha decisão a seu respeito, para minha surpresa, fui o primeiro a receber a visita da moça cubana. Depois de alguns cumprimentos e agradecimentos, já na saída, ela me pediu uma sugestão de roteiro na cidade.

Pensei um pouco e, já que tinha sido solicitado, respondi: olhe, conhecendo os que te acompanham, sei que irão te oferecer um saboroso jantar acompanhado de bons vinhos; depois, não se assuste se algum deles, para te impressionar, saque de sua caixinha um dos mais finos charutos cubanos (saudades de casa?); depois, não irão te permitir repousar em um dos hotéis da cidade, pois teu quarto de hóspede já está preparado.

Então, apesar do conforto, durma pouco e acorde na madrugada para conversar com pessoas que já estão nas filas dos postos de saúde para marcar uma consulta para alguns meses, apesar da urgência do seu caso; depois, visite os bairros periféricos da cidade, completamente abandonados pelo poder público, e converse com os jovens dependentes de crack para tentar entender suas razões; mais tarde, visite a zona rural do município para ver os estragos causados pelo seca e as condições de vida dos pequenos produtores rurais e entenda que milhões de nordestinos ainda estão vivos graças aos programas sociais do governo federal; na saída, passando na cidade vizinha, visite o presídio regional e veja as condições em que vivem os presos deste país, quase todos analfabetos, sem profissão e delinquentes comuns; por fim, quando tomar a rodovia para Salvador, não deixe de visitar um assentamento do Movimento Sem Terra e então poderá entender as consequências de tantas cercas por este país…

Depois disso, creio que você será capaz de entender que o Brasil não se resume aos jantares das elites, ao luxo do Congresso Nacional, a alegria do carnaval e o que divulga a mídia brasileira. Enfim, o Brasil que irão te mostrar talvez não seja o Brasil real. De qualquer forma, conte comigo para ver assegurado o seu direito de ir e vir, mas principalmente de ir e ver as contradições desse país.

Com ironia, despedi-me de Yoani: seja portadora de saudações ao Comandante Fidel e, estando em Santa Clara, deposite por mim uma flor no mausoléu de Che Guevara! Ela sorriu meio sem graça, mas não se esquivou de me apertar a mão.

* Juiz de Direito (BA), membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e do Law Enforcement Against Prohibition (Leap- Brasil)
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Matéria publicada originalmente em:

Irmão processa Ivete Sangalo por dívida de R$ 20 milhões.

Contigo: Ivete, processo, Jesus Sangalo
Ivete e Jesus Sangalo
Processo corre em segredo de justiça no Tribunal Regional do Trabalho na Bahia; montante, segundo Jesus Sangalo, corresponde apenas a salários atrasados e direitos trabalhistas; irmão da musa do axé pede ainda indenização por danos morais.

26 de Fevereiro de 2013 às 17:41.

Bahia 247.
A ressaca de carnaval ainda não passou para a musa do axé, a cantora Ivete Sangalo. Depois de enfrentar dois processos de ex-funcionários, ela é acionada na Justiça por seu irmão Jesus Sangalo, um dos diretores da sua produtora, a Caco de Telha.

Em segredo de justiça no Tribunal Regional do Trabalho na Bahia, o processo impetrado por Jesus dá conta de que a cantora lhe deve R$ 20 milhões apenas em salários atrasados e direitos trabalhistas.

O irmão da musa do axé diz ainda que ela baixou seu salário de R$ 350 mil para "apenas" R$ 100 mil mensais, segundo o site Bahia Notícias.

Jesus Sangalo pede ainda indenização por danos morais por ter sido considerado suspeito em um esquema de fraude dentro da Caco de Telha.

Noticia publicada originalmente em:

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Processo de Jesus Sangalo contra Ivete Sangalo está em segredo de justiça.

por Josemar Arlego.
Processo de Jesus Sangalo contra Ivete Sangalo está em segredo de justiça


O processo trabalhista que Jesus Sangalo move contra a sua irmã Ivete Sangalo corre em segredo de justiça no Tribunal Regional do Trabalho da Bahia.

O ex-empresário da cantora alega que ela lhe deve R$ 20 milhões em salários e direitos atrasados. 

Diz, ainda, que foi rebaixado por Ivete ao ter seu salário reduzido de R$ 350 mil para apenas R$ 100 mil, além de pedir danos morais por ter sido considerado suspeito em um esquema de fraude dentro da Caco de Telha, que cuida da carreira da artista. 

Por tudo isso, Ivete Sangalo animou o Carnaval de Salvador este ano visivelmente abatida com a briga familiar por dinheiro.

Noticia publicada originalmente em: 


domingo, 24 de fevereiro de 2013

Europa - Milhares de espanhóis na rua contra cortes sociais e corrupção.

espanha, manifestções, Madrid, Maré cidadã
Foto - EPA
 

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje nas ruas de Madrid, onde as palavras de ordem se focaram nos cortes efetuados no setor público, da educação à saúde, e nos casos de corrupção que têm sido denunciados.

Num "ambiente festivo e reivindicativo", descreve a agência Efe, os manifestantes chegaram ao final da tarde à praça Cánovas del Castillo, provenientes de quatro colunas de protesto, ao qual apelidaram "Maré Cidadã".

"Não ao golpe de Estado financeiro. Não devemos, não pagamos" era o lema que dominava grande parte das "marés" reivindicativas nas diferentes artérias ocupadas hoje na cidade espanhola.

A manifestação em Madrid terminou com a leitura do manifesto "Maré Cidadã unida contra os cortes e a favor de uma verdadeira democracia", documento que critica a pressão dos mercados financeiros e a dívida "ilegítima" criada por eles, e com a entoação da música "Canto a la libertad", do cantor de intervenção espanhol José Antonio Labordeta, falecido em 2010.

Além de Madrid, a "maré cidadã" foi convocada para cerca de 80 localidades espanholas.

--Diário Digital
  
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Corrida Armamentista. Nordeste da Ásia no limiar de nova crise dos mísseis.



KSLV-IThe First Korean Space Launch Vehicle, Coreia do Sul, míssil
EPA

O Nordeste da Ásia está sendo arrastado para uma nova corrida aos armamentos balísticos.

Vladimir Fiodorov. 23.02.2013.
É assim que os peritos russos comentaram a declaração da Coreia do Sul concernente à aceleração do processo de criação de um sistema integrado de defesa antiaérea e antimíssil (DAA/DAM) que contempla o desenvolvimento de um míssil balístico capaz de atingir alvos em qualquer ponto do território da República Democrática Popular da Coreia.

Era de se esperar que o Ministério da Defesa da Coreia do Sul fizesse uma declaração anunciando a modernização do potencial de mísseis, afirma Alexander Vorontsov, perito do Instituto de Estudos Orientais da Academia das Ciências da Rússia. 

O novo potencial de mísseis de Seul é o resultado de seu negócio com Washington: "Em outubro do ano passado, os EUA admitiram que os sul-coreanos ampliassem o alcance de seus mísseis até 800 quilômetros. Esta decisão provocou reações mistas do mundo. 

O Ministério do Exterior da Rússia expressou sua preocupação, porque na altura foi, naturalmente, um passo rumo à escalada da corrida armamentista, à intensificação da disputa pela supremacia no tema de tecnologias de mísseis na Península da Coreia. 

Hoje em dia, o governo da Coreia do Sul aponta para a Coreia do Norte, dizendo que é uma medida de retaliação resultante do teste nuclear de Pyongyang. Os norte-coreanos, por sua vez, acenam para Seul, insistindo em que a ampliação do raio de ação dos mísseis sul-coreanos violara o equilíbrio de forças e, portanto, a Coreia do Norte se viu obrigada a tomar medidas de resposta. É um círculo vicioso do qual é difícil, mas é preciso desprender-se, porque se trata de desestabilização da situação em toda a região."

O papel dos EUA transluz manifestamente na crise dos mísseis na Ásia. Antes, em virtude do acordo entre os EUA e a Coreia do Sul, o alcance dos mísseis sul-coreanos foi limitado a 300 quilômetros. Ao permitir a Seul ter mísseis balísticos com alcance de 800 quilômetros, Washington fez uma forte jogada antichinesa, pois os novos mísseis sul-coreanos serão capazes de alcançar o território da China.

Além disso, o Pentágono propõe-se disponibilizar ao sistema DAA/DAM, que está sendo criado por Seul, dados recebidos de seus satélites e aviões teleguiados. Portanto, lidamos de fato com um novo componente do segmento asiático do sistema global de defesa antimíssil dos EUA. 

E a ameaça dos mísseis norte-coreanos não é nada mais do que um truque para justificar a sua criação. Antes de mais nada, esse sistema visa dissuadir a China, principal opositor potencial dos EUA na região da Ásia-Pacífico, neutralizando seu potencial de mísseis.

No dia 13 de fevereiro, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul anunciou que instalara os mísseis de cruzeiro ao longo da fronteira com a Coreia do Norte. Esses misseis, segundo destacaram os militares, podem atingir qualquer ponto no território norte-coreano. 

Esse fato faz com que aumente a probabilidade de provocação por parte de ambos os lados, acha Konstantin Asmolov, perito do Instituto do Extremo Oriente:"Em seu tempo, os integrantes do governo de Lee Myung-bak perceberam o retorno ao poder como uma oportunidade histórica para esmagar o Norte comunista. Lhes falta muito pouco tempo. Em 25 de fevereiro tomará posse a nova presidente, e sob o seu mandato, o destino deles será nada invejável. Por isso, podem intentar uma provocação. Em 2010, a situação em torno da ilha Yeonpyeong foi desestabilizada por ambas as partes, o Norte e o Sul. Agora, volta a repetir-se uma situação muito similar, portanto é preciso seguir o comportamento de ambos os lados."

A evolução da crise coreana vem reduzindo o limiar de segurança da China. Os peritos estão na expectativa: como Pequim irá responder às atividades da Coreia do Sul e à decisão do Japão de aumentar os gastos militares e modernizar suas forças de autodefesa?

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Brasil. Movimentos sociais e organizações estudantis preparam jornada de lutas para maio.

23/02/2013 - Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil.

São Paulo – Movimentos sociais e organizações estudantis estão preparando uma série de manifestações para o final de maio. A Jornada de Lutas da Juventude Brasileira pretende pautar temas como o financiamento público da educação, a melhoria das condições de trabalho e a violência contra jovens nas periferias. “Não nos deteremos onde os governos param. Iniciamos aqui uma caminhada de unidade e luta por reformas estruturais”, diz o manifesto assinado por 30 entidades, como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Foi realizada hoje (23), no Sindicato dos Químicos de São Paulo, na região central da capital, uma das plenárias nacionais que irão definir o formato das manifestações. Foram discutidos desde os temas até a organização das manifestações.

Segundo a militante do Levante Popular da Juventude Carla Bueno, que compôs a mesa da plenária, um dos desafios é mobilizar os jovens que tiveram acesso ao ensino superior por meio das políticas sociais dos últimos anos. “A nossa tarefa na jornada de lutas é mobilizar essa juventude de que hoje está dentro da universidade, mas que não necessariamente tem condições de se estabelecer dentro daquele espaço”, ressaltou.

As condições de vida desses jovens dificultam, na opinião de Carla, a participação em movimentos políticos. “Quando você trabalha oito horas por dia, vai estudar de noite em uma universidade particular que, muitas vezes, tem o ensino extremamente voltado para o técnico, é complicado estimular a mobilização”, exemplifica.

Para a militante, as oportunidades de aproximar esses jovens da política ocorrem por meio de demandas concretas. “Eles se organizam a partir da necessidade de atendimento estudantil, das demandas reais que eles vão sentindo e, com isso, a gente vai debatendo o modelo de sociedade que a gente quer construir”, diz.

Edição: Lílian Beraldo

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