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| Crédito : Reprodução. | 
 
Postado por Daniela Novais.
  
Um texto religioso 
encadernado em couro - provavelmente datado do século 5, porém 
descoberto há apenas 13 anos - vai causar o colapso do cristianismo no 
mundo inteiro, alega uma agência de notícias do Irã. 
O livro, escrito 
sobre pele curtida, aparentemente afirma que Jesus nunca foi crucificado
 e que Cristo previu a vinda do profeta Maomé.
Escrito em siríaco (um 
dialeto do aramaico) o evangelho vaticinaria inclusive a chegada do 
último messias islâmico. As informações são da iraniana Basij Press e 
foram divulgadas pelo site conservador americano WorldNetDaily (WND). 
Autoridades
 turcas acreditam que essa possa ser uma versão autêntica do evangelho 
escrito pelo discípulo Barnabé, e a imprensa iraniana afirmou que seu 
conteúdo vai desencadear a queda do cristianismo ao provar que o Islã é a
 verdadeira religião. 
Outras fontes, no entanto, julgaram as alegações 
improcedentes e a consideraram uma "risível" propaganda anticristã. A 
Basij Press informa que o texto foi escrito nos séculos 5 ou 6 e previu o
 surgimento de Maomé e da religião islâmica. Segundo a agência, o mundo 
cristão nega a existência de tal evangelho. 
No
 capítulo 41 do Evangelho de Barnabé, estaria escrito: "Deus se escondeu
 enquanto o Arcanjo Miguel os levou (Adão e Eva) para fora do céu, (e) 
quando Adão se virou, ele notou que sobre a porta de entrada para o céu 
estava escrito La elah ela Allah, Mohamad rasool Allah", que significa 
"Alá é o único Deus e Maomé é seu profeta". 
O
 texto teria sido confiscado em 2000 por autoridades turcas durante um 
trabalho de repressão sobre gangues acusadas de contrabando de 
antiguidades, escavações ilegais e posse de explosivos. 
A descoberta, 
contudo, só atraiu a atenção do mundo em fevereiro deste ano, quando foi
 informado que o Vaticano fez uma requisição oficial para ver o livro. 
Ainda não se sabe se o pedido foi atendido. 
As
 origens do suposto evangelho são desconhecidas, mas o site National 
Turk afirmou naquele mês que o livro foi mantido no palácio da Justiça 
da capital turca, Ancara, e seria transferido sob escolta policial 
armada para o Museu Etnográfico da cidade. Para a Basij Press, a 
descoberta é tão importante que vai abalar a política mundial. 
"A
 descoberta da Bíblia original de Barnabé vai agora comprometer a Igreja
 e sua autoridade e revolucionar a religião no mundo", escreveu a Basij 
Press em seu site. "O fato mais significativo, porém, é que essa Bíblia 
previu a vinda do profeta Maomé e comprovou a religião do Islã." 
Apesar
 de autoridades turcas acreditarem que o texto é verdadeiro, outros 
questionaram sua autenticidade. Erick Stakelbeck, um analista de 
terrorismo e observador próximo dos assuntos iranianos, afirmou à WND 
que "o regime iraniano está empenhado em erradicar o cristianismo por 
qualquer meio necessário, ainda que isso signifique executar cristãos 
convertidos, queimar Bíblias ou invadir igrejas". 
Escrevendo
 para o site Catholic Culture, o jornalista católico Phil Lawler 
descreveu o conjunto de alegações como "um risível desafio iraniano ao 
cristianismo". Ele afirmou que "se o documento foi escrito no século 5 
ou 6, não pode muito bem ter sido escrito por alguém que estava viajando
 com São Paulo cerca de 400 anos antes. 
Deve ter sido escrito por alguém
 reivindicando representar São Barnabé. Devemos aceitar essa alegação?",
 indaga Lawler. "Tenha em mente que a datação do documento é 
fundamental. Por volta do século 7, não era necessária muita 
clarividência para 'prever' a aparição de Maomé." 
Do Portal Terra, com informações do Daily Mail.