sábado, 14 de novembro de 2015

empresa VALE acusada de enviar Vagões de água para Governador Valadares contaminados com querosene.

Trem
Leonardo Moraes
















Segundo matéria publicada no Hoje em dia, do ultimo dia 13. O que era para ser um alento provocou revolta e frustração dos moradores de Governador Valadares, região Leste de Minas. O primeiro carregamento de água, com 300 mil litros captados na vizinha Ipatinga e levados de trem para o município, chegou contaminado com querosene.

A água teve que ser descartada e os valadarenses, que tiveram o fornecimento cortado devido à contaminação do Rio Doce com lama que vazou das barragens da Samarco, em Mariana, no último dia 5, continuaram na seca.

Em comunicado postado nas redes sociais, a prefeitura de Valadares informou que a remessa foi entregue pela Vale já contaminada. A água seria utilizada para garantir o abastecimento de hospitais, escolas, creches e outros equipamentos que precisam de água.

Contudo, o diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Vilmar Rios, informou que a água estava imprópria para uso. "O SAAE fez a análise da água depois de transportada nos vagões. Toda a água com alto teor de querosene já foi descartada".

No entanto, a Vale negou que tenha entregado água com querosene para abastecer o município. A empresa informou, por meio de nota, que coletou a água no local indicado pela Copasa, em Ipatinga, e a transportou em vagões-tanque usados para combates a incêndios florestais. "Estes vagões só transportam água e nunca transportaram querosene", frisou.

Ainda conforme a Vale, a água foi entregue na manhã desta sexta-feira (13), em local acordado com a prefeitura. "Essa, por sua vez, se responsabilizou pelo transporte da água em caminhoes-pipa, que não são de responsabilidade da Vale. Representantes da empresa estão entrando em contato com a administração municipal para esclarecer o ocorrido".

Outros vagões de água estavam previstos para serem entregues na cidade nesta noite.

Atualizada às 22h10



França - Terrorismo ataca Paris. 128 mortos, 180 feridos, sendo 99 em estado critico.

Foto - Br.sputniknews.com
Capital Francesa sofre o pior atentado da história. Pelo menos 128 pessoas foram mortas na sexta-feira no ataque terrorista em Paris, informou a polícia neste sábado.
O número de mortos nos atentados terroristas ontem à noite em Paris aumentou para 128, disse uma fonte no gabinete do procurador no sábado (14). Um total de 180 pessoas estão feridas, incluindo 99 em estado crítico.
Homens armados com armas automáticas atacaram restaurantes e uma sala de concertos em Paris na sexta-feira. Um bombista suicida fez-se explodir junto a um estádio cheio de gente. O presidente François Hollande disse que o ataque terrorista não tinha precedentes na França.

ATUALIZAÇÃO: Paris sofre seu pior atentado. Vítimas: 150 pessoas mortas e outras 200 pessoas feridas. http://maranauta.blogspot.com.br/2015/11/paris-sofre-seu-pior-atentado-vitimas.html
Link originalhttp://br.sputniknews.com/mundo/20151114/2752817/numero-mortos-atentados-paris.html#ixzz3rSwBp3cu

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

STF - Min. Lewandowski diz não ao golpe e pede paciência.

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, deu nesta sexta-feira, 13, um dos depoimentos mais contundentes de um chefe de Poder contra a ruptura da ordem democrática no País, defendida por setores da oposição; "Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar mais três anos sem nenhum golpe institucional", afirmou Lewandowski, durante palestra em uma faculdade de direito de São Paulo; para o ministro, a crise que o Brasil atravessa atualmente, que classificou como "cortina de fumaça", tem mais fundo político do que econômico
13 DE NOVEMBRO DE 2015.
247 - Durante palestra nesta sexta-feira, 13, em uma faculdade de Direito da capital paulista, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, deu uma declaração contundente contra as tentativas de ruptura do mandato da presidente Dilma Rousseff, propostas pela oposição.
Sem citar a presidente Dilma, Lewandowski disse que o País precisa ter maturidade para aceitar o resultado das eleições passadas. "Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar mais três anos sem nenhum golpe institucional", afirmou o presidente do STF.
Para Ricardo Lewandowski, a crise vivenciada atualmente no país tem mais fundo político do que econômico. "Estes três anos [após o 'golpe institucional'] poderiam cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de trinta anos. Devemos ir devagar com o andor, no sentido que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros", afirmou.
Em uma estocada no Congresso Nacional, Ricardo Lewandowski afirmou que o Parlamento brasileiro é "amador" na função de investigar e se desvia de sua prerrogativa de legislar. "O Congresso Nacional deixou de lado a sua função legislativa e passou a exercer uma função investigativa. Inúmeras CPIs correndo, substituindo-se ao MP e à PF ao próprio Judiciário, fazendo aquilo que ele [Congresso] não sabe fazer e deixando de fazer aquilo que ele sabe, que é legislar", disse Lewandowski. "Investigar é para profissional, não é para amador, com todo respeito aos nossos parlamentares. É por isso que as CPIs dão no que dão".
O ministro voltou a destacar a importância da decisão do Supremo que barrou as doações de empresas em capanhas eleitorais. "O STF proibiu em boa hora o financiamento de campanhas por empresas privadas. Nós entendemos que haveria um desequilíbrio de armas. Um votinho só não tem como enfrentar uma empresa que doa 100 milhões", comparou.

Artigo. Brasil, o que é estratégico?

13.11.2015 | Fonte de informações: 

Pravda.ru.

 
O que é estratégico?. 23240.jpeg
Foto - Pravda.ru

Demonstrando abissal ignorância sobre o que é, ou não, estratégico, ou então desprezo pela segurança nacional, os falsos desenvolvimentistas, desde JK (1956-1960), consideraram que bastava ter sob comando nacional as telecomunicações, a energia, notadamente o petróleo, e a área nuclear.

Adriano Benayon * - 16.10.2015.

Se olhassem com seriedade para a História, teriam percebido que nenhum país foi capaz de se defender, tendo entregado sua economia e suas finanças a controle estrangeiro. Isso se tornou cada vez mais nítido, à  medida que a capacidade bélica foi ficando mais dependente da indústria e da tecnologia.

Mas, mesmo antes do século XVIII, quando a sorte nas armas se vinculou à mecânica pesada e às indústrias básicas -  que lhe fornecem insumos -, as guerras, sempre foram movidas a dinheiro, tal como a política.

Revela-se, pois, enorme e múltipla a leviandade dos dirigentes do País, uma vez que o "modelo econômico brasileiro", de JK aos governos militares, se caracterizou, não só pela dependência tecnológica, mas também pela dependência financeira.

Depois, isso continuou a agravar-se, culminando com as manipulações eleitorais que levaram às presidências de Collor e FHC, nas quais, além de tudo, as Forças Armadas foram deliberadamente debilitadas.

E por que isso foi possível? Porque quem monopoliza o dinheiro grosso e comanda a mídia submissa, determina as políticas.  Claro que essas não foram as de interesse do País.

Acaso? Não, mas, sim, algo que se desenhou com o  golpe de agosto de 1954, quando as decisões econômicas foram entregues a "técnicos" do agrado dos centros financeiros angloamericanos.

Desde o final dos anos 50, o domínio dos carteis multinacionais sobre a economia resultou em enormes déficits de transações correntes: esses carteis transferiram ao exterior - principalmente como despesas - lucros de fato, decorrentes dos preços elevadíssimos, no mercado interno, dos bens aqui produzidos e dos importados, e preços baixos na exportação.

Daí derivou absurda dívida externa,  inflada também com os juros e demais despesas decorrentes do financiamento externo de investimentos públicos e privados efetuados no País.

Afora os colossais pagamentos do serviço da dívida externa, ao exterior, ainda maiores nos anos seguintes à  Constituição de 1988, parte dessa dívida foi transformada em interna, a qual passou a crescer exponencialmente, em função de juros e correção monetária absurdos - mais um sinal de que o País não tem autonomia política.

Montou-se, assim, a engrenagem viciosa, através da qual a dependência política alimenta o crescimento da dependência econômica, a qual acentua a submissão política,  e assim por diante.

O conceito adotado por pró-imperiais assumidos e inconscientes, era que se deveria abrir às grandes transnacionais, com matrizes no exterior, as indústrias de transformação - consideradas não-estratégicas -  como  a de bens de consumo durável, inclusive veículos automotores,  o ridículo carro-chefe da arrancada para o falso desenvolvimento.

Tão grande foi a irresponsabilidade para com o País e seu futuro, que - através das Instruções da SUMOC, a partir de janeiro de 1955 -  propiciaram subsídios desmedidos para que os carteis industriais estrangeiros se assenhoreassem facilmente do mercado brasileiro, que nunca lhes esteve fechado.

Ademais, permaneceram abertas as brechas que permitiram crescente penetração do capital estrangeiro no sistema financeiro do País.

Sessenta anos depois, passados numerosos governos aparentemente diferentes, deu-se a desnacionalização praticamente completa, a causa da desindustrialização.

O balanço é o pior possível:

a) a dívida interna, que continua crescendo exponencialmente, por efeito da capitalização de absurdos juros, já atingiu mais de R$ 3,8 trilhões; 

b)  boa parte dos títulos pertence a residentes no exterior; 

c) o passivo externo financeiro bruto - onde avultam os investimentos estrangeiros diretos (IEDs) - supera US$ 1 trilhão.

Os IEDs acumularam-se principalmente com recursos estatais,  subsídios governamentais e reinvestimento de lucros, o que denuncia a natureza autorretroalimentada do processo de desnacionalização.

Finaliza-se o processo, com o enfraquecimento e maior infiltração da própria Petrobrás por interesses forâneos, além de preparar-se luz verde a petroleiras transnacionais para apoderar-se das reservas descobertas pela estatal. Além disso, deterioraram-se e desnacionalizaram-se infra-estruturas essenciais, como as de energia, transportes e comunicações.

Não bastasse isso tudo, a engenharia civil,  último ramo sobrevivente com tecnologia competitiva,  está sob fogo interno, teleguiado do exterior,  para que os mercados que conquistou no Brasil, e fora dele, também caiam sob controle de empresas estrangeiras.

O Brasil está inerme, com seus recursos terrestres, águas e subsolo, dotado de minerais preciosos e estratégicos, tudo aberto ao saqueio das corporações estrangeiras.  Grande parte do território amazônico foi subtraído à jurisdição efetiva do País, sob o pretexto de demarcar terras supostamente indígenas.

Que aconteceria se mudasse de política? A violência das intervenções imperiais na Líbia, Iraque e Síria, entre outras, deveria  alertar para reverter  as políticas levianas aqui praticadas, há mais de 60 anos.

Mauro Santayana afirma que o Brasil talvez seja o país mais indefeso do mundo, e o pouco que ainda tem de empresas nacionais na indústria bélica está sendo  adquirido  por grupos estrangeiros,  ou controlado por estes mediante associações, principalmente as firmas  que desenvolveram tecnologia militar, nos últimos anos.

A vulnerabilidade decorre também do baixo conteúdo local das peças do equipamento de defesa, mesmo no caso de blindados ligeiros. Que dizer das carências em tecnologia eletrônica, até mesmo chips desenhados e fabricados no País?

Esse é o resultado da entrega, favorecida pelos governos, do controle do grosso da economia a empresas e grupos financeiros  transnacionais.  Era questão de tempo a entrega também dos setores ditos estratégicos.

Em vez de "lideranças" civis e militares cuidarem disso, ignoraram que o  desenvolvimento econômico verdadeiro só se faz com capital nacional e tecnologia nacionais.

Além disso,  tiveram a visão ofuscada pela crença que lhes foi inculcada, de que o inimigo estratégico seria o comunismo, termo em que foi abusivamente englobado tudo que desagradasse o império e seus adeptos locais.

.Nas lideranças e cidadãos, em geral, foram incutidas divergências  ideológicas que se tornaram fossos intransponíveis, geradores de exclusões, perseguições e conflitos envenenados.

Assim, além da economia dominada, o que, mormente após a pseudo-democratização de 1988, levou os interesses antinacionais a controlarem o sistema e as decisões políticas, acelerando a desindustrialização e primarização da economia, a falência estratégica  foi acentuada pela falta de coesão nacional.

Para esta deficiência estratégica contribuiu a abertura ao arrasamento da cultura e dos valores éticos, através da permissividade das "autoridades" para com os  meios de comunicação mundiais e locais, acompanhada da deformação dos fatos políticos e econômicos em todo o mundo.

Se é que o poder emana do povo, que poder emanaria de um povo submetido a processos de psicologia aplicada e a outras intervenções destinadas a apassivá-lo?


Machiavello  ensinou que "o poder emana do ouro e das armas." Nesta vertente, como o  Brasil precisa ter poder para viver com dignidade, e até para sobreviver, impõe-se  entender que:

a)   o desenvolvimento econômico e social é indispensável para a defesa e segurança;

b) ele depende de autonomia, tanto nas decisões governamentais como na das empresas.

* - Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

Maranhão - Menor integrante da facção “bonde dos 40” afronta a policia fazendo arrastão em escola próxima a Seic.

Foto - Seic - Handson Chagas.
O elemento conhecido como Vitinho, traficante e homicida, ele controla a região da Vila Sapo, sendo bastante temido em todo o Bairro da Areinha.
Supostamente tendo 15 anos, mostrando ousadia, afrontou o aparato polícial do Maranhão, ao tocar o terror logo cedo, invadindo na manhã da ultima quinta-feira 12, a Unidade Escolar Dr. Antônio Jorge Dino, localizada no Bairro de Fátima, em frente à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). 

O acusado que é morador da Vila Sapo no Bairro da Areinha, portava arma de fogo e estava acompanhado de mais dois comparsas durante a ação criminosa. Segundo testemunhas, ele teria tocado o terror na unidade de ensino estadual e fugiu pelos fundos após a chegada da polícia ao local, mas prometendo voltar. 

Foto - Atual7.com
Recentemente, na Rua do Peixe, também no Bairro de Fátima, durante troca de tiros com elementos da facção rival por disputa no controle do tráfico de entorpecentes na região, o acusado e seu bando, na troca de tiros, acabou assassinando a adolescente Ana Paula de Sousa Soares, de 14 anos. Na confusão, outras três pessoas ficaram feridas a tiros. 

Uma semana antes, o menor teria assassinado Joedysson Reis Goulart, de 15 anos, a tiros, na mesma rua. Ele chegou a ser apreendido por homens da Polícia Militar, mas não chegou a passar um mês longe das ruas. A briga entre traficantes da Rua do Peixe e da Vila Sapo é antiga e envolve as facções criminosas do Primeiro Comando do Maranhão (PCM), que comanda a primeira, e o Bonde dos 40, que comanda a segunda.


Continue lendo aqui: São Luís - Oito pessoas baleadas e uma adolescente morta em intenso tiroteio no Bairro de Fátima. http://maranauta.blogspot.com.br/2015/04/sao-luis-oito-pessoas-baleadas-e-uma.html


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Grande Fortaleza registrou uma chacina com 11 vítimas nesta madrugada. Policiais Militares são acusados por parentes das vítimas.

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Em entrevista na manhã de hoje à TV Verdes Mares, familiares de algumas das 11 pessoas assassinadas na madrugada desta terça-feira (12) nos bairros Curió, Lagoa Redonda e São Miguel, acusaram policiais militares “fardados” de invadirem residências e matar as vítimas. 

Já a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) decidiu montar uma força-tarefa para apurar a matança. “Eles invadiram nossas casas, arrastaram as pessoas e mataram com tiros na cabeça. Estavam fardados e não respeitaram nem as crianças que estavam dormindo”, contou uma mulher à Reportagem.  Outra  moradora, uma jovem, informou que sua residência foi atacada por “policiais”, que arrastaram seu sobrinho e o executaram com vários tiros na cabeça.


Em entrevista  à TV, logo após os relatos dos moradores, o chefe do Comando do Policiamento da Capital (CPC), coronel PM Francisco Souto, explicou que todas as informações que  todas as colhidas deverão ser apuradas pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ficará responsável pela investigação das 11 execuções sumárias.

Identificação - Das 11 vítimas mortas entre zero e 3 horas da madrugada desta quinta-feira, apenas quatro corpos haviam chegado à sede da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) até o fim da manhã. 

Três deles não haviam sido identificados. Somente  um foi cadastrado na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), já devidamente qualificado. Tratava-se de Antônio Álisson Inácio Cardoso, cujo corpo foi recolhido por volta de 0h20 na Rua Lucimar de Oliveira, no bairro Curió. No mesmo local, outro cadáver foi encontrado. O duplo assassinato se somou a mais nove execuções.

O terceiro corpo (do sexo masculino) foi encontrado, crivado de balas, por volta de 1h20, na Rua Professor José Artur de Carvalho, também no Curió. E o quarto, por volta de 1h20, na Avenida Professor José Artur de Carvalho, no mesmo bairro, totalizando quatro execuções.

Além deles, mais sete pessoas foram executadas nas horas seguintes. O último assassinato ocorreu já por volta de 3 horas, na esquina das ruas Elza Leite Albuquerque e Joana Soares, no Conjunto São Miguel.

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Foto - http://camocimimparcial.blogspot.com.br/
No “Frotinha” de Messejana, pelo menos, nove pessoas baleadas deram entrada ali durante a madrugada e quatro acabaram falecendo ainda na Emergência. 

Entre os mortos estariam dois adolescentes cujos corpos, juntamente com o de um terceiro rapaz, foram transportados até o hospital na caçamba de uma pick-up. As imagens da chegada dos feridos foram registradas em um vídeo publicado, em primeira-mão, pelo site cearanews7.com.br ainda no começo da manhã desta quinta-feira. 

Quatro delegados estarão no comando das investigações sobre a chacina, com uma equipe de 15 inspetores e escrivães. Por determinação da SSPDS, outros  setores das polícias Civil e Militar vão colaborar nas diligências, como a Unidade Tático Operacional (UTO) da Divisão Antissequestro (DAS), e a Coordenadoria de Inteligência Policial (CIP), órgão integrante do Comando-Geral da PM.

Hipóteses - Pelo menos, três linhas de investigações estão sendo consideradas. Uma delas, suposta vingança pelo assassinado de um traficante, na tarde de ontem, no Anel Viário.  Tratava-se de Lindemberg Vieira Dias, que sofreu uma emboscada e foi executado com mais de 30 tiros de fuzil e pistolas. Ele tinha acabado de sair do Presídio do Carrapicho, em Caucaia. Lindemberg era o chefe de uma das quadrilhas que atuam na Grande Messejana.

A segunda linha,  diz respeito a uma possível retaliação entre dois grupos de traficantes pela prisão, no dia anterior, do traficante de drogas  Carlos Alexandre Alberto da Silva, o “Castor”, capturado com um fuzil e uma pistola de calibre 45 milímetros, numa operação de policiais do 6º DP (Messejana),  em Pacatuba.

Por fim, a terceira linha da apuração, não descarta a hipótese de uma vingança pelo assassinato de um policial militar, ocorrido durante assalto no bairro  Lagoa Redonda, na noite de quarta-feira. O soldado Valtemberg Chaves Serpa, 32, foi baleado e morto ao reagir contra assaltantes que haviam rendido sua esposa, em um Centro de Treinamento de Futebol.

Eleições 2016. STF Suspende a norma que permitia doações anônimas a candidatos. ADI 5394 decisão liminarmente.

Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deferiu pedido de liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5394 para suspender a eficácia de dispositivo da Lei Eleitoral (9.504/1997) que permitia doações ocultas a candidatos. A ação foi ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sob a alegação de que o dispositivo impugnado viola os princípios da transparência, da moralidade e favorece a corrupção, dificultando o rastreamento das doações eleitorais. A regra vale já para as eleições municipais de 2016.
Os ministros decidiram pela suspensão da expressão “sem individualização dos doadores”, constante do parágrafo 12 do artigo 28 da Lei Eleitoral, acrescentado pelo artigo 2º da Lei Federal 13.165/2015, que instituiu as chamadas “doações ocultas”, aquelas em que não é possível identificar o vínculo entre doadores e candidatos. A decisão tem eficácia ex tunc, ou seja, desde a sanção da lei.
Em voto pela concessão da liminar, o relator da ADI 5394, ministro Teori Zavascki, entende não haver justificativa para a manutenção das doações ocultas que retiram transparência do processo eleitoral e dificultam o controle de contas pela Justiça Eleitoral. Para o ministro, a norma impugnada, ao introduzir as doações ocultas, permite que doadores de campanha ocultem ou dissimulem seus interesses em prejuízo do processo eleitoral.
No entendimento do relator, o dispositivo impugnado retira transparência do processo eleitoral, frustra o exercício adequado das funções da Justiça Eleitoral e impede que o eleitor exerça com pleno esclarecimento seus direitos políticos. Esses motivos, além da proximidade do ciclo eleitoral de 2016, salienta, são mais que suficientes para caracterizar a situação de prioridade para o STF deferir a cautelar para suspender a norma.
“Ao determinar que as doações feitas a candidatos por intermédio de partidos sejam registradas sem a identificação dos doadores originários, a norma institui uma metodologia contábil diversionista, estabelecendo uma verdadeira cortina de fumaça sobre as declarações de campanha e positivando um controle de fantasia. Pior, premia um comportamento elusivo dos participantes do processo eleitoral e dos responsáveis pela administração dos gastos de campanha. Isso atenta contra todo um bloco de princípios constitucionais que estão na medula do sistema democrático de representação popular”, ressaltou.
Segundo ele, esses dados possuem valor não apenas após as eleições, na forma de um diagnóstico final da arrecadação e dos gastos realizados, mas especialmente antes de sua realização, quando os eleitores ainda podem alterar sua opção de voto. Em seu entendimento, essas informações são essenciais para habilitar o eleitor a fazer um prognóstico mais realista da confiabilidade das promessas de campanha.
“Afinal, o conhecimento dos nomes dos doadores ilumina conexões políticas facilmente subtraídas do público nos discursos de campanha, denunciando a maior ou menor propensão dos candidatos e partidos a abandonar suas convicções ideológicas em posturas de pragmatismo político questionáveis, como o fisiologismo, que, se conhecidas de antemão, poderiam sofrer a rejeição do eleitorado”, assinalou.
O ministro destacou que a divulgação das informações, além de beneficiar a democracia ao permitir decisão de voto mais informada, possibilita o aperfeiçoamento das políticas legislativas de combate à corrupção eleitoral ajudando a denunciar as fragilidades do modelo e inspirando proposta de correção. Frisou ainda que a transparência é um instrumento fundamental ao acesso à informação, exigível a todas as instâncias da administração pública, mas especialmente na regulamentação das eleições, inclusive por força da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, internalizada pelo Brasil em 2006.
“O retrocesso é bem mais significativo que o desfalque instrumental nas prestações de contas. Na verdade, ele enseja o amesquinhamento das condições ideais para a fruição de uma experiência eleitoral verdadeiramente democrática”, finalizou.
O ministro Marco Aurélio votou pelo deferimento da liminar, porém com eficácia ex nunc (que não retroage) da decisão.
PR/FB

Processos relacionados
ADI 5394