sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Espirito Santo. Soldado do Exército mata jovem com tiro na cabeça, em Cariacica.

Foto - by .

A madrugada desta sexta-feira (10), foi de mais mortes. Em Cariacica, no bairro São João Batista um jovem de 17 ano foi morto, por volta de 01 hora da madrugada, com disparos de fuzil feitos por um soldado do exército. 

Mateus Martins da Silva, 17 anos, morreu com um tiro na cabeça, disparado por um fuzil calibre 762, a cerca de cem metros da sua casa. Ele estava vindo de uma confraternização que acontecia na casa da tia dele, também moradora do bairro.


Segundo moradores do local, um boato trouxe a Polícia Federal para as imediações da Unip (Unidade Provisória de Internação), pois havia informações de uma fuga em massa. Ao constatar que não havia nada acontecendo a PRF se retirou do bairro. Os moradores informaram que, cerca de 20 minutos depois os homens do exército chegaram e se posicionaram em dois pontos da rua.

Mateus que estava a cerca de cem metros de casa, foi atingido com um tiro na cabeça e morreu na hora. Ele não tinha passagem pela justiça. 

"O exército não veio para ajudar, veio pra derrubar", desabafou a mãe do jovem morto.

"Quando eles viram que eram jovem de família, jovem de bem saíram correndo e deixaram meu filho ali morto", finaliza.

Por meio de nota, o exército afirmou que foi atender uma ocorrência e que foi confrontado com tiros. E que ao revidar matou o confrontante.

Relembrando, há cinco anos ocorria a desocupação do Pinheirinho. Ação executada sem planejamento custou R$ 170 mi aos cofres públicos, mais que as casas do novo bairro.

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Foto - http://www.viomundo.com.br
“Pinheirinho, cinco anos: custos da desocupação e a construção de novas casas e de sonhos.
Vereador Wagner Balieiro (PT) lembra do episódio que marcou a história de São José dos Campos.
da assessoria do vereador
No retorno das sessões legislativas, no dia 2 de fevereiro, o vereador Wagner Balieiro (PT) aproveitou para lembrar dos cinco anos de um episódio que marcou a história de São José dos Campos: a desocupação do Pinheirinho.
Na apresentação, Wagner Balieiro (PT) apontou os gastos do município com a desocupação da área e com o abrigo provisório para manter as cerca de 2 mil famílias que viviam no Pinheirinho. Somados à dívida com impostos do terreno, de propriedade do investidor Naji Nahas, esses custos são superiores ao que foi investido na construção de casas para essas famílias.
O cálculo foi feito com base em documentos obtidos no Portal da Transparência da prefeitura, notas fiscais, contratos e ações judiciais. Considerando o período de 2012, ano da desocupação, até 2016 – quando foram entregues as casas do conjunto habitacional aos ex-moradores do Pinheirinho –, o custo foi de quase R$ 70 milhões. Quando se considera o valor dos débitos com impostos no terreno, não quitados até hoje, o custo salta para R$ 171,5 milhões.
Para se ter ideia, somente com aluguel social, foram gastos mais de R$ 53,1 milhões, de 2012 a 2016. Com colchões, água, marmita, entre outros itens usados no abrigo provisório, o custo foi superior a R$ 2,8 milhões. Já a retirada dos cachorros que viviam no local mais a colocação em abrigo, canil e a ração os gastos ultrapassaram R$ 350 mil. O custo por animal foi de R$ 1.473,11, considerando os 239 cachorros resgatados.
Incoerência — Já a construção das casas no conjunto habitacional Pinheirinho dos Palmares, fruto de uma parceria entre prefeitura, governo estadual e governo federal, e a infraestrutura do local tiveram um investimento de R$ 134,7 milhões.
“Analisando o custo da desocupação sem uma política habitacional para resolver a situação dos ex-moradores do Pinheirinho, é possível verificar incoerências, como o gasto com aluguel social e com o abrigo de cachorro”, disse o vereador.
Histórico — A desocupação do Pinheirinho, que virou notícia no Brasil e no mundo, ocorreu em 22 de janeiro de 2012. O episódio ficou marcado pela ação violenta da Polícia Militar, que usou um aparato envolvendo helicóptero, centenas de homens armados, cães e bombas de efeito moral. As famílias que viviam no local mal tiveram tempo de retirar seus pertences. Na derrubada dos barracos, muitos perderam móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos e até mesmo artigos pessoais que faziam parte de sua história, como documentos e fotos.
“Até hoje o terreno continua sem qualquer uso, o que amplia a percepção de que o único interesse na área é a especulação imobiliária. Além disso, nada aconteceu a quem deve milhões em impostos, enquanto as pessoas que lá viviam sofreram os efeitos físicos e psicológicos de uma desocupação truculenta”, afirmou Wagner Balieiro.

Maranhão. Demanda por benefícios de presos cresce 240% em 2016.

A unidade de Fiscalização e Monitoramento do Sistema Carcerário (UMF) do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) possui sistema que permite a qualquer interessado cadastrar solicitações ou denúncias referentes ao sistema carcerário estadual. Trata-se do SisUMF, ferramenta digital lançada em 2014 que já processou 2.360 demandas, com um crescimento anual de 240%.
No ano passado, foram registradas 1.560 solicitações, a maior parte referente a regularização de guia de execução, encaminhamento de apenados para emissão de documentos e informação processual à família dos apenados.
O sistema auxilia o trabalho da Unidade, onde partes de processo, familiares, advogados, assistentes sociais ou mesmo juízes podem cadastrar solicitações envolvendo apenados, como pedido para emissão de documentos, inclusão em curso de qualificação profissional, dados processuais, inspeções, regularização de guia de internação, vagas de trabalho no programa Começar de Novo.
Para o coordenador da UMF, desembargador Froz Sobrinho, o número de demandas ainda é baixo, o que se deve ao desconhecimento da ferramenta pelos operadores e familiares dos apenados do Sistema Carcerário. “A utilização do sistema pode melhorar a comunicação com o público externo, facilitando o acesso à Justiça e promovendo a cidadania”, avalia o magistrado.
O SisUMF está disponível no Portal do Poder Judiciário do Maranhão, na seção “Cidadão”, no link do “Monitoramento Carcerário”.
Fonte: TJMA

TSE absolve Lula e PT de uso ilegal de bem público na eleição de 2010.

foto - Jornal GGN.
Para condenar um político por uso indevido de bem público em eleição, é preciso demonstrar de forma inequívoca que ele agiu com o intuito de se beneficiar e influenciar os eleitores. Com base nesse entendimento, o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou, na sessão plenária desta quinta-feira (9/2), uma representação do Ministério Público Eleitoral contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT referente às eleições de 2010.
Para o MPE, Lula utilizou bem público de forma irregular, o que é proibido pelo artigo 73, inciso I, da Lei das Eleições (Lei 9.504/97).Na ocasião, o MPE apontou propaganda irregular do então presidente em favor da candidata do partido ao cargo, Dilma Rousseff, caracterizando “conduta vedada a agente público”. No dia 24 de agosto daquele ano, meses antes da eleição, foi divulgado um vídeo em que Lula utiliza as dependências do Palácio da Alvorada para enaltecer Dilma.
O julgamento desta quinta finalizou uma discussão que havia começado em dezembro 2015, quando a ministra Maria Thereza, relatora do caso, votou pela improcedência da ação. A ministra não compõe mais o TSE.
Em outubro de 2016, o ministro Gilmar Mendes apresentou voto-vista e argumentou que a propaganda veiculada na residência oficial do presidente da República em benefício da candidata de seu partido feriu o artigo 73, inciso I, que veda a utilização de bem público da administração direta da União em benefício de candidato, ficando os agentes sujeitos a multa ou cassação de registro.
O presidente do TSE destacou a veiculação de tal vídeo “em propaganda eleitoral gratuita na televisão, veículo de grande alcance midiático, utilizando-se de forma propositada de um bem público como se particular fosse”. Assim, votou por aplicar uma multa de 20 mil unidades fiscais de referenciam (Ufirs).
O voto de Gilmar Mendes foi acompanhado pelo ministro Henrique Neves, que ponderou que “a conduta vedada ocorreu, uma vez que houve a filmagem dentro do Palácio com a divulgação da propaganda”. O único ponto divergente no voto do ministro Henrique Neves foi no sentido de reduzir a multa para 5 mil Ufirs.
No entanto, a maioria formada pelos ministros Herman Benjamin, Luiz Fux e Rosa Weber acompanhou o voto da relatora, decidindo pela improcedência da ação.
O principal argumento da ministra Maria Thereza na ocasião do julgamento foi o de que “qualquer raciocínio a ser desenvolvido no esforço de contextualizar a imagem do presidente da República na residência oficial, utilizada na propaganda eleitoral, para fins de fazer incidir a vedação legal, é fruto de subjetivismo, uma vez que seria necessária a demonstração inequívoca da utilização do bem público”.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TSE.

Maranhão. Ministério Público Federal denuncia o ex-prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira e ex-secretário de Saúde Mamede Vieira Magalhães por dispensa indevida de licitação.



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Mais de R$ 145 mil em aquisições de serviços foram gastos com recursos da saúde.
O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) ofereceu, em dezembro de 2016, denúncia contra o então prefeito de Imperatriz, Sebastião Torres Madeira, e secretário de Saúde do município, Mamede Vieira Magalhães, por dispensa indevida de licitação. 
Segundo apuração na Tomada de Contas Anual de Gestores dos Fundos Municipais, realizada pelo Tribunal de Contas do Maranhão, durante o ano de 2009, os acusados autorizaram a realização de despesas sem o prévio procedimento licitatório ou de dispensa por inexigibilidade. Ao todo, foram gastos mais de R$ 145 mil de recursos do Fundo Municipal de Saúde. Entre os produtos e serviços pagos, estão a compra de peças e acessórios automotivos, como motor diesel, além de serviços de informática, transporte e frigorífico. 

De acordo com o procurador regional da República Elton Ghersel, os denunciados agiram de forma livre e consciente sem observar as formalidades necessárias para as aquisições. “Houve dano ao erário, decorrente da não realização de processo licitatório, que poderia ter selecionado proposta mais vantajosa para a administração”, enfatiza.

Como o mandato de Madeiro encerrou-se no final de dezembro, ele perde o foro privilegiado perante o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Tanto o ex-prefeito quanto o ex-secretário foram incursos nas sanções do artigo 89 da Lei 8.666/93. Se condenados, eles poderão cumprir pena de três a cinco anos de detenção, mais multa. 

TRF1/DF-0073819-43.2016.4.01.0000-PIMP

Assessoria de Comunicação Social - Ministério Público Federal
Procuradoria Regional da República - 1ª Região - Tel.: (61) 3317-4583
No twitter: mpf_prr1


Governo do Espírito Santo indicia 703 policiais militares por revolta.

Vitória (ES) - Mulheres e familiares de policiais continuam acampadas na porta dos Batalhões da Polícia Militar (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Mulheres e familiares de policiais acampam na porta dos batalhões da Polícia Militar Tânia Rêgo/Agência Brasil

Ana Cristina Campos – Enviada especial da Agência Brasil.

A Polícia Militar do Espírito Santo indiciou 703 policiais militares (PMs) pelo crime de revolta. Se condenados, a pena é de 8 a 20 anos de detenção em presídio militar e a expulsão da corporação. Esses policiais tiveram o ponto cortado desde sábado (4) e não vão receber salário. O secretário de Segurança Pública, André Garcia, informou que eles foram indiciados pelo crime militar de revolta por estarem armados e aquartelados nos batalhões.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, disse que o número de indiciamentos “com certeza” irá aumentar muito. Segundo ele, o Comando da Polícia Militar identificou que os homens que estão participando do movimento grevista são os que têm menos tempo de serviço na corporação.

“Esse movimento é realizado pelos praças [soldado, cabo, sargento e subtenente]. Não é um movimento dos oficiais”, afirmou o comandante-geral, em entrevista à imprensa na sede da Secretaria de Segurança Pública. “Nossa tropa escolheu a forma errada [de negociação]. Não se negocia com a arma na cabeça.”

O secretário de Segurança também afirmou que o governo está identificando, por meio de imagens, as mulheres e os parentes dos policiais que estão participando das manifestações e bloqueiam a entrada dos quartéis para evitar a saída das viaturas. O objetivo é responsabilizar civilmente essas pessoas. A relação dos parentes que estão à frente do movimento será encaminhada para o Ministério Público Federal.

“Essas pessoas vão pagar os custos da mobilização das tropas federais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. O recado está dado para os familiares. Não vão sair isentos desse processo”, disse Garcia.

O secretário de Segurança Pública disse que as tropas das Forças Armadas e da Força Nacional não serão mobilizadas em um primeiro momento para retirar as mulheres que bloqueiam a entrada dos batalhões, mas não descartou essa possibilidade.

A cúpula da segurança pública anunciou as ações que serão tomadas após reunião de negociação com o movimento grevista da Polícia Militar. O encontro entre os secretários do governo do Espírito Santo e representantes das mulheres e das associações de classe dos policiais militares terminou sem acordo no início da madrugada desta quarta-feira após dez horas de reunião. 

Desde segunda-feira (6), o patrulhamento no estado tem sido feito pelas Forças Armadas e pela Força Nacional. O Ministério da Defesa anunciou ontem (9) o reforço na segurança em todo o estado. 

O comandante da força-tarefa da Operação Capixaba, general Adilson Katibe, disse que, até o fim de semana, o número total de militares deve chegar a 3 mil homens. A força-tarefa conta atualmente com 1.783 homens, sendo 1 mil do Exército, 373 da Marinha, 110 da Força Aérea e 300 da Força Nacional.

Edição: Lílian Beraldo.

Policiamento transcorre sem problemas hoje no Rio de Janeiro.

Douglas Corrêa (*) - Repórter da Agência Brasil
O policiamento está normal hoje (10) no Rio de Janeiro, apesar de informações transmitidas pelas redes sociais nos últimos dias anunciando que a Polícia Militar faria uma paralisação nesta sexta-feira (10), com os militares ficando nos quartéis, a exemplo do que ocorre há quase uma semana em Vitória.

Na capital do Espírito Santo, parentes de militares impedem a saída das equipes de policiais para o patrulhamento de rotina.

Nas quase 100 unidades operacionais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, o policiamento transcorre sem problemas. O batalhão de Volta Redonda, no Médio Paraíba, é que teve o maior número de familiares de policiais na porta de entrada da unidade, mas sem impedir a saída dos carros para o patrulhamento na cidade.

Em outras unidades na capital fluminense, o número de parentes é reduzido e ninguém tentou impedir a saída das equipes para o patrulhamento de rotina.

Como medida de prevenção e conscientização da tropa, todos os comandantes das unidades da Polícia Militar permaneceram nas unidades operacionais de ontem para hoje com a finalidade de explicar aos comandados a importância da tropa nas ruas.

Em nota, a Polícia Militar informou que “a manifestação de esposas e parentes de policiais militares que acontece em algumas unidades da PM segue pacífica. O patrulhamento está normal em todo o estado”.

O Comando-Geral da PM informou ontem (9), por meio de sua assessoria de imprensa, que “tem mantido diálogo com a tropa sobre as graves consequências que envolvem uma paralisação”.

De acordo com a PM, os comandantes de unidades estão procurando conscientizar seus policiais sobre “os males incalculáveis e irreparáveis que a ausência do serviço essencial prestado pela instituição causaria à população, incluindo suas próprias famílias”.


PM faz apelo usando redes sociais
O porta-voz da corporação, major Ivan Blaz, gravou um vídeo na página oficial da PM nas redes sociais, fazendo um apelo para que a saída dos militares dos batalhões não fosse impedida por parentes dos policiais. Ele cita que mais de 100 pessoas morreram no Espírito Santo desde o último sábado (4), quando os PMs daquele estado deixaram de patrulhar as ruas.

“Família policial militar, estamos cientes das manifestações a serem realizadas diante de nossas unidades. Mas é fundamental que não esqueçamos o que está acontecendo no nosso estado vizinho. No Espírito Santo, em poucos dias, mais de 100 pessoas foram mortas, incluindo policiais e seus familiares”, disse o oficial.

Blaz diz também que reconhece a situação difícil para a tropa, por conta da crise financeira no estado.

“Sabemos que a nossa situação é difícil e complexa, mas não podemos permitir de forma alguma que esse cenário de barbárie chegue às nossas casas, chegue às nossas famílias. Todos estão percebendo o clamor público para que continuemos atuantes. Senhores, isso mostra a nossa importância. Mas impedir que o policiamento ganhe às ruas é lançar à própria sorte não só a sociedade como um todo, como também os nossos familiares”, explicou.

Transportes têm dia normal
A cidade do Rio de Janeiro continua com a rotina normal. Os transportes públicos, como barcas, trens e metrô, funcionam sem problemas nesta sexta-feira.

Os ônibus urbanos e intermunicipais também circulam normalmente pelos bairros do Rio, Baixada Fluminense e interior do estado.
(*) Colaborou a repórter Alana Granda
Edição: Kleber Sampaio


LEIA MAIS: 
1 - Brasil: Polícia Militar usa armas de fogo (munição letal) contra manifestantes durante protesto no Rio de Janeiro. http://maranauta.blogspot.com.br/2017/ 02/brasil-policia-militar-usa-armas-de.html