quarta-feira, 5 de março de 2014

Brasil - Cheia do Rio Madeira. Mais hortifrutigranjeiros chegam ao Acre com auxílio da FAB.

Por Rayele Barbosa em 04/03/2014.

O governo do Estado do Acre tem buscado estratégias imediatas para garantir que os produtos alimentícios não faltem como consequência do transbordamento do Rio Madeira. Nesta terça-feira, 4, mais 72 toneladas de hortifrutigranjeiros chegam a Rio Branco em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).

72 ton. de perecíveis serão descarregadas em Rio Branco (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Ao todo, seis voos estão previstos para fazer o transporte da carga de perecíveis trazidos de Porto Velho. Essa mediação da FAB assegura o abastecimento dos produtos às empresas fornecedoras para os próximos dias.
A primeira aeronave já fez o descarregamento no Aeroporto Internacional de Rio Branco na tarde de hoje e os próximos voos devem ser feitos até o final do dia.
O Rio Madeira se mantém em situação de transbordamento, com a marca de 18,74 metros e como medida de segurança o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes  (DNIT) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF/RO) mantiveram a estrada interditada por tempo indeterminado.

Estados Unidos e União Européia estão por detrás de preparação de golpe de Estado na Ucrânia

EUA e UE estão por detrás de preparação de golpe de Estado na Ucrânia
Foto: Flickr.com/openDemocracy/cc-by-sa 3.0

Os EUA e a UE vinham preparando o o chamado Euromaidan (movimento pró-europeu) na capital da Ucrânia ao longo de vários anos, segundo revelou ao canal internacional Press TV Scott Rickard, ex-oficial de inteligência dos EUA.

De acordo com ele, os gastos diretos do governo dos EUA para com os protestos em Kiev ultrapassam 5 bilhões de dólares. 

Entre os principais patrocinadores do golpe de Estado na Ucrânia, o ex-oficial da CIA apontou Pierre Omidyar, fundador do site de leilões online eBay, e George Soros, bilionário e especulador bolsista norte-americano.

Para Rickard, os acontecimentos ucranianos têm raízes econômicas e geopolíticas. 

O Ocidente tentou puxar a Ucrânia, bem como outras antigas repúblicas soviéticas, para a OTAN.

Leia Mais: UCRÂNIA - E.U.A. e dono do eBay financiaram oposição ucraniana, indicam documentos.  http://maranauta.blogspot.com.br/2014/03/ucrania-eua-e-dono-do-ebay-financiaram.html

Coreia do Norte - Trinta e Três Pastores serão executados por atividades Missionária.

Mais de 30 norte-coreanos serão executados por atividade missionária
Foto: Voz da Rússia.

terça-feira, 4 de março de 2014

UCRÂNIA - E.U.A. e dono do eBay financiaram oposição ucraniana, indicam documentos.

Pierre Omidyar é dono do site de comércio eletrônico eBay e financiador do blog de jornalismo independente 'The Intercept'


Documentos vazados pelo site de notícias PandoDaily mostram como o governo dos Estados Unidos e Pierre Omidyar, dono do eBay e do site jornalístico The Intercept, ajudaram a financiar os oposicionistas ucranianos. O governo dos EUA doou dinheiro aos ucranianos por meio da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional). Já a outra parte do dinheiro veio do bilionário norte-americano, que já trabalhou com o governo dos EUA.

Reprodução/PandoDaily
Um dos documentos obtidos pelo site de notícias PandoDaily que demonstraria envolvimento de Omidyar com opositores ucranianos

Pierre Omidyar é dono do site de comércio eletrônico eBay e financiador do blog de jornalismo independente The Intercept, editado pelo jornalista Glen Greenwald. Greenwald foi o repórter responsável por vazar os documentos obtidos por Edward Snowden sobre a espionagem feita pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA).


Ou seja, numa reviravolta, Omydiar passa de financiador de projetos para desmacarar governos a apoiador de iniciativas políticas capazes de causar instabilidade numa região do globo. De modo algum os documentos vazados pelo PandoDaily atestam um golpe de Estado apoiado pelos EUA, mas como o financiamento externo impulsionou muitos dos grupos envolvidos na derrubada do presidente Viktor Yanukovych.
Além disso, não pode ser desprezado da direita neo-nazista ucraniana na crise. Mas muito do poder político envolvido no processo está nas mãos de políticos pró-União Europeia, como Oleh Rybachuk. Ribachuk era o braço direito de Viktor Yuschenko, líder da chamada Revolução Laranja - movimento contra fraudes eleitorais e corrupção ocorrido em 2004.




Em dezembro, o jornal britânico Financial Times mostrou como a New Citizen, ONG fundada por Rybachuk desempenhou importante papel nas manifestações contra o governo de Yanukovych. Além da New Citizen, outras ONGs como a Centre UA, Chesno e Stop Censorship alvejaram aliados de Yanukovych em campanhas no interior do país antes de desembocar nos massivos protestos na capital Kiev.

A articulação dessas ONGs foi tão forte ao ponto do governo ser acusado de “jogo sujo” para impedir os protestos, segundo reportagem do jornal Kyiv Post. Essas organizações tiveram força - e isso significa dinheiro, sublinha a reportagem do PandoDaily – para resistir aos ataques do governo. Qual é a fonte desse dinheiro?

Cerca de US$ 180 mil, 36% do orçamento de 2012 da Centre UA vieram da Omidyar Network, empresa de Pierre Omidyar. Outros US$ 220 mil do orçamento de 2012 da Centre UA vieram da USAID. Ou seja, 90% dos recursos utilizados por uma das principais forças oposicionistas ucranianas vieram dos EUA. Já em 2011, Omidyar doou US$ 335 mil para a New Citizen, a ONG liderada por Rybachuk.

Omidyar sempre falou com orgulho sobre a New Citizen: “usando mídia e tecnologia, a New Citizen coordena esforços de membros da sociedade civil preocupados com o país, aumentando suas possibilidades de moldar e definir políticas públicas”, diz o texto no site da ONG. “Com apoio da Omidyar Network, a New Citizen vai aumentar seus esforços em trazer mais transparência e engajar cidadãos em assuntos importantes para eles”.

Rybachuk segue um roteiro comum nas ex-repúblicas soviéticas: de bem-relacionado com a KGB (serviço secreto da antiga URSS) a lobista pró-neoliberalismo nas repúblicas independentes

Ele chefiou o departamento de relações internacionais do Banco Central da Ucrânia sob as ordens de Yuschenko. No governo, Rybachuk comandou aprivatização das estatais ucranianas. Nesse período, o futuro líder de ONG estabeleceria contatos com governos ocidentais e instituições de ajuda financeira internacionais. Na época, um dos doadores para ONGs na Ásia Central era o investidor George Soros.

Logo, se instalou um conflito de interesses para Omidyar: ao mesmo tempo que trabalha ao lado do governo dos EUA para derrubar governos estrangeiros e financiar a queda de um regime democraticamente eleito, o empresário investe em um grupo de jornalistas independentes para investigar as ações do governo dos EUA dentro e fora do território ianque. No mínimo, contraditório.

Ao contratar Greenwald e outros jornalistas independentes, Omidyar ganhou elogios e nenhum criticismo por parte da imprensa, de acordo com o DailyPando. A história sobre o financiamento da oposição ucraniana foi levantada por Marcy Wheel, uma das estrelas do jornalismo investigativo contratadas por Omidyar. No Twitter, Marcy perguntou quem estaria financiando a segunda revolução laranja na Ucrânia. A ironia foi ela descobrir que um dos patronos da insurgência era seu próprio chefe.

Orçamento da ONG Chesno (Honestamente) para 2012 (PDF), mostrando ajuda da USAID e da Omidyar Network.


Rio de Janeiro - Dois policiais são feridos na Rocinha após confronto com traficantes.

Foto: http://portuguese.ruvr.ru

Um confronto entre policiais da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha e traficantes terminou com dois PMs feridos na madrugada desta terça-feira (04).

Segundo a assessoria de imprensa da UPP, durante uma patrulha na estrada da Gávea, por volta das 4h, uma equipe de policiais se deparou com homens armados. Houve troca de tiros e um policial foi atingido no abdômen e outro, de raspão no braço.

O policial atingido no abdômen foi socorrido no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e transferido, no final da manhã desta terça-feira, para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM).

Ele passa bem e seu estado de saúde é estável. O outro foi socorrido e liberado em seguida. 

Durante a troca de tiros, um transformador de energia foi atingido, deixando parte da favela sem luz.

Houve protestos de moradores na parte baixa da favela e estabelecimentos comerciais foram depredados. A Autoestrada Lagoa-Barra, que passa em frente à comunidade chegou a ser fechada.

O Batalhão de Choque e o Bope foram deslocados para a comunidade no final da madrugada. Ninguém foi preso.

-- Folha Online


Ucrânia: o plano mais idiota de Obama

Aliar-se com os neonazistas na Ucrânia: de todos os planos idiotas que Washington elaborou nos últimos dois anos, este é o mais idiota de todos.


Mike Whitney - CounterPunch

“Washington e Bruxelas apoiaram um golpe nazista, realizado por insurgentes, terroristas e políticos da ultradireita europeia para atender aos interesses geopolíticos do Ocidente"


Natalia Vitrenko , do Partido Socialista Progressista da Ucrânia


Como você provavelmente já sabe, Obama e companhia ajudaram a depor o presidente democraticamente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovych, com a ajuda de ultra-direita, paramilitares, gangues neonazistas que invadiram e queimaram escritórios do governo, mataram soldados da tropa de choque, e espalharam o caos e terror em todo o país. Estes são os novos aliados dos Estados Unidos no grande jogo para estabelecer uma cabeça de ponte na Ásia, empurrando os russos mais para o leste, derrubando governos eleitos, garantindo corredores de oleodutos e gasodutos vitais, acessando escassas reservas de petróleo e gás natural e trabalhando pela desmontagem da Federação Russa, segundo a estratégia geopolítica proposta por Zbigniew Brzezinski.

A grande obra de Brzezinski, “The Grand Chessboard: American Primacy and it’s Geostrategic Imperatives”(O Grande Tabuleiro de Xadrez: a Primazia Americana e seus Imperativos Geoestratégicos), tornou-se o Mein Kampf de aspirantes imperialistas ocidentais. O livro fornece a estrutura básica para o estabelecimento da hegemonia militar, política e econômica dos EUA na região mais promissora e próspera do século, na Ásia. Em um artigo publicado na Foreign Affairs, Brzezinski apresentou suas idéias sobre como neutralizar a Rússia, dividindo o país em partes menores e permitindo, assim, que os EUA mantenham seu papel dominante na região, sem ameaças, desafios ou interferências. Aqui está um trecho do artigo:

"Dado o tamanho (da Rússia) e sua diversidade, um sistema político descentralizado e uma economia de livre mercado seriam a mais provável via para desencadear o potencial criativo do povo russo e (explorar) os vastos recursos naturais da Rússia. Uma Rússia vagamente confederada - composta por uma Rússia européia, uma república da Sibéria, e uma república do Extremo Oriente - também tornaria mais fácil cultivar relações econômicas mais estreitas com seus vizinhos. 

Cada um dessas regiões confederadas seria capaz de explorar o seu potencial criativo local, sufocado por séculos de controle da mão burocrática pesada de Moscou. Além disso, a Rússia descentralizada seria menos suscetível a uma mobilização de tipo imperial”. (Zbigniew Brzezinski , "A Geoestratégia para a Eurasia ")

Moscou, é claro, está ciente dessa estratégia de dividir e conquistar de Washington, mas minimizou a questão, a fim de evitar um confronto. O golpe de Estado apoiado pelos EUA na Ucrânia significa que essa opção não é mais viável. A Rússia terá de responder a uma provocação que ameaça tanto a sua segurança como seus interesses vitais na região. Os primeiros informes indicam que Putin já mobilizou tropas para a região e, segundo a Reuters, colocou caças ao longo de suas fronteiras ocidentais em alerta de combate:

"Os Estados Unidos dizem que qualquer ação militar russa seria um erro grave. Mas o Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse em um comunicado que Moscou  defenderá os direitos de seus compatriotas e reagirá a qualquer violação desses direitos."(Reuters)

Não vai ser um confronto, é só uma questão de saber se a luta terá uma escalada ou não.

A fim de derrubar Yanukovych, os EUA apoiaram tacitamente grupos fanáticos de bandidos neonazistas e antissemitas. E, apesar do presidente interino ucraniano, Oleksander Tuchynov, ter se comprometido a “fazer tudo ao seu alcance” para proteger a comunidade judaica do país, os informes não são animadores. Aqui está um trecho de uma declaração de Natalia Vitrenko, do Partido Socialista Progressista da Ucrânia que sugere que a situação é muito pior do que a que está sendo relatada na mídia:

"Por todo o país, pessoas estão sendo espancadas e apedrejadas, enquanto os membros “indesejáveis” do Parlamento da Ucrânia estão sofrendo intimidação em massa. As autoridades locais vêem suas famílias e crianças sendo alvo de ameaças de morte caso não apoiem a instalação deste novo poder político. 

As novas autoridades ucranianas estão maciçamente queimando os escritórios de partidos políticos adversários, e anunciaram publicamente a ameaça de processo criminal e proibição de partidos políticos e organizações públicas que não compartilham a ideologia e os objetivos do novo regime." (“EUA e UE estão erguendo um regime nazista em território ucraniano" , Natalia Vitrenko )

Na semana passada, o jornal israelense Haaretz relatou que uma sinagoga ucraniana havia sido atacada com coquetéis molotov que “atingiram paredes de pedra exteriores da sinagoga e causaram poucos danos".

Outro artigo no Haaretz referiu-se ao que chamou de  “novo dilema para os judeus na Ucrânia" . Aqui está um trecho do artigo :

"A maior preocupação agora não é o aumento nos incidentes antissemitas, mas a grande presença de movimentos ultra-nacionalistas, especialmente a proeminência de membros do partido Svoboda e do Pravy Sektor entre os manifestantes . Muitos deles estão chamando seus adversários políticos de "zhids" (termo racista para designar os judeus) e portam bandeiras com símbolos neonazistas. Há também relatos, a partir de fontes confiáveis, de que esses movimentos estão distribuindo edições recém- traduzidas de “Mein Kampf” e dos “Protocolos dos Sábios de Sião”, na Praça da Independência. " ("Antissemitismo, embora uma ameaça real, está sendo usado pelo Kremlin como um jogo político", Haaretz)

Outro relato, feito pelo Dr. Inna Rogatchi em Arutz Sheva:

"Não há nenhum segredo sobre a agenda política real e os programas dos partidos ultra- nacionalistas na Ucrânia. Não há nada perto de valores e objetivos europeus lá. Basta ler os documentos existentes e ouvir o que os representantes desses partidos proclamam diariamente. Eles são fortemente anti-europeu e altamente racistas. Eles não têm nada a ver com os valores e práticas do mundo civilizado”.

“O judaísmo ucraniano está enfrentando uma ameaça real e séria. Fortalecer os movimentos abertamente neonazistas na Europa e ignorar a ameaça que eles representam é um negócio totalmente arriscado. As pessoas poderão ter que pagar um preço terrível - mais uma vez – por causa da fraqueza e da indiferença de seus líderes. A Ucrânia, hoje, tornou-se um case trágico para toda a Europa no que diz respeito à reprodução e autorização para o discurso do ódio tornar-se uma força violenta e incontrolável. É imperativo lidar com a situação no país, de acordo com a lei e as normas da civilização internacional existente." ("Chá com neonazistas: O nacionalismo violento na Ucrânia" , Arutz Sheva)

Aqui está um pouco mais sobre o tema, um texto do analista Stephen Lendmen, publicado dia 25 de fevereiro ("New York Times: apoiando a ilegalidade imperial dos EUA"):

"Washington apoia abertamente o líder fascista do partido Svoboda, Oleh Tyahnybok. Em 2004, Tyahnybok foi expulso da facção parlamentar do ex-presidente Viktor Yushchenko. Ele foi condenado por conclamar os ucranianos a lutar contra o que chamou de máfia moscovita-judaica."

“Em 2005, ele denunciou "atividades criminosas " do "judaísmo organizado”. Ele alegou escandalosamente que os judeus eles planejavam um "genocídio" contra os ucranianos" (...)

“O extremismo de Tyahnybok não impediu a secretária de Estado adjunta para Assuntos Europeus e da Eurásia, Victoria Nuland, a se reunir abertamente com ele e com outros líderes anti-governamentais no dia 6 de fevereiro”.(...)

“No início de janeiro, cerca de 15 mil ultranacionalistas realizaram uma marcha com tochas em Kiev. Eles fizeram isso para homenagear Stepan Bandera, assassino e colaborador da era nazista. 

Alguns usavam uniformes de uma divisão da Wehrmacht ucraniana usados na Segunda Guerra Mundial. Outros gritavam " Ucrânia acima de tudo" e " Bandera, venha e traga a ordem. " (blog de Steve Lendman)

A mídia dos EUA minimizou os elementos fascistas, neonazistas e de "pureza étnica" do golpe de Estado ucraniano , a fim de se concentrar no que eles pensam - são "temas mais positivos", como a derrubada das estátuas de Lenin ou a proibição de membros do Partido Comunista de participar no Parlamento . Na avaliação da mídia, estes são todos sinais de progresso.

A Ucrânia está sucumbindo gradualmente para o abraço amoroso da Nova Ordem Mundial, onde vai servir como mais uma fonte de lucro na roda de Wall Street. Essa é a tese, pelo menos. Não ocorreu aos editorialistas do New York Times ou do Washington Post que a Ucrânia está despencando rapidamente para uma situação do tipo “Mad Max” (o filme), uma anarquia que poderia transbordar suas fronteiras para os países vizinhos, provocando incêndios violentos, agitação social, instabilidade regional ou - deus nos livre- uma terceira guerra mundial. 

Eles só parecem ver movimentos dourados, como se tudo estivesse indo conforme o planejado. Todos, da Eurásia ao Oriente Médio, estão sendo pacificados e integrados em um governo mundial supervisionado pelo Executivo unitário, onde as empresas e instituições financeiras controlam as alavancas do poder por trás das telas divisórias imperiais. O que poderia dar errado?

Naturalmente, a Rússia está preocupada com a evolução da situação na Ucrânia, mas não tem certeza de como reagir. Veja o que disse o primeiro ministro Dmitry Medvedev dias atrás:

"Nós não entendemos o que está acontecendo lá. A ameaça real para os nossos interesses (existe) e tambén para a vida e a saúde dos nossos cidadãos. Estritamente falando, hoje não há ninguém lá para se conversar. Se você acha que as pessoas usando máscaras pretas e agitando Kalashnikovs representam um governo, então será difícil para nós trabalhar com esse governo."

Claramente, o governo de Moscou está preocupado. Ninguém espera que a única superpotência do mundo se comporte dessa forma irracional em todo o planeta, alimentando a criação de um Estado falido após o outro, fomentando revoltas, criando ódio e espalhando miséria por onde passa. No momento, a equipe de Obama está trabalhando a todo vapor tentando derrubar regimes na Síria, Venezuela, Ucrânia e deus sabe onde mais. Ao mesmo tempo, as operações no Afeganistão falharam, Iraque e Líbia estão sendo governados por senhores da guerra regionais e milícias armadas. Medvedev tem todo o direito de estar preocupado.

Quem não estaria? Os EUA têm saído dos trilhos, de um modo completamente louco. A arquitetura para a segurança mundial entrou em colapso, enquanto os princípios básicos do direito internacional foram alijados. 

O rolo compressor furioso dos EUA dá guinadas de um confronto violento para o outro, de um modo irracional, destruindo tudo em seu caminho, forçando milhões de pessoas a fugir de seus próprios países, e empurrando o mundo para mais perto do abismo. Isso não é motivo suficiente para se preocupar?

Agora Obama está se aliando com os nazistas. É apenas a cereja no topo do bolo.

Confira esta sinopse do mais recente texto de Max Blumenthal, intitulado "Os EUA estão trazendo os neonazistas na Ucrânia?":

"O Setor Direito (Right Sector) é um sindicato sombrio de auto-denominados nacionalistas autônomos, identificados pelo seu estilo skinhead de vestir, com um estilo de vida ascético, e fascínio pela violência nas ruas. Armados com escudos, os membros desse grupo têm ocupado as linhas de frente das batalhas, enchendo o ar com seu slogan favorito: "Ucrânia acima de tudo!" Em um recente vídeo de propaganda, o grupo prometeu lutar "contra a degeneração e o liberalismo totalitário , pela moralidade e pelos valores familiares tradicionais nacionais “.

Com o partido Svoboda ligado a uma constelação de partidos neofascistas internacionais através da Aliança dos Movimentos Nacionais Europeus, o Setor Direito promete levar seu exército de jovens desiludidos sem rumo para "uma grande Reconquista Europeia. ("Is the U.S. Backing Neo-Nazis in Ukraine? Exposing troubling ties in the U.S. to overt Nazi and fascist protesters in Ukraine”, Max Blumenthal, AlterNet).

Veja abaixo um vídeo de propaganda do Setor Direito:


"Valores familiares"? Onde já ouvimos isso antes?

É claro que Obama e seus assessores acham que têm controle sobre tudo isso e podem domar este covil de víboras para seguir as diretrizes de Washington, mas na minha opinião isso soa como uma má aposta. Estamos falando de neonazistas hard-core aqui. 

Eles não serão comprados, cooptados ou intimidados. Eles têm uma agenda e pretendem executá-la até o seu último suspiro.

De todos os planos idiotas que Washington elaborou nos últimos dois anos, este é o mais idiota de todos.

Tradução:Louise Antonia León.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Altamiro Borges: Sheherazade convoca para Marcha com gente que prega golpe para destituir Dilma Rousseff


publicado em 3 de março de 2014 às 14:09

Sheherazade convoca “Marcha da Família” -  Por Altamiro Borges, em seu blog.

Saiu neste sábado (1) na coluna de fofocas de Felipe Patury, da revista Época: “No próximo dia 22, em São Paulo, sai da Praça da República rumo à Catedral da Sé a segunda edição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade. A original fez, em 1964, percurso semelhante dias antes de o ex-presidente João Goulart ser derrubado. 

Há 50 anos, a organização coube a então primeira-dama do estado, Leonor de Barros, e a mulheres de empresários. A atual foi convocada pelas redes sociais, recebeu apoio de lideranças evangélicas e, pelo Facebook, da apresentadora Rachel Sheherazade, do SBT. 

O grupo diz contar com a simpatia do filósofo Olavo de Carvalho e até de Denise Abreu, a petista que mandou na aviação civil no governo Lula e ficou famosa por sua predileção por charutos”.

De imediato, dei risada! Pensei que era piada carnavalesca. Mas não é. A patética marcha, que relembra a ação dos golpistas em 1964, está marcada para 22 de março e a âncora do SBT, que explora uma concessão pública de tevê, realmente está metida na sua convocação.

Em sua página no Facebook, a nova musa de direita conclama seus seguidores: “Gente boa, sempre vou defender a família. Participe da marcha, divulgue, mostre sua defesa em favor dessa instituição criada por Deus”. 

E Rachel Sheherazade não é ingênua. Ela sabe que a tal marcha nada tem a ver com Deus ou a família, termos usados para enganar os mais ingênuos e tapados. Num dos sítios que convoca a manifestação ficam explícitos os seus objetivos golpistas e fascistóides.

A marcha tem como principal intento exigir “intervenção militar constitucional já”. Entre outras bandeiras, ela prega:

“1 — destituir a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer; 

2 — dissolver o Congresso Nacional; 

3 — prisão de todos os conspiradores por servirem aos interesses estrangeiros através do Foro São Paulo, uma invasão sigilosa do território nacional executada pelo regime de Cuba através de agentes infiltrados; 

4 — dissolução de todos os partidos e investigação com punição das organizações integrantes do Foro São Paulo; 

5 — Intervenção em todos os governos estaduais e municipais e nos seus respectivos legislativos; 

6 — combate à corrupção e à subversão; 

7 — intervenção no STF, cuja presença de ministros simpáticos aos conspiradores é clara e evidente”.

Já um folheto distribuído pelas ruas da capital paulista afirma que “há 50 anos, no dia 19 de março de 1964, nossos pais e avós foram às ruas e conseguiram a redenção do povo brasileiro. Eles tiveram coragem. Agora é a nossa vez”.

O panfleto prega “intervenção militar constitucional” e rosna: “Fora o comunismo, o marxismo e as doutrinas vermelhas”; “Não seremos uma nova Cuba nem uma nova Venezuela”.

Outro texto critica “a contratação de médicos cubanos e os gastos para a realização de grandes eventos esportivos no Brasil” e conclama: “Todos juntos nas ruas dizendo um não à tirania do PT, em apoio aos irmãos venezuelanos e contra a ditadura esquerdista… Todos em defesa da nossa pátria. Nossa bandeira é verde e amarelo e não foice e martelo”.

A apresentadora do SBT se soma a estas mensagens – um misto de fanatismo direitista e maluquice fascista.

Em sua página no Facebook, os fiéis seguidores elogiam sua “coragem” e chegam a lançá-la para disputar cargos eletivos.

Amilton Augusto, por exemplo, defende “Joaquim Barbosa (presidente) e Rachel Sheherazade (vice-presidente)”.

Elias Machado comenta: “Não sei se ela tem vocação política, mas seria uma ótima opção para presidente”.

Já Arthur Roque declara: “Eu apoio a intervenção militar. Somente isto para acabar com esta corja de comunistas. Está na hora do pau! Avante general Heleno, avante Jair Bolsonaro”.

Só falta a emissora de Silvio Santos estampar uma convocatória para a “Marcha da Família”!

Link desta Matéria: http://www.viomundo.com.br/humor/altamiro-borges-sheherazade-convoca-para-marcha-que-pede-golpe-para-destituir-dilma-rousseff.html