quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Maranhão - Homicídios Crescem 400% em 12 Anos.



No Maranhão, a taxa de homicídios aumentou 400% entre os anos de 2000 e 2012, crescimento bem maior que a média brasileira, que foi de 24%; o levantamento foi apresentado, durante o Observatório da Violência, realizado pela Faculdade Dom Bosco, em São Luís; as vítimas desses crimes são, em sua maioria homens (92%) e negros (85%)
12 DE NOVEMBRO DE 2014.
Blog Marrapá - No Maranhão, a taxa de homicídios aumentou 400% entre os anos de 2000 e 2012, crescimento bem maior que a média brasileira, que foi de 24%. O levantamento foi apresentado, durante o Observatório da Violência, realizado pela Faculdade Dom Bosco, em São Luís.
As vítimas desses crimes são, em sua maioria homens (92%) e negros (85%). Outro aspecto desse tipo de crime é o uso de armas de fogo, que chega a 54% nos homicídios praticados no Maranhão e 74% nos crimes cometidos na capital.
Nesse período de 12 anos, São Luís foi a 2ª capital brasileira com maior índice de crescimento de homicídios, perdendo apenas para Maceió (AL). Desde 2011, a capital maranhense figura na lista das 50 cidades mais perigosas do mundo, subindo de posição a cada ano: de 27ª em 2011 para 15ª em 2013.
Somente entre janeiro de 2013 e outubro de 2014 ocorreram 1.911 mortes violentas na grande São Luís. O bairro com o maior número de homicídios foi a Cidade Olímpica, com 80 casos, seguido de áreas como o Coroadinho, Liberdade, Vila Embratel e São Francisco/Ilhinha.
Também chamou atenção o elevado número de linchamentos na Região Metropolitana que levou a 22 mortes nesse período. Traçando um comparativo, no primeiro semestre de 2014 ocorreram 12 linchamentos em São Luís e 50 em todo o país.

Link desta Matéria:  https://www.brasil247.com/pt/247/maranhao247/160288/Homic%C3%ADdios-crescem-400-em-12-anos-no-Maranh%C3%A3o.htm

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Maranhão terá Escritório de Representação do Ministério da Cultura.

Prédio da Secma.

A governadora Roseana Sarney comemorou a notícia da instalação de um Escritório do Ministério da Cultura no Maranhão, esse que era um antigo pleito do Governo do Estado. 

Portaria de no 118, garantindo a unidade, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (11).


O Escritório vai facilitar e agilizar as demandas de interesse do Maranhão junto ao Ministério da Cultura, em relação a projetos e convênios voltados para o apoio e fortalecimento das diversas atividades desenvolvidas nessa área no estado. 



“Ficamos muitos felizes por mais esse avanço que conquistamos para o Maranhão, um estado rico culturalmente, que só tem a ganhar com a instalação desse escritório. Agradecemos à presidenta Dilma por mais essa parceria firmada com meu governo”, declarou a governadora Roseana Sarney.



O Escritório do MinC ficará instalado em uma sala do prédio sede da Secretaria de Estado da Cultura, na Rua Portugal, 303 – Praia Grande, no centro histórico.



Texto: Secom

Cultura - Artistas criticam concorrência na disputa por verbas públicas.

Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil Edição: Davi Oliveira
A batalha diária dos artistas para conseguir espaço não é algo novo no Brasil, tampouco a sua reconhecida qualidade. Mesmo com a ajuda do governo, no entanto, muitos ainda patinam no meio da burocracia para conseguir viver da arte. 

A Lei 8.313, conhecida como Lei Rouanet, que instituiu incentivos fiscais para empresas que investirem em projetos artísticos, funciona melhor com nomes consagrados. De acordo com seu texto, a empresa que patrocinar o projeto – aprovado previamente pelo Ministério da Cultura (MinC) – de um artista pode deduzir o valor investido do Imposto de Renda, até o limite de 4%.

Muitos artistas procuram financiamento com base na lei e conseguem a aprovação de seus projetos. A etapa mais difícil, no entanto, está na captação dos recursos. Artistas desconhecidos e grupos de arte popular disputam com nomes já consagrados o investimento das empresas e reclamam da falta de um mecanismo legal que impeça uma concorrência considerada por eles desleal. A crítica dos artistas não é nova. Houve um debate sobre o tema no setor há cerca de cinco anos, mas nada mudou.

O músico brasiliense Alex Lima passou o ano de 2014 planejando a gravação de um CD e de um videoclipe. Pagou R$ 2 mil pelos serviços de uma empresa especializada apenas na preparação de projetos e conseguiu a aprovação pela Lei Rouanet. “Foi nesse ponto que eu esbarrei em outra brecha negativa do sistema. As empresas que desenvolvem, aprovam e depois captam os recursos são mais caras ainda. As mais baratas apenas dão entrada e devolvem o projeto aprovado, e o artista se vira com a captação”, explicou. 

Todos os projetos, no entanto, têm um prazo para que se capte o recurso. O prazo de Lima está próximo de se esgotar, faltando menos de dois meses.

Coordenador de um grupo de percussão em Minas Gerais, o músico Daniel Melão procurou na Lei Rouanet uma forma de financiar seu projeto, no qual ensina maracatu gratuitamente em Belo Horizonte. Mesmo pedindo uma verba considerada pequena, cerca de R$ 70 mil, não conseguiu o dinheiro. “Cheguei à conclusão de que, para esse tipo de projeto, pela Lei Rouanet, eu estava tentando no lugar errado. Não é de interesse dessas grandes empresas, potenciais patrocinadoras, vincular o nome a uma proposta que não é um megaprojeto”.

Envolvido em projetos pessoais e de instituições culturais, Melão decidiu não tentar viabilizar mais projetos por meio da Lei Rouanet. “No formato atual, é impossível o artista fazer essa correria burocrática para conseguir verba e ser artista ao mesmo tempo. Eu estudo todos os dias, dou aulas todos os dias, e se eu tiver que parar para correr atrás de burocracia e bater à porta de empresas, a última coisa que vou ser é um artista. Vou estagnar a minha arte e virar um gestor de projeto cultural”.

Ricardo Trento é presidente da organização não governamental paranaense Unicultura, que auxilia artistas na captação de recursos. Para ele, o que precisa mudar não é a lei, mas sim a forma de os artistas venderem seus projetos às empresas. Trento acredita que o artista precisa encarar seu projeto cultural como uma pequena empresa, para que possa obter os recursos e se preocupar apenas com sua arte.

Trento acredita que o artista não pode tratar a empresa como alguém que vá fazer um favor. Conseguir o recurso passa pela apresentação de um projeto que também seja interessante para a empresa. “Eu não posso chegar lá com cara de que carrego o piano, apesar de carregar o piano. A gente trabalha com artistas desconhecidos e consegue fazer captação de recursos porque apresentamos para o patrocinador um projeto que tenha aderência, que fale a mesma linguagem que a empresa quer ouvir”. Ele reconhece, no entanto, que muitas empresas ainda não estão preparadas para analisar projetos e decidir em quem investir.

Pode faltar interesse das empresas ou até mesmo projetos que atraiam o interesse do mercado, mas o que não há é falta de projetos autorizados. O problema é concretizá-los. De acordo com levantamento divulgado anualmente pela Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura, do MinC, mesmo os artistas que chegam a conseguir algum recurso, captam menos do que o valor autorizado pelo ministério. 

Durante o ano de 2013, os projetos que conseguiram captação de verbas tinham autorização para chegar a R$ 4,3 bilhões. Desse valor, porém, apenas R$ 1,2 bilhão chegou a esses artistas.

Procurado pela reportagem, o MinC informou à Agência Brasil que existe um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional para reformar a Lei Rouanet, mas não explicou como as propostas do novo texto podem resolver a queixa dos jovens artistas.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Assassinatos - 24 Mortes violentas em São Luís é o final de semana mais sangrento do ano.

Fim de semana mais violento do ano em São Luís. De acordo com os plantões da Polícia Civil na Região Metropolitana de São Luís, contando da sexta-feira (7 de novembro) até o início da madrugada desta segunda, mataram 24 pessoas nos quatro municípios da ilha. Somente no domingo foram 12 mortes violentas.

Na Cidade Operária, próximo da barraca de pau, depois de um tiroteio, duas pessoas morreram. Romário Nazaré Pereira e Kelfreen Lúcio Moura dos Santos. 

Os corpos deram entrada no IML de São Luís, outros dois rapazes foram atingidos por disparos de arma de fogo, estão no Socorrão II.    Em novembro até agora, já 45 mortes violentas na ilha.

Foi identificada como Manuel Reverendo Junkeira Filho, à vítima do assassinato dentro de um salão de beleza no bairro da Cohab. Manuel era da cidade de Pinheiro na Baixada maranhense.



Sobre o latrocinio do Médico Luiz Alfredo, várias pessoas já foram presas.

 


Por meio das redes sociais divulgaram fotografias de possíveis suspeitos do crime.


domingo, 9 de novembro de 2014

Correio do Brasil - Argentinos revivem ascendência negra apesar da colonização branca.

Noelia Maciel integra o movimento afro-uruguaiano Ubunto, e apoia a iniciativa argentina de reviver seu passado.
Por Redação, com agências internacionais - de Buenos Aires.

No censo de 2010, apenas 150 mil argentinos – menos de 0,5% da população de 41 milhões – se identificaram como negros. Ainda assim, nos últimos anos, o país está recuperando suas raízes africanas. Neste sábado, a Argentina comemora o Dia Nacional do Afro-Argentino, graças a uma lei aprovada em 2013.

– Escolhemos essa data em homenagem a Maria Remédios del Valle, uma heroína na guerra da independência, que trabalhou como enfermeira e lutou como militar. Ela ganhou o título de Capitã e Mãe da Pátria, mas morreu na miséria no dia 8 de novembro – lembrou Sara Chaves, afro-uruguaia que vive em Buenos Aires e pertence ao Movimento Afro Cultural argentino.

A cantora Laura Omega sempre soube de suas raízes africanas e que sua bisavó foi escrava.

– Minha família mantém viva a cultura negra, mas aqui a história dos negros é ignorada. Parece que não existem negros na Argentina, porque muitos se misturaram aos brancos, para clarear a pele e não sofrer discriminação. Mas não é verdade que nossos antepassados baixaram todos dos navios de imigrantes, muitos vieram nos navios negreiros – acentua.

A sede do Movimento Afro Cultural fica no bairro boêmio de San Telmo, conhecido por seus antiquários, a feira de antiguidades e os artistas de tango. Nos fins de semana, o grupo sai às ruas com seus tambores para tocar candombe. Esse ritmo africano foi herdado dos negros escravizados, trazidos pelos espanhóis para as colônias do Rio da Prata. 

No Uruguai, o candombe sobreviveu e hoje é tão popular quanto o samba no Brasil. Noelia Maciel, que integra o movimento afro-uruguaiano Ubunto, apoia a iniciativa argentina de reviver seu passado. Na Argentina, poucos sabem acompanhar a batucada.

– É preciso lembrar que a população negra na Argentina foi dizimada. Nos tempos da colônia, um terço da população argentina era negra. Mas muitos foram enviados para as frentes de batalha, nas guerras internas e também na Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1864-1870).

Outros morreram em sucessivas epidemias de febre amarela, a pior delas, em 1871, matou 8% dos habitantes de Buenos Aires. Como a economia local não dependia de mão de obra intensiva, vários argentinos vendiam seus escravos ao Brasil – afirmou.

Enquanto a população negra minguava, Buenos Aires era invadida por ondas de imigrantes europeus. Quase 3 milhões de italianos desembarcaram na Argentina, entre 1861 e 1914, sem contar os espanhóis, ingleses, alemães e russos. Em 1920, mais da metade dos habitantes da capital argentina era estrangeira.

– Mas muitos dos que acham que descendem dos europeus, porque tem sobrenomes italianos ou espanhóis, tem um pé na África e não sabem – disse Sara.

É o caso de Carina Vlajovich, de 34 anos.

– Quando fui apresentada ao candombe, sei lá, senti a batucada no sangue e não sabia explicar o porquê – conta Carina.

Mesmo com a pele branca e o sobrenome croata, herdado do avô europeu, ela descobriu antepassados africanos vasculhando a história da família materna.

– Assumi a minha negritude e hoje me considero afro-argentina – disse Carina que tem um bisavô negro.

Terrorismo - Policia Federal investiga parceria entre grupo Hezbollah e PCC no Brasil.

Documentos denunciam ainda suposto riscos de um atentado terrorista no Brasil; Facção brasileira tem acesso a armas libanesas e, em troca, oferecem proteção nos presídios do País.

Foto - http://yidwithlid.blogspot.com.br/2013/07/syrian-rebels-say-assad-gave-chemical.html

O Jornal O Globo denunciou, neste domingo, que criminosos estrangeiros do grupo Hezbollah - movimento político e militar, xiita e libanês que se autodenomina "Partido de Deus" - construíram uma parceria com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua nos presídios brasileiros, principalmente em São Paulo. 

Segundo o jornal, relatórios produzidos pela Polícia Federal mostram que traficantes do grupo libanês abriram canais para o contrabando de armas destinadas ao PCC e ainda ajudou-os a intermediar uma negociação de explosivos. Em troca, os brasileiros prometeram dar proteção a integrantes dessa quadrilha que já estão detidos no Brasil.

sábado, 8 de novembro de 2014

A Obscura História da Monsanto e o texto da Lei de Cultivares.

A Monsanto é a maior produtora de herbicidas do mundo, e está entre as cem empresas mais lucrativas dos EUA. Apenas nos últimos dois anos, investiu US$ 6,7 bilhões na aquisição de outras companhias norte-americanas de sementes e biotecnologia, tornando-se a maior empresa do ramo.
A Monsanto Chemical Company foi fundada em 1901, em Saint Louis, Missouri, Estados Unidos. Nos anos 20, se converteu num dos maiores fabricantes de ácido sulfúrico e de outros produtos básicos da indústria química. Desde a década de 40 até hoje sempre se manteve entre as dez maiores indústrias químicas dos Estados Unidos.
Em 1929 a Swan Chemical Company, adquirida pouco depois pela Monsanto, desenvolveu os bifenilos policlorados (PCBs) que foram elogiados por sua extraordinária estabilidade química e ininflamabilidade. Os PCBs, ou escarel, foram largamente utilizados como refrigerantes de equipamentos elétricos. Nos anos 60, os numerosos compostos da família dos PCBS da Monsanto foram usados como lubrificantes de ferramentas, revestimentos impermeáveis, refrigeradores de transformadores.
Nos anos 30 já se tinha alguns indícios dos perigos dos PCBs. Nos anos 60 e 70 os cientistas apresentaram dados conclusivos: os PCBs e outros compostos organoclorados provocavam câncer e estavam relacionados com um conjunto de transtornos reprodutivos e imunológicos. O centro mundial de produção de PCBs era a fábrica da Monsanto em East Saint Louis. O lugar hoje é um subúrbio de empobrecimento crônico. A cidade tem a taxa mais elevada de morte fetal e de nascimentos prematuros do estado. O Ascarel é proibido hoje no mundo, mas ninguém sabe o que fazer com as milhões de toneladas do produto estocadas por todo planeta. Há cerca de cinco anos a imprensa noticiou que favelados cariocas estavam pegando ascarel de um depósito e usando-o como óleo de cozinha!
O herbicida conhecido como agente laranja foi usado pelos militares norte-americanas dos EUA para desfolhar as árvores da selva tropical do Vietnã durante a guerra nos anos 60. É uma mistura de dois tóxicos poderosos, o 2,4,5-T (ácido Triclorofenoxiacético) e 2,4-D (ácido Diclorofenoxiacético). Ele era fornecido por várias empresas, mas o da Monsanto era o mais poderoso por conter níveis maiores de dioxinas . As dioxinas, já se comprovou, são carcinogênicas e teratogênicas (gera fetos mal formados). Por conta desta eficiência, a Monsanto foi a principal acusada na demanda interposta pelos veteranos de guerra que, depois do conflito, apresentaram uma série de doenças atribuídas a exposição ao agente laranja.
É preciso observar que os militares prestaram serviço por no máximo um ano no Vietnã. Mas e os nativos da região? Estimativas dão conta da existência de mais de 500 mil crianças nascidas no Vietnã desde os anos 60 com deformidades relacionadas às dioxinas contidas no agente laranja. Uma ação judicial, motivada pela denuncia de trabalhadores ferroviários expostos a dioxinas em conseqüência de um descarrilamento, revelou a existência de dados manipulados. Um funcionário da Agencia de Proteção Ambiental Americana (EPA) concluiu que os estudos foram manipulados para apoiar a posição da Monsanto, que defendia que os efeitos das dioxinas limitavam-se à cloroacne (uma enfermidade da pele). A Monsanto teve que pagar US$ 16 milhões e se revelou que muito dos produtos da empresa, desde herbicidas caseiros estavam contaminados por dioxinas.
Em 1990, um memorando da Dra. Cate Jenkins, da EPA, dizia: "a Monsanto remeteu informações falsas à EPA."A empresa adulterou amostras de herbicida que remeteram ao Departamento do Ministério da Agricultura dos EUA para registrar o 2,4-D e vários clorofenóis; ocultou provas sobre a contaminação do Lysol, além de excluir centenas de seus antigos empregados enfermos de seus estudos comparados de saúde.
O grande negócio da Monsanto são os venenos. Os herbicidas (eliminadores de ervas daninhas) a base de Glyphosate, caso do Roundup, representam mais de um sexto do total das vendas da empresa. A empresa faturou US$ 1,2 bilhão com a venda do Roundup.
A Monsanto fazia uma propaganda do Roundup onde dizia que ele era "biodegradável" e "inócuo para o meio ambiente". O Governo dos EUA obrigou a empresa a tirar estas expressões da propaganda e a pagar uma multa de US$ 50 mil.
Em 1997, a empresa também teve que pagar US$ 50 mil por um processo que acusava-a de propaganda enganosa no tocante a biodegradação do produto. Em março do ano passado (1998) a Monsanto teve que pagar uma outra multa de US$ 225 mil porque colocou na etiqueta uma restrição de entrada de trabalhadores na área tratada em somente quatro horas, quando o certo seriam 12.
Além das já citadas, em 1986 a Monsanto pagou US$ 108 milhões por responsabilidade na morte de um trabalhador por leucemia. Em 1990, pagou US$ 648 milhões por não comunicar a EPA dados sanitários que lhe foram requeridos. Em 1991, pagou US$ 1 milhão por ter vertido 750 mil litros de água residual ácida no meio ambiente. Mais US$ 39 milhões em Houston (Texas) por depositar produtos perigosos sem isolamento.
Conforme a EPA, a Monsanto é a quinta maior empresa poluidora de águas dos Estados Unidos. Ela já lançou na terra, água, ar e subsolo, 166,8 milhões de toneladas de produtos químicos.
A subsidiária da Monsanto, GD Searle, produz o adoçante artificial Aspartame, vendido sob o nome comercial de "Nutrasweet" e "Equal". Pois bem, em 1981, quatro anos antes da Monsanto comprar a Searle, a FDA (Agência que controla os alimentos e fármacos dos EUA) confirmou que "o Aspartame poderia induzir a tumores cerebrais". A FDA cancelou a licença de venda do Aspartame, mas um grupo nomeado pelo presidente Ronald Reagan anulou tal decisão. Um estudo mais recente, publicado no Journal of Neuropathology and experimental neurology, de 1996, voltou a citar a relação entre o aumento no número de cânceres cerebrais devido ao uso da substância.
A Searle/Monsanto também é fabricante do anti-úlcera Cytotec, que é popularmente (e perigosamente) utilizado como abortivo pela população.
O primeiro produto geneticamente modificado que se comercializou no mundo é da Monsanto. O hormônio recombinante do crescimento, rBGH, ou, segundo seu nome em inglês, Bovine Somatropine, BST, pode ser encontrado no mercado (inclusive no Brasil) com o nome de Polisac. Ele foi idealizado para que as vacas produzam mais leite do que produziriam naturalmente.
Espera-se que nas vacas que se injeta diariamente o BST haja um acréscimo de 10 a 20 por cento na produção. Mas são tantos os perigos reais associados ao seu uso que hoje ele é proibido no Canadá, União Européia e outros países. A etiqueta exigida pela FDA no rótulo do produto associa seu uso a 21 enfermidades das vacas, aí incluindo cistos nos ovários, desordens uterinas, redução do tempo de gestação, incremento da taxa de gêmeos, retenção da placenta...O risco mais sério é o de mastite, ou inflamação do úbere. Uma vaca com mastite produz leite com pus que vai no leite. Aí o pecuarista apela para o uso de antibióticos que trazem problemas para os animais e enormes perigos sobre os seres humanos.
Quando se injeta o BST na vaca, sua presença no sangue estimula a produção de outro hormônio, o Fator de Crescimento 1 (IGF1), uma variedade de insulina. Trata-se de um hormônio protéico que tanto vacas como seres humanos produzem naturalmente. Já se comprovou: o hormônio da Monsanto incrementa os níveis de IGF1 no leite das vacas. Dado que o IGF1 é ativo nos humanos, causando divisão das células, alguns cientistas supõem que a ingestão de leite tratado com altos níveis de BST, poderia dar passagem a uma divisão e crescimento incontrolado de células humanas. Em outras palavras: câncer.
Em 1993, a própria Monsanto admitiu que o nível de IGF1 no leite é incrementado em torno de cinco vezes quando se usa o BST. Em 1995 um estudo descobriu que o IGF1 promovia o crescimento de tumores cancerígenos em animais de laboratório. Em 1996 estudo da Universidade de Illinois, Chicago, mostrou que as concentrações de IGF1 que há no leite das vacas tratadas com o BST podem provocar câncer de mama e colo entre as mulheres que bebem este leite.
No início da década de 90 tais informações sobre os efeitos do hormônio da Monsanto eram conhecidas. E por isso os consumidores americanos provocaram uma espécie de boicote a este leite. Alguns pecuaristas responderam com uma produção de leite sem o uso do hormônio.
E etiquetaram seus produtos com o alerta: leite sem BST. Em 1994, de uma forma absolutamente fascista, a FDA, aliada a Monsanto, advertiu os pecuaristas de que não poderiam fazer tal alerta em seus produtos. A FDA argumentava que "virtualmente não existe diferença entre o leite BST e o normal". Até mesmo sorveterias que queriam excluir o leite tratado com BST foram advertidos pela FDA. O setor leiteiro norte-americano denunciou que a Monsanto minimizou, ocultou ou intentou ocultar os efeitos adversos do hormônio BST.
Em tempo: o presidente da CTNBio, aqui no Brasil, também afirma que "virtualmente" não há diferenças entre a soja transgênica e a não transgênica.
A Monsanto lançou há poucos anos um algodão transgênico que é imune ao seu herbicida Roundup, o algodão RR. O produto foi um fracasso. As plantas não cresciam normalmente e os capulhos caíam antes do tempo. Alguns produtores tiveram perdas totais da colheita.
Em 1997 os agricultores dos EUA apresentaram queixas ao governo. Em 1998, o Conselho de Arbitragens de Sementes do Mississipi determinou que o algodão transgênico da Monsanto "não havia se comportado como estava descrito na etiqueta das embalagens de sementes". Apesar do fracasso a Monsanto continua vendendo seu algodão mutante.
As plantações de colza resistentes ao herbicida Roundup representam a quinta parte dos cultivos no Canadá. Na primavera de 1997, duas variedades de colza RR tiveram que ser retiradas do mercado depois que um ensaio de qualidade revelou que na papelada apresentada ao Governo para regulamentação faltava listar material genético.
No Brasil, após a aprovação da Lei de Cultivares, que instituiu o monopólio privado da propriedade das variedades vegetais no país, a Monsanto comprou, dentre outras, a empresa Paraná Sementes e a Agroceres. Formou, ainda, uma joint venture com a Cargill, consolidando sua supremacia entre as empresas produtoras de sementes no país.
Lei estes textos:

1 - Leia o Texto II - Lei de Cultivares - http://www.maranauta.blogspot.com.br/2014/11/lei-n-9456-de-1997-protecao-de_8.html

2 - Leia o Texto III - Regulamentação da Lei - http://www.maranauta.blogspot.com.br/2014/11/lei-n-9456-de-1997-protecao-de.html

Link: http://www.agrisustentavel.com/trans/crisanto.htm