quinta-feira, 30 de julho de 2015

Segurança pública é tema mais citado em redes sociais, indica monitoramento.

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Um monitoramento feito diariamente há mais de um ano pela Diretoria de Análises de Políticas Públicas (Dapp) da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que menções relacionadas à segurança pública nas redes sociais – Facebook e Twitter – superam temas como educação e saúde. O estudo foi apresentado hoje (29) no 9º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, na sede da FGV, no Rio de Janeiro.
"As menções à segurança pública vêm aumentando nas redes sociais, regularmente e gradativamente, a ponto de ser o tema, entre os que monitoramos, que tem mais menções em média", disse o pesquisador Amaro Grassi.
O estudo revela que os crimes de roubo e homicídio são os mais mencionados pelos internautas de cinco estados e do Distrito Federal. No Rio Grande do Sul, chega a 57,9% o percentual de menções a roubos em relação ao total de crimes. No Distrito Federal, 32,7% das menções referem-se a homicídios, o maior patamar entre os estados mostrados. Em Minas Gerais, chegam a 16,37% as menções a estupro.
No início de 2014, as citações à segurança pública estavam, em média, abaixo de 40 mil por dia, passando à frente do tema educação, que ocupava o segundo lugar. No fim de junho, o tema segurança superou as 60 mil menções médias diárias. A pesquisa leva em conta apenas postspúblicos de perfis em redes sociais como Twitter e Facebook.
Na terça-feira (28), o monitor da Dapp apontou mais de 49 mil menções à segurança pública. Em segundo lugar, ficou o tema protestos, com 23 mil menções, seguido por educação, com 14 mil, e corrupção, 13 mil. Saúde, com 12 mil, e transportes, com mil, foram os menos mencionados.
Para Amaro Grassi, as redes sociais favorecem a difusão da informação, “mas não necessariamente o debate”, porque as posições acabam ficando isoladas. Ele identifica uma polarização, na internet, entre menções contrárias e favoráveis a medidas de repressão ao crime, como a redução da maioridade penal. "Existe hoje uma polarização, não só em relação à segurança, mas também em relação ao debate político", afirmou.
A pesquisa da FGV mostra ainda que as palavras educação, escola e governo estão entre os mais relacionados à segurança. Segundo Grassi, a associação é recorrente tanto entre os que defendem o aumento da repressão ao crime quanto entre os que preferem soluções alternativas. "Essa percepção é comum entre essas duas posições mais consolidadas."
O estudo indica que também cresceu a insatisfação dos internautas em relação aos serviços públicos da área de segurança. Em uma pesquisa de opinião feita em outubro do ano passado, 76% dos entrevistados se disseram muito insatisfeitos ou insatisfeitos com os serviços públicos de segurança, percentual que subiu para 82% em abril deste ano. Os muito satisfeitos ou satisfeitos caíram de 14% para 9%.

Edição: Maria Claudia.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Garota de 13 anos é encontrada no meio de rodovia após sofrer estupro coletivo.

Segundo a polícia, ela e outros cinco jovens bebiam em um açude quando o crime ocorreu; um jovem de 15 anos assumiu o crime. 

Uma jovem de 13 anos foi estuprada por um grupo de garotos no bairro Cidade Satélite, zona oeste de Boa Vista, Roraima, de acordo com a polícia militar. Ela foi socorrida por uma mulher que a encontrou deitada na RR-205.

Jovem estava deitada na RR-205 quando foiencontrada por uma mulher (Arquivo)
Reprodução/Youtube - Jovem estava deitada na RR-205 quando foi encontrada por uma mulher (Arquivo)
Um dos supostos agressores, um adolescente de 15 anos, foi apreendido enquanto outros três fugiram na tarde de terça-feira (28). A menina, que aparentava estar embriagada, foi atendida por uma equipe do Samu, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, e levada para pronto-socorro da capital. 
Segundo a polícia, a garota e outros cinco jovens bebiam em um açude quando o crime ocorreu. O garoto de 15 anos e mais três teriam abusado sexualmente dela. Outros estavam no local onde o crime teria ocorrido e resgataram a adolescente após o estupro, levando-a para o acostamento da RR-205.
Após os primeiros socorros, ela foi levada para um hospital. Os policiais vasculharam a área em busca de suspeitos e pistas sobre o crime. Durante as buscas, o jovem foi encontrado e conduzido à delegacia. Ele assumiu a culpa em depoimento.

Só guarda municipal de cidade com mais de 500 mil habitantes pode portar arma de fogo fora de serviço.

Guardas municipais de cidades com menos de 500 mil habitantes não podem portar armas de fogo fora do serviço. 
Foi o que decidiu a 3ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, ao negar Apelação do município de São José dos Pinhais (PR), cidade de 264 mil habitantes. A regra é prevista pelo artigo 6º da Lei 10.826/2003.
A cidade, que fica na Região Metropolitana de Curitiba, entrou com ação na Justiça Federal do Paraná, solicitando autorização de porte de armas de fogo para sua Guarda Municipal mesmo fora de serviço e dos limites territoriais, ainda que dentro do Estado.
A 11ª Vara Federal de Curitiba negou o pedido. ‘‘Caso se acolha nessa sentença a pretensão do município de São José, isso deveria se traduzir -—- por idênticos fundamentos — em autorização para que todos os guardas municipais, de todos os rincões do país, possam portar arma fora do serviço. Aliás, demanda semelhante também deveria ser acolhida quanto aos agentes penitenciários, eis que pleitos semelhantes estão sob debate junto ao Congresso Nacional, sabe-se bem’’, registrou a sentença.
A prefeitura recorreu ao TRF-4, argumentando que tal uso é reconhecido pela Superintendência Regional da Polícia Federal e visa à segurança pessoal dos guardas, expostos pela natureza do seu trabalho. A corte, no entanto, negou o pedido, citando o o artigo 6º da Lei 10.826. O dispositivo condiciona o porte de arma de fogo, em situações alheias ao serviço, apenas aos integrantes de guardas municipais de municípios com mais de 500 mil habitantes. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRF-4.
Clique aqui para ler o acórdão.
Esta matéria foi publicada originalmente no site Consultor Jurídico, na coluna além do expediente, no dia 5 de março de 2015.

Alcântara - Brasil e Rússia negociam complexo de lançamentos para Angara.

28 de julho de 2015 MARINA DARMAROS, GAZETA RUSSA.
Porta-foguetes seria lançado da base de Alcântara. Brasília oficializou na segunda-feira (27) fim de acordo para lançamentos com Ucrânia.
Rússia e Brasil estão conduzindo negociações para criar um complexo de lançamentos para o porta-foguetes Angara na base de Alcântara, no Maranhão, de acordo com Aleksandr Medvedev, construtor que está preparando esse equipamento no Centro Khrúnitchev, em Moscou. 
"Houve considerações e propostas para a construção de um complexo de lançamento separado para o Angara na base de Alcântara, no Brasil. Lançar da linha do Equador é uma alternativa interessante. Tem muita  chance de gerar concorrência. Agora, estão sendo conduzidas negociações", disse Medvedev à agência Tass.
O Brasil oficializou na segunda-feira (27) o fim de um acordo com a Ucrânia para lançamento de foguetes Cyclone 4.
Apesar de rumores sobre a quebra do acordo terem se iniciado já em abril deste ano, somente no final de julho a decisão foi publicada no Diário Oficial da União.
Os prejuízos com o fim do acordo Brasil-Ucrânia podem chegar a R$ 1 bilhão.
Medvedev também afirmou que o futuro porta-foguetes Angara-A3 poderá ser usado no projeto Sea Launch (ver box), junto ao russo-ucraniano Zenit.
Sea Launch
É um serviço de lançamento de foguetes espaciais que usa uma plataforma marítima, a Odyssey, especializada em foguetes Zenit 3SL. O projeto foi uma joint-venture entre EUA, Rússia, Ucrânia e Noruega, mas hoje a maior parte dele pertence à estatal russa Enérguia.

"Por enquanto, essa ideia ainda se mantém. Devemos esperar algumas resoluções, e depois disso pode ser que isso seja levado para frente", disse.

No início deste, divulgou-se que o Brasil poderia abrigar o projeto Sea Launch, responsável por lançar alguns Zenit. Os lançamentos da plataforma marítima foram suspensos em 2014, divulgou-se a suspensão de lançamentos.
Aperfeiçoamento
O construtor explica que o aperfeiçoamento do porta-foguetes Angara-5 para o lançamento de naves espaciais tripuladas custará em torno de 10 bilhões de rublos (US$ 170 milhões), sem contar os gastos na infraestrutura terrestre.
"Planejamos realizar em torno de 2021 o primeiro lançamento do porta-foguetes Angara-5, que poderá colocar cosmonautas em órbita. Os primeiros lançamentos serão não tripulados, já que será preciso confirmar a segurança desse porta-foguetes em lançamentos reais", disse Medvedev.
Além disso, ele diz que os custos dos lançamentos do Angara em 2025 será quase 20% abaixodos do Proton-M.
"É preciso ter em mente que o preço de custo para a preparação do Angara-5 irá diminuir com o aumento da quantidade de artigos fabricados", explica.
Em dezembro do ano passado, o presidente russo Vladímir Pútin participou, por videoconferência, da cerimônia do primeiro lançamento experimental de um porta-foguetes Angara A-5.
Em meados de maio deste ano, o Ministério da Defesa da Rússia apelou ao Tribunal de Arbitragem de Moscou com um pedido de pagamento de 1,8 bilhão de rublos pelo Centro Khrunitchev.
O motivo do pedido não foi divulgado, mas sua relação com o recente acidente do porta-foguetes Proton que levou à perda do satélite mexicano MexSat-1 foi descartada, já que a ação foi iniciada antes do ocorrido.
Com material do jornal Vzgliad, do portal Rossbalt e da agência Tass.

Russia apresenta sua plataforma robotizada de combate.

Foto - Robô Platform - M.

O Exército russo apresentou seu novo robô polivalente de combate, apelidado Platform-M, na cidade de Sevastopol da Crimeia, sede da Frota russa do Mar Negro.

O equipamento é um sistema robótico sofisticado controlado remotamente e que leva fuzis de assalto Kalashnikov e quatro lançadores de granadas. Desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Pesquisa para o Progresso Científico da Rússia, a plataforma foi projetada para realizar reconhecimento, patrulha, transporte de carga e missões de combate.

O robô Platform-M, cujo custo deve ser pequeno, pode reunir inteligência, atacar alvos fixos e móveis, fornecer suporte a ataques e proteger instalações militares. 

O sistema já passou por testes experimentais, com o primeiro grupo de módulos produzidos entrando em serviço rapidamente. Os robôs foram utilizados nos exercícios militares da Frota do Mar Negro pela primeira vez em junho de 2014 perto de Kaliningrado.

A Rússia também está desenvolvendo uma outra plataforma robótica mais poderosa, que será capaz de operar a 10 milhas de seu centro de controle. A expectativa é que esta seja equipada com metralhadoras de grosso calibre e lançadores de granadas.



Link original: http://br.sputniknews.com/defesa/20150722/1639371.html

Jovem tenta praticar um assalto, é capturado e sofre tentativa de linchamento na zona norte de Teresina - PI.

Foto - cidadeverde.com
Um jovem identificado como Francisco Arlen Machado Mota sofreu tentativa de linchamento por moradores do Conjunto Ipase, Zona Norte de Teresina. 

De acordo com informações do 9º BPM, a vítima foi imobilizada após tentar realizar um assalto, na noite desta terça-feira (28). 

Na fuga, ele acabou tropeçando e caiu no chão, quando foi surpreendido pela população. “No local tinham vítimas e testemunhas informaram que ele tinha feito um assalto e disparado contra uma pessoa na praça, mas a arma travou. Em seguida, uma pessoa - que não foi identificada - atirou contra o suspeito e também errou, mas ele acabou caindo e foi pego por populares”, disseram PMs. 

Com o suspeito, os policiais encontraram um revólver calibre 32 municiado. A Polícia Militar orienta que as vítimas comparecem à delegacia para registrar Boletim de Ocorrência. “Se nenhuma vítima for registrar queixa, ele será liberado e responderá somente por porte ilegal de arma”, orienta a PM. 

Outra ocorrência policial foi registrada na Zona Sul de Teresina. Um adolescente de 15 anos foi apreendido com uma trouxinha de maconha. De acordo com o 6º BPM, ao avistar a viatura, ele ainda tentou se desfazer do pacote, mas foi surpreendido pela  equipe de policiais.

Reportagem de Graciane Sousa. gracianesousa@cidadaverde.com

Segurança alimentar no Brasil, texto de Luiz Vicente Gentil.

Todo dia 204 milhões de brasileiros precisam de comida e ela vem das criações de animais e das lavouras de arroz, feijão, milho, mandioca e outros 200 produtos.

Para que chegue à mesa, é necessário capital, terra e trabalho da mesma forma de insumos até três vezes ao ano em sementes, óleo diesel, fertilizantes e defensivos animais e vegetais.

São os agrônomos como os saídos da Universidade de Brasília que ajudam a tratar disto para que haja comida abundante, barata, boa e de preço baixo.

Isto é chamado de segurança alimentar e tratado neste texto de forma verdadeira e sem desinformações.

Deve-se dizer que o produtor rural que leva às indústrias, às mesas e à exportação é o herói anônimo e sofrido que coloca a semente hoje na terra sem saber se a colheita amanhã terá preço ou produção.

Muitos deles, nesta empreita pelo bem da sociedade, perdem as lavouras da noite para o dia, saem da vida comum e caem na miséria com suas famílias. Nós sabemos que lavouras ou criações não têm apólice de seguro, como carros ou casas urbanas. 

Assim, é preciso sementes geneticamente modificadas, fertilizantes para repor o que a colheita tirou do solo, assim como defensivos animais e vegetais para se defender dos inimigos como bactérias, fungos, vírus, ervas daninhas, insetos, ácaros e até moluscos. 

Apenas 8,4% [72 milhões de ha] de todo território nacional são plantados. De todas espécies animais do planeta, 80% são só os insetos devendo ser controlados para os humanos sobreviverem. Estudos mostram que pragas e moléstias destroem 7,7% de toda produção nacional ou U$ 28 bilhões por ano. Sem comida, nós morreremos. Já tivemos pragas terríveis que destruíram a economia, como ferrugem [café e soja], Helicoverpa [algodão e soja]; vassoura de bruxa [cacau], bicudo [algodão], traça [tomate], sigatoga [bananeira] ou mal-das-folhas [seringueira]. 

Só em uma parte da Bahia, em 2014, foi perdido U$ 1 bilhão. Nos últimos 10 anos, 35 novas pragas apareceram nas lavouras do Brasil. O Brasil é um dos mais eficientes do mundo em baixa demanda em defensivos. Ou seja, para cada U$ 1.00 usado em defensivos, nós colhemos 142 kg de alimentos, Estados Unidos 94 Kg e Japão apenas 8 kg.

Para tanto, existe um exército de profissionais dos governos, academias, indústria, comércio e agentes financeiros como soldados para nos defender destes patógenos que se tornam mais resistentes e vorazes.

Aqui no Brasil e no mundo existem pessoas e instituições trabalhando em laboratórios, sistemas de segurança alimentar, associações com até 10 anos trabalhando nos defensivos para criar, testar, regular, aprovar, aplicar e criar segurança das criações, lavouras e consumidores.

Caso houvesse um insano que proibisse o uso de defensivos animais ou vegetais, estaria decretado o genocídio da humanidade pela falta de alimento. O mesmo seria com os humanos se farmácias, drogarias e hospitais fossem fechados, a população morreria também. 

Para isto existe a Lei Federal nº 7.802, de julho de 1989, entre outras que regulam esta matéria. Os defensivos são controlados em rígidos padrões como NR 31 [Norma Regulamentadora]; RA [Receituário Agronômico]; LMR [Limite Máximo de Resíduos]; IDA [Ingestão Diária Aceitável]; DL50 [Dose Média Letal] ou EPI [Equipamentos de Proteção individual]. Além de órgãos como ANVISA; SBDA; ANDEF; DSV/MAPA; CIPV; ORPFS; CONFEA; CNA; MAPA, IBAMA, CONAMA ou Secretarias de Agricultura. 

Podemos dormir tranquilos que nossas lavouras e os 204 milhões de brasileiros estão bem defendidos.

Nós, profissionais da agronomia, da veterinária, da zootecnia e das ciências agrárias, que trabalhamos para produzir alimentos saudáveis, combater pragas e moléstias, suportamos às vezes a incompreensão de alguns desconhecedores da realidade do campo.

Assim, nos sentimos satisfeitos com o dever cumprido ao ser um dos alicerces da segurança alimentar e da economia do Brasil.

Sobre o autor:  Luiz Vicente Gentil é professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, da Universidade de Brasília. Graduado em Egenharia Agronômica, pela Unversidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Máquinas Agrícolas,  pela Universidade de São Paulo (USP), doutor em Ciências Florestais, pela UnB e pós-doutor em Bioenergia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atua nos seguintes temas: Administração Rural, Bioenergia e Biomassa, Combustiveis Alternativos.