segunda-feira, 27 de março de 2017

Governo Temer (PMDB) reduz em 61% verba para atendimento à mulher em situação de violência.


Da Redação
Temer parece disposto a eliminar todas as conquistas não apenas dos trabalhadores, mas também das minorias. Embora as denúncias a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) tenham aumentado 13% no ano passado, o governo federal reduziu em 61% os recursos destinados ao combate à violência contra as mulheres no mesmo período. O Executivo utilizou R$ 42,8 milhões para a rubrica “Política para as Mulheres: Promoção da Igualdade e Enfrentamento à Violência” em 2016, mas autorizou apenas 16,7 milhões para este ano.
O governo federal é fortemente criticado por movimentos ligados aos direitos das mulheres. Quando começou a gestão Temer, os cargos do 1º escalão do governo eram ocupados apenas por homens. Hoje, duas das 28 pastas da Esplanada são comandadas por mulheres. Mais recentemente, em discurso em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, Temer exaltou as mulheres por cumprirem tarefas domésticas. A declaração causou desconforto entre os ouvintes.
Com informações do Poder360.

domingo, 26 de março de 2017

Eixo de Resistência triunfa no Oriente Médio.

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Discurso do Secretário Geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em 18 de março de 2017, por ocasião do dia da mulher, aniversário do nascimento de Fatima al-Zahra (a.s.).
Hoje, ou melhor dizendo, estes dias, são na realidade uma oportunidade (especial), principalmente quando os eventos na Síria e a guerra lançada contra o país entram no sétimo ano. Seis anos se passaram, com todo o seu conteúdo em termos de sofrimento, guerras, conspirações, confrontos e sacrifícios de vidas humanas. Com o final do sexto ano e o início do sétimo, faremos uma breve pausa nesta ocasião, pois estes fatos estão na origem de nossas preocupações.

Seis anos atrás, ali estavam todos aqueles que se encontraram nos primeiros meses de conflito, as forças estatais, grandes potências, países regionais, 140, 130 ou 120 países que se reuniram sob o codinome de “Amigos da Síria”, que conspiraram, fazendo tudo o que podiam (contra a Síria). Eles apostaram que seriam capazes de conquistar a Síria em 2 ou 3 meses em 2011. Hoje, ao final do sexto ano, são obrigados a encarar a verdade dolorosa e sangrenta da derrota e do fracasso.  Depois de seis anos, aqueles imensos poderes, aqueles países poderosos e importantes do mundo e da região fracassaram, um fracasso amargo na conquista de seus objetivos.

Por seis anos, dezenas de bilhões de dólares de dinheiro árabe – a Turquia não gastou seu dinheiro, a França e o Reino Unido também não. Todo o dinheiro que financiou a guerra da Síria é dinheiro árabe. Este dinheiro poderia ter eliminado a pobreza em todo o mundo árabe. Poderia livrar a Somália e o Iêmen da fome. Poderia ter (re)construído as casas dos palestinos em Gaza. Poderia ter fortalecido os palestinos em Bayt-al-Maqdis em Al-Quds (Casa do Refúgio/Jerusalém – Bayt-al-Maqdis, localizada em Jerusalém, é a mesquita que ocupa o terceiro lugar em importância sagrada os muçulmanos, atrás apenas das mesquitas de Meca e de Medina – NT). 

Esse dinheiro poderia ter garantido centenas de milhares de oportunidades de trabalho para a juventude árabe desempregada. Poderia ter tirado da ignorância dezenas de milhões de homens e mulheres árabes, pois é sabido que infelizmente dezenas de milhões de homens e mulheres árabes são iletrados. Mas nem um só dólar foi gasto para resolver estes problemas, mas dezenas de bilhões de dólares de dinheiro árabe foi gasto na guerra da Síria, contra a Síria, seu regime, seu estado, seu exército e seu povo e contra o Eixo de Resistência dentro do país (o Eixo de Resistência a que alude o orador é a união entre Irã/Síria/Hezbollah, formado para lutar contra a expansão dos EUA e de Israel no mundo árabe – NT).

Dezenas, centenas de milhares de toneladas de armas e munição (foram mandadas para lá). Elas vieram com dezenas de milhares de combatentes do mundo inteiro, brancos, negros, morenos, vermelhos, amarelos, o que vocês quiserem. Não deixaram fora nenhuma cor, linguagem, tendência, raça, eles trouxeram combatentes de todos os pontos do mundo. Os (norte)americanos e seus aliados, conspiradores e financiadores ajudaram (mandando combatentes) e assim colocaram dentro da Síria milhares de lutadores para lutar contra a Síria na busca de um objetivo preciso: derrubar a Síria, expulsar dali o Eixo de Resistência e tomar controle do país. Tomar controle de sua decisões, sua soberania, seu povo e suas escolhas, dentro de seu próprio território, com sua posição estratégica no Mar Mediterrâneo (entre a Ásia) e Europa, e sua posição também estratégica na luta contra o inimigo israelense.

Hoje, o resultado é claro: fracasso, derrota e retirada.
Bem, permitam-me lembrá-los de algumas coisas no início deste sétimo ano de conflito, sobre início de tudo no primeiro ano. Não se pode negar que uma parte da população realmente queria reformas e a mudança de algumas realidades na Síria. Mas o que surgiu (em cena) com força e mudou tudo subitamente, foram as tropas takfiri, oriundas do mundo inteiro, e que se recusaram, já nas primeiras semanas, a travar qualquer diálogo político. Rejeitaram qualquer resultado político, não quiseram discutir nada, e suas escolhas foram definitivas: queriam e partiram para uma confrontação militar total e sangrenta. Formularam slogans sectários e reviveram querelas educacionais (religiosas), e já nas primeiras semanas, levantaram o véu de suas intenções hostis para com a resistência.

Bem, quem trouxe a organização Al Qaeda? Quando eles chegaram à Síria, qual era seu nome? O Estado Islâmico no Iraque. Acrescentaram então “e no Levante” (Síria). Daí houve uma divisão, os membros do Estado Islâmico no Iraque e no Levante se dividiram. Havia agora duas facções: o Daesh (Estado Islâmico) e a Frente Al Nusra. Mas na verdade eles todos são Al Qaeda, a qual está na lista dos (norte)americanos como entidade terrorista, assim como para o Conselho de Segurança da ONU, Arábia Saudita e Europa. E eles trouxeram dezenas de milhares de combatentes, aos quais eles mesmos chamavam de terroristas, lhes deram dinheiro e armas, abriram as fronteiras e os colocaram na Síria. Eles reconhecem que eles mesmos criaram (estes grupos), que eles criaram o Daesh (Estado Islâmico) para lutar contra a Resistência e contra o Eixo de Resistência. Hoje a situação está muito diferente e não quero mais me deter neste ponto. Quero focar em elementos novos.

Antes de qualquer coisa, quero lembrar a vocês que no primeiro ano, a questão nem requeria tanta compreensão política assim, e que não havia então a necessidade real de fazer previsões e esperar (para ver). Qualquer um que tivesse estudado experiências contemporâneas no Afeganistão e em outros lugares poderia chegar às mesmas conclusões lógicas, como disse então nos primeiros meses, quando me dirigi à organização Al Qaeda e ao Estado Islâmico no Iraque e no Levante (Daesh), à Frente Al Nusra que se separara deles. Na ocasião, disse a eles: “Vocês todos, de inúmeras nacionalidades, foram trazidos para a Síria onde foram reunidos. Vocês foram introduzidos na Síria – qualquer um pode agora checar isso, que aconteceu seis anos atrás – vocês foram trazidos para a Síria e serão usados como combatentes para atingir os objetivos almejados pelos (norte)americanos e israelenses na região e serão pressionados o tempo todo. 

Não importa se vão vencer ou perder. No final, vocês serão liquidados. Vocês serão coletados (como gado) para serem liquidados depois de usados. Vocês estão sendo usados… e é por isso que avisei vocês logo no início para terem cuidado e ficarem alertas, e não servir de madeira e combustível para o incêndio iniciado pelos Estados Unidos e Israel, assim como por alguns países regionais, contra os quais EUA e Israel também conspiram e que pagarão o preço no devido tempo. Mas o sectarismo, a burrice, a ignorância e a estupidez não lhes deram oportunidade (de lucidez).

Mas eles pensaram que eram muito espertos e que tinham instrumentalizado os Estados Unidos, Turquia e Arábia Saudita e todos os países do mundo, em particular o ocidente, que lhes permitiriam implementar seu próprio projeto na Síria. Colocaram no papel todos os seus projetos estratégicos. Isso foi o ápice de sua estupidez.

Qual é o cenário atual? Depois que, para o projeto (norte)americano na Síria o Daesh se tornou objeto de escândalo no ocidente, o Daesh vê seu fim chegar no Iraque – (é questão de) semanas, meses (mas), acabou. O Daesh não tem qualquer futuro político ou militar no Iraque. Da mesma forma na Síria, esse futuro também não existe mais. No máximo deixarão algumas células dormentes que levarão a cabo bombardeios suicidas, porque em última análise bombardeios suicidas alvejando civis em Bagdá, Tikrit, Damasco, Homs e seja onde for, reflete o fracasso militar e estratégico. Quando alguém decide mandar homens bombas para matar crianças, mulheres, para atingir restaurantes, transeuntes, escolas de crianças e estudantes, isso reflete fracasso estratégico e fracasso militar. São atos de vingança, não de combate. Este é o futuro do Daesh. Este também é o futuro da Al Nusra.

Agora, o Daesh está sendo bombardeado pela coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, Inglaterra, Turquia, Jordânia, bem como pela Rússia e enfrentam ainda as forças que lhes dão combate na Síria. E a Al Nusra, que foi trazida (e apoiada) pelos (norte)americanos, pelos Turcos e por seus aliados no Golfo, essa mesma Al Nusra está agora sendo bombardeada em Idlib e a oeste de Alepo. Não foi isso que eu disse seis anos atrás? Agora, as vozes se levantam, de Idlib e oeste de Alepo contra os Estados Unidos, contra sua traição e hipocrisia. Você está dormindo tranquilo? Depois de ter destruído a Síria, depois de destruir o Iraque e o Iêmen, será que você finalmente acordou e entendeu? (Você percebeu a natureza da) traiçoeira e hipócrita América do Norte, que depois de ter usado vocês agora os massacra? Esta é a verdade.

E com isso, claro, Israel interfere a cada dia, sob vários pretextos. O pretexto de destruir armas que seriam endereçadas ao Hezbollah, como afirmaram ontem, por qualquer pretexto: que um morteiro atingiu o Golã (ocupado), etc., Israel intervém e bombardeia posições do exército sírio para proteger e ajudar ao Daesh e (outros) grupos terroristas. Hoje, quanto a esse projeto arrogante de ocupação, hegemonia e controle da Síria, declaro francamente a vocês que tem fracassado, e que a Síria está vencendo, mas ainda esperando pela grande e decisiva vitória. Como o resto das diversas facções, o Daesh desaparecerá. A Al Nusra desaparecerá. E o terrorismo takfiri também desaparecerá. É apenas uma questão de tempo.

Foram abandonados até pelo mundo que os apoiou, financiou, ajudou e assistiu e agora os despreza e bombardeia. Porque o feitiço virou contra o feiticeiro. Porque o mundo descobriu que a serpente que criou e alimentou em seu próprio seio (e lançou contra a Síria) tornou-se um perigo e um veneno contra seu criador, atacando Paris, Londres, Alemanha, Bélgica, a Turquia, os Estados Unidos, a Arábia Saudita, etc.

Qual é a situação atual do restante das facções da oposição síria? Não têm líder, não têm liderança, não têm uma frente unida, não têm projeto nacional, sequer sabem o que querem, estão divididos, perdidos e vagando entre embaixadas (estrangeiras) e serviços de segurança. Claro que ainda existe a aposta em personalidades patrióticas ou quadros da oposição que poderiam participar de uma solução política e de um diálogo para a reconstrução da Síria.

Hoje, na comemoração do nascimento da filha do Profeta de Deus (Fatima al-Zahra), a qual foi mandada ao mundo como uma bênção, permitam que eu me dirija aos que ainda lutam na Síria como inimigos, e que acreditam que estão lutando em nome do Islã, no front da comunidade (islâmica) e no front da pátria e que estão 100% errados. Permitam que eu apele a eles, que me dirija a eles e diga o seguinte: este projeto fracassou. Sua luta é vã e não levará a nada além de mais mortes, batalhas e destruição, massacres de ambos os lados, apenas para beneficiar os Estados Unidos e Israel.

Olhem, Netanyahu foi até Moscou para implorar. Por que? Ele foi até o presidente Putin para pedir, porque ele tem medo da derrota do Estado Islâmico (Daesh) na Síria. Para Putin – perdão, para Netanyahu, a derrota do Estado Islâmico representa uma vitória da Resistência e do Eixo de Resistência. Porque para Netanyahu, a derrota do Estado Islâmico (Daesh) na Síria é a derrota de um projeto que Israel apoia há seis anos. Daí, ele foi implorar a (Putin). Oh, o que você está fazendo com o Estado Islâmico (Daesh) vá mais devagar com ele! Se você destruir o Estado Islâmico, o que vai fazer a respeito do Irã, do Hezbollah, do Presidente Assad e o resto do Eixo de Resistência?

Vocês (lutadores do Estado Islâmico) não devem acreditar que vocês estão lutando para o Islã, pela comunidade ou pela mãe pátria. Entenda vocês ou não, estão lutando há seis anos pelos Estrados Unidos, por Israel e por aqueles que planejam matar vocês, prendê-los ou massacrá-los. Será que nem todo o sangue já derramado na Síria serviu para torna-los conscientes? Não foi o suficiente para que repensem as coisas? Peço a vocês que deponham suas armas, que parem de lutar, que aceitem um cessar fogo real, que cheguem a uma solução verdadeiramente humanitária e política, que deixem o lado da hipocrisia e fiquem ao lado do Islã, deixem Estados Unidos e Israel pelo lado da comunidade e deixem o lado do inimigo e passem para o lado da Resistência. Isso ainda é possível. Ainda é possível. (Peço a vocês) parem com a destruição. Seu projeto não tem futuro.

O Eixo de Resistência, e dissemos isso desde os primeiros dias, há seis anos, desde o início, nós declaramos que o Eixo de Resistência não seria derrotado na Síria, nem no Iraque nem no Iêmen, e não seria quebrado.  Agora, depois de seis anos, o Eixo de Resistência triunfa na Síria, e está triunfando no Iraque, enquanto no Iêmen continua inabalável e também triunfará, se Deus quiser, uma grande e decisiva vitória. Mas estas pessoas que lutam contra ele devem estar conscientes do que estão fazendo com suas vidas, seu sangue, seu futuro e sua vida após a morte, devem reconsiderar todas as suas ações sangrentas que ainda persistem, no Iraque, na Síria, no Iêmen e em outros lugares.

Excerto da seção política do discurso – transcrição para o inglês feita por Sayed Hasan http://sayed7hasan.blogspot.fr ) –
Tradução para o português por btpsilveira.

Mostra apresenta bordados de artesãs de Minas Gerais; governo quer mapear setor.

Trabalho apresentado na exposição Bordado Reinventado, em Belo Horizonte
 Léo Rodrigues/Agência Brasil.

Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil.
Os primeiros bordados de Marilene Alair da Silva sugiram ainda na infância. A habilidade com as mãos começou a se desenvolver em uma brincadeira. Vendo sua mãe trabalhar na máquina de costura, ela tentava imitar usando agulha e linhas. Hoje, aos 49 anos, seu prazer é sua fonte de renda.
Nascida em Sabará (MG) e residindo em Lagoa Dourada (MG) há seis anos, a bordadeira lembra que as encomendas começaram a surgir com frequência ainda na cidade natal após ter feito o enxoval de seu próprio casamento. "Muitas pessoas acharam bonito e vieram me procurar para saber se poderia fazer para elas. Aos poucos, eu fui diversificando minha produção", conta.
Constantemente se renovando, Marilene fez cursos de cerâmica e outras técnicas e atualmente trabalha também com esculturas. Em uma delas, retrata três beija-flores cujos corpos de argila sustentam asas bordadas. Ao centro da obra, há um pequeno tronco de madeira.
Este trabalho é um dos 100 que estão expostos no Centro de Arte Popular da Cemig, em Belo Horizonte, até o dia 28 de abril. São peças produzidas por profissionais de diferentes gerações e de diversos municípios mineiros. A exposição Bordado Reinventado foi motivada pelo Dia do Artesão, celebrado no último domingo (19).
A mostra é organizada pela Secretaria de Desenvolvimento Integrado e Fóruns Regionais (Seedif) de Minas Gerais e a entrada é franca. "É uma forma de aproximar a população da atividade e ampliar o acesso a uma arte e uma tradição. 
O bordado é uma manifestação que corre riscos em função da modernização tecnológica, da expansão da indústria têxtil e dessa globalização que traz produtos similares de outros países como a China", diz o titular da pasta, Wadson Ribeiro.
As palavras do secretário encontram eco na experiência de Marilene. A ideia de inovar e passar a utilizar bordados em esculturas junto com outras técnicas foi também uma resposta aos desafios que o mercado apresentou. "Algumas peças tiveram redução nas vendas. Cada vez menos noivos buscam essa confecção manual de enxoval, por exemplo. Então eu procurei me renovar para atingir novos públicos", explica.
Por outro lado, a bordadeira garante que a atividade está bem viva e atraindo novas gerações. Sua filha de 26 anos, que também participa da produção, é um exemplo. Mas não só ela. Marilene conta que também ministrou cursos e oficinas nestas duas cidades e em outras também. "Já ensinei grupos nos quais 80% dos participantes eram jovens".

Mutirão
O artesanato mineiro dominou, no ano passado, o 4º Prêmio Sebrae Top 100, um dos mais cobiçados do setor. Foram 13 premiados, superando Pernambuco, com dez agraciados, e Pará e Santa Catarina, com sete cada um. Segundo estimativas da Seedif, o estado de Minas Gerais reúne ao todo 300 mil artesões fomenta uma cadeia produtiva responsável por movimentar cerca de R$ 2,2 bilhões por ano.
"Estamos falando de uma profissão ainda não regulamentada em lei, mas que desenvolve uma atividade cultural de grande impacto econômico. E quando falamos de Minas Gerais, estamos falando de algo em torno de 10% do artesanato brasileiro", afirma o secretário Wadson Ribeiro.
A Seedif, porém, busca estratégias para mapear com mais precisão o setor. Criada em 2012 como desdobramento do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), a Carteira Nacional do Artesão é o principal mecanismo para este mapeamento. Ela é fornecida gratuitamente e funciona como uma identificação nacional do trabalhador. Entre os benefícios de possuí-la estão facilidades para participar em feiras de artesanato no país e no exterior e para realizar oficinas e cursos na área.
No último domingo (19), houve um mutirão para cadastro em Belo Horizonte. O desafio ainda é grande. Até o momento, apenas 2,9 mil carteiras foram entregues em Minas Gerais, o que significa que menos de 1% dos artesãos do estado foram alcançados.
Por esta razão, a Seedif dará início a uma caravana para atender artesãos de regiões mineiras onde a atividade tem mais força. "Quanto maior o alcance do cadastramento, maior será o poder de pressão deste segmento. Daí os artesãos poderão reivindicar políticas públicas que criem novas oportunidades de negócio, potencializem as atividades e organizem melhor a cadeia produtiva. Eles podem, por exemplo, obter crédito para aquisição de matéria-prima, mais reconhecimento, participação em feiras internacional", diz o secretário Wadson Ribeiro.

Edição: Carolina Pimentel

sábado, 25 de março de 2017

Seminário Revitalização dos Rios Maranhenses lota auditório da Fiema, em São Luís.

 

Durante todo o dia desta sexta-feira, 24, o público lotou o auditório da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), em São Luís, para participar do seminário “Revitalização dos Rios Maranhenses e Suas Nascentes”, cujo objetivo foi debater e apresentar projetos para a recuperação das bacias hidrográficas do Maranhão.

O evento foi realizado pelo Instituto Cidade Solidária e gabinete do senador Roberto Rocha (PSB/MA), com co-realização do Ministério do Meio Ambiente e do Movimento Ensinando e Aprendendo-MEA.

O seminário reuniu políticos, empresários, gestores, ambientalistas, estudantes, entidades, órgãos públicos e privados, dentre outros profissionais de diversas áreas, que por meio de palestras e mesas redondas, apresentaram projetos sobre meio ambiente, e discutiram ações de responsabilidade socioambiental.


A composição da mesa durante a cerimônia de abertura, foi formada pelo senador Roberto Rocha; ministro Sarney Filho (PV) (Meio Ambiente); deputado federal, Hildon Rocha (PMDB); deputado estadual, Adriano Sarney (PV); reitor da UEMA, Gustavo Costa; pró-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Universidade CEUMA, Valério Monteiro; presidente da Agência Nacional de Àguas, Vicente Andreu; presidente da Codevasf, Kênia Marcelino; presidente da Fiema, Edilson Baldez, e o deputado federal, Juscelino Filho (DEM), coordenador da bancada maranhense.

Logo pela manhã, os pronunciamentos foram iniciados pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez. Logo em seguida, a presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paranaíba (Codevasf), Kênia Marcelino, falou sobre algumas ações que serão executadas pela Codevasf, como o investimento de R$ 1,5 milhão para a elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Itapecuru.

O presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Andreu, elogiou a iniciativa do seminário e destacou que a população demanda políticas mais efetivas, e que ajudem a resolver os problemas dos rios. “São iniciativas como essa que vão elevando a consciência da população”, disse.
 

Já o senador Roberto Rocha, apresentou projetos e emendas para ajudar na preservação dos rios maranhenses. “Nós maranhenses temos uma riqueza hídrica fantástica, e é necessário um esforço conjunto para salvar os nossos rios, pois depois de nós maranhenses, o que temos de mais importante, são as nossas águas”, afirmou.

Na oportunidade, o senador assinou, como testemunha, o manifesto de constituição do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Regional da Bacia do Rio Itapecuru, que teve a adesão inicial dos prefeitos das cidades de Cantanhede, Codó, Rosário, Mirador, Caxias e Itapecuru, todos presentes no evento.

Atividades técnicas
Dando início às atividades técnicas do seminário, o Ministro de Meio Ambiente, Sarney Filho, palestrou sobre água, floresta, e clima na Agenda Ambiental do Ministério de Meio Ambiente. Ele explicou as ações do Ministério para ajudar na preservação ecológica, e destacou que o MMA está investindo em programas de recomposição de florestas e de proteção de nascentes para ajudar enfrentar a crise hídrica no Brasil. 

“As mudanças climáticas estão afetando o regime de chuvas e, hoje, nós temos que pensar, não somente na qualidade das águas, mas na quantidade também”, lembrou.

As atividades do seminário se estenderam durante toda a tarde, onde diversos especialistas, mestres e doutores ligados ao tema do evento, proferiram palestras como “Segurança Hídrica das bacias Hidrográficas Para a Sustentabilidade; Base Legal e Gestão de Recursos Hídricos, Preservação e Conservação Ambiental, além de mesas redondas para contarem as experiências exitosas de estudos e despoluição das Bacias Hidrográficas.

Durante as apresentações, houve um momento para questionamentos e sugestões dos participantes.

Para o presidente do Instituto Cidade Solidária, Marcelo Caio, o seminário conseguiu atingir o objetivo de mobilizar a sociedade para temática do meio ambiente e preservação dos rios. “A nossa proposta é levar esse evento para outras cidades e estender essa discussão para todo o estado do Maranhão”, declarou.

Texto: Ascom.- Sen.Roberto Rocha. 

Governo Temer (PMDB) depois do fim da CLT, quer cobrar mensalidades nas Universidades e Institutos Federais.


Secretária do MEC defende cobrança de mensalidades.  Matéria originalmente publicada na edição de março do Jornal do Professor - ADUFG-Sindicato [https://issuu.com/adufg/docs/jp37].


Em audiência com  dirigentes do Proifes-Federação, a secretária executiva do ministério da Educação (MEC), professora Maria Helena Guimarães de Castro, defendeu veementemente a cobrança de mensalidades nas universidades e institutos federais. A reunião, em Brasília, ocorreu no dia 16 de fevereiro passado.
Os dirigentes do Proifes haviam marcado o primeiro encontro do ano como governo para apresentar a pauta de reivindicações da categoria: pontos não implementados do acordo de 2015, isonomia da  carreira EBTT  e o  reajuste salarial deste ano. Mas a conversa, de quase uma hora, foi praticamente toda sobre as contas das universidades.
“Eu sou de universidade, defendo a educação pública, mas acho que temos de olhar para a situação real. Não podemos criar situações incompatíveis  com  o mundo que estamos vivendo, de queda de receita, de mudança no paradigma da economia do país. Nós só aumentamos em folha de pagamento”, começou a secretária, antes mesmo  de  Eduardo Rolim, presidente do Proifes, terminar de apresentar a pauta.
Logo depois a secretária citou as realidades do ensino superior em Portugal, Inglaterra, França e Alemanha. “Aliás, nem sei ainda que países têm universidades públicas plenamente gratuitas para todos, independente da situação socio- econômica. O Brasil não pode ficar fora do mundo real”, disse maria Helena.
Foi quando Rolim comentou: “A nossa posição sempre foi de que a graduação e a pós-graduação não devem  ser  cobradas,  até  por questão  de realidade nacional,  diferente  do   Brasil para os outros países”. E a secretária   interferiu:   “Ah,  mas vai  ser.  Sinto  muito,  mas  vamos (cobrar mensalidades)”.
Maria Helena acredita que a USP, em crise financeira, logo começa a cobrar mensalidade. “E quando a maior universidade pública do país começar a  cobrar,  as  outras  vão cobrar, porque você quebra uma barreira”, disse a secretária.
Rolim tentou argumentar que a medida exigiria uma reforma constitucional. “Mas tudo é possível”, rebateu  Maria Helena. “Não acabamos de votar várias PECs? Até a PEC do Teto nós votamos”, concluiu. Rolim voltou o assunto à pauta de reivindicações do Proifes. Maria Helena saiu mais cedo da reunião e o governo ficou de marcar novo encontro com a Federação.
FHC
A necessidade de cobrança de mensalidade nas universidades federais foi fortemente defendida pelos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), de 1995 a 2002, período em que maria Helena ocupou a  presidência do  Instituto Nacional  de Estudos  e Pesquisas Educacionais (Inep) e a mesma  secretaria executiva do MEC.
O assunto ficou fora da pauta nacional por 13 anos, durante  os governos do PT, momento em que as universidades e institutos federais, sob efeito do Reuni,  experimentaram  o maior crescimento de sua história.
E voltou a ser  mencionado em editoriais de jornais nacionais ano passado, assim que Michel Temer (PMDB) assumiu a presidência da República.


Pedro Fernandes em pronunciamento afirma que receio de perda da soberania brasileira em Alcântara foi um blefe.

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Dep. Pedro Fernandes (PTB/MA).

Durante discurso pelo transcurso do 34º aniversário de criação do Centro de Lançamento de Alcântara - CLA. 

Deputado Federal maranhense Pedro Fernandes (PTB) cobra do Governo Federal apoio ao Centro de Lançamento de Alcântara.

Abaixo pronunciamento do deputado maranhense.


PEDRO FERNANDES  (Bloco/PTB-MA. Sem revisão do orador.)

Sr. Presidente, no último dia 10, o Centro de Lançamento de Alcântara - CLA completou 34 anos.

A instituição, muito importante e que já fez muito pela corrida espacial brasileira, precisa de muito apoio do Governo Federal. Nós tivemos um problema na década passada, quando se espalhou que, com um convênio que seria feito com os Estados Unidos, aquele país iria tomar a soberania brasileira. Isso foi um blefe muito grande que foi pregado nesta Casa, e nós recuamos e fizemos parceria com a Ucrânia. Isso nos fez atrasar mais ainda o projeto espacial brasileiro.


O Governo brasileiro precisa tomar a atitude de avançar com o Centro de Lançamento de Alcântara. O Centro fica localizado num lugar estratégico, pois é o lugar mais barato para se lançar foguetes, e a atividade envolve um mercado mundial onde correm milhões de dólares.

Então, nós parabenizamos todos os que fizeram e fazem o Centro de Lançamento de Alcântara.

Queremos dizer também que, neste ano, a bancada do Maranhão vai chamar a atenção das outras bancadas brasileiras como um todo para que apoiemos todos o CLA.

Acordo entre Brasil e EUA possibilitará parcerias de desenvolvimento tecnológico conjunto.

No final de 2016, Jungmann, e a então embaixadora norte-americana no Brasil, Liliana Ayalde, lideraram o Diálogo da Indústria de Defesa - Foto: Tereza Sobreira/MD

O Ministério da Defesa e o Departamento de Defesa norte-americano concluíram, nesta quarta-feira (22), os termos do Convênio para Intercâmbio de Informações em Pesquisa e Desenvolvimento (MIEA - Master Information Exchange Agreement), acordo fundamental para permitir que os dois países levem adiante, em parceria, projetos de desenvolvimento tecnológico.
A assinatura do convênio ocorreu após longo período de negociações realizadas pela Chefia de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e pela Secretaria de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa (Seprod).
O secretário da Seprod, Flávio Basilio, explica que a novidade representa um marco relevante de fortalecimento da relação bilateral em defesa entre Brasil e EUA que, certamente, gerará benefícios para a nossa indústria nacional.
“Esse documento é a base para se estabelecer qualquer tipo de cooperação bilateral com os Estados Unidos. É mais um passo no sentido de nos reaproximar dos americanos, possibilitando parcerias importantes na área tecnológica que representarão um incentivo importante para a nossa Base Industrial de Defesa e para o País como um todo”, diz o secretário. 
O chamado MIEA é fruto da retomada de tratativas entre os dois países, a partir da ratificação pelo Congresso Nacional do Acordo sobre Cooperação em Matéria de Defesa (Defense Cooperation Agreement – DCA) e do Acordo relativo a Medidas de Segurança para a Proteção de Informações Militares Sigilosas (General Security of Military Information Agreement - GSOMIA).
Sem o MIEA, a relação do Brasil com os EUA seria restrita a esfera comercial (compra e venda). Agora, com este convênio que os EUA só firmam com países considerados parceiros, será aberta uma nova fase que poderá impulsionar ações conjuntas de desenvolvimento científico e tecnológico.
Neste novo horizonte, há a previsão de que sejam iniciadas trocas de informações e pesquisas básicas em temas que sejam de interesse dos países. A previsão é de que os primeiros projetos sejam voltados ao desenvolvimento de tecnologias duais, ou seja, que podem ser aplicadas tanto no meio militar quanto no civil.
Brasil – Estados Unidos
Os entendimentos para a aproximação entre Brasil e Estados Unidos se ampliaram no final do ano passado, com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e a então embaixadora norte-americana no Brasil, Liliana Ayalde, que lideraram o Diálogo da Indústria de Defesa. A partir deste encontro foi possível retirar alguns entraves que poderiam dificultar parcerias mais estratégicas entre os dois países.
“Este entendimento foi fundamental para estabelecermos este marco. A partir de agora, abriremos novos horizontes com outros países. Isso fortalecerá ainda mais a nossa indústria de defesa”, comemorou Jungmann.