sábado, 18 de novembro de 2017

Brasilia. Manuela D'Ávila é aclamada pré-candidata à Presidência da República em congresso do PC do B.

Richard Silva
Foto - Brasil 247.
Manuela D’Ávila foi aclamada pela militância do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) como pré-candidata à Presidência da República durante a abertura do 14º Congresso da legenda, realizado em Brasília, nesta sexta-feira (17), reunindo 600 delegados de todo o país. No discurso, ela apontou os rumos para a saída da crise e defendeu a construção de um projeto nacional de desenvolvimento com a formação de uma frente ampla.

Por Dayane Santos, no portal Vermelho
Como ela havia previsto, o Congresso seria o primeiro grande momento de sua pré-candidatura, pois a “militância é o coração do PCdoB”. “Hoje, certamente, vivo o momento mais bonito dessa trajetória, ao ser lançada pré-candidata à Presidência da República por nosso partido. Se o partido comunista é a honra do nosso tempo, como disse o Neruda, que honra enorme para mim ser a candidata dos comunistas à presidência do Brasil”, declarou.


Muito aplaudida e ao som de palavras de ordem como “Brasil independente, Manuela presidente!”, a pré-candidata afirmou que a proposta do PCdoB é promover o debate de um projeto nacional de desenvolvimento. Para isso, no entanto, ela considera fundamental a articulação de uma frente ampla, forte e unitária, que restabeleça o debate político.

“Nossa pré-candidatura não se soma aquelas que desconstroem a política e, portanto, agravam a crise brasileira. Sabemos que a crise no Brasil tem origem política e, portanto, a saída da crise também é política. Não existem candidaturas de outsiders. Nada mais a cara do sistema do que buscar soluções que pareçam estar fora dele”, defendeu.

Flávio Dino

Manuela disse que o seu partido tem proposta e, citando o governador do Maranhão, Flávio Dino, disse que o PCdoB também demonstra na prática que os comunistas sabem governar. “Flávio comprova que a experiência dos comunistas garante boa gestão, ou seja, eficiência do estado comprometida com a existência do Estado para os que precisam”, declarou.

Durante entrevista coletiva, quando questionada por jornalistas sobre quais seriam os pontos que poderiam unificar os partidos numa frente ampla, ela apontou: “Acredito que são os partidos que têm compromisso com a justiça social, com investimentos em políticas públicas que diminuam as desigualdades e que o Estado seja o motor do desenvolvimento”.

A pré-candidata comunista resgatou o papel do PCdoB nos governos Lula e Dilma que, segundo ela, ajudou a construir “mudanças importantes no Brasil” e disse que a crise política desencadeada desde o golpe de 2016 deve se encerrar com as eleições de 2018.

“Não pode ser momento de mero debate sobre o passado. Nós não queremos fazer da eleição um momento de acirramento da crise econômica e política. Nós queremos fazer da eleição um momento de construção de saídas”, defendeu.

Segundo ela, o golpe e a agenda de retrocessos aos direitos de Michel Temer criaram um clima de incertezas, levando o povo a sentir “medo do futuro”.

“Nós precisamos fazer com o que o nosso povo sonhe novamente e que compreenda que, como diz o nosso hino, o ‘Brasil é um sonho intenso’. É isso que eu estou falando, o Brasil é um sonho porque o Brasil é uma bela realidade, mas o Brasil ainda é também um projeto”, argumentou.

Tripé econômico

Manuela defendeu “mudanças radicais na economia”. “Hoje o Brasil é vítima de um tripé macroeconômico que tem como objetivo remunerar o rentismo, retirar as riquezas do trabalho para transferi-lo para o mercado financeiro”, salientou.

E acrescenta: “É preciso mudar essa realidade. Juros, câmbio e inflação: a gestão desses três preços macroeconômicos têm que ser feita, mas tendo como lógica o desenvolvimento do país e não os interesses do rentismo. Esse foi o caminho trilhado pela China, país que tem um projeto de nação e que colocou esse projeto como o meio de resolver os seus problemas sociais. Um câmbio para tornar a nossas exportações competitivas; juros baixos que incentivem o investimento produtivo e tornem o crédito barato e o ‘fim do medo-pânico’ paralisante do crescimento da inflação são a base para que voltemos a crescer”. 

Ela voltou a denunciar o desmonte promovido pela governo Temer e classificou a “destruição da indústria brasileira” como a principal tragédia dos últimos tempos.

“Hoje, quando olho pra esse plenário, vejo vários produtos que poderiam ser fabricados pelo nosso país, mas são feitos por indústrias estrangeiras. Quando eu falo de indústrias, não estou falando somente daquelas indústrias mais simples, essas nós até mantemos. Falo das indústrias de ponta, aquelas mais capazes de agregar valor.”

Ela aponta que a precarização do trabalho e o desemprego são algumas das consequências desse processo de desindustrialização. “Faz também com que fiquemos para trás na inovação, na medida em que um país sem indústrias é um país sem criatividade. Em última instância faz com que nossos jovens que se dedicam às áreas vinculadas à produção de tecnologia saiam do Brasil”, explicou. 

Segurança pública

Ao abordar o tema de segurança pública, que é uma das principais preocupações do brasileiro diante da escalada da violência, Manuela rebateu o que chamou de candidaturas que “se forjam apenas organizando e agudizando o medo”.

“Falar em segurança é falar em política pública, em criação de ministério, em investimento federal, em modernização e inteligência, em fiscalização das polícias, em valorização dos policiais. Falar em combate à violência e falar em viver em paz é o esforço para a garantia do respeito a quem nós somos, as nossas individualidades enquanto mulheres, negros, gays, jovens”, defendeu.

Rio de Janeiro. Assembleia Legislativa determina e os deputados, Picciani, Melo e Albertassi, deixam prisão, mas têm bens bloqueados pelo TRF2.


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Foto - Prédio da Alerj.
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

A decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de mandar soltar os deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, tomada em votação no final da tarde desta sexta-feira (17), foi seguida por outra decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), de determinar o bloqueio de seus bens, no valor total de R$ 270,7 milhões.
Menos de duas horas depois da decisão da Alerj, em votação que contabilizou 39 votos a favor da revogação da prisão e 19 votos pela sua manutenção, Picciani e os outros dois já deixavam a prisão, por volta das 18h. A ordem de soltura foi enviada diretamente da Alerj para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, sem comunicar o TRF2.
Jorge Picciani teve bloqueados pela Justiça R$ 154.460.000,00. Paulo Melo, teve bloqueio de R$ 108.610.000,00. E Albertassi, bloqueio de R$ 7.680.000,00. A determinação foi do desembargador federal Abel Gomes.
Ele determinou o bloqueio cautelar de contas e o sequestro ou arresto de bens de 13 pessoas e 33 empresas investigadas na Operação Cadeia Velha, relacionadas aos três parlamentares. 
A medida foi requisitada pelo Ministério Público Federal (MPF). A ordem atinge ativos financeiros e bens móveis e imóveis, incluindo veículos, embarcações e aeronaves. As informações foram divulgadas pela assessoria do TRF2.
Abel Gomes escreveu em sua decisão que os valores referem-se ao supostamente pago a título de propina aos três deputados, colocando todos os demais investigados, incluindo pessoas físicas e jurídicas, “como agentes colaboradores e solidariamente responsáveis, seja pelo recebimento ou pela dissimulação/lavagem desse numerário”.

Edição: Davi Oliveira

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Maranhão: Intransigência do governo Flávio Dino! Continua a ocupação de indígenas na sede da SEDUC/MA de Barra do Corda.

Leia a nota a seguir:


NOTA PUBLICA

O Conselho Territorial Indígena Kreepym Kateje e o povo krenyê estamos acampados na Unidade Regional de Barra Do Corda (URE) desde o dia 09 de novembro 2017, vinhemos por meio desta nota publica, comunicar que qualquer ato que o nosso povo venha a sofrer é de total responsabilidade da SEDUC e do governo do Estado do Maranhão. 
O CONSELHO diante da intransigência de não atender nossas demandas principalmente em relação a mudança de local pra construir a Escola Digna em um local neutro para que todos participem da gestão, organização e PPP para contemplar todos os alunos da TI Geralda Toco Preto, que por sua vez atenderá a necessidade maior de organização dentro do nosso território, estamos decididos a manter a ocupação até o Estado respeitar e acatar nossas decisões, pois qualquer ato de violência e ameaça é de responsabilidade da Secretaria de Educação do Estado do Maranhão (SEDUC). 
Nossos anciãos que aqui estão conosco com mais de 80 anos, já debilitados não iriam apoiar nossas demandas em prol da comunidade e coletividade, se nossas demandas não fossem sinceras, mesmo todos dormindo ao relento em cima de papelões. 
Incansavelmente, eles sempre nos dando força dizendo: “não desista, pois já estou dessa idade e nunca vi uma educação de qualidade dentro do nosso território, estamos muitos esperançosos, chega de tanto sofrer, não vamos esperar de braços cruzados, não está sendo fácil essa luta, mas vamos até o fim. E se ao final ou no meio da luta morrermos isso não nos importa pois, estamos garantindo o futuro das nossas gerações, e assim manteremos viva a nossa história”. 
Não está sendo fácil a luta por uma educação especifica e diferenciada para o povo Kreepym Kateje, e o Estado vem se impondo à nossa autonomia, já chega dos outros dizerem o que precisamos e necessitamos, sem conhecer nossa realidade. 
Somos autônomos e livres e temos o poder e direito de decisão sobre nós mesmos, pedimos apoio e sensibilidade de todos, o estado está nos massacrando, nos torturando lentamente, querendo nos vencer pelo cansaço, pelas condições desumanas que nos encontramos. 
RESISTIREMOS!


São Luís. Cajueiro resiste: justiça suspende ação da WPR na área; grupo de pesquisa da UFMA faz levantamento dos imóveis da região.

Charge vias de fato.
No último dia 8 de novembro, o juiz titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos determinou a paralisação das obras que a WPR São Luís Gestão de Portos e Terminais, do grupo WTorre, havia iniciado mesmo com todo o conflito que cerca sua tentativa de instalação na região.
A Defensoria Pública do Estado do Maranhão solicitou concessão da tutela em caráter de urgência na ação civil pública que move juntamente com o Ministério Público sobre o caso, haja vista os danos que a ação da empresa na região já estão causando enquanto a justiça não chega a uma solução. Caso ela continuasse a agir, os danos poderiam ser irreversíveis, mesmo que posteriormente se reconheça a ilegitimidade de sua operação. Para fortalecer sua justificativa, a Defensoria apontou a destruição dolosa de uma bomba de um dos poços artesianos que teria sido feita por um preposto da empresa.
O juiz Douglas de Melo Martins atendeu então ao pedido de suspensão imediata das atividades. Para o dia 29 próximo, está prevista audiência de conciliação entre as partes. A justiça considerou que, em concordando com a audiência, a empresa não pode agir de má-fé, sinalizando judicialmente a busca do acordo enquanto continua a praticar atos que violam o direito da comunidade.
Além da WPR, o Governo do Maranhão também é réu na ação movida pela Defensoria e pelo Ministério Público: o Governo concedeu licença ao empreendimento mesmo sabendo que não está resolvida a questão da dominialidade da área (a comunidade possui título expedido pelo próprio Estado, enquanto a empresa alega ter a propriedade de terrenos no local). Sem que essa questão, que envolve a viabilidade locacional do empreendimento em vários aspectos, o licenciamento pode ser considerado irregular.
Levantamento dos imóveis - A WPR/WTorre, procurando fundamentar sua posição, juntou a um dos processos sobre a tentativa de deslocamento compulsório do Cajueiro um levantamento no qual afirma serem menos de dez imóveis que ainda estariam sob negociação. Pertenceriam a mesma família que resistiria a vender seus terrenos. A lista apresentada pela empresa foi anexada ao processo 0809047-16.2017.8.10.0001 no dia 26 de outubro.
Os dados apresentados pela corporação são confrontados por um outro levantamento, realizado “in loco”, a pedido da Defensoria Pública Estadual, pelo Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente da Universidade Federal do Maranhão (GEDMMA/UFMA) nos dias 25 e 26 de setembro. Um outro levantamento, que seria feito pelo Governo do Estado, nunca chegou a ser apresentado (pelo menos até a data de publicação desta matéria, já na segunda quinzena de novembro).
O levantamento feito pelo GEDMMA/UFMA, que contou com o apoio de moradores da comunidade, teve como base o título condominial concedido aos moradores pelo Iterma (Instituto de Colonização e Terras do Maranhão). Nele vieram à tona 39 casas habitadas por 116 pessoas. Foram encontradas 13 casas fechadas e que, pelas informações dos vizinhos, têm ocupação ocasional. Foram encontrados 14 terrenos sem casas, sendo que, desses, uns têm uso para agricultura, outros contam com algum tipo de conservação e outros não demonstram qualquer uso. Há ainda 5 terrenos que tiveram suas casas derrubadas e que não foram vendidos para a WPR.
Foram constatados ainda 23 casas compradas e derrubadas (ainda que parcialmente) pela WPR e  três terrenos também vendidos a ela. Conclui o levantamento: “Apesar de não ter sido possível fazer o levantamento do tamanho de cada terreno…, é possível perceber que, além do número de unidades territoriais ser maior, a área adquirida pela empresa é bem inferior àquela que ainda está em posse dos membros da comunidade”.
Com isso, a versão apresentada judicialmente pela empresa de que apenas seis imóveis estariam em disputa, não condiz com o que pode ser observado no Cajueiro, onde, além da tentativa de invisibilização, da violência psicológica e mesmo física com intimidação de moradores pela presença de seguranças armados, como já se observou, agora se quer, também, impedir inclusive que se beba água, como visto no episódio da quebra dolosa da bomba do poço do local. Essa realmente não é a postura de quem, como anotou a justiça, busca conciliação.
Em meio a tantas ameaças, inclusive por parte do poder público que se nega a atuar pelos interesses dos maranhenses frente a corporações que já chegam querendo expulsar as pessoas de suas casas, Cajueiro segue resistindo.

Enfermeiros se revoltam com a falta de cumprimento do piso salarial, além de denunciarem outras irregularidades na SES.

FALTA DE CUMPRIMENTO DO PISO SALARIAL E OUTRAS IRREGULARIDADE NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE DO ESTADO DO MARANHÃO GERA REVOLTA DOS ENFERMEIROS ADMITIDOS VIA SELETIVO FUNCAB/2015.
ESTÁ NA HORA DA SOCIEDADE SABER COMO SÃO TRATADOS PELA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - SES, OS TRABALHADORES QUE CARREGAM CONSIGO A RESPONSABILIDADE DE ZELAR PELA VIDA DAS PESSOAS –  @S ENFERMEIR@S DO MARANHÃO
Diante dessa máfia de apadrinhamentos, mais de 400 funcionários fantasmas, desvios exorbitantes e super salário de enfermeira chegando a quase catorze mil por mês, nos deparamos com a revolta dos enfermeiros seletivados no Maranhão. 
Eles estão ganhando um salário inferior ao piso salarial dos enfermeiros de 36 horas semanais, uma vez que, existe uma convenção trabalhista em que no acordo é para ser pago um valor que gira em torno de 3.200,00, eles estão recebendo entre 1800,00 a 2000,00 esses enfermeiros foram selecionados através de provas e títulos e desde que assumiram seus cargos se indignaram com tamanho desrespeito: o não cumprimento do acordo salarial de classe (sendo que no edital do seletivo eles descrevem muito claramente que vão observar tais acordos em uma das cláusulas). 
Discriminação entre os enfermeiros não seletivados, visto que, os demais ganhão um salário de 3.200,00, sendo isso inconstitucional, em uma mesma instituição com mesma classe de trabalhadores haver diferenças salariais.

Além disso, o SEEMA (Sindicato dos Enfermeiros do Maranhão) foi acionado e tomou providências cabíveis, porém sem retorno positivo, o que houve foram apenas promessas da parte da empresa que o contataram, na verdade não deram nem previsão da regularidade do salário deles.
Para resolver essa situação o sindicato e os trabalhadores tinham 3 caminhos:
O sindicato buscaria solução pela via dialética, o que foi feito, mas sem sucesso;
O sindicato deveria judicializar uma ação pelo não cumprimento do piso, que também já foi feito e estão no aguardo da decisão judicial;
Os trabalhadores se organizarem para uma possível paralisação.


Quando o sindicato instigou a empresa contratante dos enfermeiros, eles até enviaram um documento descrevendo que se ia regularizar a situação desses trabalhadores, mas isso não saiu do papel como podem ver em tal documento. Ou seja, estão brincando com os direitos trabalhistas de uma classe que cuida tão bem de vidas.
Como se não fosse o bastante, nos locais onde esses enfermeiros atuam está faltando outros profissionais de enfermagem – os técnicos de enfermagem, a empresa alega que não pode contratar tais funcionários, o motivo não se sabe, ou será se os funcionários fantasmas não estão ocupando essas vagas no lugar onde era para ter uma mãe ou pai de família levando seu árduo trabalho de enfermagem? 

Consequentemente, os enfermeiros já com sua jornada de 36 horas estão trabalhando agora muito mais, pois agora estão com a responsabilidade de fazer a função dos técnicos de enfermagem, já que é lucro para empresa contratar enfermeiros e remunerar com um valor de metade do salário que se deveria pagar. 
Agrava-se a isso o fato de está faltando recursos materiais nos estabelecimentos de saúde, como respiradores, monitores cardíacos, medicamentos e outros.   E esses dias têm que ainda engolir essa de enfermeira apadrinhada ganhar sete vezes o valor dos enfermeiros selecionados por provas.

Pedimos urgentemente providências aos nossos defensores legais para que tal fato seja regularizado o mais rápido possível.

Rio de Janeiro. Parecer da CCJ da Alerj que pediu a soltura de Picciani e mais dois deputados cita decisão do STF sobre caso Aécio Neves.

Foto - Aécio Neves e Picciane.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) votou a favor da revogação das prisões do presidente da Casa, Jorge Picciani, e dos deputados estaduais Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB.
Por 4 votos a 2, os deputados entenderam que a Constituição garante a independência dos poderes e que foi uma investigação inconclusa. Agora o parecer do relator, deputado Milton Rangel (DEM), irá à votação no plenário, precisando de maioria simples – 36 dos 70 deputados – para ser aprovado ou rejeitado.
Picciani, Paulo Melo e Albertassi foram presos ontem (16), por determinação unânime do Tribunal Regional Federal da 2ª Região  (TRF2), indiciados na Operação Cadeia Velha, deflagrada na terça-feira (14). Até a votação em plenário, prevista para hoje (17), eles permanecem presos na Cadeia Pública José Frederico Marques.
*Matéria ampliada às 15h37
Do Globo:
O parecer aprovado pela CCJ da Alerj — pela soltura de Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi e a revogação do afastamento de seus mandatos — cita a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para suspender o afastamento dos três deputados estaduais. O STF jogou a palavra final sobre medidas cautelares contra deputados para o Legislativo.
Além da soltura dos três deputados, a proposta de projeto de resolução aprovada pela CCJ e encaminhada ao plenário determina o “pleno retorno” aos respectivos mandatos parlamentares. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) determinou que a Alerj não poderia deliberar sobre o afastamento dos mandatos, somente sobre a prisão.
A revogação do mandato é polêmica. Os deputados se baseiam na decisão do Supremo Tribunal Federal no caso do senador Aécio Neves. Na ocasião, o STF decidiu que as casas legislativas também precisariam avaliar medidas cautelares impostas pelo Judiciário a parlamentares, como o afastamento de mandato.
Se a Alerj decidir revogar o afastamento do mandato, o relator do caso no TRF-2 deve pedir nova convocação da Seção Especializada do tribunal para deliberar sobre as medidas cabíveis.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Maranhão. PF deflagra 5ª fase da Operação Sermão aos Peixes.

PF deflagra 5ª fase da Operação Sermão aos Peixes
São Luís/MA – A Polícia Federal, com o apoio do Ministério Público Federal, do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil, deflagrou nesta quinta-feira (16/11) a Operação Pegadores, que apura indícios de desvios de recursos públicos federais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, em Contratos de Gestão e Termos de Parceria, firmados pelo Governo do Maranhão, na área da saúde.
Cerca de 130 policiais federais cumprem 45 mandados judiciais, sendo 17 mandados de prisão temporária e 28 mandados de busca e apreensão em São Luís/MA, Imperatriz/MA, Amarante/MA e Teresina/PI, além do bloqueio judicial e sequestro de bens no total de R$18 milhões. Todas as ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Maranhão.
Durante as investigações conduzidas na Operação Sermão aos Peixes, em 2015, foram coletados diversos indícios de que servidores públicos, que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde naquele ano, montaram um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal.
A PF apurou a existência de cerca de 400 pessoas, que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais, sem que prestassem qualquer tipo de serviços às unidades hospitalares. Os beneficiários do esquema seriam familiares e pessoas próximas a gestores públicos e de diretores das organizações sociais.
O montante dos recursos públicos federais desviados por meio de tais fraudes supera a quantia de R$ 18 milhões. Contudo, o dano aos cofres públicos pode ser ainda maior, pois os desvios continuaram a ser praticados mesmo após a deflagração de diversas outras fases da Operação Sermão aos Peixes.
Foi detectado, também, que uma empresa registrada como sendo uma sorveteria passou por um processo de transformação jurídica e se tornou, da noite para o dia, uma empresa especializada na gestão de serviços médicos. Essa empresa foi utilizada para a emissão de notas fiscais frias, que teriam permitido o desvio de mais de R$ 1 milhão.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros.
Após os procedimentos legais, os investigados serão encaminhados ao sistema penitenciário estadual, onde permanecerão à disposição da justiça federal.
O nome da Operação é uma referência a um trecho do Sermão do Padre Antônio Vieira (1654), que ficou conhecido como o “Sermão aos Peixes”, no qual o Padre toma vários peixes como símbolos dos vícios e corrupção da sociedade. Um dos peixes ele chamou de PEGADOR, referência aos vícios do oportunismo: “vivem na dependência dos grandes, morrem com eles”.
Durante a investigação, restou comprovado a prática habitual de desvio de verbas para o pagamento a apadrinhados políticos, pessoas que recebem dinheiro público sem a devida contraprestação laboral, ou seja, atuando como pegadores, na visão do Sermão, já que recebiam tais benesses em razão da influência de pessoas importantes na política local, como já alertava o Padre Antonio Vieira no Sermão aos Peixes.
RELEMBRANDO - A primeira fase da Operação Sermão ao Peixes foi deflagrada em 16 de novembro de 2015, quando foram cumpridos mais de 60 mandados judiciais e presos os gestores de duas principais entidades responsáveis pela terceirização do sistema de saúde à época.
As segunda e terceira fases foram deflagradas simultaneamente, em 06 de outubro de 2016, e resultaram na Operação Abscondito, que apurou o embaraço à investigação criminal decorrente do vazamento da Operação Sermão aos Peixes, e na Operação Voadores, que apurou o desvio de R$ 36 milhões, que haviam sido sacados diretamente das contas dos hospitais por meio de cheques de pequeno valor.
A quarta fase foi batizada de Operação Rêmora e foi deflagrada, no dia 02 de junho de 2017, quando foram presos em flagrante os gestores de outra organização social, que estavam desviado recursos públicos mediantes saques de grandes quantias em espécie na boca do caixa.
Será concedida entrevista coletiva, às 10h (horário Local), na Superintendência de Polícia Federal no Maranhão, localizada na Av. Daniel de La Touche, nº 4000, Bairro Cohama, São Luís/MA.
Comunicação Social da Polícia Federal no Maranhão - Contato: (98) 3131-5295 - E-mail: cs.srma@dpf.gov.br.