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Foto - Voz da Russia, |
Está previsto para esta segunda-feira, 22 de dezembro, o início da construção do Canal da Nicarágua, que para muitos será uma alternativa ao Canal do Panamá. O especialista em História das Américas Rafael Araújo concedeu uma entrevista à emissora Sputnik, no qual avaliou a importância do novo canal.
“Em primeiro lugar o Canal da Nicarágua tem o objetivo de ampliar e facilitar as transações comerciais entre os oceanos Pacífico e Atlântico", disse Rafael Araujo.
Ele também opina que o Canal da Nicarágua é importante para ampliar as relações comerciais entre a China e os países da América Central e América Latina em geral, facilitando a navegação dos navios. A executora e concessionária do novo canal é a empresa chinesa Wang Jing.
O especialista concorda que a China consolida mais uma vez a sua presença nos países latino-americanos: “Sim, a China nos últimos 15 anos ampliou não só a importação de produtos latino-americanos, mas também a exportação de produtos para cá, para a região.
Então a China é a maior interessada na concessão desse canal."“Ela (China – ed.) tem interesse em cada vez mais se consolidar como principal parceiro comercial da região. Não só no sentido da importação de matérias-primas, mas também na exportação de produtos industrializados. O que é bem interessante é que a China tem superávit da sua balança comercial com a quase totalidade dos países da América Latina. Então é importante para ela esse canal porque vai viabilizar ainda mais a ampliação das suas exportações para a região, para além de importações de matérias-primas que são extremamente necessárias para o país."
O entrevistado disse que o projeto beneficiará a economia da região, e vai possibilitar a saída da pobreza, melhorando a vida da população, não só na Nicarágua, mas em toda a América Central. Os analistas econômicos fizeram uma projeção que apenas com o início das obras de construção em maio de 2014 o crescimento econômico da Nicarágua deveria atingir 10,8% em 2014 e 15% em 2015.
Mas o governo da Nicarágua não deixou claro o impacto ambiental do projeto: "O grande problema é a questão ambiental, já que o governo da Nicarágua não deixou claro não só para os nicaraguenses mas também para a população da América Central, os impactos que poderão ocorrer com a construção desse canal."
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