Para quem não conhece, fazemos um parênteses, o Grito da Terra Brasil é o principal evento da agenda do movimento sindical do campo, reunindo anualmente milhares de trabalhadores rurais de todo o País em Brasília.
A manifestação é promovida pela Contag e apoiada pelas Federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetags) e pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STTRs) pode ser considerada como data-base dos trabalhadores rurais.
A realização do referido evento começa bem antes, cabendo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) iniciar as negociações com o governo federal através do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em reunião que contou ainda com as presenças dos ministros Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República e Afonso Forense, do MDA. “Esperamos dar continuidade ao processo de diálogo iniciado no governo do ex-presidente Lula com o movimento sindical dos trabalhadores rurais (MSTTR)” acredita o presidente da Contag, Alberto Brochtendo na entrega de uma pauta com 200 pontos.
O documento está organizado em nove eixos que prevêem ações emergenciais de combate à pobreza rural e à desigualdade de gênero e de fomento à geração de renda e à sustentabilidade econômica, social e ambiental. Além destes Ministérios houve reunião também com o Min. da Educação, Min. Do Meio Ambiente, etc.., O evento teve por objetivo a discussão de políticas públicas para ações emergenciais de combate à pobreza rural e à desigualdade de gênero e de fomento à geração de renda e à sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Os representantes da Fetaema e Contag do Maranhão levaram propostas e uma pauta de reivindicações para estimular o crédito fundiário para os agricultores familiares, além de solicitarem a inclusão de 46 municípios do Estado do Maranhão, na área do semi-arido, municípios estes retirados das políticas governamentais federais, que recebem ajuda federal para lidar com a seca, a desertificação e a falta de água.
A Presidente da República, Dilma Rousseff, atendeu um representante de cada estado, e anunciou entre as diversas medidas tomadas, que os agricultores serão beneficiados com a criação de uma superintendência na Caixa Econômica Federal, que será específica para tratar de assuntos ligados à habitação rural.
A presidente ressaltou ainda que vai liberar cerca de R$ 530 milhões para serem empregados em assentamentos agrários em todo o país. Além da liberação de um fundo de R$ 30 milhões que servirão de subsídio para o crédito fundiário,entre as boas novas anunciadas destaca-se ainda que os produtores também serão beneficiados com a queda da taxa de juro em 0,5 a 2% para o setor agrário, diferente do que vem acontecendo em outros setores da economia, e com políticas de desburocratização na negociação de produtos do agronegócio, que poderão ser comercializados em outros estados brasileiros, e cobraram a votação do novo Código Florestal Brasileiro.
(com informações do site da Contag).
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