Partido dos Trabalhadores revê postura
e reage após calúnias e difamações sistemáticas
Cerca de duas semanas após a revista
Veja estampar em sua capa uma reportagem acusando o ex-ministro da Casa
Civil José Dirceu de confabular contra a presidenta Dilma Rousseff com
ministros, senadores e deputados em um hotel de Brasília, o PT reagiu com uma
campanha em seu site Linha Direta, administrado pelo diretório do partido em
São Paulo.
No portal, a legenda destaca um banner com as frases: “Você quer um jornalismo de mentira e falta de ética? Não seja manipulado. Não leia a Veja”. No link, há uma nota de convocação para um protesto contra a revista no sábado 17, na Avenida Paulista.
No portal, a legenda destaca um banner com as frases: “Você quer um jornalismo de mentira e falta de ética? Não seja manipulado. Não leia a Veja”. No link, há uma nota de convocação para um protesto contra a revista no sábado 17, na Avenida Paulista.
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“Essa
é uma campanha de blogueiros que pediram a divulgação do partido, então
estamos dando espaço. Mas fazemos o mesmo com outros movimentos sociais,
justamente por considerar essa ação um movimento social”, diz o presidente do
PT paulista, Edinho Silva.
A reportagem sobre Dirceu causou polêmica e gerou uma investigação da polícia, pois o repórter da revista teria tentado invadir o quarto do petista no hotel.
A publicação da Editora Abril reservou mais um espaço para o PT na mesma edição. Em outra matéria, apontou que o partido apoiou um projeto de lei do deputado estadual Campos Machado (PTB-SP) para retirar a Corregedoria da Polícia Civil do gabinete do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto. O projeto era criticado pela revista, já que, após a mudança da instituição, em 2009, houve melhora significativa na fiscalização de oficiais corruptos, com mais de dois mil inquéritos abertos e a exoneração de 223 policiais em 2010, contra 67 do ano anterior.
No entanto, o partido apoia a autonomia da Corregedoria e as investigações, explica Silva, mas questionava o fato da mudança ter sido realizada por meio de um decreto do governo. “Isso deveria ter sido feito por um projeto de lei, mas o governo tem usado cada vez mais o decreto e não se governa desta forma”, afirma. “Não somos contrários à mudança, mas não se pode passar por cima da Assembleia Legislativa, o Executivo não pode legislar e não podemos impor atos administrativos.”
A reportagem sobre Dirceu causou polêmica e gerou uma investigação da polícia, pois o repórter da revista teria tentado invadir o quarto do petista no hotel.
A publicação da Editora Abril reservou mais um espaço para o PT na mesma edição. Em outra matéria, apontou que o partido apoiou um projeto de lei do deputado estadual Campos Machado (PTB-SP) para retirar a Corregedoria da Polícia Civil do gabinete do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto. O projeto era criticado pela revista, já que, após a mudança da instituição, em 2009, houve melhora significativa na fiscalização de oficiais corruptos, com mais de dois mil inquéritos abertos e a exoneração de 223 policiais em 2010, contra 67 do ano anterior.
No entanto, o partido apoia a autonomia da Corregedoria e as investigações, explica Silva, mas questionava o fato da mudança ter sido realizada por meio de um decreto do governo. “Isso deveria ter sido feito por um projeto de lei, mas o governo tem usado cada vez mais o decreto e não se governa desta forma”, afirma. “Não somos contrários à mudança, mas não se pode passar por cima da Assembleia Legislativa, o Executivo não pode legislar e não podemos impor atos administrativos.”
A campanha petista ocorre no momento em
que o partido lidera no Congresso uma proposta para regular a mídia. No
4º Congresso Nacional do PT, realizado na última semana, o assunto foi debatido
com foco na proibição da propriedade cruzada de meios de comunicação. Uma
medida que deve desagradar a parlamentares donos de rádios, jornais e emissoras
de televisão simultaneamente.
No Congresso, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que o domínio midiático “por alguns grupos econômicos tolhe a democracia” e criticou a “parcialidade” dos veículos de comunicação. O ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff mostraram-se a favor de Dirceu no caso e também alfinetaram a imprensa.
No Congresso, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que o domínio midiático “por alguns grupos econômicos tolhe a democracia” e criticou a “parcialidade” dos veículos de comunicação. O ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff mostraram-se a favor de Dirceu no caso e também alfinetaram a imprensa.
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O projeto apresentado pelo PT não menciona censura, mas pede a responsabilização da mídia quando houver falseamento ou distorção dos fatos e aponta o domínio midiático de grupos econômicos como “silenciadores de vozes” e “marginalizadores de multidões”.
No entanto, a ideia da regulação não foi bem recebida pela oposição, para a qual a medida poderia acabar com a liberdade de imprensa. “Toda vez que algum malfeito petista aparece nas páginas dos jornais e das revistas, a cúpula do PT se apressa em ressuscitar o chamado ‘marco regulatório da mídia’”, alfinetou o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
Contudo, ele recebeu o apoio do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante.
Fonte Pragmatismo Político
Postado
por Elaine Berti.
http://elaineberti.blogspot.com/2011/09/se-nao-extorquir-o-povo-paga.html
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