Enquete realizada pelo DataSenado sobre o PLS 204/2011, que propõe
tratar a corrupção como crime hediondo, teve votação recorde entre as
consultas já realizadas no site do Senado, desde que as sondagens
passaram a ser de 15 dias. A mobilização dos internautas para divulgar a
enquete sobre o projeto rendeu à sondagem quase meio milhão de votos
(mais de 426 mil) entre os dias 16 e 31 de agosto.
O projeto de autoria do Senador Pedro Taques (PDT-MT)
contou com o apoio maciço de 99,4% dos votantes. A proposta, que tramita
em caráter terminativo na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ), altera a Lei dos Crimes Hediondos (Lei 8.072 de 1990) para
incluir entre eles os delitos de concussão, corrupção passiva e
corrupção ativa. Se aprovada, tornaria mais duras as penas para pessoas
condenadas por corrupção.
Antes do PLS 204/2011, as enquetes sobre o Ato Médico (SCD 268/02) e
sobre a criminalização da homofobia (PLC 122/06) também somaram números
de centenas de milhares de participantes. Entretanto, na sondagem sobre
corrupção, o período de votação foi de 15 dias, enquanto nas demais
houve um mês para que os internautas pudessem registrar sua opinião. Em
2011, as enquetes realizadas pelo DataSenado passaram a ter duração de
15 dias, uma do primeiro dia do mês até o dia 15 e outra do dia 16 até o
último dia do mês.
A mobilização em torno da votação na enquete pôde ser vista nas chamadas
redes sociais, como Twitter e Facebook. Tweets e e-mails circularam
pela rede de computadores, nos quais os internautas convidavam seus
contatos para também participarem e manifestarem suas opiniões, como no
exemplo: “Você é a favor ou contra o projeto que inclui os atos de corrupção na Lei dos Crimes Hediondos? Votem por favor!”.
Vários cidadãos, além de registrarem seu voto na enquete, também
enviaram mensagens por meio do “Comente o projeto” e da equipe do Alô
Senado. Um internauta sintetizou o sentimento de boa parte das
mensagens: “Atos de corrupção são hediondos e precisam ser
enquadrados como tal. O montante assombroso de recursos que é desviado
em proveito próprio, através da prática corrente da corrupção em nosso
país, é a causa da falência nos mais diversos segmentos, tais como:
saúde, educação, etc.”.
http://www.senado.gov.br/noticias/DataSenado/noticia.asp?not=54
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