Os convênios com ONGs são uma
ninharia perto dos meganegócios fechados entre o FI-FGTS, comandado pelo
ministro Carlos Lupi, e a maior construtora do Brasil; de dois anos
para cá, mais de R$ 2 bilhões, em recursos dos trabalhadores, já foram
drenados para a empreiteira baiana; será que é por isso que ele não cai?
247 – O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é a
chamada bola da vez. Pode cair a qualquer momento, em função de
convênios fechados com Organizações Não Governamentais. Um deles, por
exemplo, trata de R$ 13 milhões que foram destinados à Fundação
Pró-Cerrado, cujo dono, o empresário Adair Meira, emprestava um jatinho
para o ministro do PDT.
No entanto, os acordos com as ONGs são uma ninharia perto dos grandes
negócios que passam pelo Ministério do Trabalho e que são decididos com
a participação direta, ou indireta, do ministro Carlos Lupi.
Essas
megaoperações envolvem recursos do FI-FGTS, um fundo de investimentos
criado, no governo Lula, com recursos dos trabalhadores, que são
depositados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
Paulo Furtado |
Quem preside esse fundo é o executivo Paulo Furtado, oriundo da Caixa
Econômica Federal e ex-presidente do fundo de pensão Petros. Furtado é
também o suplente de Lupi nas reuniões do Conselho Curador do FGTS.
E
foi ele quem decidiu o uso de recursos dos trabalhadores em três
negócios polêmicos – todos, coincidentemente, controlados pela
empreiteira Odebrecht, do empresário Marcelo Odebrecht, e responsável
por alguns dos maiores negócios do governo Lula, como a construção dos
submarinos nucleares. É também a Odebrecht quem constrói outros negócios
simbólicos, como o estádio do Itaquerão, que será palco da abertura da
Copa de 2014.
Às vésperas das eleições
A primeira grande operação do FI-FGTS foi a compra de uma
participação de 25% no capital da Foz do Brasil, uma empresa de
saneamento básico da Odebrecht. A Foz foi formada após a aquisição de
uma empresa de tratamento de água e esgoto da empreiteira Gautama, que
havia caído em desgraça com a Operação Navalha, por cerca de R$ 70
milhões. Em 2009, quando comprou 25% do capital dessa mesma empresa, o
FI-FGTS pagou R$ 650 milhões. E quem representa o fundo nas reuniões do
conselho da companhia é Paulo Furtado.
Lupí & Weverton. |
Depois disso, o FI-FGTS investiu mais R$ 450 milhões em uma participação acionária na Embraport, uma empresa comprada pela Odebrecht para movimentar contêineres portuários em Santos e que tem participação ainda da Dubai Ports. É também uma operação polêmica, uma vez que a Embraport, uma empresa privada, não possui concessão para atuar como porto público e movimentar cargas de terceiros.
Se isso não bastasse, em outubro de 2010, às vésperas da eleição
presidencial, o FI-FGTS adquiriu também 30% da Odebrecht Transport, uma
empresa que administra pedágios de rodovias privatizadas. Neste caso, o
valor não foi revelado, mas estimado em mais de R$ 1 bilhão, por uma
participação minoritária.
Somando tudo, o FI-FGTS já destinou mais de R$ 2 bilhões à
empreiteira baiana. Tudo isso sob o olhar atento do ministro Carlos
Lupi. Quando foi colocado sob pressão, Lupi disse que só deixaria o
ministério abatido a bala. Também fez declarações que soaram como
ameaça, dirigida à presidente Dilma Rousseff.
Weverton & Lupi. |
Será que é por isso que, ao contrário de outros nomes alvejados por denúncias de corrupção, Lupi não cai?
Abaixo, uma ata de reunião do conselho da Foz, com destaque para os nomes de Marcelo Odebrecht e Paulo Furtado.
Materia Copiada: http://brasil247.com.br/pt/247/economia/24316/No-quintal-de-Lupi-quem- manda-e-a-Odebrecht.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário