Agencia Estado.
Pela primeira vez uma empresa brasileira
ganhou inglório título de pior empresa por uma premiação criada desde
2000 pelas ONGs Greenpeace e Declaração de Bernia, a “Public Eye
People’s”. O prêmio, também conhecido como o “Oscar da Vergonha” será
anunciado amanhã durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
Com cerca de 25 mil votos, a Vale venceu
por uma diferença de menos de mil votos a Tepco, maior empresa de
energia do Japão, responsável pela usinas nucleares de Fukushima no
Japão.
Também estavam na disputa ao título de pior empresa do mundo a
mineradora americana Freeport, o grupo financeiro Barclay’s, a empresa
sul-coreana de eletrônicos Samsung e a suíça de agronegócios Syngenta.
A indicação da Vale foi feita por um
grupo de instituições sociais e ambientalistas formado pela Rede Justiça
nos Trilhos, a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, o
International Rivers e a Amazon Watch.
No site da premiação, a indicação da
mineradora era justificada por uma “história de 70 anos manchada por
repetidas violações dos direitos humanos, condições desumanas de
trabalho, pilhagem do patrimônio público e pela exploração cruel da
natureza”.
Os organizadores condenam também o fato da Vale, em abril do
2011, ter comprado uma participação no Consórcio Norte Energia,
responsável pela usina de Belo Monte, no Pará.
Na época em que foi escolhida como
finalista, a Vale não se pronunciou sobre o assunto. A empresa se
limitou a informar que disponibiliza anualmente um relatório de
sustentabilidade no site da companhia na internet.
Para 2012, a
companhia prevê investir US$ 1,648 bilhão, sendo US$ 1,354 bilhão na
proteção e conservação ambiental, e US$ 293 milhões em programas
sociais. A cifra supera a estimativa feita para o ano passado, que era
de US$ 1,194 bilhão.
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