sábado, 25 de fevereiro de 2012

Senadores pedem a Dilma Ficha Limpa no Executivo.


                                   Ana Amélia defende reforma política e outras medidas complementares,   Simon                         quer a adoção da medida no serviço público de todo o Brasil

Senadores pedem a Dilma Ficha Limpa no Executivo. Ana Amélia, Alvaro Dias, Pedro Simon e Rodrigo Rollemberg defendem que recomendação da CGU seja confirmada em decreto. Pedro Taques recolhe assinaturas para extensão ao serviço público de todo o país
Os critérios da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135 de 2010) deveriam ser seguidos em todos os cargos do Executivo, conforme recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU). Essa é a opinião de Ana Amélia (PP-RS), Alvaro Dias (PSDB-PR), Pedro Simon (PMDB-RS) e Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que sexta-feira fizeram discursos defendendo que a presidente Dilma Rousseff estabeleça isso em decreto.
Ana Amélia informou que Dilma já discute o assunto com a Casa Civil, o Ministério da Justiça, a Secretaria de Relações Institucionais e a Advocacia-Geral da União. A senadora ressaltou que câmaras de vereadores, assembleias legislativas e prefeituras ­pensam em adotar a ficha limpa na administração pública. Ela defende mais rigor para evitar que políticos corruptos ingressem ou permaneçam na política. Para isso, em sua visão, devem ser adotadas outras medidas complementares, como a reforma política. A senadora disse defender o aumento de risco para as atividades corruptas para reforçar o comportamento ético dos agentes públicos.
Em aparte, Alvaro ressaltou que a Lei da Ficha Limpa extrapola as fronteiras do país. Ele informou que o Senado do Paraguai manifestou interesse em conhecer essa lei brasileira. Na avaliação do senador, a lei é importante para afastar os maus políticos a atrair pessoas éticas para a política.
— Pessoas talentosas, que se recusam a participar da atividade política para não conviver com cenário de promiscuidade, podem participar quando políticos corruptos forem afastados — disse Alvaro.
Simon reiterou que, se a presidente chancelar a recomendação da CGU, "vai marcar um gol de placa para seu governo, com autoridade". Ele afirmou que a extensão da Ficha Limpa ao Executivo é um desejo não só do ministro Jorge Hage, que está à frente da CGU, mas também dos ministros Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e José Eduardo Cardoso, da Justiça.
Além dessa iniciativa, Simon também defende uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que o senador Pedro Taques (PDT-MT) quer apresentar em breve. A proposição estende a aplicação da Ficha Limpa ao serviço público em todo o país. Para apresentar a PEC, Taques está recolhendo as assinaturas de seus colegas. Já assinaram o pedido Alvaro Dias, Ana Amélia, Rollemberg e o próprio Simon.
— A proposta de Pedro Taques é muito importante, mas não estou otimista. Acho que ela terá uma longa trajetória nesta Casa. E lá na outra Casa [a Câmara dos Deputados], tem muita gente que não quer aprovar isso — lamentou o senador do PMDB.
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Rodrigo Rollemberg

FONTE: http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/noticia.asp?codNoticia=114531&dataEdicaoVer=20120227&dataEdicaoAtual=20120227&codEditoria=4068&

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