RAFAEL TOMAZ. 30/03/2012
- Diário do Comércio.
A norte-americana Alcoa, gigante do setor de alumínio, deverá
anunciar a manutenção das atividades em Poços de Caldas, no Sul de
Minas. A companhia assinou nesta semana protocolo de intenções com o
governo do Estado, que estava empenhado em evitar o encerramento das
operações da empresa.
A assinatura do documento foi anunciada pelo superintendente de
Mineração e Metalurgia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Eduardo Carlos Jardim Mozelli, durante evento da Câmara Americana de
Comércio (Amcham) realizado na última quarta-feira, em Belo Horizonte.
Conforme ele, representantes da Alcoa estiveram na capital mineira nesta
semana, sinalizando satisfação quanto aos termos do protocolo.
O teor do documento não foi revelado pelo superintendente. Apesar
disso, a empresa vinha negociando com o governo do Estado incentivos
para reduzir os custos de operação da planta, conforme já havia
informado o prefeito de Poços de Caldas, Paulo César Silva.
O prefeito se reunirá com representantes da Alcoa nos próximos dias.
Conforme ele, a audiência foi pedida pela companhia que irá dar algumas
explicações à administração municipal.
O risco de encerramento da produção no Sul de Minas foi causado pela
queda significativa do preço do alumínio no mercado internacional em
meio ao elevado custo de produção verificado no Brasil.
O presidente da Alcoa para América Latina e Caribe, Franklin Feder, recebeu da matriz norte-americana o prazo até o dia 31 de março para apresentar soluções de redução de despesas que viabilizem a produção no país. O corte das despesas com energia elétrica é apontado como a melhor solução para o impasse.
O presidente da Alcoa para América Latina e Caribe, Franklin Feder, recebeu da matriz norte-americana o prazo até o dia 31 de março para apresentar soluções de redução de despesas que viabilizem a produção no país. O corte das despesas com energia elétrica é apontado como a melhor solução para o impasse.
Negociações - Além das negociações com o governo estadual, a empresa
estava em busca de tratativas com a Companhia Energética de Minas Gerais
(Cemig) e o governo federal, que podem contribuir para cortar as
despesas com energia elétrica.
O maior impasse está no preço do fornecimento da hidrelétrica de Tucuruí, da Eletronorte, à Alumar, consórcio entre Alcoa e BHP Billiton, localizado em São Luís, no Maranhão.
O contrato com a companhia de energia se estende até 2024.
O maior impasse está no preço do fornecimento da hidrelétrica de Tucuruí, da Eletronorte, à Alumar, consórcio entre Alcoa e BHP Billiton, localizado em São Luís, no Maranhão.
O contrato com a companhia de energia se estende até 2024.
A Alcoa foi procurada pela reportagem, através de sua assessoria de
imprensa, para comentar sobre o assunto, mas até o fechamento da edição a
empresa não retornou o contato.
A planta em Poços de Caldas tem capacidade de produzir cerca de 90
mil toneladas de alumínio primário por ano.
Em virtude do cenário adverso enfrentado pelo segmento, em janeiro, a multinacional fechou unidades na Europa e Estados Unidos. No início deste ano, a empresa reduziu 12% da produção global (531 mil toneladas).
Em virtude do cenário adverso enfrentado pelo segmento, em janeiro, a multinacional fechou unidades na Europa e Estados Unidos. No início deste ano, a empresa reduziu 12% da produção global (531 mil toneladas).
FONTE:http://www.camaras.org.br/site.aspx/Detalhe-Noticias-SRMG?codNoticia=oWMK7Q2+e0s=
Nenhum comentário:
Postar um comentário