C-130J Super Hercules - © Flickr.com/Official U.S. Air Force/cc-by-nc
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Na Voz da Rússia foi realizada uma mesa redonda dedicada ao 100º aniversário da Força Aérea da Rússia e às perspectivas de desenvolvimento da aviação militar e da indústria aeronáutica nacional.
No evento participaram peritos militares e industriais russos bem conhecidos. No processo
de melhoria do equipamento técnico da Força Aérea Russa e de criação de
novos tipos de aeronaves, os especialistas russos analisam de perto a
experiência mundial nesta área. O tema das principais tendências na
indústria aeronáutica mundial foi discutido por Ivan Kudishin, editor da
revista semanal Equipamento de Aviação e Mísseis.
Na última década, o ramo de veículos aéreos não tripulados (VANT)
desenvolveu-se enormemente. Se no início de 2000 se falava somente de
veículos de reconhecimento e vigilância (de todas as classes – desde
muito leves a pesados), hoje em dia a ênfase está mudando em favor de VANTs de reconhecimento e ataque. Um exemplo notável é o concurso UCLASS da Marinha dos EUA para a construção de um VANT bombardeiro
de ataque para porta-aviões.
Os participantes do concurso são Northrop
Grumman, a Boeing, a General Atomics e a Lockheed Martin. A criação de
um VANT de convés é uma tarefa extremamente difícil: ele tem que pousar em um porta-aviões em movimento. A criação de VANTs descartáveis
e reutilizáveis para uso com uma variedade de plataformas móveis,
incluindo submarinos e aviões de patrulha, é hoje uma área chave no
desenvolvimento deste tipo de equipamento.
Atualmente,
foi reiniciado o desenvolvimento de uma plataforma de bombardeio e
reconhecimento de nova geração, que irá substituir o material obsoleto
(B-1B e B-52H), a partir de aproximadamente 2025. O avião deverá ser
quase impercetível, subsônico, e, opcionalmente, tripulado. Isto
significa que ele pode ser usado seja como VANT, seja como avião tripulado. O aparelho será equipado com uma vasta gama de armamentos de precisão e de baixa visibilidade.
Quanto
aos aviões de quinta-geração, pode se dizer que a experiência de seu
desenvolvimento nos EUA falhou. Um bom avião com grandes perspetivas de
modernização e de expansão de suas capacidades militares, o Lockheed
Martin F-22, foi construído em uma série muito pequena de 187 aviões,
dos quais 2 se perderam em acidentes e um – em um desastre causado pela
imperfeição do sistema de suporte de vida do piloto. Em serviço estão
cerca de 160 aviões, dos quais apenas 55-65% estão prontos para combate.
O
novo avião F-35, que está passando testes, sofre logo de duas doenças
incuráveis: da excessiva universalidade e do crescimento descontrolado
do custo. Apesar de sua aviônica avançada e de baixa visibilidade para
os radares, o avião não possui velocidade de cruzeiro supersônica, tem
capacidade de manobra e características dinâmicas limitadas, bem como
uma modesta capacidade de carga. Os programas das modificações de
convés, F-35C e F-35B, estão sob ameaça de encerramento. O custo de um
avião F-35A para exportação é hoje de 122,8 milhões de dólares (apesar
de o avião ter sido inicialmente posicionado como um aparelho de
produção em massa e de custo inferior a 60-70 milhões de dólares), e o
custo do F-35B atinge 190 milhões de dólares.
Como
alternativa, as empresas Boeing e Lockheed Martin oferecem profundas
modificações de aeronaves existentes F-15, F-16 e F/A-18E/F, que possuem
uma visibilidade significativamente baixa e capacidades de combate
avançadas.
Atualmente continua a produção de aviões
médios de transporte militar estratégico Boeing C-17. A linha de
montagem não será reduzida ou fechada, portanto as perspetivas de
fornecimentos para a Força Aérea dos EUA se mantêm.
Continua
a produção em série do avião C-130J Super Hercules, que ainda tem um
bom potencial de exportação. Mas já muito em breve ele terá que competir
com o avião de transporte Embraer KC-390. A Força Aérea do Brasil
deverá receber estes aviões em 2014. O custo do C-130 é de 67 milhões
de dólares, o valor declarado do KC-390 é de 50 milhões de dólares.
FONTE: http://portuguese.ruvr.ru/2012_05_18/Forca-Aerea-caca-desenvolvimento-Aviacao-aviao-EUA/
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