A Organização das Nações Unidas (ONU) convocou mais dez brasileiros
para monitorar o cessar-fogo na Síria e dois deles embarcaram nesta
quarta-feira (9) e já estão a caminho de Damasco, a capital do país,
segundo o coronel Luiz Fernando Estorilho Baganha, comandante do Centro
Conjunto de Operações de Paz do Brasil. Até então, apenas um brasileiro
fazia parte da missão. “Alguns deles já embarcam hoje (nesta
quarta-feira, 9). Outros seguem durante a semana e os últimos três no
dia 15”, afirmou o coronel ao G1.
A base de operações da missão está
instalada na cidade de Homs. Quatro militares foram selecionados pelo
Exército, todos majores. São eles: Sérgio Luís Pinheiro da Silva (que
atuava na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais), Leandro Santos da
Costa (da Divisão do Exército em Porto Alegre), André Gustavo Pinheiro
do Rêgo Barros (do Centro de Guerra Eletrônica), e Eduardo Bordeaux
Mattos, que servia na Brigada de Infantaria de Selva em Boa Vista (RR).
Sérgio e Leandro são os que já embarcaram, conforme o Centro de
Comunicação Social do Exército.
Também foram selecionados pelo
Ministério da Defesa para a Missão da ONU para Supervisão da Síria
(UNSMIS) três oficiais da Marinha e outros três da Aeronáutica. “Como
não houve tempo hábil para treinarmos este pessoal, procuramos
militares com experiência em missões de paz. A seleção foi para emprego
imediato”, disse Baganha. A solicitação foi feita pela ONU através da
representação brasileira em Nova York, que repassou o pedido ao
Ministério de Relações Exteriores. Monitorar o cessar-fogo Um dos
selecionados pela Aeronáutica é o tenente-coronel Salomão Pereira da
Silva, que atuou na missão de paz no Timor Leste e é o responsável pela
divisão de doutrina do centro de operações de paz brasileiro.
Ao ser
convocado pela ONU na sexta-feira (4), ele teve de retornar de um
treinamento militar do qual participava no Chile e segue para a Síria
no grupo que viaja dia 15, segundo o coronel Baganha. Até a publicação
desta reportagem a Marinha, a Aeronáutica e o Ministério da Defesa não
haviam informado ao G1 os outros nomes. Segundo o Ministério da Defesa,
os nomes serão publicados no Diário Oficial da União nesta
quinta-feira (10). A missão da ONU para a Síriafoi criada por decisão
do Conselho de Segurança em 21 de abril e será composta por 300
observadores militares desarmados que terão incumbência de monitorar
violações ao cessar-fogo imposto no país entre as forças do governo e
os rebeldes.
Um brasileiro – o capitão de mar-e-guerra Alexandre Feitosa
– estava entre os oito primeiros observadores da UNSMIS que
desembarcaram na Síria dois dias após a decisão “A ONU sempre nos faz
solicitações para integrar missões de paz porque temos uma aceitação
muito grande internacionalmente neste tipo de ação. Estamos presentes
no Sudão, Haiti, e em vários outros países. No caso do Líbano, a ONU
esperou quase um ano para que preparássemos um contingente naval para
liderar a parte marítima da missão porque apenas o Brasil tinha a
aceitação tanto de Israel quanto dos libaneses”, explica o coronel
Baganha.
Cidades monitoradas Na terça-feira (8), o enviado da ONU, Kofi
Annan, disse ao Conselho de Segurança que a violência no país permanece
em "níveis inaceitáveis". Annan afirmou que a presença de observadores
da ONU apenas acalmou a crise. Segundo ele, o acordo de paz é a
"última chance de estabilizar" a Síria e evitar uma guerra civil. A ONU
estima que mais de 9 mil pessoas já tenham sido mortas no conflito.
Atualmente a ONU possui 39 militares na Síria.
Eles estão distribuídos
em postos permanentes de observação nas cidades de Homs, Hama, Daraa e
Idlib. Segundo Alexandre Feitosa relatou à BBC, um novo posto de
observação será estabelecido nesta quarta-feira em Alepo. "Mais 150
observadores chegarão até o fim da próxima semana, o que ampliará o
nosso raio de ação", afirmou o brasileiro que já está na Síria.
Fontes: G1http://www.alide.com.br/joomla/component/content/article/36-noticias/3590-brasileiros-chamados-pela-onu-estao-a-caminho-da-siria-diz-coronel |
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Brasileiros chamados pela ONU estão a caminho da Síria, diz coronel.
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