De Diogo Lopes de Oliveira, da Secretaria de Comunicação da UNB
Em reunião com representantes do Sindicato Nacional dos Servidores das Instituições de Ensino Superior (Andes), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira, 5 de junho, que o diálogo com os grevistas continua e uma nova rodada de negociações acontecerá na semana que vem, na terça-feira (12) ou na quarta-feira (13), no ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Mercadante assegurou que irá se empenhar pessoalmente pela solução do impasse e se comprometeu a acompanhar o processo por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC.
Em reunião com representantes do Sindicato Nacional dos Servidores das Instituições de Ensino Superior (Andes), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta terça-feira, 5 de junho, que o diálogo com os grevistas continua e uma nova rodada de negociações acontecerá na semana que vem, na terça-feira (12) ou na quarta-feira (13), no ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Mercadante assegurou que irá se empenhar pessoalmente pela solução do impasse e se comprometeu a acompanhar o processo por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC.
Há cerca de duas semanas, Mercadante havia dito que a negociação cabia ao MPOG. Leia mais sobre o assunto.
Na reunião com a Andes, o ministro reafirmou que a greve não é
necessária. “As negociações continuam abertas. Nesse sentido, a greve
não ajuda nem atrapalha”, disse o ministro.
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A reunião foi realizada em meio a uma manifestação nacional de
servidores públicos federais por reajuste salarial e melhores condições
de trabalho. A presidente do Sindicato Nacional dos Servidores das
Instituições de Ensino Superior (Andes), Marina Barbosa, disse que a
categoria não recebeu do MEC nenhuma proposta nova e que o Ministério
alega o cenário de crise econômica internacional como impedimento para
conceder reajuste. “O que o Mercadante diz é a mesma coisa que ouvimos
há dois anos, por isso não podemos aceitar postergações em nome do
atraso do governo sobre crise mundial”. Para o vice-presidente do
Andes, Luiz Henrique Schuch, a questão do prazo para a solução do
impasse é política. “O ponto positivo é que o ministro nos chamou para
uma reunião em plena greve. Isto é um símbolo. Há um significado
favorável nesse gesto”, avaliou Schuch.
Para o professor do Departamento de Matemática da UnB, Claus Akira, a
insatisfação de todos os servidores públicos pelo impasse da greve e a
falta de reajustes é evidente. “Quanto mais o governo protelar as
negociações, mais forte e contundente do movimento de greve se tornará”,
analisou. “Não faz sentido que dois ministros [Aloizio Mercadante
(MEC) e Miram Belchior (MPOG)] de um partido que nasceu das greves no
setor metalúrgico do ABC paulista [PT] não respeite e negocie conosco”,
complementou.
Além de servidores, a passeata reuniu estudantes de universidades
federais, que se encontram em greve desde a segunda quinzena de maio. O
protesto reuniu cerca de 5 mil pessoas, segundo estimativas do Tenente
Mauro do 6º Batalhão da Polícia Militar. A União Nacional dos
Estudantes (UNE) mobilizou cerca de 2 mil estudantes de 21 comandos
locais estudantis na manifestação, que foi acompanhada por
aproximadamente 300 policiais e 30 viaturas. O contingente de policiais
foi estimado com base na expectativa de 10 mil manifestantes.
PLANEJAMENTO – Por volta das 12h30, os estudantes se
concentraram em frente do prédio do MPOG e fizeram um “apitaço” por
cerca de 30 minutos. Os alunos se dispersaram quando o
secretário-executivo adjunto do MPOG, Valter Correia da Silva, foi
designado pela ministra Miriam Belchior para receber representantes de
15 das 31 instituições presentes na marcha.
O titular da Secretaria de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça,
foi legitimado como o condutor das negociações do plano de carreira dos
professores. “Nossa demanda era que o processo de negociação avançasse
e isso não aconteceu. Não há uma posição clara por parte do Ministério
do Planejamento. Em nenhum momento a questão da carreira foi sequer
tocada”, disse Marina Barbosa, do Andes.
CONFRONTO – Após a manifestação em frente ao MPOG,
cerca de 50 estudantes se dirigiram ao Ministério da Educação buscando
ocupar o prédio. Durante a tentativa, alguns estudantes entraram em
conflito com os 15 policiais militares. Pelo menos cinco deles foram
atingidos por pedras e estilhaços de vidro e sofreram ferimentos leves
nas pernas e nos rostos. A polícia fez uso de sprays de pimenta e armas
de choque para conter os estudantes.
Segundo o Tenente Coronel Gouveia, do 6º Batalhão da PM e comandante
do grupo de policiais, as medidas foram necessárias e não houve uso de
força desproporcional. “Infelizmente há pessoas que não sabem usar o
seu direito e acabam prejudicando um movimento legítimo como este”,
avaliou. “Estamos aqui somente para garantir a preservação do
patrimônio público”, finalizou.
O estudante da UnB, Lucas Brito, foi atingido por spray de pimenta
na boca e na testa. Ele protegeu os olhos com o braço. “Tínhamos
acordado em assembleia durante o ato ocupar o MEC para exigir uma
negociação. Estávamos conduzindo tudo de forma tranquila”, disse Lucas.
O aluno da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Piero
Martins, que estava no local na hora em que o confronto começou,
garantiu que a violência partiu da polícia. Já Guilherme Sansão, da
Universidade Federal do Rio Grande (FURG), foi contra a ação de
estudantes e policiais. “A gente deve repudiar qualquer forma de
manifestação violenta seja de quem for”, argumentou.
FONTE:http://portal.aprendiz.uol.com.br/2012/06/06/mercadante-garante-empenho-pessoal-nas-negociacoes-com-grevistas-na-proxima-semana/
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