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75 milhões de habitantes adultos da União Europeia não sabem ler, nem escrever. Portanto, é analfabeto um de cada sete europeus adultos, pois de acordo com o serviço europeu de estatística na União Europeia vivem 503,5 milhões de pessoas.
Esta tendência assustadora foi
apontada no informe, preparado a pedido da Comissão Europeia, do grupo
de peritos de alto nível. A princesa da Holanda, Laurentien, presidente
desta comissão que dedicou muitos anos de vida à luta contra o
analfabetismo, referiu este informe “como um sinal de alarme por causa
da crise que tinha afetado todos os países da Europa”.
Os
especialistas supõem que a solução do problema seria um sistema de
instrução primária bom, gratuito e acessível para todos. Os autores do
informe consideram que uma outra medida, capaz de elevar o nível de
instrução geral, seria a criação de bibliotecas nos locais incomuns, por
exemplo, nos Centros Comerciais. Um outro meio de resolver o problema é
a incorporação de professores a este trabalho – homens que irão servir
de modelo para os meninos que lêem normalmente muito menos do que as
meninas. Ao comentar esta situação, o politólogo Pavel Sviatenkov disse à
Voz da Rússia.
"Creio que os europeus
caíram na mesma armadilha que os americanos. A idéia consistia em levar a
cabo a segregação da população em conformidade com o nível de
instrução. Isto é, a parte da população que pertence à elite faz cursos
nas escolas boas, a seguir vai cursar universidades elitizadas e recebe
uma instrução excelente, enquanto que a maioria, que pertence às classes
baixa e média conclui cursos em escolas muito fracas. Mas tanto
americanos quanto europeus se depararam com o problema de diminuição da
população intelectual, o que influencia, em particular, no processo de
crescimento econômico. Nestas condições aumenta também a tensão social".
Na
opinião de Pavel Sviatenkov, os europeus compreenderam que é preciso
reformar com urgência o sistema. Caso contrário, isto vai acarretar
problemas sociais seriíssimos. Aliás, o número destes problemas já
ultrapassa todos os limites imagináveis: a crise na zona do euro
torna-se cada vez mais profunda, a situação na esfera de desemprego nos
países da União Europeia é catastrófica. Um outro problema grave da
sociedade são os imigrantes mal instruídos que vêm dos países do Próximo
Oriente e do Magreb.
Visto que muitos chamados europeus são
pessoas oriundas precisamente destas regiões, esta situação na esfera de
educação não representa nada de surpreendente. Um de cada cinco
adolescentes, menores de 15 anos, - além de 75 milhões de analfabetos
adultos, - não possui hábitos de alfabetização básica. Além das medidas
descritas no informe, os peritos pronunciam-se a favor da criação de
diversas formas de ensino não somente para crianças, mas também para
adultos.
Em particular, a favor da criação de cursos de erradicação do
analfabetismo logo nos locais de trabalho. Na opinião dos autores do
informe, uma importante medida seriam os investimentos na elevação do
nível da alfabetização, o que vai surtir efeito sensível. Numa
perspectiva de longo prazo, isto vai proporcionar benefícios no valor de
bilhões de euros.
A situação na Europa faz lembrar o filme De volta para o passado.
A Rússia conhece bem as situações deste tipo, pois a campanha de
erradicação do analfabetismo foi levada a cabo no nosso país nas
primeiras décadas da existência do poder soviético, isto é, nas décadas
de vinte e trinta do século passado.
E agora, em pleno século XXI –
época de tecnologias de ponta, é difícil de imaginar que a Europa
instruída chegasse a este resultado. Foi preciso fazer esforços bem
grandes para conseguir um resultado destes.
FONTE:http://portuguese.ruvr.ru/2012_09_07/Analfabetismo-na-Europa-problema-cada-vez-crescendo/
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